Trigo apresenta boas perspectivas para o produtor, diz diretor da Coodetec
As perspectivas para a safra de trigo e o final da safra de soja no Rio Grande do Sul, foram avaliadas pela Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec). A reunião aconteceu na Cooperativa Tríticola de Não-Me-Toque (RS), nesta quarta-feira (15/4). Apesar da falta de uma política de preços adequada às necessidades do produtor desestimular o plantio, o diretor executivo da Coodetec, Ivo Carraro, ressalta que o trigo continua sendo uma boa fonte de renda para o inverno.
Para garantir melhores resultados, Carraro destaca a necessidade do agricultor investir na qualidade da produção. Ivo Carraro afirma também que o bom planejamento da safra de trigo, como a escolha da variedade mais adequada ao que o mercado procura, é fundamental para obter lucro. “Notamos que o agricultor está preparado para plantar trigo, mas ainda se encontra meio inseguro. O Brasil precisa de trigo, por isso insistimos na busca de informações por parte do produtor. Existe a exigência de mais qualidade e o RS tem potencial para isso”, enfatiza.
Segundo Carraro, o agricultor não é o último cliente. “Ele faz parte de uma cadeia”. O diretor defende a idéia de que o produtor de trigo precisa estar atento àquilo que o mercado consumidor precisa, porque, a partir desta busca de qualificação, vislumbrará um bom negócio.
Ivo Carraro afirma que o trigo é uma excelente cultura, inclusive para a cobertura de solo, mas que esta acaba sendo uma visão muito limitada do que a cultura do trigo pode representar economicamente para o Estado. “Não podemos mais tratar o trigo só para cobertura de solo e sim como fonte de renda, algo mais profissional”, diz.
A diferença de preço está na qualidade do grão produzido. “Muitas vezes o agricultor não investe porque acha o lucro pequeno. Quem compra, compra a partir da qualidade que deseja. O agricultor precisa pesquisar um pouco mais e investir neste sentido”.
O diretor executivo da Coodetec orienta o produtor para que procure se informar sobre as questões: qualidade, preço e políticas de governo. “Existem muitas opções e a cultura é altamente viável. Planejamento também é o alicerce do negócio”. (Fonte: Cotrijal)