Sérgio Souza defende redução dos custos de produção no agro
A guerra entre Rússia e Ucrânia, desde fevereiro, apresenta um cenário preocupante também para o Brasil. Os principais impactos têm sido no aumento dos preços de alimentos, energia e fertilizantes, insumos dos quais os dois países são grandes fornecedores para o mercado internacional. Para o deputado Sérgio Souza, diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Congresso Nacional precisa apresentar soluções efetivas para combater as crises que afetam o planeta.
“O alimento está chegando cada vez mais caro na mesa do brasileiro e o cidadão está ocupando uma parte cada vez maior do seu salário para consumir esses alimentos. E não é o produtor rural o culpado. Ele está pagando mais por petróleo, maquinário, fertilizantes, insumos e logística também”, afirma o parlamentar.
A produção nacional de fertilizantes é vista pelo parlamentar como uma das principais alternativas para reduzir os custos de produção interna e também a dependência do Brasil para esses insumos. “Temos trabalhado muito para garantir a possibilidade de produção dos fertilizantes no Brasil”, destaca.
Coordenador do Ramo Agropecuário do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, considera que o país tem condições de produzir parte dos insumos internamente e reforça que o setor produtivo não pode ficar à mercê de soluções externas. “Precisamos aumentar a produção dos suprimentos dentro de casa para atender a cadeia produtiva nacional e manter o nivelamento de preços no mercado internacional. Isso faz parte de política pública”, ressalta.
Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) – Lançado em marco deste ano pelo governo federal, o plano possui objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazo e pretende, até 2050, trazer a reduzir a dependência externa do Brasil e melhorar o desenvolvimento do agronegócio. Entre a diretrizes para sua efetivação estão a modernização, ampliação e reativação dos projetos de fertilizantes que já existem no país; a melhoria do ambiente de negócios com objetivo de atrair investimentos para o setor; a promoção de vantagens competitivas para o país dentro da cadeia de produção mundial de fertilizantes; a ampliação de investimentos em atividades de pesquisas, desenvolvimento e inovação; a melhoria no processo de distribuição dos fertilizantes e insumos; e a adequação da infraestrutura para integrar os polos logísticos e viabilizar novos empreendimentos.