Representante do BC defende cooperativismo de crédito

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"As cooperativas de crédito possibilitam maior concorrência no mercado e provocam a queda dos juros para os usuários de serviços bancários". A afirmação foi feita pelo chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central, Amaro Luiz de Oliveira Gomes, durante o seminário promovido hoje (17/6), no Senado Federal, pela Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) para discutir os avanços e desafios do setor.

Segundo ele, as cooperativas de crédito formalizam o acesso de pessoas que precisam de serviços bancários, mas não têm entrada nos bancos tradicionais. Ele participou do painel “O Cooperativismo de Crédito no Brasil”, coordenado pelo deputado federal Arnaldo Jardim, representante do Ramo Crédito, na Frencoop.

Gomes afirmou que o próximo passo para aperfeiçoar o setor é a regulamentação dos fundos garantidores cooperativistas. "Hoje, esses fundos são distribuídos entre várias centrais de cooperativa, mas deverão ser unificados para dar mais segurança ao setor. O Banco Central já está estudando a mudança", revelou.

O representante do Conselho Especializado de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco), Enio Meinen, apresentou aos congressistas a estrutura do cooperativismo de crédito e as razões que o diferencia de um banco mercantil. “As cooperativas atendem populações distante as quais outras instituições financeiras não alcançam, além disso, o cooperado é dono do seu próprio negócio e os investimentos são feitos na própria comunidade onde a cooperativa atua”, ressaltou. 

Outro ponto que Meinen enfatizou é que as taxas cobradas por cooperativas de crédito são menores, se comparados com outras instituições. “Atualmente, essa economia agrega um montante de R$ 1,8 bilhão por ano, valor que retorna ao cooperado”, finalizou.

Vanderley Ziger, representante da Associação Nacional do Cooperativismo de Crédito da Economia Familiar e Solidária, que também participou do painel, destacou que as cooperativas não diferenciam o público como ocorre com os bancos convencionais. Afirmou que as cooperativas são responsáveis por tornar viável o microcrédito a um público de menor poder aquisitivo e oferecem crédito diferenciado, a exemplo de recursos para fomento de turismo e habitação rurais.
 

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