Tem início, em BH, a edição 2013 da Semana Internacional do Café
Belo Horizonte (09/09) – Empresários, dirigentes e representantes de grandes empreendimentos cafeeiros – de mais de 70 países – estão na capital mineira para participar da Semana Internacional do Café 2013. O evento está sendo realizado no Expominas e recebe, paralelamente, dois importantes acontecimentos: a reunião de 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC) e a 8ª edição do Espaço Café Brasil. Promovida pelo governo de Minas Gerais, a Semana Internacional do Café conta com parceria e presença do Sistema OCB da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg). O presidente Márcio Lopes de Freitas que, na manhã de hoje, acompanhou a abertura oficial, destacou a relevância do evento para o Brasil:
"É sempre um prazer estar aqui em Minas Gerais. Para nós do Sistema OCB é imprescindível fazer parte deste evento. Não dá para se falar em cafeicultura brasileira sem falar em cooperativismo. Hoje, existem 103 cooperativas no Brasil que trabalham com café. Destas, 59 estão em Minas Gerais. Do total do café produzido no país, 48% passou, em algum momento, por uma cooperativa brasileira. A cafeicultura brasileira não teria a pujança que tem sem o cooperativismo. É, de fato, um segmento com importância econômica e social muito grande”, analisa.
Segundo Márcio Freitas, o setor cafeeiro lida – no momento - com um cenário de crise mundial. “Esta crise existe realmente e a solução para enfrentá-la passa por vários processos, incluindo políticas públicas, disponibilização de crédito, etc. Mas a primeira solução é nos organizarmos e estarmos coesos. Esta será a melhor resposta para enfrentarmos a crise. E organização social é uma especialidade do cooperativismo. Nós vamos precisar de muito capital social para enfrentar a crise e, de forma organizada, dialogar com parceiros, aliados, e negociarmos necessidades. Isto é formação de capital social e é por isso que estamos aqui: queremos tornar esse processo cada vez mais forte - especialmente na cafeicultura."
Na abertura oficial que deu início à reunião de 50 anos da OIC estiveram presentes ministros, embaixadores, deputados federais, além do governador do estado, Antonio Anastasia que, em seguida à cerimônia, percorreu os stands montados na feira. O primeiro a ser visitado foi o do Sistema OCB/Ocemg, onde estavam o presidente Márcio, o superintendente Renato Nobile e o assessor executivo e de relações institucionais do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti.
OBJETIVO – O evento objetiva promover o debate sobre a produção e os rumos do mercado de café. A Rodada de Negócios é uma das principais atrações aguardadas pelos participantes. Nela, produtores e compradores ficarão frente a frente para fazerem negócios. Degustadores e profissionais que garantem o padrão e a qualidade na seleção dos cafés estarão presentes dando apoio aos compradores que poderão provar e negociar alguns dos melhores cafés do mundo.
Confira o que disseram as autoridades, durante a abertura do evento:
VALOR - "Em primeiro lugar, quero frisar que é uma enorme honra participar desta solenidade aqui em Minas Gerais. O café para os mineiros tem valor muito maior que o econômico. Traz consigo o peso da formação da identidade cultural de nosso estado. Trata-se de um instrumento de prosperidade e desenvolvimento social. Precisamos cada vez mais planejar, fomentar e apoiar aqueles que desejam agregar valor ao café." (Antonio Anastasia – Governador de Minas Gerais)
DIÁLOGO - "O café é uma bebida que une povos. Nós somos um País de paz e é assim que queremos continuar sendo vistos. Minha esperança é de que encontros de diálogo como este se multipliquem cada vez mais!" (Fernando Pimentel – Ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio)
RECURSOS – o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Andrade, reforçou a importância histórica e cultural do café para o Brasil e garantiu que "ainda nesta semana serão depositados os recursos destinados ao crescimento do setor, inclusive aqueles destinados às cooperativas."
SUSTENTABILIDADE – "Gostaria de expressar nossa gratidão aos governos de Minas e brasileiro por acolher esta nossa celebração do cinquentenário da OIC. Muito mudou e evoluiu no cenário cafeeiro mundial nesse período, mas uma necessidade continua premente: a do diálogo. A pobreza e a preservação ambiental são preocupações constantes da OIC para garantir a sustentabilidade do setor em seus três pilares: econômico, social e ambiental. A atuação humana pode ser canalizada para alcançar soluções viáveis nos dias de hoje para estes desafios." (Robério Silva – diretor executivo da OIC)
ORGULHO - "Falo em nome de todos os produtores rurais do País do orgulho que nós, cidadãos mineiros, temos em receber este evento em nossa capital, com a participação de 70 delegações internacionais. 90% do café produzido no mundo vem de pequenos e médios produtores, o que ressalta sua relevância não só econômica como social. O café foi um dos pilares do desenvolvimento de Minas Gerais. Sua cadeia de produção é bastante longa e demanda políticas públicas que envolvem diversos órgãos do governo. Por isso muitas vezes os acontecimentos são demorados. Mas a agricultura tem naturalmente prazos para ser eficaz. Precisamos de políticas em caráter de urgência para rever isto." (Roberto Simões – presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais e conselheiro do Sebrae Nacional)