Sistema OCB recebe homenagem em solenidade aos extensionistas rurais

Dinamizar as economias locais com apoio social e repasse de saberes aliados às inovações tecnológicas é o papel do extensionista rural. A maior parte dos produtores cooperados contam com o auxílio destes profissionais, que têm contribuído para o aumento da produção com sustentabilidade. Nesta segunda-feira (5), o Sistema OCB recebeu comenda, em nome de sua superintendente, Tania Zanella, durante a sessão em homenagem aos 74 anos do Dia Nacional do Extensionista Rural, comemorado em 6 de dezembro em todo o país. A superintendente agradeceu a condecoração e cumprimentou a todos os extensionistas, em nome dos nove mil profissionais que prestam seus serviços para as cooperativas.

“Nestes 74 anos, as cooperativas foram extremamente importantes para o desenvolvimento do que é a extensão rural hoje. Para se ter uma ideia, dos mais de 1 milhão de cooperados associados às nossas mais de mil cooperativas agro, 72% são de perfil de agricultura familiar e 63% deles recebem assistência técnica. Quando olhamos para os produtores não cooperados, apenas 20% contam com esse auxílio técnico. Daí a importância de se fortalecer as políticas públicas para o setor, que representa 27% do PIB  brasileiro, e garantirmos uma agricultura cada vez mais forte para atender as demandas do Brasil e do mundo”, afirmou a superintendente.

A solenidade foi promovida pela Câmara dos Deputados, solicitada por meio de requerimentos apresentados pelos deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) Zé Silva (MG), Bohn Gass (RS) e Reginaldo Lopes (MG).

No Brasil, os primeiros registros da extensão rural são do ano de 1948, segundo os requerimentos dos parlamentares. “Atualmente, o serviço é oferecido a cerca de 5.359 municípios, e conta com a atuação diária de quase 20 mil extensionistas”, contou o deputado Bohn Gass, que foi o relator da Lei 12.897/13, responsável pela criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Ele reforçou a necessidade de mais investimentos no setor, por meio da agência.

“Para valorizarmos o papel do extensionista, que está ligado à segurança alimentar e nutricional, e também às boas práticas que interferem para a redução da crise climática, precisamos de mais investimentos. Com isto, novas ferramentas e metodologias modernas de gestão darão as condições adequadas para criarmos uma cultura de excelência na prestação destes serviços. Por consequência, teremos cada vez mais qualidade na vida para as famílias rurais e dos produtos que chegam à mesa dos consumidores”, salientou o parlamentar.

Já o deputado Zé Silva destacou três pontos para avançar: aumentar a autonomia da Anater para, entre outros aspectos, receber recursos nacionais e internacionais; recriar o Ministério da Agricultura Familiar para garantir prioridade ao segmento com combate à inflação e a fome; e, por fim, resgatar políticas públicas importantes como o Programa de Aquisição de Alimentos. Ele adiantou que a Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural fará, em 2023, uma reunião por mês para debater oportunidades e desafios para o segmento.

“Investir no Brasil é investir em assistência técnica e extensão rural. Só assim teremos sistemas produtivos sustentáveis e a garantia do sustento de mais de 23 milhões de famílias. Além dos benefícios para o agronegócio, vamos combater esse câncer na imagem do Brasil que é o desmatamento”, evidenciou Zé Silva.

Ainda durante a solenidade, foi entregue ao coordenador do Grupo de Trabalho do Desenvolvimento Agrário, da equipe de transição do governo federal, deputado Pedro Uczai (SC), uma minuta de Medida Provisória para a manutenção do auxílio emergencial para os pequenos produtores, previsto na Lei 14.275/21, que expira neste mês.

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