Sistema OCB e Anda debatem Plano Nacional de Fertilizantes
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) se reuniu nessa terça-feira (22) com representantes das cooperativas agropecuárias, federações, unidades estaduais do sistema e a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) para definir o encaminhamento de demandas apresentadas pelo cooperativismo, bem como discutir e entender as dificuldades do atual cenário de fertilizantes. O objetivo do encontro foi subsidiar e apoiar a atuação institucional e cooperativista junto ao governo federal e o setor em relação ao tema.
Presente na reunião, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, explicou que é “necessário manter uma visão estratégica e conjunta para podermos alcançar uma sustentabilidade nacional e global. Uma das ações já propostas pelo Ministério da Agricultura, em conjunto com a Embrapa, é a otimização do uso de fertilizantes sem prejuízos ao produto final. Acreditamos que essa é uma das alternativas que poderá ser implementada em curto prazo, mas há outras de médio e longo prazo que também precisam ser consideradas”.
A fala do diretor executivo da Anda, Ricardo Tortorella, foi inicialmente voltada para um preâmbulo sobre a visão da cadeia de fertilizantes em relação ao atual cenário. Nesse sentido, ele destacou que a crise dos fertilizantes vem de um momento anterior ao da guerra entre Rússia e Ucrânia, devido as sanções vigentes na Belarus, uma das principais fornecedoras de cloreto de potássio, agravadas pelo fechamento dos portos Lituanos. Destacou ainda que hoje o principal problema é em relação a oferta desses insumos potássicos, frente a impossibilidade de escoamento e pagamento do produto.
O diretor também afirmou que o desejo da Anda é incentivar cada vez mais a produção de fertilizantes e que entidade vai continuar desenvolvendo ações nesse sentido. “Os produtores brasileiros são os players mais importantes para a segurança alimentar do mundo e reduzir nossa dependência externa desses insumos é fundamental”, ponderou.
As cooperativas voltaram a defender a necessidade de um Plano Safra mais robusto para atender as necessidades dos produtores diante do “cenário turbulento” atual. Ao final, o presidente Márcio Freitas agradeceu a participação dos presentes e reforçou a luta pela inclusão do Ato Cooperativo na Reforma Tributária (PEC 110/19), que também trará mais tranquilidade aos cooperados e cooperativas.