Pronunciamento Dep. Odacir Zonta em sessão ordinária da Câmara dos Deputados
* Deputado Odacir Zonta
Sr. Presidente, Deputado Manato, caros colegas Parlamentares, funcionários e funcionárias da Casa, visitantes, o cooperativismo brasileiro tem se apresentado como grande instrumento no processo de desenvolvimento econômico, principalmente na superação das causas sociais. Hoje, na sua evolução, tem a responsabilidade de já ser a maior organização de pessoas no Brasil: 7 milhões e 200 mil famílias associadas no cooperativismo em seus diversos ramos.
O cooperativismo tem um espaço muito grande em temas fundamentais, temas esses que só através dessa organização podem ser suplantados. Nós temos esse exemplo no agronegócio brasileiro, na área da saúde, da educação, no transporte de cargas, no transporte coletivo de pessoas. Temos exemplo no crédito, o que é um avanço muito grande na busca da humanização do crédito.
Vemos aí o resultado do primeiro trimestre dos grandes bancos brasileiros, em que fica clara a absorção daquilo que é a maior concentração de lucros que há neste País, por exemplo, o Banco do Brasil, banco público com mais de 2,4 bilhões de lucro num trimestre. O cooperativismo de crédito é o pêndulo para que se possa dar o equilíbrio entre o social, haver melhor distribuição de renda e também considerar os fatores econômicos.
Nesse particular, meu caro Deputado Arnaldo Jardim, V.Exa., que tem a incumbência de coordenar o ramo do cooperativismo de crédito, gostaríamos de abordar aqui, hoje, 2 temas relacionados com o cooperativismo de crédito: um está inserido na decisão da Frente Parlamentar do Cooperativismo e da organização das cooperativas de realizar, meu caro Deputado Luis Carlos Heinze, no dia 17 de junho, o Seminário de Conscientização Cooperativista para o Congresso Nacional, Deputado Jutahy, no Auditório Petrônio Portela, sob a coordenação e a responsabilidade dos eminentes Deputados Arnaldo Jardim e Paulo Piau, também com a presença, naturalmente, de toda a Frente Parlamentar do Cooperativismo.
Nesse seminário, discutiremos o cooperativismo, colheremos informações dos diversos Estados e dos ramos de atividade, para que os Srs. Senadores e nossos colegas Deputados possam sentir de perto a grande disponibilidade que temos da forma de organização, especialmente dos setores mais necessitados.
Nesse particular, invocamos aqui a necessidade de multiplicarmos a informação, termos a presença do maior número possível de Deputados e Senadores, para aproveitarmos bem o momento e fazermos um planejamento que começa exatamente com a questão do crédito e vai a outros temas. Esse é um dos temas que nós agora, diuturnamente, vamos aqui levantar nesta Casa através dos membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo.
Do outro lado, também invocamos, e o Deputado Arnaldo Jardim já encaminhou, uma audiência com o Sr. Presidente Arlindo Chinaglia, para que ainda hoje possamos, além de definir a presença no seminário do Presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, assim como a do Senador Garibaldi Alves, Presidente do Senado, definirmos a pauta do cooperativismo ainda para este semestre.
Há 2 projetos que estão na prioridade para discussão. Um deles versa sobre o efetivo reconhecimento do sistema cooperativo de crédito. Precisamos formalizar o sistema, que avança no Brasil e já está em todas as pequenas comunidades, nos mais distintos rincões. O projeto, que leva o nº 177, tem prioridade e urgência. Vamos invocar o Presidente Arlindo Chinaglia, para que o coloque na pauta com prioridade, agora que temos espaço, Deputado Edinho Bez, Deputado Celso Maldaner, a fim de que possamos votar matérias de origem Parlamentar.
Outro projeto fundamental é o que trata do reconhecimento do ato cooperativo das cooperativas de trabalho, que pode e será o grande instrumento para retirar da informalidade milhões de brasileiros que não têm o acesso direto ao trabalho organizado e oficial. A cooperativa de crédito é o grande lance para darmos essa oportunidade àqueles"