Jornada rumo à COP 29 deixa saudades
Experiência revelou importância de políticas públicas ambientais e sociais para o cooperativismo
A comitiva que participou da Jornada cooperativista rumo à COP 29, organizada pelo Sistema OCB entre os dias 21 e 27 de julho, já deixou saudades. Os participantes tiveram a oportunidade de aprender e trocar experiências significativas sobre os princípios e práticas sustentáveis do modelo de negócios, além de destacar o poder transformador do movimento. "Foi uma jornada incrível. Ver como as cooperativas contribuem para o desenvolvimento local, tanto social quanto econômico, foi uma experiência valiosa. Entender como suas iniciativas sustentáveis colaboram com as pessoas e o meio ambiente foi realmente inspirador”, salientou Wenyan Yang, chefe da divisão de Participação Social sobre o Desenvolvimento das Nações Unidas.
Considerada uma vitrine para que representantes nacionais e internacionais de órgãos do governo, organizações internacionais e entidades parceiras possam vivenciar diretamente a realidade dos benefícios oferecidos pelo coop, a jornada também busca colocar o movimento como protagonista na conferência mundial sobre mudanças climáticas. Para o coordenador de Relações Internacionais, João Marcos, a jornada é fundamental para mostrar o impacto positivo do coop no Brasil. "É uma oportunidade para que cada vez mais pessoas possam aprender com as boas práticas do movimento e reconheçam a importância das nossas atividades como uma solução sustentável e eficaz para os desafios globais", afirmou.
A jornada começou em Minas Gerais, onde os visitantes conheceram as cooperativas Coopfam, que busca organizar e potencializar a produção de café local, e Cooxupé, que oferece apoio aos cooperados, desde processos de certificação até assistência técnica. Essas visitas proporcionaram uma visão aprofundada das práticas sustentáveis e da força do cooperativismo na região. Ainda em terras mineiras, eles passaram pelo Sicoob Agrocredi, que apresentou a instalação de usinas fotovoltaicas que buscam reduzir o consumo de papel, reciclagem e otimização de recursos naturais. Em seguida, o grupo se dirigiu à Brasília, onde foi o processo de representação institucional foi detalhado na sede do Sistema OCB, a Casa do Cooperativismo brasileiro.
Cooperxapuri, onde observaram de perto o processo agroextrativista da castanha e da borracha. Também visitaram a Cooperacre, que se destaca pela comercialização de produtos da floresta, todos extraídos de maneira sustentável. Além disso, as instituições financeiras Sicredi Biomas, Sicoob UniAcre e Sicoob Credisul foram apresentadas aos participantes, destacando suas práticas de sustentabilidade e apoio às comunidades locais. A última etapa da jornada levou os participantes ao norte do Brasil, no Acre. Eles foram até a Reserva Extrativista Chico Mendes e a
A jornada apresentou indicadores ambientais, exibiu cases e boas práticas, e demonstrou a força do cooperativismo brasileiro, como descreveu Nelson Andrade Júnior, coordenador-geral de Cooperativismo e Agregação de Valor do Ministério da Agricultura. "Acredito que a imersão permitiu uma visão ainda melhor sobre o cooperativismo brasileiro". Já a representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rebeca Souza Rocha, valorizou a experiência. "Foi enriquecedor ver de perto a diversidade do nosso país e entender como o cooperativismo atua de maneira eficaz em contextos tão distintos. Essa imersão nos mostrou a importância de compreender as realidades locais para formular políticas públicas mais inclusivas e eficientes."
O diretor da Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Daniel Peter, ressaltou o potencial de crescimento do cooperativismo. "O cooperativismo tem um potencial imenso para crescer, se fortalecer e contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável".
Representantes de diversas organizações e ministérios estiveram presentes na imersão, incluindo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic); do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp); das Minas e Energias (MME); das Relações Exteriores (MRE); Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Fórum de Ciência Política-Empresas da ONU sobre o Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização das Nações Unidas (ONU), o Centro Internacional de Comércio (ITC), o Banco Mundial (BIRD) e o BID Invest.
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