Setor de reciclagem também avalia efeitos no País
Nesta terça-feira (2/6) aconteceu Audiência Pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) com o objetivo de discutir as consequências da crise financeira internacional no setor de reciclagem do Brasil, a pedido de requerimento do deputado Fernando Gabeira. O diretor do Departamento de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silverio da Costa, responsável pelo setor de reciclagem, declarou que os catadores de papel são prioridade para o governo federal. O governo pretende criar as políticas públicas para o setor e gerar novos modelos de gestão.
Já o representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Luiz Henrique da Silva, por sua vez, apresentou dados de que a crise econômica diminuiu a renda dos catadores de lixo em até 81%. Integrante de uma cooperativa de catadores de Belo Horizonte (MG), ele destacou que enquanto a prefeitura, com toda a sua estrutura, separa entre 150 e 200 toneladas de material reciclado por mês, as cooperativas conseguem juntar 400 toneladas mensais na capital mineira.
O diretor-executivo do Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem -, André Vilhena, lembrou que existem hoje 600 cooperativas de catadores registradas na sua ONG. Ele ressaltou ainda que, entre os campeões de reciclagem, estão as latas de alumínio, com reaproveitamento de 96,5%; os papelões, com reciclagem de 79,5%; e as garrafas PET, que são reutilizadas em 53% dos casos.