Secretário de Política Agrícola detalha o Plano Agrícola e Pecuário no PR
Curitiba (15/6) - O Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2015/2016, lançado pelo governo federal no dia 02 de junho, foi o assunto tratado pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, em sua participação no Fórum de Mercado do Sistema Ocepar. Realizado no auditório da organização, em Curitiba (PR), o evento reuniu cerca de 120 participantes, entre profissionais da área de mercado das cooperativas paranaenses e representantes de entidades parceiras como a Secretaria de Agricultura e instituições financeiras. “Vim aqui com o propósito de detalhar do PAP 2015/2016 no que se refere a financiamento da produção, comercialização e seguro rural”, disse.
RECURSOS – O primeiro ponto abordado pelo secretário foi o volume de recursos anunciados para crédito agrícola, na ordem de R$ 187,7 bilhões, um aumento de 20% em comparação à safra passada. “O valor é estimado e esta é a primeira novidade. Isto porque o orçamento do PAP 2015/2016 terá recursos de um título agrícola chamado de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), o qual, pelos nossos cálculos, terá uma disponibilidade de recursos de cerca de R$ 30 bilhões. É uma estimativa conservadora porque essa disponibilidade pode ser maior”, explica Nassar.
De acordo com ele neste primeiro momento 50% de todas as LCAs lastreadas e captadas pelos bancos serão direcionadas para o custeio da produção. “E os bancos terão que comprovar que emprestaram os recursos das LCAs para financiar a produção agrícola. Vamos acompanhar e avaliar este ano porque a ideia é que, na próxima safra, 100% dos recursos lastreados das LCAs sejam direcionados ao crédito rural”, disse.
CUSTEIO – Outro ponto destacado pelo secretário foram os cálculos feitos para definir o montante que seria disponibilizado para custeio e comercialização. Segundo ele, dos R$ 149,5 bilhões destinados a operações de custeio e comercialização, R$ 96,6 bilhões são equalizados, ou seja, com juros fixos.
“Houve um aumento de R$ 6,5 bilhões nos recursos equalizados, 6,5% a mais em relação à safra passada. Isto, no meu entendimento, foi uma grande conquista se levarmos em conta o cenário econômico”, comentou o secretário, referindo ao fato de que a taxa Selic, que está em 13,75%, desestimula os depósitos tanto em conta corrente quanto na poupança, principais fontes para os recursos equalizados do plano agrícola.
CUSTOS DE PRODUÇÃO - “Outra variável utilizada para calcular o volume de recursos equalizados nesta safra foi a determinação da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para que o índice aplicado considerasse os custos de produção”, comentou.
Nassar contou que os cálculos feitos a partir de dados da Conab mostraram uma elevação de 7,5% nos custos de produção, índice que já leva em conta a forte alta do dólar no mês de março, quando a moeda americana chegou a R$ 3,30. “Então, o aumento de 6,5% no volume de recursos equalizados reflete mais ou menos os 7,5% de aumento nos custos de produção. A métrica foi essa”, ponderou.
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(Fonte: Assimp Sistema Ocepar)