Projetos realizam sonhos e transformam o semiárido num celeiro de oportunidades
A vasilha já estava quase vazia quando a água chegou pela primeira vez na torneira da casa de dona Antônia Pereira de Sousa, de 61 anos. “Agora, todo dia chega água pela torneira. Antes, a gente trazia era a água lá do rio (Curu) no lombo de um burrinho, que até por esses dias fugiu”, narra a mãe de nove filhos e avó de 10 netos. Pelas contas das 227 famílias do assentamento Pantanal, em São Luís do Curu, a conquista levou 10 anos para se transformar em realidade e, embora tenha levantado dúvidas de alguns, dona Antônia garante que se manteve firme com a mesma fé que lhe acompanha. “Sempre tive a fé que essa água ia chegar aqui porque com fé em Deus a gente consegue tudo”.
A agricultora representa apenas uma das 34.897 famílias beneficiadas com sistemas de abastecimento d´água pelo Projeto São José. De acordo com o balanço do Governo do Ceará, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), foram investidos mais de R$ 140 milhões para assegurar um direito básico de todos os cidadãos. “Água é vida e saúde, mas também é um bem escasso no semiárido. As pessoas que já possuem água na torneira não conhecem a importância desse bem tão precioso que temos entregado aos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, pontua o secretário De Assis Diniz.
Além de levar a água na torneira para comunidades rurais, a ação protagonizada pela SDA ainda realizou um investimento de mais R$ 72 milhões para construção de 41.387 módulos sanitários e de mais de R$ 106 milhões para 267 implantação de atividades produtivas destinadas a atenderem 7.403 famílias do campo. Por fim, 2.105 famílias foram beneficiadas com a prestação de assistência e outras 11.362 com projetos de mecanização agrícola entregues em 180 comunidades rurais do interior do Estado.
Somente através do investimento na cadeia produtiva da fruticultura, foram investidos mais R$ 12 milhões em produção e beneficiamento de frutas. É o caso da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Pindoretama (Coopafesp), que emprega 30 produtores na fabricação de polpa de frutas e arrecada cerca de R$ 4 milhões por ano. A Cooperativa recebeu um investimento de R$ 463.000,00 para construção e compra de equipamentos e vende os produtos para rede pública de ensino e mercado local.
“Depois que a cooperativa entrou na minha vida mudou muito, porque aqui não sou só eu que trabalho. Eu dou emprego a mais gente. O pessoal vem, faz o produto, repassa para a cooperativa e o lucro é dividido entre todo mundo”, testemunha Maurício Gomes, de 41 anos.
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