Seminário debate sobre desafios do agronegócio
Ninaut, que representou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou três problemas que a entidade considera como gargalos que impedem maior competitividade da agropecuária brasileira: a variação cambial, os problemas de biossegurança e as dificuldades de crédito rural para as cooperativas. Na opinião do gerente, o cooperativismo é fundamental para fixar o homem no campo. Ele informou que existem 1.514 cooperativas agropecuárias no Brasil, com 880 mil cooperativados.
O diretor da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Luiz Antonio Pinazza disse que apesar de a oferta de crédito rural ter crescido nos últimos 10 anos, não consegue acompanhar o crescimento da produção e as necessidades do setor agropecuário.
Para o diretor-presidente da Embrapa, Sílvio Crestana, a tecnologia é a forma de combater os gargalos e aumentar a competitividade da agropecuária brasileira. Segundo Crestana, os maiores desafios tecnológicos do Brasil estão na área de agricultura de alimentos, agricultura de fibras e agricultura de energia (para produção de biocombustível).No entanto, ele ressaltou um aspecto que considera muito "positivo e favorável" ao Brasil: a maior área disponível para a agricultura no mundo está em território brasileiro.
Na última década, a agropecuária brasileira ampliou sua participação na formação do produto interno bruto (PIB) e nas exportações. Em 2005, o produto do agronegócio atingiu R$ 538 bilhões (27,9% do PIB), além disso o setor tem forte participação na ocupação econômica da população (37% dos empregos). O evento foi organizado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; pelo Conselho de Altos Estudos e pelas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Com foto e informações da Agência Câmara).