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O cooperativismo de crédito brasileiro comemora mais uma conquista. Indicadores referentes ao trimestre julho-setembro demonstram que o setor atingiu, e superou, as estimativas de crescimento alinhadas no início do ano. “Ultrapassamos a barreira dos R$ 100 bilhões em ativos”, comemora o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Os dados, divulgados pelo Banco Central (BC) na última semana, confirmam, ainda, a tendência de crescimento acima da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN) praticada durante todo o ano de 2012. De junho a setembro, o crescimento do ramo crédito foi de 4,8% contra 4,2% do SFN. Para Freitas, os dados representam a ampliação do conhecimento pela sociedade e, consequentemente, o aumento da credibilidade no trabalho desempenhado pelo segmento. “Apesar das fortes mudanças ocorridas no mercado financeiro nacional, as cooperativas de crédito conseguiram imprimir um ritmo de crescimento muito positivo, superando os percentuais do ano passado. Além disso, têm se mostrado uma solução eficaz em meio a cenários de crise, fazendo dos momentos difíceis novas oportunidades de negócio”, enfatizou o dirigente.
O ingresso de “depósitos” também foi destaque no período. Atingindo R$ 48 bilhões, o crescimento no trimestre foi de 4,3%, enquanto a média do SFN foi de apenas 0,8%. O índice “patrimônio” também seguiu sua marcha de evolução, atingindo R$ 18 bilhões – crescimento de 5,3% no trimestre, contra 2,2% da média do SFN. A carteira de “empréstimos” do cooperativismo brasileiro atingiu R$ 44 bilhões. O crescimento foi duas vezes maior que o da média do SFN, totalizando 7,5% no trimestre.
No acumulado do ano, até setembro, o consolidado das cooperativas de crédito apresenta todos os seus indicadores com percentuais superiores a média apresentada no SFN, com destaque para a evolução do patrimônio que apresenta percentual superior (16,49%) ao dobro apresentado pela média do SFN (7,55%) e a carteira de depósitos das cooperativas de crédito que até setembro apresentou crescimento de 26,42% contra 3,18% da média registrada no SFN durante o mesmo período.
De acordo com o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, o trabalho de divulgação dos diferenciais competitivos do setor à sociedade também contribui para a evolução. Para ele, o momento vivido pelo país se apresenta como uma oportunidade. “As cooperativas têm mostrado, cada vez mais, para o Brasil o seu potencial como alternativas fortes e inteligentes para soluções financeiras. Os números são resultado do esforço empreendido por todos e refletem a caminhada ascendente do setor em busca da qualidade constante”, destacou.
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