Secretários do Mapa negociam ampliação do comércio de produtos agropecuários com a China
Grande parte do comércio brasileiro com a China está concentrada no complexo soja (grão, farelo e óleo), que corresponde a 93% das exportações para aquele país. Todavia, esse quadro pode ser alterado com a missão brasileira que chega à China sob o comando do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, da qual fazem parte dois secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os secretários de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, e de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, levam documentos com o objetivo de intensificar o comércio de produtos agropecuários com a China aumentando as exportações de carne, conforme estabelecido nos protocolos bilaterais assinados em 2004 (carne de aves de capoeira) e 2008 (de porco).
Além de negociarem a liberação da importação de carnes de aves e suínos do Brasil, os secretários do Ministério da Agricultura buscam ampliar o comércio de carne bovina para aquele país. “A importação já vem ocorrendo, mas queremos que os chineses reconheçam os estados que foram considerados livres de febre aftosa no ano passado”, adianta Porto.
De acordo com a Base de Dados de Estatísticas de Comércio das Nações Unidas (Comtrade), dos US$ 14,164 milhões de carne bovina in natura importados pela China em 2007, US$ 230 mil foram gastos com a compra de carne brasileira. Em se tratando de aves, o Brasil participou com 1,4% do total de importações chinesas.
Plano de ação - A meta do governo é acelerar as negociações em curso sobre a liberalização das exportações de carne brasileira, antes da visita do presidente da República à China, prevista para acontecer entre os dias 18 e 20 de maio. “O nosso trabalho conjunto também visa preparar o caminho para um diálogo regular na área agrícola e de segurança alimentar. Esses assuntos farão parte do plano de ação a ser lançado pelos presidentes Lula e Hu Jintao, da China, ainda este mês, e assinado na reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban) no final do ano”, informa Célio Porto. (Fonte: Mapa)