Presidente da OCB destaca competitividade do cooperativismo

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Temas prioritários para a pesquisa agropecuária, entre esses o cooperativismo, foram discutidos nesta segunda-feira (28/11) durante o Workshop Embrapa Estudos e Capacitação, em Brasília (DF). O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, falou aos participantes sobre “Cooperativismo como estratégia de competitividade do agro brasileiro”. “Nossas cooperativas têm mostrado a força da união e da integração e ocupado um espaço cada vez mais expressivo, tanto econômica quanto socialmente. Hoje, praticamente 50% de tudo que é produzido no país passa de alguma forma por uma cooperativa”, ressaltou.

Freitas ainda destacou o resultado das exportações do segmento, que tem sido crescente. “Nossa expectativa, em princípio, era fechar 2011 com pouco mais de US$ 5 bilhões em vendas ao exterior. Mas o desempenho foi melhor que o esperado. Nos primeiros dez meses do ano, já contabilizamos US$ 5,1 bilhões. Com isso, devemos chegar a praticamente US$ 6 bilhões. Isso mostra a força do cooperativismo, que juntos nossos produtores conseguem mais”, disse. A importância do investimento no profissionalismo da gestão foi outro ponto enfatizado por ele.

Em sua palestra, o presidente da OCB também chamou a atenção do público para questões estruturantes, que envolvem a formulação de políticas públicas, fundamentais para o desenvolvimento de todo o setor produtivo. A necessidade de se ter soluções concretas para o gerenciamento do risco, com foco no seguro de renda do produtor rural, foi um dos pontos levantados.  

A importância da criação de uma política de biotecnologia para o trigo visando maior produtividade, sendo essa uma cultura estratégica, e da geração de tecnologias voltadas micotoxinas foram outros assuntos abordados pelo dirigente. Freitas ainda enfatizou o quão relevante é o investimento em pesquisa e desenvolvimento para transformação de resíduos da indústria da mineração em agrominerais, e o monitoramento e aproveitamento de subprodutos oriundos da exploração agropecuária.   

Finalizando sua apresentação, líder cooperativista apontou a produção integrada e as boas práticas no campo da agropecuária como caminho para o aumento da eficiência produtiva e a sustentabilidade. “Estamos na era da sustentabilidade e temos de fazer o nosso papel nesse contexto. Todos estão atentos a isso. Nossos consumidores estão cada vez mais exigentes, cobrando qualidade não só do produto, mas de todo o processo produtivo”, disse. Freitas também comentou sobre a falta de informações sobre o mercado de leite, no curto e médio prazos, o que dificulta a formulação de estimativas da produção futura e melhor previsibilidade de remuneração da atividade. 
 

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