Programa de leite do Sistema OCB/MT visa à produção e qualidade
A produção de leite no Brasil foi de 35 bilhões de litros em 2013 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse contexto, o Estado do Mato Grosso participa com 780 milhões de litros por ano e, desse montante, 35% são produzidos pelos cooperados mato-grossenses. Para organizar a cadeia produtiva e potencializar a participação do setor, investindo em conhecimento estratégico e qualificação de gestores e associados, o Sistema OCB/MT criou o Programa Leite a Pasto – Educação Continuada. Foram identificadas 32 cooperativas de leite – 14 delas com unidade industrial. Dessas, quatro são responsáveis por 90% da produção e industrialização do leite de Mato Grosso. O tema foi debatido durante o Seminário Leite a Pasto, promovido nesta terça-feira (28/1), em Cuiabá (MT).
“O potencial das cooperativas é grande, mas precisamos organizar toda a cadeia, melhorando o processo de produção, principalmente da qualidade do leite. Com isso, vamos aumentar a rentabilidade do produtor cooperado e, consequentemente, reduzir custos fixos do processamento, agregando maior renda”, disse o superintendente do Sistema OCB/MT, Adair Mazzotti. Ele também ponderou que o programa vai acabar com um dos principais gargalos da produção leiteira – a sazonalidade. “Com as técnicas implantadas na propriedade rural, o período de seca não afeta a alimentação dos animais, o que reduz os custos fixos de produção e industrialização, além de estabilizar a renda do produtor”, disse.
O cooperado – “O programa quer fortalecer o principal patrimônio da cooperativa, que é o cooperado, proporcionando melhor qualidade de vida, fixação do homem na propriedade, garantindo, ainda, novos sucessores”, explica o analista de Desenvolvimento do Sistema OCB/MT, Mauro Machado Vieira.
Adesão - As cooperativas aderiram à ideia durante o Seminário sobre Produção de Leite a Pasto. Elas estão nos principais polos de produção de leito do estado. A Coopenoroeste, no município de Araputanga, na região Oeste; a Coopernova, na cidade de Terra Nova do Norte, na região Norte de Mato Grosso, a Comajul, em Juscimeira, na região Sul; e Campileite, em Campinápolis na região Nordeste.
Na oportunidade, o coordenador da Cadeia Produtiva do Leite no Mato Grosso, Carlos Dorielo, elogiou a iniciativa, enfatizando que as cooperativas do estado sempre trabalharam com assistência técnica. “Esse programa do Sistema OCB/MT vai influenciar não só as cooperativas, mas toda a atividade, contribuindo e muito com um programa do governo na área de produção leiteira”, destacou.
Piloto – O Leite a Pasto já foi executado durante um ano na Coopnoroeste. Nesse período, foi registrado um aumento na produção do leite - em média 28% - com a implantação das técnicas correspondentes à primeira fase do programa. “Nós acreditamos no programa e, para organizar a cadeira produtiva, é necessário fazer em conjunto”, ponderou o presidente da cooperativa, Ademar Furtado.
O programa foi idealizado pelo médico veterinário, mestre e doutor em Medicina Veterinária pela UFMG, Edmundo Benedetti, que acompanhará, durante quatro anos, a execução de todo processo. “O mais importante é a mudança de mentalidade do homem. Ele passa a ser um profissional na atividade leiteira, planejando cada passo da produção”, esclarece Benedetti. (Fonte: Sistema OCB/MT)