De olho no amanhã


Em meio a uma programação repleta de oportunidades e ideias para que as cooperativas ampliem sua atuação e inovem cada vez mais, foi lançado o estudo Coop de Olho no Futuro: Tendências de mercado diante de um novo mundo, uma parceria da OCB com o Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE). O objetivo é que cooperativas de todos os ramos e partes do país possam ter acesso a informação de qualidade que ajude na tomada de decisões e no desenvolvimento da cultura de predição e inovação. 

O estudo aborda aspectos importantes da cultura de monitoramento, análise e interpretação das transformações que estão acontecendo e as projeta em um futuro. Além disso, traz um levantamento sobre as tendências locais e globais que deverão impactar os mercados e a sociedade nos próximos anos, além de apontar mudanças que já estavam em curso e foram aceleradas em razão da pandemia.

Essa primeira parte do estudo aborda as principais forças estruturantes, ou megatendências, que impactarão os mercados ao redor do mundo. “São as mudanças imparáveis. Forças que surgem e já vêm há muitos e muitos anos acontecendo, mas vão ganhando velocidade e se tornam grandes desafios estruturantes do nosso modo de vida. Elas alteram as prioridades da nossa sociedade e são as grandes impulsionadoras das inovações”, explica Paula Abbas, uma das autoras do estudo e professora de design thinking e inovação do ISAE.

As forças estruturantes citadas no estudo são organizadas a partir de cinco principais vetores: demográfico; econômico; social; ambiental, e tecnológico. No vetor demográfico, por exemplo, o trabalho explica como tendências já consolidadas, como o envelhecimento populacional, impactarão o mercado de bem-estar, saúde e tecnologia, além de se tornarem um desafio para governos. 

No vetor social, o estudo aponta como alguns valores emergem com mais força nos últimos anos e devem ser levados em conta nos negócios, como a questão racial, o empoderamento feminino e o forte impacto da pandemia na saúde mental das populações. Por menor ou mais tradicional que seja a sua cooperativa, um olhar atento para o futuro pode ser chave para a sobrevivência do negócio. 

No caso do ramo agro, por exemplo, seja o pequeno ou grande produtor rural, ele precisa compreender quais são os desafios do mundo. Nós teremos desafios de recursos energéticos em um futuro muito próximo, desafios de alimentar toda a população que está crescendo, desafios de recursos hídricos, e precisamos entender de que forma o produtor pode ser um agente de otimização da cadeia”, exemplifica Paula. 

Na seção vetores tecnológicos, o estudo aponta os rumos de transformações importantes, como a digitalização, que foi acelerada pela pandemia; o uso crescente da inteligência artificial; o crescimento da preocupação com a segurança cibernética, e o fortalecimento das criptomoedas. 

Nos próximos meses, conteúdos complementares trarão insights direcionados a cada ramo do cooperativismo. O estudo está disponível para download gratuito


Esta matéria foi escrita por Amanda Cieglinski e está publicada na Edição 35 da revista Saber Cooperar. Baixe aqui a íntegra da publicação


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