Seminário reúne coops minerais para debater o futuro

Brasília (10/2/20) – Cooperativas minerais do estado do Pará se reúnem nesta terça-feira, em Itaituba, cidade localizada a 1,3 mil km de Belém, no 2º Seminário do Cooperativismo Mineral, para debater o futuro do setor. O evento é realizado pelo Sistema OCB/PA, em parceria com a Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Tapajós (Fecogat) e ocorrerá no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed). A iniciativa faz parte da ação que leva todos os serviços do Sistema OCB/PA aos municípios mais afastados da capital.

A cidade de Itaituba está se revelando um grande caso de sucesso no que diz respeito à extração de ouro e cassiterita. Estima-se que 60% da economia do município, integrante da região conhecida como Tapajós e um dos mais populosos do Pará, gire em torno da mineração desses dois metais. Vale destacar que, quando falamos em garimpo, o Pará é um dos estados que primeiro vêm à nossa mente, por causa do histórico que envolve a Serra Pelada, um dos maiores e mais conhecidos do mundo.

O cooperativismo mineral é líder no Pará em número de cooperados, com 47.281. Só na região de Itaituba, estão localizadas 10 cooperativas, representadas pela Fecogat. Só para se ter uma ideia, uma dessas coops conta com 1,5 mil cooperados. Juntas, elas reúnem quase cinco mil cooperados que atuam na extração e comercialização de ouro e cassiterita.

 

INTERESSE PELA COMUNIDADE

Para o analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/PA e coordenador do seminário, Jamerson Carvalho, o cooperativismo é um movimento capaz de transformar a realidade de todos os lugares onde se faz presente. E, lá no interior do Pará, isso não é diferente.

“Há toda uma cadeia produtiva que gira em torno da mineração. Muitas localidades, hoje em dia, conseguiram se estruturar e estão mudando a perspectiva da população. Um exemplo é o distrito do Crepuzarizão, em que uma cooperativa investe no desenvolvimento da própria comunidade, com a entrega de carteiras escolares, construção de um posto da polícia militar, recolhimento de resíduos sólidos e líquidos e a construção de uma creche”, conta.

Sobre a escolha do local para o seminário, Jamerson explicou que a justificativa é a forte presença de cooperativas minerais na região. “Há uma grande prospecção geral para a região do Tapajós e isso requer organização e respeito à legislação vigente, principalmente no que se refere ao meio ambienta, visando a sustentabilidade da atividade”, completa Jamerson Carvalho. (Com informações do Sistema OCB/PA)

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