Sistema OCB participa de encontro sobre Reforma Tributária promovido pela Ocemg
Esclarecer os principais pontos da proposta da Reforma Tributária brasileira e seus impactos para o setor cooperativista. Esse foi o objetivo do encontro que aconteceu nesta segunda-feira (17/04), na sede do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte, com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do deputado federal Reginaldo Lopes (MG). “A Reforma Tributária não é uma questão de governo. É uma questão de país, de pátria. Por isso, estamos atentos à discussão no Congresso”, disse o presidente.
Márcio Lopes também ressaltou que o movimento cooperativista cresce a cada ano e que a meta é de expansão. “Vamos bater um R$ 1 trilhão em movimentação econômica até 2027. Chegar à casa de 30 milhões de cooperados e gerar pelo menos um milhão de empregos diretos nas cooperativas. O cumprimento dessa meta, no entanto, depende, entre outros fatores, da concretização da Reforma Tributária. Não buscamos vantagens, queremos justiça e um tratamento adequado para as cooperativas. Não podemos sofrer discriminação nesse processo”.
Coordenador do grupo de trabalho da Reforma Tributária na Câmara, Reginaldo Lopes também defendeu a pauta que visa alterar a cobrança de tributos no Brasil, uma das mais altas do mundo, e reconheceu o importante papel das cooperativas para o desenvolvimento brasileiro. “A reforma visa modernizar o nosso sistema tributário. É fundamental para que o Brasil seja competitivo. Não haverá mudanças na relação do cooperado com a cooperativa e vice-versa. O que nós vamos discutir é com os terceiros que, neste caso, teriam a tributação. Temos a certeza de que queremos fortalecer esse modelo de negócio, muito mais viável socialmente e justo no ponto de vista de uma nação”.
O presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, também enfatizou a necessidade de modernização do sistema tributário, uma das principais pautas do cooperativismo. “O sistema fiscal tributário deste país é um cipó em que não se consegue desfazer a quantidade de nós. E, neste momento, em que é preciso equilibrar as contas, que é necessário fazer receita e reduzir gastos, temos que estar atentos e conversar muito sobre isso com as lideranças cooperativistas, isso é da mais alta importância”, disse.
O advogado tributarista João Muzzi encerrou o encontro destacando a necessidade de alívio na carga tributária no cooperativismo. “Somos uma sociedade sem fins lucrativos por lei. A busca do bem comum, sem fins lucrativos, transferindo riqueza para o cooperado, é a essência básica do cooperativismo. O cooperativismo foi, é e será pagador de tributo. E não é pouco tributo, mas é preciso avaliar a questão do ato cooperativo para que o setor não seja prejudicado”, observou.