União entre instituições é reforçada em encontro com a Seapec

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Rio de Janeiro (13/7) – O agronegócio é uma das atividades econômicas mais fortes no estado do Rio de Janeiro e, em alguns casos, o único sustento das famílias em tempos de crise. O leite, por exemplo, importante produto da cesta básica brasileira, é pressionado economicamente por vários fatores. Perecível, está sempre no meio de um processo de altos e baixos, com seus custos mantendo-se elevados para cooperativas e produtores.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,82% em junho, acumulando alta de 6,42% no ano e de 9,15% nos últimos 12 meses. Em junho, os produtos que tiveram predominância de alta nos preços foram carne bovina, pão francês, batata, manteiga e o leite. O preço do leite segue em alta pelo quarto mês consecutivo, devido ao período de entressafra. Em junho, 15 cidades tiveram aumento, com destaque para Florianópolis (4,99%), Goiânia (3,43%) e Belo Horizonte (3,14%). No Rio de Janeiro, no entanto, diminuiu (-0,32%).

Em reunião no dia 8 de julho do secretário estadual de Agricultura e Pecuária, deputado Christino Áureo, e da presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater Rio), Stella Romanos, com o presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, e o diretor da OCB/RJ, Vinícius Mesquita, alguns desses temas foram tratados.

Também foi feito um retrospecto das mudanças nos produtos com a entrada da Tetrapack no mercado e a importância do marketing no setor, bem como a participação das cooperativas em convênios com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapec), e aquisição de merenda escolar em alguns municípios por produtos de cooperativas.

Marcos Diaz afirmou que o cooperativismo está na base da atividade produtiva rural do Estado. "As cooperativas agropecuárias estão presentes em vários municípios e uma cadeia produtora forte mantém o sistema em operação".

Christino Áureo vê uma boa evolução no segmento, destacando cooperativas de excelência e a atuação dos produtores em conjunto com os programas da Seapec, como o Rio Rural e o Rio Genética.

Fazendo um paralelo de gastos, o secretário levantou o uso dos celulares. O consumidor paga, muitas vezes, mais em uma conta de telefonia móvel do que ele precisa para colocar o equivalente de leite na mesa de sua família. "O gasto médio mensal é de R$ 60,00 com leite e R$ 96,00 em uma conta de celular", comparou.

Regular o setor é fundamental. "É importante trabalharmos na regulação do setor para que possamos acompanhar onde estão as margens de lucro e os principais custos dos envolvidos no processo. Percebo que as cooperativas não conseguem identificar onde estão os concorrentes e desenvolver estratégias de comunicação para superar os problemas", disse o secretário.

As grandes marcas estão voltando às suas origens, traduzindo em forma de marketing a qualidade de seus produtos. "Isso precisa também ser adaptado para a cadeia produtiva da agropecuária cooperativista", acrescentou Christino Áureo.

Stella Romanos comentou que sempre há um ponto de intercessão entre as instituições em prol do produtor rural. "Trabalhamos em várias frentes, tanto com o produtor rural quanto apoiando e operacionalizando os programas da Seapec, como infraestrutura de escoamento da produção e orientação do que o produtor pode colocar à venda no mercado. O que é mais indicado para ele produzir e que possa ter maior lucro na venda", disse a presidente da Emater Rio.

Reunião de trabalho

Participaram de reunião de trabalho realizada no Sistema, o coordenador técnico do programa Rio Genética, professor Luiz Altamiro Nogueira, e o presidente da Unimev Rio, Marcelo Drummond, que atualizaram as informações do convênio Sescoop/RJ - Seapec, no programa Rio Genética, que beneficia cooperativas produtoras de leite, em ações como o processo de Inseminação Artificial por tempo Fixo (IATF).

Censo do Leite

O Sistema OCB, em parceria com a Embrapa Gado de Leite, inicia em agosto o Censo do Cooperativismo de Leite. A expectativa é que mais de 200 cooperativas de todo o país sejam ouvidas. O objetivo é levantar os principais gargalos e os desafios do setor para, a partir daí, elaborar uma política de atuação orientada, pautada nas demandas mais urgentes do segmento.

O censo foi lançado no dia 8 de julho, durante a reunião dos integrantes da Câmara do Leite do Sistema OCB, na sede do Sistema, em Brasília. O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforçou a necessidade de o setor estar unido para continuar pensando nos melhores caminhos para seu crescimento.

“É preciso estarmos com as nossas bases sólidas, preparando as cooperativas para enfrentarem o que virá pela frente. Estamos vivendo um cenário onde novos ministros e presidentes de autarquias passam a assumir as pastas das quais precisamos estar mais próximos. Se estamos aqui hoje é porque temos o dever de melhorar a qualidade de vida do cooperado e de sua família”, comentou Márcio Freitas. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)

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