Representação: mais força e espaço para o cooperativismo

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Guarujá (11/10) - Com um papel significativo na economia de muitos países, o cooperativismo investe na representação institucional para garantir um ambiente favorável à sua atuação e, consequentemente, ao seu crescimento. Para discutir maneiras de avançar nesse sentido, parlamentares sul-americanos se reuniram nesta quinta-feira (10/10), durante a XVIII Conferência Regional da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas), no Guarujá (SP).

O Brasil, que até então não fazia parte da comissão de parlamentares das Américas, passa a ser representado pelo deputado federal Dr. Ubiali (SP), integrante da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).  “As cooperativas oferecem às pessoas oportunidades de trabalho e ganho de renda, e isso tem de ser reconhecido. Por isso, a importância de encontros como esse, nos quais discutimos caminhos para fazer com que haja de fato uma visão, um espaço político para o cooperativismo”.

ATUAÇÃO ESTRATÉGICA – Na sequência, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou: “trabalhamos em todas as frentes para atender às demandas das cooperativas brasileiras. É parte essencial nesse contexto o esforço conjunto de todo o movimento com os parlamentares para a conquista de marcos legais regulatórios que impulsionem o desenvolvimento da prática cooperativista em nosso País”.  

FORÇA COOPERATIVISTA – Reforçando as palavras do Dr. Ubiali, Freitas disse: “o movimento cooperativista merece esse reconhecimento - da sua contribuição para o crescimento do Brasil. Afinal, as nossas cooperativas conseguem, pela eficiência econômica, gerar eficácia social. Isso fica ainda mais claro quando observamos os indicadores do setor. Mobilizamos hoje cerca de 20% da população brasileira. Para se ter ideia, aproximadamente 50% de tudo que é produzido internamente passa de alguma forma por uma cooperativa”.

COMPROMISSO – O líder cooperativista finalizou seu pronunciamento destacando: “se quisermos continuar crescendo e cumprir efetivamente o que propõe a Década do Cooperativismo, precisamos ter uma representação forte, com pessoas comprometidas com as bandeiras do nosso movimento. Temos um compromisso, não com partidos, mas com parlamentares que defendem a nossa pauta”. 

FRENCOOPS – O exemplo de atuação da Frencoop no Congresso Nacional, conquistando vitórias fundamentais às cooperativas, serviu de referência para a criação de outras frentes do cooperativismo. “É importante fortalecer esse trabalho de representação em todas as instâncias, também nos estados e municípios, das câmaras e assembleias legislativas ao Congresso Nacional. Precisamos difundir esse espírito cooperativista, de inclusão social e desenvolvimento econômico e ambiental”, disse o coordenador político da Frencoop, Odacir Zonta. Também estiveram presentes, os deputados: André Vargas (Paraná), Cesar Colnago (Espírito Santo), Lelo Coimbra (Espírito Santo) e Luís Carlos Heinze (Rio Grande do Sul)

REPRESENTAÇÃO – Nesse contexto, de defesa e promoção do cooperativismo brasileiro, a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Fabíola Nader, falou um pouco mais aos participantes da conferência sobre a experiência brasileira no trabalho de representação. “Essa articulação política é coordenada por nós, do Sistema OCB, com a participação ativa das nossas unidades estaduais e cooperativas, e dos parlamentares integrantes da Frencoop. Estamos sempre atentos às matérias que tramitam no Congresso Nacional, focando o que pode ser positivo e os possíveis desdobramentos prejudiciais à atividade das nossas cooperativas. A intenção, seja no Poder Legislativo ou, ainda, no Executivo e no Judiciário, é a mesma – de garantir um ambiente favorável ao cooperativismo, trabalhando para que as especificidades do setor e suas demandas sejam contempladas em normativos e políticas públicas do nosso País. Além disso, acompanhamos e participamos de debates e projetos internacionais que possam trazer, da mesma forma, desdobramentos favoráveis ou negativos ao movimento cooperativista brasileiro”.

INFRAESTRUTURA – Ainda nesta quinta-feira (10/10), outro painel da conferência, direcionado a serviços públicos, também discutiu questões ligadas à regulamentação. O representante nacional de infraestrutura da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Danilo Roque, destacou a necessidade de um marco regulatório específico às cooperativas do ramo. “Já conseguimos esse avanço para outros ramos do cooperativismo. Além de regulamentar a atividade do segmento, o normativo funcionaria como uma diretriz para o governo e órgãos reguladores, garantindo uma interpretação mais fiel das características do modelo de negócio cooperativo. Isso facilitaria, e muito, avançarmos em uma questão atual junto à Aneel, de revisão da metodologia tarifária do fornecimento de energia elétrica no País. O custo operacional das cooperativas, por exemplo, é diferenciado, é maior, em função do menor número de usuários por quilômetro de rede. Trata-se, inclusive, de algo maior – o processo regulatório do Brasil nesse campo precisa ser revisto”.

CONFERÊNCIA - O evento, que conta com o apoio do Sistema OCB, também é uma realização do Sistema Unimed. Acompanhe no Informativo OCB outros temas debatidos durante a XVIII Conferência Regional da ACI-Américas.

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