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Brasília, 17/4/2013 – Representantes do ramo habitacional estiveram reunidos em Brasília ontem (16/4) para traçar prioridades do setor. Na oportunidade, o grupo validou o novo regimento interno do Conselho Consultivo do ramo e também elegeu a nova coordenadora nacional: o cargo será ocupado pela presidente do Sindicato das Cooperativas Habitacionais do Rio de Janeiro, Iracy Caldas. Com relação às expectativas para 2013, a nova representante afirmou: “Há muito tempo, nós que atuamos neste ramo, enfrentamos muitas barreiras burocráticas. Especialmente no que diz respeito à concessão de financiamentos para empreendimentos habitacionais. Já temos uma série de demandas elencadas que pretendemos apresentar ao Governo Federal e esperamos conseguir contornar, o quanto antes, estes entraves”.
Iracy refere-se, especialmente, ao tipo de financiamento oferecido pelas instituições financeiras, diretamente com os cooperados. Segundo ela, o processo poderia ser simplificado e agilizado caso a cooperativa pudesse agir como entidade responsável por esse processo. “Quando falamos de um empreendimento com 300 unidades, por exemplo, estamos falando do cadastro de 300 pessoas, que precisam apresentar uma série de documentações, etc. O financiamento sendo realizado diretamente com a cooperativa diminuiria todos esses trâmites, gerando mais fluidez à atividade”, analisa.
Segundo Iracy, o fato de a Caixa Econômica ser a única entidade habilitada para realizar financiamentos aos empreendimentos cooperativos também precisa ser revisto. “Outras instituições, como o Banco do Brasil, já nos procuraram para efetuar essa parceria que, no nosso ponto de vista, também trará benefícios ao setor”, diz.
Diretoria - Realizada pela primeira vez sob o novo modelo de governança do Sistema OCB (no qual os ramos foram reestruturados e contam agora com a interlocução de um membro da Diretoria), a reunião marcou o início de um trabalho que visa fortalecer o segmento. No papel de interlocutor do ramo habitacional está o diretor Esthério Colnago, presidente do Sistema OCB-ES. Segundo ele, o foco principal neste momento é melhorar o entendimento do sistema financeiro sobre o cooperativismo. “Para isso acontecer, é fundamental o engajamento daqueles que realmente compõem o ramo. O fortalecimento do setor virá da união de esforços entre aqueles que vivem a realidade de perto”, afirmou.
Segundo Colnago, na próxima reunião do Conselho Consultivo haverá espaço, justamente, para os integrantes apresentarem as realidades de cada estado. “Em um país de dimensões continentais como o Brasil, é certo que muitas vezes o que funciona para um não necessariamente serve para outro. Com isso em vista, queremos construir diretrizes e políticas que englobem todas essas diferenças, de forma sistêmica”, disse o diretor.
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