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Um Brasil mais cooperativo



Brasília (17/7/19) – A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) é composta por 264 deputados federais e 37 senadores. É também uma das frentes mais atuantes do Congresso Nacional e uma das estratégias do cooperativismo brasileiro na hora de propor e cobrar políticas públicas ou defender as demandas do setor junto aos Três Poderes da República.

O deputado federal Evair de Melo (ES) preside a Frecoop é o entrevistado da revista Paraná Cooperativo deste mês. Para ele, uma “ação política eficaz tem como consequência a melhoria do ambiente de negócios das cooperativas”. Confira abaixo um trecho do que disse o parlamentar.

 

DIÁLOGO

Ter mais representação política em todas as esferas de poder confere mais estabilidade e segurança ao setor cooperativista?

Sem dúvida. O diálogo torna-se mais assertivo com quem conhece e tem informações sobre o setor. Como exemplo cito a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, uma engenheira agrônoma e produtora rural, que tem conhecimento e sensibilidade sobre o cooperativismo. Mas eu gostaria de ver também um cooperativista à frente do Ministério da Economia, do Banco Central, no Supremo Tribunal Federal e, por que não, na Presidência da República. É essa ousadia que temos que ter para avançar além do nosso quadrado e ocupar mais espaço político. Por isso, a Frencoop quer conversar com os cooperativistas brasileiros, com a sociedade organizada e ouvir suas demandas. Estou confiante que teremos o respaldo necessário para agirmos com coragem e determinação no Congresso Nacional, fazendo a nossa parte para ter um país melhor e mais cooperativo.

 

ATUAÇÃO FOCADA

Quais suas principais bandeiras e prioridades na Frencoop?

A Frencoop tem como objetivo principal difundir o cooperativismo por todo o país. Temos o desafio de universalizar essa filosofia tão importante, que consegue produzir riquezas e distribuí-las de uma forma justa e transparente. Atuamos para disseminar os princípios e valores cooperativistas dentro do Parlamento, para que mais parlamentares conheçam e compreendam o cooperativismo. Dessa forma, ajudamos a divulgar o modelo de negócios cooperativo, ampliando sua presença e força em todo o Brasil. Um ambiente justo, que dialoga com a ciência, a tecnologia e a preservação de culturas e valores, permite que mais cooperados tenham a oportunidade de inserção na cadeia produtiva de sua atividade, participando de forma competitiva do mercado por meio de uma cooperativa. Minha missão como presidente da Frencoop, atuando alinhado com o Sistema OCB, é a construção conjunta de uma agenda de trabalho. Vamos rodar o país todo para conversar e conhecer com profundidade as demandas e anseios dos cooperativistas.

 

SISTEMA S

Como a Frencoop se posiciona com relação aos riscos de cortes ao Sistema S?

A Frencoop é totalmente contrária a qualquer possibilidade de redução da força e importância do Sistema S. O bom Sistema S, que tem utilidade para as pessoas e traz solução para muitos dos problemas do país, tem que ser valorizado, aperfeiçoado e fortalecido. São instituições que cumprem seu papel educacional, atuando com competência em capacitação, orientação e qualificação. O governo tem a obrigação e a legitimidade de cobrar resultados, e cabe a nós mostrar que o nosso sistema inclui as pessoas, as capacita, melhora a produtividade e as leva para o domínio do conhecimento. Penso que temos uma oportunidade de fazermos uma reflexão interna, um realinhamento. O Sescoop, no meu ponto de vista, é o modelo a ser seguido.

 

O Sistema S é um instrumento fundamental para a capacitação e desenvolvimento do cooperativismo?

O mundo evoluiu e mais do que em outras épocas, a capacitação tornou-se imprescindível para o desenvolvimento profissional das pessoas. Por exemplo, na área agrícola, o tratorista antigamente era um trabalhador geralmente com pouca instrução e qualificação. Hoje, para operar um trator ou uma colheitadeira é preciso saber utilizar o GPS e uma série de instrumentos de comando digitais. No caso do produtor rural, ele necessita ter um bom conhecimento de economia financeira e mercado, para fazer a gestão adequada de seu negócio. E o Sistema S preenche essa lacuna com eficiência, promovendo a qualificação de toda a cadeia produtiva.

 

REFORMAS

Qual o posicionamento da Frente Parlamentar quanto às reformas previdência e tributária?

A nossa posição é que as reformas são uma prioridade para o Brasil. O país não pode mais esperar. A reforma da Previdência já ganhou as ruas, com um sentimento popular de compreensão quanto à necessidade de mudanças, e a sociedade organizada tem posições claras e definidas da urgência disso. A reforma da Previdência já deveria ter sido feita, inclusive no mandato anterior, e não podemos mais trabalhar com a hipótese de postergá-la. Temos que pensar nas futuras gerações, que terão garantias de suporte com a reforma

Uma consequência que também teremos é o restabelecimento dos investimentos no setor produtivo e na infraestrutura, o que vai impulsionar os indicadores econômicos do país e, principalmente, gerar mais empregos, num momento em que milhões de brasileiros estão sem trabalho. Temos o desafio de reerguer a indústria do país, criando um ambiente de empregabilidade, por isso é necessário também fazer a reforma tributária. Simplificar o nosso modelo tributário, que é muito caro, injusto e difícil de ser aplicado, é reduzir o fardo dos tributos sobre os empreendedores, pois esse sistema não favorece o emprego e ainda afeta a renda das pessoas. São agendas estruturantes que merecem toda a atenção da Frencoop e do cooperativismo.

 

ÍNTEGRA

Clique aqui para ler a íntegra da entrevista.

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