Projeto de abatedouro regional é discutido em Recife

"

Recife (25/5) – O projeto de instalação de um abatedouro regional no município de Floresta, no Sertão de Itaparica, interior de Pernambuco, foi apresentado e discutido na última quarta-feira (20/5), na sede da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco (Sara). Participaram do encontro, o presidente da Cooperativa dos Criadores de Caprinos e Ovinos (Coopercapri), Edmir Manoel de Souza, acompanhado do secretário da Cooperativa, Mateus Manoel da Silva, da superintendente do Sescoop/PE, Cleonice Pedrosa, e do secretário de Agricultura, Nilton Mota.

O projeto tem por finalidade o abate diário de cerca de 250 animais de origem caprina e ovina, com o intuito de fortalecer a economia local e garantir o cumprimento das normas padrões para o abate e higiene.

O objetivo da reunião foi buscar os recursos faltantes para a instalação do abatedouro/frigorífico junto ao governo do estado  por meio da Secretaria de Agricultura e Prorural, considerando um projeto já elaborado com capacidade para abater 240 cabeças por dia.

Hoje, os abates de Floresta e região são feitos na unidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú. A cooperativa já fornece produtos para escolas, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Pensando em dar celeridade à construção do novo espaço, ficou decidido que o projeto será executado em dois módulos. A intenção é garantir a antecipação do funcionamento do abatedouro, mesmo antes da conclusão total da obra.

O projeto está orçado em R$ 4 milhões. O documento será readequado pela cooperativa e deverá ser apresentado ao secretário da SARA nos próximos dias para a definição dos primeiros encaminhamentos e para que seja formulado um calendário de execução da obra.  Serão beneficiados com o abatedouro os municípios de Floresta, Petrolândia, Tacaratu, Jatobá, Itacaruba, Belém de São Francisco e Carnaubeira da Penha, todos compõem o território do Sertão de Itaparica.

Atualmente, a cooperativa já tem garantido para construção do abatedouro, financiamento do Prorural na ordem de R$ 1,3 milhão. Há, também do Prorural, outro financiamento de R$ 250 mil para a aquisição da câmara de frigorífico, além de recurso do BNDES no valor de R$ 1 milhão.

Os recursos já obtidos pela Coopercari estão na ordem de R$ 150 mil, e este valor corresponde à contratação da instalação elétrica, aquisição do terreno, sub-instalação e terraplanagem. O total de investimentos já disponibilizados para construção é de R$ 2,7 milhões.

Diante dos valores apresentados, o secretário da SARA assegurou que irá ser construído o abatedouro, porém, orientou ao presidente da Coopercapri que a construção será feita de forma modular. Ainda de acordo com Mota, o país atravessa uma crise e não há possibilidade agora de liberar mais recursos. Por este motivo, o projeto da implantação do abatedouro deverá ser enxugado para diminuir o valor. Desta forma o abatedouro de início poderá atender a capacidade de 120 a 150 cabeças por dia, isto é, 50% da quantidade apresentada inicialmente.

Segundo o presidente da Coopercapri, Edmir Souza, “a conversa com o secretário Nilton Mota foi de suma importância, porque ele informou que dará o início à construção do abatedouro, mesmo sob esse cenário de crise em que estamos vivendo”, explica. Na próxima sexta-feira, dia 22, Edmir conversará com o projetista que elaborou o projeto da construção do abatedouro/frigorífico, para reduzir o orçamento do projeto.

“É importante a instalação deste frigorífico em Floresta, porque lá possui uma cadeia produtiva com maior aderência no Sertão. Floresta é o município com mais maior produção de caprinos do Brasil, por isso se faz necessária a agroindústria neste local e circunvizinhos”, completa.

Para a superintendente do Sescoop/PE, Cleonice Pedrosa, a reunião foi importante para definir a construção de abatedouro e adequar o projeto à necessidade da região: “São importantes iniciativas como essa junto ao Poder Público para o desenvolvimento das cooperativas. Os produtores locais serão beneficiados e as cidades é que vão ganhar com tudo isso”, comentou. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PE)

"

Conteúdos Relacionados