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“O cooperativismo é um movimento que faz a diferença e estes dezoito projetos comprovam, em nome de todas as cooperativas do País, esta influencia positiva no desenvolvimento do Brasil”. Com esta afirmação, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, abriu a cerimônia de entrega de troféus do Prêmio Cooperativa do Ano 2009, na noite desta terça-feira (18/8), no Espaço Contemporâneo, em Brasília (DF). Cerca de 350 pessoas entre autoridades do cooperativismo e dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo participaram do evento.
Lopes de Freitas lembrou que, desde que a crise econômica internacional se intensificou, as cooperativas estão se mostrando mais estruturadas do que as empresas mercantis. “Podemos provar isso porque o cooperativismo em todas as áreas se mostra como ferramenta de desenvolvimento e justiça social. O que temos aqui é uma demonstração desta força”, conclui o presidente da OCB.
José Augusto Bezerra, diretor de redação da revista Globo Rural, que dividiu com Lopes de Freitas a entrega dos troféus às cooperativas vencedoras da edição 2009, ressaltou uma das características do movimento cooperativista: a solidariedade. “As cooperativas são fundamentais para o desenvolvimento do País. Com ações simples, alicerçadas na solidariedade, conseguem mudar a vida das pessoas”, disse o diretor.
O vice presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto, que também participou da abertura da cerimônia, reafirmou o compromisso da instituição com o desenvolvimento do cooperativismo. Segundo ele, o Brasil cresceu 30% no último ano e a expectativa para 2009 é repetir a marca. Para atingir a meta, o banco se compromete a investir na agricultura e no movimento cooperativista brasileiro.
O Prêmio Cooperativa do Ano 2009 é uma iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da revista Globo Rural, da editora Globo. Conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Nesta edição participaram 151 cooperativas de 18 estados. Ao todo foram inscritos 197 projetos nos ramos Agropecuário, Consumo, Crédito, Educacional, Infraestrutura, Saúde, Trabalho e Transporte.
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Nesta terça-feira (18/8), lideranças do cooperativismo brasileiro reuniram-se com o ministro interino da Agricultura, José Gerardo Fontelles, para dialogar sobre a implementação do Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Procap Agro). As cooperativas foram representadas pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e presidentes das organizações dos estado de São Paulo, Edivaldo Del Grande; Paraná, João Paulo Koslovski; Minas Gerais, Ronaldo Scucato; Mato Grosso, Onofre Cezário de Souza Filho; Espírito Santo, Esthério Sebastião Colnago, Goiás, Antônio Chavaglia, e o vice-presidente , Irmo Preto, do Rio Grande do Sul e Gessi Pungan, superintendente da Ocesc.
No Plano Agrícola e Pecuário da safra 2009/2010 foram destinados R$ 2 bilhões para o Procap Agro, mas ainda são necessárias diversas providências para a operacionalizar as linhas de crédito. As cooperativas sugerem a criação de um grupo técnico para coordenar o desenvolvimento do programa.
O Procap Agro foi criado para promover a ampliação de capital de giro e a recuperação ou a reestruturação da estrutura patrimonial das cooperativas de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola e pesqueira. Sua finalidade é financiar a integralização de quotas-partes do capital social de cooperativas pelo associado, para saneamento financeiro, capital de giro e investimento.
Também foi discutido a necessidade de um programa de governo que atenda as cooperativas que estão a procura de uma solução para o seu “Conta Corrente”. O grupo técnico a ser criado ira se aprofundar nas questões. (Com informações da Ocesp)
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Mauro Zanatta, de Brasília
Ruy Baron/Valor
Daniel Vargas: ideia teve recepção "extremamente positiva" do governo russo
O governo prepara as bases de um acordo estratégico para criar uma empresa estatal em parceria com a Rússia na área de produção de fertilizantes. A binacional de capital fechado também poderia administrar as novas concessões de exploração de jazidas no Brasil.
A proposta, ainda em negociação no governo, deve ganhar força com a assinatura de compromisso durante a visita ao país do vice-primeiro-ministro russo Igor Sechin, em outubro. Presidente do conselho da estatal russa Rosneft, Sechin é apontado como "czar" do petróleo e do gás no país. "Tivemos uma recepção extremamente positiva do governo russo", diz o ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Daniel Vargas. "Não será um memorando de entendimentos, mas algo concreto para um parceira estratégica efetiva".
O acordo, segundo Vargas, envolveria contratos de longo prazo para a transferência de tecnologia russa de fabricação de fertilizantes e a garantia de abastecimento de produtos agropecuários pelo Brasil. Em jogo, estão negócios de US$ 10 bilhões em importações de matérias-primas para fertilizantes. Em 2008, o Brasil comprou 17 milhões de toneladas desses produtos no exterior. Apenas em potássio, foram gastos US$ 4 bilhões em 6,5 milhões de toneladas.
As discussões para o eventual acordo Brasil-Rússia avançaram após encontros do ex-ministro Mangabeira Unger com Igor Sechin no fim de maio, em Moscou, durante a reunião de cúpula dos BRICs, que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. "Estamos determinados a entrar nesse mercado. Não queremos começar do zero e essa produção complexa exige tecnologia e tradição. Temos pressa em resolver essa questão estratégica para a agenda futura da agricultura", afirma o ministro Daniel Vargas.
Em até 90 dias, o governo planeja anunciar um Plano Nacional de Fertilizantes para orientar ações e estratégias de longo prazo no setor. As autoridades apontam o "alto grau de concentração" do setor como o principal entrave ao desenvolvimento da agropecuária nacional. A produção privada de fertilizantes não garante, na avaliação do governo, preços competitivos para viabilizar a rápida expansão da agricultura. "Quando o mercado não demonstra interesse, o Estado tem um relevante papel a cumprir", diz Vargas. Ele aponta as desigualdades na relação entre fornecedores e produtores. O governo avalia que a expansão da safra nacional gerou grande aumento da demanda, com importante impacto nos preços. "É um fator de alta vulnerabilidade da agricultura brasileira, capaz de gerar crises de oferta, imprevisibilidade de custos e desestímulo à produção".
O Ministério da Agricultura já acusou a existência de um "oligopólio" das empresas do setor, mas amenizou o tom e passou a trabalhar na elaboração de novas regras para o segmento. Em seu diagnóstico, o governo avalia o setor é "dominado" pela multinacional Bunge, seguida por Mosaic e Yara. "Importações são possíveis, a despeito de problemas de logística e infraestrutura, com altas barreiras à entrada derivadas da especificidade locacional (fonte de matéria-prima) e da necessidade de altos investimentos (escala e capital)".
O governo entende que o "oligopólio" influencia o preço interno, "decidindo ora sobre a produção nacional, ora sobre o fornecimento internacional", já que as unidades dessas empresas no exterior venderiam boa parte do fertilizante importado pelo Brasil. "Sendo assim, o oligopólio controla tanto matéria-prima como indústria", diz a Secretaria de Assuntos Estratégicos
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 19/8/2009
O deputado e membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) Moacir Micheletto, relator do Projeto de Lei Complementar 374/08, do Executivo, que autoriza a criação do "fundo de catástrofe", disse que se reunirá na terça-feira (25/8) com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, para definir quais serão os valores investidos pelo governo para viabilizar a proposta.
O anuncio foi feito nesta terça-feira (18/7), durante audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para debater o projeto. Micheletto, autor do requerimento para a realização da audiência, quer que o valor investido pela União fique entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões, que seriam destinados ao fundo ao longo dos próximos anos.
Os deputados Zonta, Carlos Melles e Luis Carlos Heinze, todos membros da Frencoop, concordaram que há o risco de existir apenas um fundo simbólico se o valor investido for muito baixo. Zonta pediu urgência na votação do projeto: "Temos de mandá-lo ao Plenário logo, para que ao menos na safra de 2010 já possamos contar com o fundo."
Micheletto respondeu que pretende apresentar seu relatório ainda na próxima semana. Ele espera que o projeto seja votado pela Câmara em setembro e, se possível, sancionado ainda em outubro para já valer na próxima safra. "Temos a responsabilidade de reforçar ao máximo esse fundo. O Executivo deverá nos escutar, pois sem uma boa dotação as seguradoras não vão participar e a iniciativa acabará naufragando", argumentou.
Reestruturação -O consultor legislativo da Câmara Aécio Cunha ressaltou que esse tipo de seguro está presente em toda a economia moderna, e na verdade foi a agricultura nacional que ficou para trás. Ele chamou a atenção para o alto custo de administração dos seguros rurais, que tornam hoje essa cobertura cara para a grande maioria dos produtores brasileiros. "O que está em discussão não é um seguro de catástrofe, é a reestruturação do seguro rural como um todo no País", disse.
O diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, Welington Soares, disse que o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural, criado em 1966, foi ineficiente, pois não garantiu cobertura em regiões mais propensas a problemas climáticos. Soares explicou que o seguro rural caiu em desuso no País ao longo das últimas décadas.
Para reverter a situação, surgiu a proposta de criar um fundo contra catástrofes, cujas ações deverão ser repartidas - 90% delas serão do governo e 10% das seguradoras.
O secretário-adjunto do Ministério da Fazenda para as Reformas Econômico-Fiscais, André Paiva, disse que não se trata de acabar com o fundo anterior, e sim de permitir uma evolução com a chegada de um novo modelo de seguro. "A ideia é complementar os seguros privados para casos emergenciais", afirmou.
O fundo servirá como um ressegurador, ou seja, uma garantia para as própria seguradoras. Ele seguirá o modelo do mercado, o que permite uma gestão com menos burocracia e mais agilidade. As suas receitas não deverão ser tributadas.
Exterior -O diretor da companhia Aliança do Brasil, Wady Mourão, disse que alguns países investem em seguros agrícolas, especialmente para catástrofes, há quatro décadas - Estados Unidos, Canadá e Espanha são os líderes nesse campo. Mourão afirmou que, nesses países, até em casos de emergência só pode receber ajuda pública quem possui algum seguro agrícola.
Segundo ele, um das principais dúvidas quanto à viabilidade do fundo é se haverá a possibilidade de ele receber mais recursos da União, caso o volume disponível não seja suficiente para cobrir a demanda.
Nuclear - Os deputados Luis Carlos Heinze e Duarte Nogueira. membros da Frencoop, se disseram preocupados com a inclusão de um seguro de riscos nucleares no substitutivo do projeto. De acordo com eles, a presença desse ponto pode contaminar a discussão da proposta e atrair organizações não-governamentais com objetivos escusos que se aproveitariam do tema nuclear para criticar o fundo com um todo. (Fonte: Agência Câmara)
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A cerimônia será no Espaço Contemporâneo, em Brasília (DF) e contará com a presença de lideranças cooperativistas de todo o País. O secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e integrante do Conselho Nacional do Sescoop, José Gerardo Fontelles, será homenageado por serviços prestados nos 10 anos de existência do Sescoop.
A edição 2009 contou com um número recorde de participações. Foram 151 cooperativas dos ramos Agropecuário, Consumo, Crédito, Educacional, Infraestrutura, Saúde, Trabalho e Transporte, originárias de 18 estados, que
A cerimônia do Prêmio Cooperativa do Ano 2009 conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Clique aqui para conhecer as vencedoras
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Mais uma vez as exportações das cooperativas brasileiras se destacam frente às vendas externas do País. Um estudo elaborado pela Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que o setor mantém o comportamento observardo no primeiro trimestre de 2009. Com os efeitos da crise financeira internacional, no primeiro semestre de 2009, o cooperativismo registra queda de 5,95% nos valores exportados frente ao mesmo período de 2008, mas em menor percentual que as exportações brasileiras, que contabilizaram redução de 22,83%.
A análise, baseada em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), indica que as cooperativas exportaram US$ 1,75 bilhão de janeiro a junho deste ano, contra US$ 1,86 bilhão em 2008. Embora tenha sido observada retração nos valores obtidos em dólares com as exportações, devido aos efeitos da crise, os patamares observados estão bem acima dos intervalos anteriores a 2008.
Já em relação às quantidades comercializadas, observou-se um crescimento de 8,32% frente ao primeiro semestre de 2008, chegando a 3,77 milhões de toneladas. Em conseqüência da taxa de câmbio, o valor recebido em reais pelos embarques do setor ao exterior atingiu R$ 3,84 bilhões, também com aumento de 21,66%.
Corrente do Comércio - Vale destacar os percentuais observados na corrente do comércio (somatória das exportações com as importações) do Brasil, agronegócio e setor cooperativista nos seis primeiros meses deste ano. Novamente, as cooperativas se destacam frente ao Brasil. Elas contabilizaram queda na corrente de comércio, de 11,5%, porém em menor percentual que o País, que fechou com decréscimo de 25,9%. Já o agronegócio brasileiro registrou queda de 7,3%. Até o primeiro semestre de 2008, os indicadores englobados (exportações, importações, saldo das transações e corrente do comércio) mostraram crescimento contínuo.
Produtos exportados - O complexo soja, que engloba grão, óleo e farelo, continua liderando as vendas diretas das cooperativas brasileiras, com 37,90% das exportações totais. Na seqüência figuram o setor sucroalcooleiro (26,70%), que corresponde aos açúcares e ao álcool etílico, e as carnes (16,30%). O café, cereais (milho, trigo, arroz e cevada), algodão e leite e laticínios aparecem na seqüência, com representações de 9,30%, 3,30%, 2,20% e 0,80%, respectivamente.
Carro-chefe das exportações do setor, o complexo soja somou um total de US$ 662,25 milhões entre janeiro e junho de 2009, crescimento de 2,09% em relação ao primeiro semestre de 2008, quando foram embarcados US$ 648,68 milhões. Os grãos apresentaram liderança no setor, representando 49,44% do total (US$ 327,40 milhões) e 60,08% no mesmo período de 2008 (US$ 389,75 milhões). O farelo representou uma parcela de 37,74%% (US$ 249,92 milhões) e o óleo, de 12,83% (US$ 84,93 milhões).
O setor sucroalcooleiro, por sua vez, respondeu por US$ 466,34 milhões, com crescimento de 13,55% comparando-se o primeiro semestre de 2009 com o mesmo período de 2008. Os açúcares são destaque nesse segmento, com participação de 84,17% este ano (US$ 392,53 milhões), frente a 45,08% em 2008 (US$ 185,15 milhões). A elevação das exportações de açúcares, de 112%, compensou a retração de 62,27% nas vendas externas de álcool.
Mercados de destino - A China aparece em primeiro lugar entre os mercados de destino dos produtos cooperativistas no primeiro semestre de 2009, com US$ 213,99 milhões, frente a US$ 228,25 milhões em 2008, registrando uma retração de 6,25%. A soja em grão foi o principal produto da pauta, com US$ 188,07 milhões.
No mesmo período, a Alemanha também se destacou nas importações de produtos comercializados pelas cooperativas brasileiras, com US$ 169,62 milhões, queda de 17,64% em relação ao primeiro semestre de 2008. A soja em grão, o farelo de soja, o café verde e as carnes foram os principais produtos adquiridos.
Os Países Baixos responderam por US$ 140 milhões em produtos comercializados pelas cooperativas brasileiras, com queda de 19,15% frente a 2008. No período, foram adquiridos, principalmente, soja em grão, o farelo de soja, o álcool etílico, o café verde e carnes.
Na quarta posição aparece a Arábia Saudita, com elevação de 139,48% nos valores comercializados entre janeiro e junho de 2009, repetindo o percentual do ano anterior, com US$ 131,04 milhões. Os açúcares foram os produtos absolutos na pauta, representando US$ 87,37 milhões. Os Emirados Árabes Unidos aparecem na quinta colocação, apresentando evolução de 671,99% nas compras dos produtos das cooperativas brasileiras e total de US$ 97,08 milhões. Mais uma vez os açúcares aparecerem como os principais produtos, com US$ 8,37 milhões.
Principais estados - Liderando"
Seguindo o quinto princípio cooperativista - educação, formação e informação - o Programa de Educação Continuada é oferecido às cooperativas alagoanas pelo Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Alagoas (OCB/AL) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/AL)
O programa foi lançado em 2007 e já contemplou diversas cooperativas no Estado. As aulas são preparadas de acordo com a necessidade de cada instituição. Nesta quarta-feira (19/8) a Cooperativa Pindorama receberá o módulo Fundamentos de Cooperação e Cooperativismo com a instrutora Uilliane Faustino, mestra em Administração e Desenvolvimento Rural.
A aula acontecerá durante todo o dia (das 08h às 18h) na sede da Pindorama. (Fonte: OCB/AL)
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Mauro Zanatta e Patrick Cruz, de Brasília e São Paulo
A crise financeira mundial deixou marcas profundas em agroindústrias e cooperativas agropecuárias do país. O sumiço do capital de giro, no auge do aperto do crédito, provocou o adiamento de investimentos e a instabilidade global fez crescer o endividamento. À falta de liquidez, as alternativas foram fundir operações, vender unidades ou recorrer aos pedidos de recuperação judicial.
As cooperativas, que tinham planos de investir R$ 12 bilhões em 2008, decidiram empurrar quase todos os projetos para 2010. "O investimento parou. Ninguém está investindo e a retomada não vai ocorrer neste ano", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Um grupo de 150 cooperativas precisará, segundo ele, de "socorro especial" para reestruturar suas atividades com crédito de longo prazo. "O erro foi apostar demais no capital de giro sem ter crédito para financiar".
As tradings, que já enfrentavam problemas de caixa antes mesmo da crise global, tiveram que carregar altos estoques comprados a preços altos, viram suas dívidas aumentar e travaram algumas operações por falta de crédito. "O aumento das dívidas inviabilizou algumas operações", diz o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli.
Os efeitos da crise já são concretos. Algumas cooperativas ficaram pelo caminho e empresas agrícolas derraparam no aperto global. A multinacional Agrenco e as mato-grossenses Viana Trading e Grupo Guimarães entraram em recuperação judicial. A paranaense Sperafico arrendou e vendeu unidades.
No cooperativismo, a crise abriu espaço para fusões e parcerias. A mineira Cooxupé, a paulista Cocapec e a gaúcha Cooplantio incorporaram algumas concorrentes em suas áreas de atuação. No norte do Paraná, três cooperativas de crédito associaram-se na Sicredi União. Mas o aperto no crédito foi fatal para a Cooagri, de Dourados (MS). Segunda maior sociedade do Centro-Oeste, o grupo sucumbiu em definitivo após meses de agonia financeira.
Maléfica por si só, a crise econômica coincidiu ainda com uma severa estiagem no Sul do país e em Mato Grosso do Sul, em plena fase de desenvolvimento das lavouras na safra 2008/09. "Houve descapitalização [devido à crise], mas ela foi ainda maior por causa da seca", diz José Roberto Ricken, superintendente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). "Somadas perdas das últimas cinco safras, perdemos uma safra inteira nesse período".
De outro lado, a crise fortaleceu o trabalho das centrais e dos consórcios cooperativos, como Itambé, Frimesa, Conagro e CCAB. "A crise do crédito não afetou, mas derrubou o mercado internacional com piora de preços e câmbio, o que nos obrigou a realocar a produção", diz o diretor de Relações Institucionais da Itambé, Ricardo Cotta.
Mesmo com o cenário negativo, garantia de entrega e qualidade do produto salvaram parte das vendas no exterior. As cooperativas, responsáveis por 40% do PIB agropecuário, devem manter o faturamento na faixa dos R$ 85 bilhões e as exportações em US$ 4 bilhões em 2009. O aquecimento do mercado interno, os bons preços externos e agregação de valor serão fundamentais.
"No início de 2009, quem chegasse a dezembro estava feliz. Agora, já dá para chegar com algum fôlego até lá", diz Márcio Lopes, da OCB. "Não é ano de vitória, mas de sobreviver. Quem tiver gordura, vai deixar como capital de giro". O desafio, depois da capitalização, será investir em gestão, planejamento, promoção comercial, reestruturação patrimonial e recuperação financeira.
Na crise, o papel do governo ajudou na travessia do momento mais agudo. Foram criadas linhas de crédito de R$ 15 bilhões exclusivas para as cooperativas, além de reserva de mercado para atender demanda da merenda escolar, mercado estimado em R$ 600 milhões neste ano.
As agroindústrias afirmam que a reação em cadeia foi menor por causa dessa intervenção oficial. Os preços reagiram pela quebra da safra argentina e houve redução de estoques mundiais. "O governo apertou e os bancos liberaram crédito, sobretudo o Banco do Brasil. Iríamos sentir muito na próxima safra", avalia Carlo Lovatelli, da Abag.
Ainda que os recursos tenham surgido, muitos tomadores esbarraram na falta de limite para a obtenção desse dinheiro. "E isso deve permanecer", avalia Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). "Muita gente vai ser afetada, principalmente os pequenos e médios, porque não tem como tomar os recursos. É possível até que sobre dinheiro", afirma.
Uma linha de R$ 10 bilhões foi oferecida para capitalização de agroindústrias e co"
Na terça-feira (18/8), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e revista Globo Rural, da editora Globo, com patrocínio do Banco do Brasil, entregam os troféus as 18 cooperativas vencedoras do Prêmio Cooperativa do Ano edição 2009. A cerimônia será no Espaço Contemporâneo, em Brasília (DF) e contará com a presença de lideranças cooperativistas de todo o País. O secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e integrante do Conselho Nacional do Sescoop, José Gerardo Fontelles, será homenageado por serviços prestados nos 10 anos de existência do Sescoop.
A edição 2009 contou com um número recorde de participações. Foram 151 cooperativas dos ramos Agropecuário, Consumo, Crédito, Educacional, Infraestrutura, Saúde, Trabalho e Transporte, originárias de 18 estados, que inscreveram 197 projetos.
Segundo Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, além do crescimento de 67% no número de projetos e de 72% de cooperativas em relação a 2008, esta edição divulga experiências de estados que ainda não haviam chegado à grande final: Goiás, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro.
O Prêmio Cooperativa do Ano 2009 conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Clique aqui para conhecer as vencedoras
"O grupo técnico do Conselho Consultivo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco) se reuniu nesta segunda-feira (17/8), na sede da OCB, em Brasília (DF). O objetivo do encontro foi aprofundar os entendimentos técnicos sobre Fundos Garantidores do segmento cooperativo de crédito (FGC), verificando a possibilidade de constituir e/ou aderir a fundos já constituídos pelos bancos.
Os Fundos tem o propósito de conferir maior solidez e segurança ao quadro social da cooperativa e melhorar a relação com o mercado financeiro.
Os pareceres construídos na reunião desta segunda-feira farão parte da pauta da próxima reunião do Ceco, prevista para o dia 29 de setembro, na sede da OCB. O Conselho congrega quatro confederações: Sicredi, Unicred, Sicoob e Confebrás.
Sobre o ramo - O Ramo Crédito hoje conta com 4,2 milhões de associados de,1.453 cooperativas. Gera mais de 50 mil empregos diretos e atende por meio de 4.182 pontos em todo o País. A movimentação financeira do segmento gira em torno de R$ 45 bilhões em ativos com um patrimônio líquido de R$ 9,4 bilhões.
A Comissão de Agricultura da Câmara Federal promove amanhã, (18/8), às 14h30, audiência pública para debater com as lideranças do agronegócio brasileiro o projeto sobre Fundo de Catástrofe, cujo relator é o deputado Moacir Micheletto. Oriundo do Poder Executivo, o Projeto de Lei Complementar nº 374, para a implantação do seguro rural, deve ser votado em plenário até o mês de setembro, compromisso já assumido pelo presidente da Câmara Michel Temer.
Previsto para entrar em vigor no próximo ano-safra 2010/2011, o mecanismo complementará o atual modelo de seguro, composto pelo subsídio à metade do prêmio pago pelo produtor e o zoneamento agrícola - instrumento de orientação obrigatória sobre as melhores épocas e regiões de plantio. A negociação, ainda em andamento, prevê aporte recursos da União, que terá cotas do fundo no início das operações, mas ele se tornará autônomo entre 10 e 15 anos, prevê Micheletto.
Finalidade - O objetivo do Fundo é oferecer cobertura suplementar aos riscos do seguro rural, nas modalidades agrícola, pecuária, aquícola (pesca cultivada) e florestal, assegurando renda aos produtores que tiverem suas atividades prejudicadas por catástrofes como enchentes, geadas, secas, doenças ou pragas. O fundo vai ressarcir os agricultores, conforme a estimativa da produção. “Um acordo com as empresas seguradoras, resseguradoras e ruralistas sobre o Fundo já foi acertado, o que facilitará a sua aprovação”, explica Micheletto, coordenador político da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Já estão confirmados para participar dos debates os seguintes expositores: Bernard Appy - Secretário Extraordinário de Reformas Econômico-Fiscais do Ministério da Fazenda; Welington Soares de Almeida - Diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural da SPA/MAPA; Aércio Cunha - Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados; Wady José Mourão - Diretor da Companhia de Seguros Aliança do Brasil; e João Elísio Ferraz de Campos - Presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).
Os debates da audiência pública vão ocorrer no Plenário 6 do Anexo II da Câmara Federal.
Nesta quinta-feira (13/8), a Cooperativa dos Cafeicultores da Média Sorocabana (Coopermota), de Cândido Mota (SP), foi sede da reunião da Câmara Setorial da Mandioca. Além dos membros dessa Câmara, estiveram presentes o Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, e o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) Edivaldo Del Grande.
Durante o evento foram debatidas ações e medidas de incentivo ao setor, tributação e incentivos à pesquisa. Também foram feitas ponderações sobre a importância da cultura da mandioca para a região de Assis, maior produtora do tubérculo para indústria, com cerca de 20 mil hectares cultivados. O município de Cândido Mota é líder em produtividade, com média anual de 33 toneladas por hectare, o que confere também a maior produção do Estado, com quase 40 mil toneladas/ano.
Para o secretário da Agricultura, a diversificação de culturas do estado de São Paulo o torna o mais importante para o setor agrícola. Apontou, porém, que a área de mandioca é pequena, com aproximadamente 60 mil hectares. “Existe um potencial imenso, que deve ser aproveitado”, comentou Sampaio.
Destacou também que uma das grandes preocupações do Governo é com a geração de renda do produtor rural, seguro rural e pesquisa e desenvolvimento.
Na seqüência ocorreu a posse da diretoria e do conselho da Associação de Produtores de Mandioca e Derivados do Estado de São Paulo (APMESP) e a entrega de equipamentos de informática a três associações de produtores que participam do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, desenvolvido pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão da secretaria. O evento foi encerrado com a visita à indústria de farinha Lótus, em Cândido Mota. (Fonte: Comunicação Coopermota)
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Mauro Zanatta, de Brasília
Ruy Baron/Valor
"Não me surpreenderia se o resultado fosse até melhor do que no ano passado", diz Márcio Lopes de Freitas, da OCB
Vendas de produtos industrializados em alta, câmbio razoável, quantidades maiores e preços em dólar acima das médias históricas devem salvar o ano das cooperativas no mercado externo. As exportações diretas do segmento, previstas para recuar 10% no início deste ano, podem empatar ou até mesmo superar os US$ 4 bilhões registrados em 2008, estima a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Mesmo com um primeiro semestre marcado pelo recuo de 6% nas vendas externas, as cooperativas se animam com a recuperação econômica mundial, a boa demanda em mercados árabes e asiáticos, além dos preços firmes dos mercados futuros. "Não me surpreenderia se o resultado fosse até melhor do que no ano passado", aposta o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Nos primeiros seis meses de 2009, as sociedades venderam US$ 1,75 bilhão ao exterior. O saldo comercial aumentou 1,6% no semestre, de US$ 1,58 bilhão para US$ 1,61 bilhão. Embora inferior ao desempenho de 2008, o resultado desse primeiro semestre foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 2004.
Em moeda nacional, convertida pela média de R$ 2,19 por dólar, foi a melhor performance para esse período: R$ 3,83 bilhões. "Dá para tirar essa diferença de 6% no segundo semestre. Normalmente, é a época em que se exporta mais açúcar, álcool e café. Além disso, soja e carnes começaram a reagir a partir de abril. Isso vai compensar um pouco", analisa Freitas.
Os efeitos da crise financeira sobre os principais importadores complicaram o cenário dos primeiros seis meses. Mas a China fez uma antecipação providencial de suas compras de soja, projetadas em 38 milhões de toneladas neste ano. "O câmbio em alta no primeiro semestre influenciou muito. Mesmo com oscilações", avalia o analista de mercados Marcos Antonio Matos, da OCB. "Mesmo com câmbio ruim, abaixo do 'ponto de equilíbrio' de R$ 1,85, os preços devem subir em dólar por causa da demanda em alta provocada pela recuperação econômica".
A soja tem preços de US$ 12 por bushel para setembro, bem acima das médias históricas. Como as cooperativas vendem mais farelo e óleo de soja do que grãos, a renda em dólares será melhor, avalia a OCB. No açúcar, a quebra da produção da Índia, um dos maiores produtores mundiais, manterá os preços elevados. No café, o cenário é positivo tanto pela menor produção interna quanto pela quebra das safras do Vietnã e da América Central. Mesmo no complexo carnes, segmento dos mais atingidos pela crise de consumo, os preços melhoraram e a demanda tende a aumentar, sobretudo nos países da União Europeia. O recuo de 30% nas vendas deve ser menor.
A melhora no cenário também incluiu a diversificação de destinos. "Ganhamos mercado nos países árabes e nos emergentes", diz Marcos Matos. No primeiro semestre, as cooperativas exportaram mais para Arábia Saudita, Emirados Árabes e Irã do que para mercados tradicionais, como Rússia, Estados Unidos e Japão. Os maiores compradores foram China, Alemanha e Países Baixos.
Na origem das exportações, o ranking permaneceu quase inalterado, com as cooperativas do Estado do Paraná na liderança, seguidas de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Embora as cooperativas de Mato Grosso tenham subido várias posições e assumido o quinto lugar, à frente das sociedades de Santa Catarina e Goiás. Os produtos mais embarcados pelas cooperativas ao exterior foram do complexo soja, sucroalcooleiro e carnes, além de café, cereais, algodão e produtos lácteos.
No primeiro semestre de 2009, as exportações totais do agronegócio somaram US$ 31,44 bilhões, um recuo de 6,9% na comparação ao mesmo período de 2008. As importações do setor registraram redução de 9,6% no período, totalizando US$ 5,08 bilhões. O saldo comercial do agronegócio do país teve contração de US$ 28,15 bilhões para US$ 26,35 bilhões.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 17/8/2009
O Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Alagoas (OCB/AL) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) lançam hoje (14/8) o programa Cooperjovem na Cooperativa Educacional de Penedo Ltda (Coopepe). O objetivo do programa é difundir a filosofia cooperativista entre alunos do ensino fundamental, incentivando a formação de futuros agentes cooperativistas.
Uma caminhada que saiu da sede da Coopepe, com destino ao clube da cidade, deu início à programação do evento, no início da manhã. Fizemos um desfile pelas ruas com os personagens da turma do Cooperjovem. A idéia é comemorar também os sete anos da fundação da nossa cooperativa”, contou Fátima Marinho, coordenadora pedagógica da Coopepe.
No último dia 2 de julho, em reunião comemorativa ao dia do cooperativismo, o Sistema OCB/Sescoop-AL e a prefeitura de Coruripe/AL assinaram um convênio para instalar o programa Cooperjovem nas escolas da rede pública municipal. No início de agosto, a OCB/AL esteve em Penedo para apresentar o Cooperjovem à Secretaria Municipal de Educação.
“O Cooperjovem tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de projetos pedagógicos pela prática da cooperação nas escolas, servindo também de complementação da formação profissional dos professores", explica Marivá Pereira, gerente de capacitação da OCB/AL.
A possibilidade de difundir a cultura do sistema cooperativista nas salas de aula das escolas públicas no Estado de Alagoas vem sendo discutida durante reuniões do Conselho Estadual de Cooperativismo (Conecoop) da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec). (Fonte: OCB-AL)
O Projeto Sorrisão, iniciativa do Sistema OCB-Sescoop/CE em parceria com a cooperativa odontológica Uniodonto, retomou os atendimentos de 2009. A primeira cidade contemplada foi Baturité, que, junto com a Cooperativa Artesanal de Baturité (Coarba), reuniu 44 crianças e jovens, todos os filhos de cooperados, que passavam as férias em uma colônia de férias.
A gerente de capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Ceará (Sescoop/CE), Ilana Oliveira, destaca a importância do projeto para a saúde bucal das crianças. “O nosso objetivo é atender 4000 crianças até dezembro, levando orientação de higiene bucal e prevenção da cárie, tudo isso dentro da linha do Sescoop/CE”, adianta.
O projeto pretende ainda para este ano a parceria com a Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará (Cootraps), no qual planejam que crianças e jovens recebam atendimento no final da linha de cada van pertencente à cooperativa.
Em 2008, o Projeto Sorrisão atendeu 2056 alunos da rede pública de ensino das cidades de Guaiúba e Boa Viagem, que receberam kits e cartilhas educativas. (Fonte: Sescoop/CE)
Nesta quinta-feira (13/8), o Sistema OCB-Sescoop/ES promoveu capacitação sobre recuperação de áreas degradadas para técnicos de campo da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), do Sicoob Centro Serrano e representantes da prefeitura municipal de Santa Maria de Jetibá. O treinamento aconteceu no auditório da Coopeav.
Os objetivos da capacitação foram diagnosticar área degradas na região e elaborar um mapeamento. O treinamento foi ministrado por técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).
No período da manhã os 19 participantes receberam os conhecimentos teóricos no auditório, e no período da tarde foi realizado um diagnóstico prático com a verificação de área degradada na localidade de Córrego do Ouro de Santa Maria de Jetibá.
Esse treinamento faz parte do projeto piloto do Programa Águas Capixabas, que é realizado pelo Sistema, e visa a preservação e recuperação de nascentes. Em Santa Maria de Jetibá os primeiros trabalhos estão sendo iniciados pelo diagnóstico, que mostrará a estrutura necessária para a realização do Programa no município com apoio de parceiros. (Fonte: Sistema OCB-Sescoop/ES)
Nesta quinta-feira (13/8), o deputado Milton Flávio foi recebido na sede da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), pelo assessor especial Américo Utumi, e pelo deputado Davi Zaia, coordenador da Frente Parlamentar do Cooperativismo do Estado de São Paulo (Frencoop/SP). O encontro, que contou ainda com a presença de Júlio Gushiken, gerente executivo de relações institucionais da Ocesp, teve como objetivo formalizar a adesão do deputado à Frente paulista.
Américo Utumi manifestou o reconhecimento da Ocesp ao deputado Milton Flávio, pelo empenho nas relações com o executivo . Além disso, ressaltou o papel fundamental exercido pelo parlamentar quando criou a Frencoop/SP e para as conquistas do setor durante o tempo em que atuava na Frente e era líder de governo na Assembléia Legislativa de São Paulo.
“Para nós é uma honra e uma alegria contar com a valiosa contribuição do deputado Milton Flávio. Ele que foi um dos fundadores da Frencoop, tenho certeza que vai poder contribuir muito para defender os interesses do cooperativismo no Legislativo”, afirmou Utumi.
Para o deputado Davi Zaia, esse encontro marca o início da retomada dos trabalhos da Frente do Cooperativismo. “A partir de agora começaremos um amplo levantamento dos projetos que tramitam na Assembléia Legislativa que, de alguma forma, possam estar relacionados ao sistema cooperativista e, com isso, poderemos fazer o acompanhamento de sua tramitação. A presença do deputado Milton Flávio na Frencoop vai conduzir definitivamente o cooperativismo para a pauta do legislativo”, concluiu.
“Eu sou um cooperativista de trabalho e por ideologia. Sou médico, cooperado da Unimed, e acredito no cooperativismo como alternativa econômica. Fazer parte da Frencoop, hoje presidida pelo deputado Davi Zaia, pelo qual tenho profundo respeito e admiração, é uma honra. O deputado sabe que pode contar com minha contribuição”, afirmou Milton Flávio.
Agenda - O próximo encontro da Frencoop/SP está marcado para o dia 14 de setembro, com a presença dos deputados estaduais, deputados federais que integram a Frencoop na Câmara dos Deputados, do presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, e do ministro da Agricultura Reinhold Stephanes . Na ocasião, será discutida a atualização do Código Florestal Brasileiro. (Fonte: Ocesp)
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Assis Moreira, de Genebra
O fluxo de investimentos financeiros nos índices de matérias-primas diminuiu significamente em julho, principalmente nos produtos agrícolas, depois de quatro meses de alta, segundo o banco francês Natixis.
A situação começou a se reverter em função do menor apetite por risco em meio à alta volatilidade nos preços e coincide com pressões de reguladores para frear a influência de especuladores no mercado de commodities, segundo analistas europeus. Ao fim de junho, o montante total de investimentos financeiros em matérias-primas agrícolas, petróleo e metais tinha alcançado US$ 209 bilhões, numa alta recorde de US$ 34 bilhões em relação ao primeiro trimestre, segundo o Barclays Capital, de Londres.
Mas em julho, pelos cálculos de Natixis, a entrada líquida ficou em US$ 5,7 bilhões nos índices de commodities, que dão aos investidores acesso para uma cesta diversificada de matérias-primas. No ano, o total de dinheiro novo teria chegado a US$ 51 bilhões.
A queda foi especialmente importante nos fundos especializados em commodities agrícolas, com entrada líquida de US$ 700 milhões, comparados a US$ 2,8 bilhoes em maio. A maior parte das aplicações foi para o setor de energia, sobretudo gás. Mas Nic Brown, analista do banco francês, alerta que julho foi um período particularmente volátil e ficou difícil identificar os montantes investidos em certos produtos agrícolas.
Amrita Sen, analista do Barclays Capital, minimiza a queda de fundos especializados em produtos agrícolas. "Investidores aumentaram sua exposição em commodities em razão de fundamentos, ao contrário do que ocorria no ano passado, quando os preços já estavam em níveis recordes", diz ela.
Andy Duff, do banco holandês Rabobank, confirma que certos investimentos financeiros ocorrem em decorrência dos fundamentos, como no caso do açúcar. "Um incentivo para esse tipo de investimentos é a proteção contra a inflação e desvalorização do dólar", afirma.
Além de investimentos instuticionais e de fundos de hedge terem retornado forte ao mercado de commodities no segundo trimestre, um novo investidor foram fundos soberanos, controlados por governos, segundo o Barclays. Isso ajuda a explicar a alta das aplicações no período.
Por sua vez, o banco Goldman Sachs avalia que os preços de commodities vão continuar voláteis. A alta estaria "apenas no começo" e poderia ser "mesmo mais extrema" do que foi vista no passado.
Nesse cenário, a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) nota que a atividade global de operações nos mercados futuros dobrou nos últimos cinco anos, e a especulação nos mercado de alimentos influiu no nível e volatilidade dos preços em 2007 e 2008.
A FAO chama os governos a tomarem medidas no Encontro de Cúpula sobre Segurança Alimentar, marcado para novembro em Roma, para controlar a especulação nos mercados agrícolas, diante "das sérias implicações que isso tem sobre a segurança de alimentos globalmente".
Nos EUA, a corrida de especuladores está no alvo de Gary Gensler, o novo diretor da US Commoditiy Futures Trading Comission (CDTC), a agência governamental para vigilância dos mercados de matérias-primas. Em sua primeira audiência no Senado americano Gensler disse que 2008 teve "uma bolha especulativa sobre commodities" e que "os fundos de índices de matérias-primas e outros investidores financeiros participaram na formação dessa bolha".
Seu objetivo é não se restringir aos mercados agrícolas. Para frear a "especulação excessiva", ele quer limitar o número de contratos de petróleo e gás que bancos e fundos serão autorizados a deter. Para analistas, isso pode reduzir os negócios em bilhões de dólares. Na semana passada, autoridades dos EUA e do Reino Unido começaram a discutir a influência de especuladores nos mercados de energia.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 14/8/2009
Nesta quarta-feira (12/8), foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 422/2007, de autoria do deputado Flaviano Melo, que altera artigos da CLT relativos à segurança e medicina do trabalho.
O projeto obriga as empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, a manterem serviços especializados em segurança, medicina e odontologia do trabalho, com a intenção de prevenir agravos ocupacionais causados por falta de odontologia do trabalho.
Para o relator do PL na CDEIC, deputado federal José Guimarães, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), os transtornos bucais estão entre as origens de acidentes de trabalho e de absenteísmo nas empresas, conduzindo a perda de produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, a redução do desempenho e da lucratividade das companhias que os empregam. Assim, as medidas propostas pelo Projeto trariam inegáveis benefícios econômicos à iniciativa privada.
O projeto segue agora para a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.
Deputados federais e autoridades puderam conhecer as conquistas e os desafios da pesquisa agropecuária brasileira, nesta quinta-feira, ao participarem do Dia de Campo Parlamentar, realizado na Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF). O evento, uma realização conjunta da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) possibilitou a apresentação aos parlamentares dos principais resultados da pesquisa que fazem do Brasil referência mundial em agricultura tropical.
O diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, destacou o interesse de maior aproximação da estatal com a classe política, bem como com as entidades de classe representativas do setor produtivo, tendo em vista o papel da instituição no sentido de gerar novas tecnologias promotoras do desenvolvimento e da melhor qualidade de vida da população.
“Queremos fortalecer alianças sistêmicas com as organizações dos produtores e trabalhadores rurais, como Contag, CNA e OCB, bem como as empresas estaduais de pesquisa, sindicatos rurais, buscar uma sinergia, porque agricultura não tem tamanho nem ideologia. A Embrapa aglutina as instituições sem isenção”, afirmou.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, definiu a aliança com a Embrapa em uma palavra: entreverada. “Embrapa e OCB têm que estar entreveradas, integradas, pois a pesquisa atende à demanda da base cooperativista por meio do desenvolvimento de tecnologias para ajudar no processo de extensão que as cooperativas devem fazer”, destacou Freitas, ao assinalar que essa integração envolve os parlamentares, representantes dos produtores no Congresso Nacional.
Na visita ao campo experimental, o pesquisador Djalma Martinhão, apresentou algumas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e disponíveis para os agricultores de todo o País. Mostrou o potencial da agropecuária brasileira e dos ganhos obtidos por meio da pesquisa, a exemplo do plantio direto, rotação de culturas e integração de lavouras, que permitem ganhos de produtividade, maior eficiência em insumos e colheita bem como redução dos custos de produção.
Depois de reconhecer que “a agropecuária é o DNA de inclusão social e desenvolvimento brasileiro”, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Odacir Zonta, afirmou que, de imediato, deve ser feita uma articulação para que os parlamentares não permitam corte no orçamento da Embrapa. E convidou a todos para programar a segunda etapa do Dia de Campo Parlamentar para conhecer o sistema de integração da Embrapa em Concórdia (SC).
O deputado Valdir Colatto, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, destacou a importância da informação científica para embasar as decisões na Câmara dos Deputados, principalmente no debate sobre o novo Código Ambiental Brasileiro. “Vamos decidir com base no que a Embrapa nos recomendar”, disse Colatto, para quem é preciso buscar o equilíbrio entre o que é possível produzir e a preservação do meio ambiente.
Por sua vez, o deputado Paulo Piau, presidente da Frente Mista da Pesquisa Brasileira, enfatizou a necessidade de melhor aparelhamento das unidades de pesquisa bem como de condições de trabalho pelos pesquisadores da Embrapa. Segundo ele, a Embrapa é “uma grife” de importância internacional.
O Dia de Campo Parlamentar contou ainda com a presença dos deputados federais Fernando Mello e Eliene Lima, o secretário-executivo da OCB, Renato Nobile, bem como pesquisadores Cenargen e Embrapa Café, entre outras das unidades de pesquisa da estatal.
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