Seminário Tendências do Agronegócio forneceu subsídios para tomada de decisões

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"Na minha visão, nós atingimos plenamente os objetivos, trazendo esses cenários com especialistas e proporcionando subsídios a cada uma das cooperativas para suas tomadas de decisões, suas estratégias de comercialização e de produção", afirmou o secretário executivo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nóbile, no encerramento do Seminário Tendências do Agronegócio - Cenário para 2011, ocorrido nesta terça-feira (19/10), em Curitiba. O evento, promovido pela OCB com apoio da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), reuniu mais de 140 participantes, entre presidentes, coordenadores e técnicos de cooperativas de produção, representantes de organizações estaduais do cooperativismo de várias regiões do Brasil e lideranças do agronegócio.

Na avaliação do gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut, o seminário mostrou que há boas perspectivas para o agronegócio. "A questão era falar de tendências e nós alcançamos essa meta por meio dos palestrantes que falaram sobre milho, soja e câmbio, dentro de uma visão macro, mostrando que nós precisamos entender o nosso negócio e que o cenário para 2011 se torna positivo, desde que estejamos fazendo o nosso dever de casa. O produtor nasceu para produzir e nós precisamos exportar os nossos excedentes. As condições são interessantes para o agronegócio brasileiro. Vimos isso claramente nesse evento", disse Ninaut.

Para o coordenador do ramo agropecuário da OCB e presidente da cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio Baggio, o evento foi importante por promover um alinhamento de informações entre os representantes do ramo agropecuário. E, diante do que foi exposto no evento, ele acredita que as cooperativas devem ficar reforçar sua atenção na condução de suas atividades.  "Eu não vejo com muita simplicidade o desenho que nós temos da nossa agricultura por conta de alguns motivos como a seca, deficiência de infraestrutura, investimentos, entre outros fatores. Mas também não é motivo de desânimo. Nós pudemos observar aqui que o cenário não é crítico, mas também não é tão confortável. Então, isso leva à atenção maior das cooperativas, em relação à gestão, gestão financeira e na assessoria aos nossos produtores. Isso é o que fica de mais importante", frisou Baggio.

O superintende do sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou os debates sobre a questão cambial. "O evento foi muito prestigiado. As cooperativas estiveram presentes, tanto do Paraná como de outros estados. O professor Nathan Blanche forneceu uma visão esclarecedora sobre o câmbio. Não podemos ter a ilusão que vamos conseguir desvalorizar o real para facilitar as exportações do agronegócio. Isso ficou muito claro e foi muito importante o que aconteceu aqui hoje", afirmou Ricken.

A participação no Seminário Tendências do Agronegócio representou um aprendizado para o presidente da OCB/Amazonas, Petrúcio Magalhães Jr. "Foi uma grande oportunidade não só para as cooperativas do Paraná, mas para todo o Brasil. Eu vejo que é importante a gente avaliar os cenários e as tendências para o ano que vem. Nós vemos mudanças se aproximando, mudanças políticas e econômicas. E nós, no Amazonas, mesmo não tendo o agronegócio tão forte, tão bem estabelecido como aqui no Paraná, é importante que a gente venha buscar as informações, reciclar efetivamente o entendimento sobre os fundamentos e fatores que impactam na agricultura brasileira", disse. "O Amazonas está agora passando por uma etapa nova, com novas perspectivas na produção primária, evidentemente respeitando a questão ambiental, já que uma característica diferente de todo o País que nós temos é a floresta Amazônica. Ela não pode ser, de maneira nenhuma, esquecida porque faz parte de todo o planejamento de produção. Aqui tivermos uma grande oportunidade de aprendermos com o Paraná, que é um modelo do cooperativismo que respeita o meio ambiente, obtém resultado econômico e, sobretudo, nunca esquece o social", acrescentou Petrúcio.

Resultado
O presidente da cooperativa Castrolanda, Frans Borg, considera que as informações repassadas no seminário vão refletir positivamente nas atividades das cooperativas. "Foi um evento importante para a ampliação da nossa visão de negócio. Nós precisamos estar atualizados e, com certeza, um evento como esse sempre traz informações que podem ser úteis para a tomada de decisões. Por isso, temos que parabenizar a OCB e a Ocepar pela organização do seminário. Acredito que os resultados de ações em cima de informações que pudemos obter aqui vão acontecer", afirmou. Em sua avaliação, o agronegócio apresenta um quadro com pontos positivos e outros preocupantes. "Em relação aos preços das commodities há um certo otim"

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