Stephanes abre o plantio do trigo no Paraná
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes participou nesta sexta-feira (3/4), da solenidade de lançamento do plantio do trigo no Paraná, realizada na sede Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), em Cascavel, com a presença de 1200 produtores.
Também estiveram presentes o governador do Paraná, Roberto Requião, o vice-governador, Orlando Pessuti, o secretário da Agricultura, Valter Bianchini, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, o presidente da Coodetec, Irineo da Costa Rodrigues, dirigentes de cooperativas, deputados estaduais e federais, prefeitos de 19 municípios da região, entre outras lideranças políticas e do setor produtivo. Na oportunidade, a Coodetec também promoveu o lançamento da nova cultivar de trigo CD 150.
Apoio na comercialização - O ministro Reinhold Stephanes garantiu apoio do governo federal na comercialização do trigo nesta safra. "Em 2009 vamos tomar precauções para evitar o que aconteceu no ano passado, quando o Brasil importou trigo do Canadá e dos Estados Unidos e, quando começou a colheita, os moinhos tinham trigo em estoque. Por isso, eu não aceito a importação de trigo se não houver garantia de comercialização do trigo brasileiro após a colheita", afirmou ele na cerimônia de lançamento. Stephanes lembrou que sempre sonhou com a autossuficiência brasileira na produção de trigo. "Passados 30 anos, vejo que esse sonho é possível, já que alcançamos uma boa produtividade, de 3 mil quilos por hectare, um trigo bom, de variedades boas, desenvolvidas por instituições de pesquisa como o Iapar, Embrapa e a Coodetec. É importante que isso venha a acontecer", ressaltou.
Crise - Na avaliação do ministro, o país deve se preparar para o período após a crise. "O Brasil é autossuficiente em praticamente tudo, alimenta sua população e exporta para 180 países. E somos os maiores exportadores em uma série de produtos. Quando a crise chegou, tivemos alguns problemas. A crise nos afetou, mas menos em relação a outros países. Mas vai passar e os países vão ter que repor estoques e temos que estar preparados para produzir e fornecer esses alimentos que o mundo precisa. Isso nos leva a acreditar no trigo e que devemos novamente retornar à política de autossuficiência", acrescentou.
Outras garantias - De acordo com Stephanes, o agricultor poderá contar com o apoio do governo para que tenha condições de continuar plantando. "Garantimos a todos que não deve faltar crédito, o preço será garantido, a comercialização será garantida e as importações só se darão quando tivermos segurança da comercialização do nosso produto. O importante é que o Brasil precisa continuar plantando. A saída para o País é a agricultura. Se o país se orgulha de ter 200 bilhões de dólares em caixa, 100% do total foram gerados no superávit agrícola. O país precisa reconhecer isso", completou.
Cooperativas - O ministro da Agricultura também salientou a importância das cooperativas no processo produtivo do país. "Acreditamos no cooperativismo como o grande instrumento, talvez o único que nós temos para melhorar a nossa produção. Procuramos estabelecer uma parceria com a área cooperativista e, sempre que elas nos procuram, as portas estão totalmente abertas. Temos que ser aliados e parceiros", afirmou Stephanes.
Seguro agrícola - No lançamento do plantio de trigo, o governador Roberto Requião apresentou as medidas de apoio por parte do governo do Estado para os agricultores. Uma delas refere-se ao seguro agrícola. "A proposta é que o Estado banque a participação do agricultor no custo do seguro da safra. Hoje 70% é bancado pela União. Eu proponho que o Estado banque 15% do seguro e 30% quando o agricultor tiver entrado no Programa de Irrigação Noturna, porque aí teremos quase que uma garantia verdadeira de safra, correndo apenas o risco de uma chuva excessiva", afirmou.
O governador propôs estender os benefícios do Programa de Irrigação Noturna aos triticultores paranaenses. "Estamos dando um desconto das 21h30 às 6 da manhã sobre o preço da energia elétrica para a irrigação. Apenas 12% do valor da energia urbana paga o produtor rural que resolva irrigar as suas terras. Precisamos da garantia da irrigação para termos a garantia da produção. A água é fundamental, a ciência e a tecnologia terão sempre aspectos positivos, mas sem água no momento certo não há safra. O programa oferece 75% de desconto sobre a energia rural e também financiamos os equipamentos da irrigação", afirmou.
Coodetec - "Temos que comemorar os novos preços mínimos, e as condições de financiamento para a nova safra, que trazem novos alentos aos produtores. Não é necessário importar trigo para termos matéria-prima de qualidade", afirmou o presidente da Coodetec, Irineo da Costa Rodrigues. A Coodetec &ea"