Presidente da OCB quer aprovar nova Lei do Cooperativismo em 2006


O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse nesta quarta-feira (dia 21/12), último dia de atividades da entidade em 2005, que no próximo ano a OCB vai concentrar seus esforços na área legislativa para tentar vencer o grande desafio de aprovar, ainda no primeiro semestre, a nova Lei do Cooperativismo que tramita no Congresso Nacional há 19 anos. A OCB inicia nesta quinta-feira um recesso e só retomará suas atividades no dia 2 de janeiro de 2006.

Lopes de Freitas lembrou que 2006 será um ano de grandes decisões políticas e indicou que o cooperativismo deve usar sua força para influenciar nos resultados das eleições do próximo ano, quando serão eleitos os novos deputados estaduais e federais, um terço do Senado, os governadores e o presidente da República. “A família cooperativista deve canalizar seus votos para os candidatos que tenham compromisso com o cooperativismo”, disse, calculando em 25 milhões o número de votos dos cooperados brasileiros e seus familiares.

O projeto da nova Lei do Cooperativismo se encontra em fase terminativa na Comissão de Agricultura do Senado Federal, onde um acordo de lideranças adiou sua votação para o próximo ano. Lopes de Freitas também incluiu entre as prioridades da ação legislativa da OCB no próximo ano a aprovação do projeto de lei que regulamenta as cooperativas de trabalho. A proposta já conta com o apoio da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

Além disso, ele incluiu entre as prioridades da OCB aumentar ainda mais a capacidade de produção das cooperativas, com o emprego cada vez mais difundido da gestão profissional. “Isso faz com que se aumente a necessária competitividade para enfrentar, dentro e fora de nossas fronteiras, a crescente e cada vez mais agressiva globalização da economia”, disse.

Se 2005 foi um ano difícil para a economia, que registrou crescimento bem abaixo do que estava estimado, o presidente da OCB espera uma mudança na política econômica do governo para que a frustração do não crescimento não volte a se repetir. “Sem colocar em risco a estabilidade conseguida a duras penas na última década, entendo que não devemos ficar presos a um modelo de economia monetária tão ortodoxa que cujo resultado tem sido a paralisação da atividade econômica”.

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