Selo Agro + Integridade é debatido na CNA
Brasília (11/4/19) – Ao discursar na abertura do painel sobre o Selo Agro + Integridade do Ministério da Agricultura, o presidente da CNA, João Martins, afirmou que a Confederação “estará sempre de portas abertas para o debate do tema integridade, seja no setor público ou no privado”. O evento foi realizado na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e contou com a presença de integrantes do governo, de órgãos públicos, políticos e participantes dos painéis.
No início do discurso, João Martins lembrou que ouviu uma frase que dizia que “integridade é fazer a coisa certa quando ninguém está olhando” e que para o setor agropecuário é “gratificante ver o Ministério da Agricultura despontar de forma pioneira nas ações de integridade pública”.
O presidente da CNA falou sobre parcerias da CNA para a implantação de ações de integridade como instrumento de prevenção à corrupção. Uma delas foi feita com a Controladoria-Geral da União (CGU). E agora com o Ministério da Agricultura participando da comissão do Selo Agro + Integridade. “Nós, da CNA, queremos reforçar o nosso total apoio às empresas do setor agropecuário para que optem por ações de integridade capazes de mitigar o risco à corrupção”, afirmou o presidente da CNA.
“Não cabe mais um país ser carimbado como corrupto. É uma luta sem fronteiras que a CNA vai despender todos os esforços possíveis para que dentro de pouco tempo o Brasil tenha a imagem de um país sério onde todos teremos a consciência de que estamos fazendo a coisa certa.” O Selo Integridade foi criado em 2017 e tem como objetivo fundamental o reconhecimento de boas práticas de produção pelos diversos setores do agronegócio, sob a ótica da responsabilidade social e sustentabilidade, e ainda o esforço para mitigação das práticas de fraude, suborno e corrupção.
OCB
Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes, o selo Agro + Integridade é um marco fundamental para gerar confiança na sociedade. “É fundamental que as empresas do setor se engajem. A integridade só funciona quando as pessoas a trazem como um valor empresarial das instituições. Temos que dar continuidade a esse processo para transformar o selo em uma grande marca que volte a resgatar a confiança que a sociedade precisa ter no agro brasileiro.”
MAPA
De acordo com o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes, o selo integridade nada mais é que uma divisão de responsabilidades entre o governo e o setor privado, que está sendo promovido pelo programa de autocontrole lançado este ano pelo Ministério.
"Esse autocontrole só será possível se as empresas privadas puderem abraçar de forma bastante eficiente a vontade do ministério. Precisamos fazer com que as coisas caminhem naquilo que aprendemos nas nossas casas que é fazer o bem público o bem de todos e esse bem público, com o selo integridade, será carimbado e terá um nome, mas com a certeza que queremos entregar a todos que participam do agronegócio.”
Montes reforçou o apoio da CNA para nortear o Ministério na abertura do mercado interno e externo para os produtos do setor agropecuário. “O selo é importante, ele acontecerá e quem sabe um dia todas as empresas poderão recebê-lo.”
EMBRAPA
O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sebastião Barbosa, agradeceu a participação e afirmou que a empresa há 46 anos faz “certo sem ninguém estar olhando”. Barbosa frisou que as portas da Embrapa estão abertas para que as entidades possam ver o que a empresa está fazendo e possam dar conselhos sobre como podem melhorar o trabalho que desenvolvem.
TCU
Vinicius Neves, diretor da Secex Agroambiental do Tribunal de Contas da União (TCU), parabenizou as entidades pela promoção do painel e pela criação do selo integridade.
"O selo é um indutor da política de integridade não só no ambiente público, mas também na iniciativa privada. Por isso parabenizo Mapa, CNA e OCB pela iniciativa de incluir não somente o combate à corrupção dentro do selo, ele é uma política transversal, onde vemos a questão social, trabalhista e ambiental também.”
Podem participar do selo Agro+ Integridade empresas e cooperativas do agronegócio que estejam diretamente envolvidas na produção de alimentos, insumos agrícolas e produtos agrícolas derivados, menos empresas de logística, transporte e armazenamento. As premiadas têm direito a usar o selo por um período de um ano.
O painel sobre o Selo Integridade do Mapa contou com debates sobre as perspectivas das ações de integridade pública e as perspectivas das ações de integridade no setor privado com foco no agronegócio. Participaram representantes da Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Instituto Ethos, Associação Contas Abertas, empresas e associações do setor.
Texto: Assessoria de Comunicação CNA
Fotos: Tony Oliveira/Wenderson Araújo
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