Seminário para coops minerais deve movimentar o Tapajós
Brasília (30/1/20) – Quando falamos em produção de ouro, o Pará é um dos estados que primeiro vêm à nossa mente, por causa do histórico que envolve a Serra Pelada, por exemplo, um dos maiores garimpos do mundo. Mas, ao que tudo indica, essa história está prestes a viver um novo capítulo.
É que a cidade de Itaituba, localizada a 1,3 mil km de Belém, está se revelando um grande caso de sucesso no que diz respeito à extração de ouro e cassiterita. Estima-se que 60% da economia do município, integrante da região conhecida como Tapajós e um dos mais populosos do Pará, gire em torno da mineração desses dois metais.
E é nesse cenário que o Sistema OCB, o Sistema OCB/PA e a Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Tapajós (Fecogat) vão realizar o 2º Seminário do Cooperativismo Mineral. O evento ocorrerá no dia 11/2 no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed). A iniciativa faz parte da programação da OCB/PA Itinerante (ação que leva todos os serviços do Sistema OCB/PA aos municípios mais afastados da capital).
INTERESSE PELA COMUNIDADE
Para o analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/PA e coordenador do seminário, Jamerson Carvalho, o cooperativismo é um movimento capaz de transformar a realidade de todos os lugares onde se faz presente. E, lá no interior do Pará, isso não é diferente.
“Há toda uma cadeia produtiva que gira em torno da mineração. Muitas localidades, hoje em dia, conseguiram se estruturar e estão mudando a perspectiva da população. Um exemplo é o distrito do Crepuzarizão, em que uma cooperativa investe no desenvolvimento da própria comunidade, com a entrega de carteiras escolares, construção de um posto da polícia militar, recolhimento de resíduos sólidos e líquidos e a construção de uma creche”, conta.
Sobre a escolha do local para o seminário, Jamerson explicou que a justificativa é a forte presença de cooperativas minerais na região. “Há uma grande prospecção geral para a região do Tapajós e isso requer organização e respeito à legislação vigente, principalmente no que se refere ao meio ambienta, visando a sustentabilidade da atividade”, completa Jamerson Carvalho.
RAIO X
O cooperativismo mineral é líder no Pará em número de cooperados, com 47.281. Só na região de Itaituba, estão localizadas 10 cooperativas, representadas pela Fecogat. Só para se ter uma ideia, uma dessas coops chega a ter 1,5 mil cooperados. Os quase cinco mil cooperados atuam na extração e comercialização de ouro e cassiterita.
INSCRIÇÕES
O evento deve reunir representantes do setor mineral do Pará e de estados como Mato Grosso, além integrantes dos órgãos de fiscalização, licenciamento e controle. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail: