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A quinta edição do Prêmio de Jornalismo Cooperativista, promovido pela Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (OCB/ES) e pela unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/ES), reuniu cerca de 300 pessoas no Centro de Convenções de Vitória (ES), no dia 15. Doze jornalistas receberam a premiação que valorizou matérias pautadas no cooperativismo capixaba.
Os trabalhos foram avaliados por profissionais levando em conta abordagens que priorizaram o coletivo e a organização social em quatro categorias: telejornalismo, jornalismo impresso, webjornalismo e radiojornalismo. “É importante reconhecer e valorizar os trabalhos de profissionais que atuam na imprensa brasileira, pois eles são fundamentais para que a sociedade conheça o cooperativismo”, destaca o superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos.
A exemplo do que já vem sendo realizado pelo Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Amazonas a organização do Espírito Santo, há cinco anos, decidiu incluir em suas atividades uma ação que estimulasse e valorizasse a produção de trabalhos jornalísticos veiculados na imprensa nacional relativos ao cooperativismo no estado do Espírito Santo.
O evento contou com a presença da diretoria da OCB/ES: o presidente Esthério Sebastião Colnago; o vice-presidente Weligton Branco Carvalho Saldanha e o superintendente Carlos André Santos de Oliveira. A senadora Ana Rita Esgário e o vice-governador Givaldo Vieira também prestigiaram a cerimônia.
Na ocasião a gerência de Comunicação da OCB/ES lançou o 6° Prêmio de Jornalismo Cooperativista que deverá acontecer em dezembro de 2012. Esthério Sebastião Colnago acredita que a iniciativa tem que continuar, pois o prêmio é um estímulo para que os profissionais da imprensa divulguem conteúdo sobre cooperativas, “que muito contribuem para o desenvolvimento da economia”.
Confira agora os vencedores:
- Radiojornalismo
1º Lugar: Marcus Vinicius de Souza, Rádio Universitária
2º Lugar: André Luiz Andrade Falcão, Rede Vitória
Voto Popular: Leandro faria de Castro, Rádio FMZ
- Jornalismo on line
1º Lugar: Ana Paula Fassarela, Gazeta Online Sul
2º Lugar: Franco Fiorot, Campo Vivo Comunicações
Voto Popular: Sabrina Pereira Canal, Gazeta Online Sul
- Jornalismo impresso
1º Lugar: Rita Bridi, A Gazeta - Vitória
2º Lugar: Fabricio Dellacqua, A Gazeta - Vitória
Voto Popular: Fernanda Lozer, A Tribuna
- Telejornalismo
1º Lugar: Paulo Cesar de Oliveira, TV Vitória
2º Lugar: Andressa Alcoforado, TV Gazeta Sul
Voto Popular: José Tarcísio da Silva, ES TV Sul
Há cem anos, a região dos Campos Gerais, no Paraná, começou a receber os primeiros imigrantes da Holanda. Expoentes no ramo agropecuário, os produtores locais se organizaram em cooperativas e formaram a bacia leiteira mais produtiva do país . E esse é um cenário que se perpetua até hoje. Na base da pecuária de leite do Paraná, estão duas cooperativas fundadas justamente por holandeses que, recentemente, assinaram um termo de intercooperação: a Batavo, em Carambeí, e a Castrolanda, em Castro. Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, a iniciativa é uma tendência de mercado. “A economia atual vem impondo às empresas cooperativas a busca de novos conceitos e formas de pensar a organização produtiva, não somente em termos econômicos, mas também nos tipos de estrutura”, disse. Esse processo, segundo ele, pode ser feito, inclusive, com outras instituições, desde que o objetivo seja sempre agregar valor às atividades da cooperativa e a seus associados.
As duas organizações defendem a bandeira do crescimento sustentável para os produtos industrializados e do fortalecimento de suas marcas. E, se depender da qualidade e rendimento das mesmas, as metas a serem alcançadas estão bem próximas. A média de produção chega a 35 litros por animal ao dia. Com genética holandesa aperfeiçoada permanentemente, produzem 11% do leite industrializado do estado. O grande desafio para os presidentes da Castrolanda, Frans Borg, e da Batavo, Renato Greidanus, será fortalecer as duas marcas: Frísia (Batavo) e Castrolanda. Nos próximos dez anos, conforme prevê o acordo, as duas cooperativas vão operar de forma conjunta na área de leite, complexos industriais semelhantes e estratégias próprias de desenvolvimento de produtos e distribuição.
“A Batavo e a Castrolanda deram um grande exemplo de intercooperação. O caminho é esse”, avalia o presidente do Sindicato e a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. Para ele, a dedicação dos imigrantes, aliado ao conhecimento voltado ao manejo do gado e da produção leiteira, trouxe um crescimento extraordinário para a região, provando, mais uma vez, que o cooperativismo é um instrumento eficaz para o desenvolvimento econômico e social das cidades, e principalmente, das pessoas.
“As necessidades dos associados são as mesmas e por isso o fortalecimento das duas cooperativas vai trazer mais capilaridade e conseqüentemente beneficiará todos os cooperados”, resume o presidente da Castrolanda, Frans Borg. Para que não se tornassem concorrentes, havia algumas opções como a criação de uma central, programas de cooperação, alianças estratégicas, e intercooperacao, a opção mais adequada ao negócio.
Renato Greidanus, presidente da Batavo, acredita que a intercooperação é uma exigência do mercado cada vez mais globalizado, no qual o incremento da competitividade tornou-se questão de sobrevivência para as cooperativas. “Não podemos nos tornar concorrentes porque estamos no mesmo mercado, mas podemos potencializar nossos serviços oferecendo produtos de qualidade”.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta quinta-feira, 15 de dezembro, em reunião ordinária, a renegociação de operações de crédito rural e a ampliação de prazos para quitação de algumas dívidas rurais. Os beneficiados com a regra aprovada pelo Conselho são produtores de arroz, suínos e aqueles inseridos na dívida rural autorizada pela Lei nº 9.138, de 1995.
O primeiro voto agrícola autoriza a renegociação das parcelas com vencimento em 2011 das operações de investimento rural contratadas por produtores de arroz e suínos, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI). Tal renegociação é resultado dos problemas enfrentados pelos produtores na comercialização desses produtos, o que dificultou o pagamento das dívidas, com vencimento no segundo semestre de 2011.
Também foi ampliado o prazo para emissão de títulos para quitação do saldo das operações de crédito rural com cláusula de equivalência, nos termos do alongamento da dívida rural autorizado pela Lei nº 9.138, de 1995. Para tomar essa decisão, o CMN considerou aspectos de mercado, além do Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional, que prevê o aumento do prazo médio do estoque da Dívida Pública Federal e a redução de vencimentos no curto prazo. (Fonte: Mapa)
O Fórum Jurídico e de Meio Ambiente teve início na manhã desta sexta-feira (16/12), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O superintendente José Roberto Ricken fez a abertura do evento e enfatizou a importância do debate e da difusão de informações aprofundadas sobre a questão ambiental. Para o dirigente, a maioria das pessoas desconhece o teor do novo Código Florestal, atendo-se ao que a mídia informa – muitas vezes de forma superficial - sobre as discussões em torno da legislação, agora concentradas na Câmara Federal.
Consciência - “O setor cooperativista está consciente da responsabilidade de produzir com sustentabilidade e muito tem sido feito para a preservação de recursos naturais e redução de impactos. Cito com exemplo a conservação de solos, com o plantio direto, a recolha de embalagens de agroquímicos e a recomposição de áreas de preservação permanente e matas ciliares. São informações que, muitas vezes, não chegam ao público urbano”, disse Ricken. “Precisamos trabalhar para uma maior difusão de dados técnicos e científicos sobre o meio ambiente”, enfatizou.
OCB - Presente no Fórum, a gerente de Relações Institucionais da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Tania Zanella, também ressaltou a importância da conscientização para o avanço do debate sobre bases científicas. “Entendo que o desafio maior é a conscientização urbana, pois há uma pressão das cidades sobre o que faz o setor rural”, afirmou. À tarde, Tania falará aos participantes do Fórum sobre o Código Florestal e fará uma retrospectiva do trabalho de mobilização do setor cooperativista. (Fonte: Ocepar)
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O saldo da balança comercial das cooperativas, de janeiro a novembro de 2011, alcançou um superávit de US$ 5,3 bilhões. O resultado é recorde para o período e representa 37,2% mais que nos primeiros onze meses de 2010 (US$ 3,9 bilhões). Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o resultado confirma a previsão feita pelo setor com base no desempenho observado no decorrer do ano.
“O movimento cooperativista tem alcançado resultados cada vez melhores, que são consequência de uma visão focada na gestão profissional do negócio. Esperamos, no mínimo, manter esses valores em 2012. Será um momento importante na história do movimento, a comemoração do Ano Internacional das Cooperativas", disse.
As cooperativas brasileiras que venderam produtos para o mercado externo, entre janeiro e novembro de 2011, atingiram o maior volume de exportações já registrado pelo setor desde 2005, quando teve início a série histórica. Na avaliação de Freitas, o setor cooperativista entrou num ciclo de evolução muito importante, refletindo diretamente no aumento das exportações. “As cooperativas têm obtido um desenvolvimento sustentável, e muitos avanços com a transferência de tecnologia e melhorias em gestão e educação”, resume.
Nos onze meses deste ano, as vendas externas das cooperativas totalizaram US$ 5,6 bilhões, um crescimento de 36,7% sobre igual período de 2010. Já as importações realizadas por cooperativas tiveram expansão de 29,1%. Passaram de US$ 249,6 milhões, de janeiro a novembro de 2010, para US$ 322,2 milhões, no mesmo período de 2011.
Com esses resultados, a corrente de comércio no período também foi a que apresentou o melhor desempenho da série: US$ 5,9 bilhões. Uma expansão de 36,3% em relação ao período de janeiro a novembro de 2010. No que diz respeito à participação na pauta brasileira, considerando os onze meses do ano, as exportações das cooperativas passaram de 1,9%, em 2005, para 2,4% em 2011.
Estados - Dos 27 estados da federação, 20 realizaram exportações por meio de cooperativas, de janeiro a novembro de 2011. No mesmo período de 2010, foram 18 os estados exportadores. Este ano, São Paulo foi o que registrou o maior valor nas vendas externas das cooperativas (US$ 1,9 bilhão, 33,3% do total); em seguida vem o Paraná (US$ 1,8 bilhão, 32%); Minas Gerais (US$ 782,5 milhões, 13,9%); o Rio Grande do Sul (US$ 348,3 milhões, 6,2%); e Santa Catarina (US$ 281,9 milhões, 5%).
Produtos - Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, de janeiro a novembro deste ano, destacam-se o açúcar refinado (US$ 949,1 milhões); o café em grãos (US$ 740,3 milhões); a soja em grãos (US$ 691,3 milhões); e o açúcar em bruto (US$ 656 milhões, 11,6%). Já os principais produtos importados pelas cooperativas, nos onze meses de 2011, foram: cloretos de potássio (US$ 51,5 milhões); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 27 milhões, 8,4%); ureia com teor de nitrogênio (US$ 26,7 milhões, 8,3%); cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 7,4%); e malte não torrado (US$ 18 milhões, 5,6%).
Mercados - No período, os produtos exportados pelas cooperativas tiveram como destino 133 países. Os principais foram: China (US$ 709,7 milhões, 12,6% do total); Estados Unidos (US$ 585,3 milhões, 10,4%); Emirados Árabes Unidos (US$ 505,5 milhões, 8,9%); e Alemanha (US$ 411,7 milhões, 7,3%).
As importações feitas por cooperativas brasileiras foram originárias de 48 países. Os maiores exportadores foram: a Argentina (US$ 45 milhões, 14% do total); Rússia (US$ 44,1 milhões, 13,7%); Alemanha (US$ 40,8 milhões, 12,7%); e Paraguai (US$ 28,5 milhões, 8,8%). (Com informações do MDIC)
Na manhã desta quinta-feira (15/12), em reunião na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), foi realizado o primeiro encontro entre a diretoria do Sistema OCB/Sescoop e a universidade holandesa Wageningen-UR (University and Research Center). A conversa aconteceu por solicitação da representante da instituição estrangeira, Stephanie Ruiter, com o objetivo de desenhar possíveis alianças estratégias entre as organizações. “A Wageningen é uma instituição muito bem conceituada na América Latina e no mundo. Para nós, é motivo de entusiasmo ver o reconhecimento deles sobre a importância do cooperativismo”, pontuou o presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas.
Especializada em estudos nas áreas de alimentação saudável e meio ambiente, a Wageningen-UR desenvolve uma série de projetos de pesquisa com o intuito de explorar o potencial da natureza para melhorar a qualidade de vida no planeta. Atua com a utilização de novas tecnologias em biomassa/biocombustíveis, produção de energia, aprimoramento das plantas para aumento de rendimento energético/de massa, entre outras linhas de pesquisa.
Com a intenção de disseminar e colocar em prática os conhecimentos produzidos, a universidade promove alianças por todo o planeta. No Brasil, a instituição já é parceira de empresas como a Embrapa e as universidades federais, de Lavras (MG) e São Paulo (SP). Segundo Stephanie, a Wageningen-UR possui uma linha de pesquisa específica em cooperativismo e foi por este motivo que a instituição buscou contato com o Sistema. “Muitas cooperativas são extremamente ativas também na Holanda. Queremos discutir oportunidades entre as instituições, visando à transferência de tecnologia, oportunidades de trocas de conhecimento entre a universidade e colaboradores das organizações estaduais, além de linhas específicas de interesse que as organizações possam ter”, afirmou.
De acordo com o gerente Geral de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop, Maurício Alves, o ano de 2012 começará com um grande esforço no sentido de planejar a atuação em conjunto com a universidade. “Queremos aproveitar a expertise da instituição holandesa para focarmos principalmente em monitoramento, em como trabalhar os dados que obtemos. Um plano de formação na área de gestão cooperativa também foi sugerido e vamos verificar a viabilidade”, explicou.
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Um total de 1.548 cooperativas agropecuárias vão ser beneficiadas pelos projetos de lei que tratam sobre importação de leite, licenciamento ambiental e atividade pesqueira artesanal. As matérias foram aprovadas nesta quarta-feira (14/12), na Comissão de Agricultura, Peucária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei (PL) 2.025/2011, que segue agora para análise da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), altera a Lei nº 10.779/2003. A proposta beneficia a atividade pesqueira nacional ao conceder o seguro-desemprego ao pescador artesanal quando ocorrer a interdição da área de pesca ou outra situação que impeça seu trabalho.
Já o PL 2.353/2011, de autoria da Subcomissão do Leite da CAPADR, que contou com alterações propostas pelo Sistema OCB, pretende proteger o mercado brasileiro da entrada indiscriminada de leite estrangeiro, especialmente nos casos de produtos subsidiados, sob risco de desarticulação da atividade econômica nacional e seus imediatos reflexos sobre preços, empregos e renda da população brasileira.
Para tanto, o projeto veda a importação de leite e seus derivados, salvo se não houver disponibilidade de produto nacional para atender a demanda do órgão ou entidade da administração pública, cabendo, nessa hipótese, à autoridade competente justificar expressamente a necessidade de compra do produto estrangeiro. A matéria será analisada agora pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Casa.
Por sua vez, também foi aprovado o PL 2.163/2011, que tem o objetivo de estabelecer regras atinentes ao licenciamento ambiental destinado à instalação, ampliação e funcionamento de empreendimentos agropecuários, florestais, agrossilvopastoris. O texto define situações nas quais o licenciamento ambiental não será exigido para as atividades acima citadas ou ocorrerá de modo unificado. O relator da proposição, deputado Abelardo Lupion (PR), integrante da Frencoop, acatou sugestões do setor cooperativista no sentido de adequar a redação da matéria. O projeto segue para deliberação da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).
"O lançamento oficial no Brasil de 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, realizado nesta quarta-feira (14/12), na capital federal, contou com a presença de diversas autoridades. Entre elas, o coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues que, nas palavras do presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, representou os mais de 9 milhões de cooperados do país. Rodrigues, que foi o mentor da ideia do ano internacional, quando membro da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), entusiasmou a todos os presentes anunciando seu próximo desejo: “pleitear o Prêmio Nobel da Paz para o cooperativismo”.
Segundo o cooperativista, a sugestão é absolutamente plausível. “Precisamos de uma articulação mundial que promova a democracia e a paz, e o cooperativismo possui claramente as competências necessárias para defender esta bandeira”, afirmou. Em seguida, sugeriu que o Brasil lidere essa movimentação, levando a solicitação à ACI.
Logo depois foi a vez do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, se pronunciar. Relator do projeto do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, Rebelo iniciou seu discurso comemorando as conquistas alcançadas ao longo de 2011 e afirmando que o Brasil tem plenas condições de vencer os desafios que se desenham para o próximo ano. E destacou: “não se constrói um país forte economicamente sem a participação de um grande movimento cooperativista. O cooperativismo organiza a economia, alinhando o interesse dos menores com a força dos maiores”. Segundo o deputado, o Brasil precisa investir na desburocratização para o cooperativismo.
Américo Utumi, membro do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), afirmou que a declaração pela Organização das Nações Unidas (ONU) de 2012 como Ano Internacional das Cooperativas é uma vitória para o movimento. E Luiz Eduardo Feltrim, que representou o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou que a comemoração vai ao encontro da proposta anunciada recentemente pela instituição de firmar uma parceria internacional para promover inclusão financeira. “Cooperativas de crédito têm sido um diferencial em meio a crise e estão fazendo a diferença nas comunidades onde atuam. Estamos de braços dados com o cooperativismo para que tenhamos um sistema financeiro sólido”, finalizou.
“O Ano 2012 é um reconhecimento de que as cooperativas realmente constroem um mundo melhor. Isso fica ainda mais claro em momentos de turbulências, como na crise vivenciada em 2008 e 2009. Naquele período, os países cooperativistas se destacaram por conseguir driblar as dificuldades e manter seus índices de crescimento. Esse é um dos diferenciais do setor, criar novas oportunidades e ser empreendedor”. Com essas palavras, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou, durante a solenidade de lançamento do Ano Internacional das Cooperativas no Brasil, a importância do movimento cooperativista para o desenvolvimento socioeconômico mundial .
Freitas também destacou que a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), de declarar 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, abrirá novas portas para o segmento. “Teremos a oportunidade de sensibilizar o governo e a sociedade do papel que tem o cooperativismo na geração de trabalho e renda, e na consequente redução das desigualdades sociais. Nossa intenção é fomentar a criação de novas políticas públicas voltadas ao segmento, que incentivem a sua expansão e consolidação como alternativa socioeconômica sustentável”, disse.
O presidente do Sistema OCB lembrou ainda que o primeiro passo para o reconhecimento da ONU foi dado pelo coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, enquanto presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), entre 1997 e 2001.
Em seguida, o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, chamou a atenção do público para os indicadores do cooperativismo no Brasil e no mundo. “Já conquistamos um espaço importante e hoje nossa participação na economia do país é realmente expressiva. Tanto é assim que respondemos por praticamente 6% do PIB. No campo, cerca de 50% de tudo que é produzido internamente passa de alguma forma por uma cooperativa. E mundialmente, mobilizamos 1 bilhão de pessoas”, comentou.
Representando o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, o secretário-executivo da pasta, José Carlos Vaz, enfatizou que a comemoração do Ano 2012 levará a população a resgatar e fortalecer o espírito da solidariedade. “Temos que solidificar as instituições e os movimentos que resgatam o melhor do homem. Para isso, reforço aqui o compromisso do ministério em promover ações e projetos que fortaleçam as cooperativas brasileiras, em especial, as agropecuárias”, comentou Vaz, se referindo ao setor como caminho para o desenvolvimento da agricultura nacional. E finalizou: “em 2012, estaremos sempre ao lado do movimento cooperativista”.
Já o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), senador Waldemir Moka, destacou o cooperativismo como alternativa para a geração e distribuição justa de riquezas no mundo. Ele também enfatizou o comprometimento dos integrantes da Frencoop para o desenvolvimento do setor. “Trabalhamos com esse único objetivo e temos conquistado vitórias importantes. Recentemente, aprovamos no Senado Federal uma proposição que permite o acesso das cooperativas de crédito aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Da mesma forma, buscamos a aprovação do novo Código Florestal ainda este ano. Mesmo sem conseguir isso, ratifico que estaremos ainda mais unidos no sentido de obter uma legislação ambiental realmente coerente com a realidade do nosso país”, disse.
O evento, que reuniu cerca de 200 pessoas, entre líderes do setor, representantes do governo federal, parlamentares e integrantes de entidade parceiras, foi realizado na sede da OCB, em Brasília (DF).
Fortalecer a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) como ator político determinante para a conquista de marcos legais que levem ao desenvolvimento do setor. É com essa expectativa que o senador Waldemir Moka (MS), presidente da Frencoop, planeja conduzir a atuação da frente nos próximos anos. O discurso foi realizado nesta quarta-feira (14/12), em Brasília (DF), durante o lançamento do Ano Internacional das Cooperativas, pelo Sistema Cooperativista Brasileiro.
De acordo com Moka, a Frencoop conquistou importantes resultados ao longo de 2011, se consolidando como uma das frentes mais atuantes e participativas do Congresso Nacional. Prova disso, segundo o senador, foi a grande mobilização de deputados e senadores na aprovação de importantes proposições para o segmento, como o Projeto de Lei do Senado (PLS) 40/2011, que dá acesso às cooperativas de crédito aos benefícios do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2011, que institui o novo Código Florestal.
Ao prestar homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas, o presidente da Frencoop disse que esse é o único sistema econômico capaz de, ao mesmo tempo, produzir e distribuir a riqueza, com igualdade social. O senador destacou, ainda, sua presença junto ao presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, na cerimônia de lançamento do Ano Internacional, que ocorreu em outubro, na sede da ONU, em Nova York (EUA). De acordo com Moka, representantes cooperativistas de diversos países estiveram presentes no evento para debater sobre o papel das cooperativas na economia mundial, especialmente no que se refere à segurança alimentar e à sustentabilidade.
Principais Resultados - A Frencoop é composta por deputados e senadores que atuam na defesa dos interesses do sistema cooperativista no Congresso Nacional, independentemente do seu estado de origem ou filiação partidária. Iniciando esta legislatura com o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2011, a frente recompôs o seu quadro de integrantes e já conta com 255 parlamentares, sendo 224 deputados e 31 senadores. Contribuindo diretamente para esse processo, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) trabalha para ampliar os canais de comunicação entre os integrantes da Frencoop, seus gabinetes e os representantes do cooperativismo.
Por meio da divulgação de boletins periódicos, materiais de apoio à atuação parlamentar, eventos institucionais e reuniões de trabalho, há uma constante troca de informações, que permite aproximar ainda mais o sistema cooperativista brasileiro do processo político-decisório. Para tanto, foram realizadas duas pesquisas de opinião no Congresso Nacional e junto às Organizações Estaduais (OCEs), com o objetivo de mapear o novo cenário de representação política do cooperativismo. De acordo com os dados obtidos, 1/4 dos parlamentares é associado a cooperativas. Nas Assembleias Legislativas, o quadro também é positivo, com a presença de 11 Frencoops Estaduais e 78 Frencoops Municipais.
"O governo federal está mobilizado para as comemorações do Ano Internacional das Cooperativas, 2012, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta segunda-feira (12/12), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoveu um workshop para discutir as atividades de promoção e desenvolvimento do cooperativismo com órgãos e entidades que representam o setor.
Aumentar o interesse público sobre as cooperativas, mostrando a sua contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e o alcance das metas do milênio é meta comum entre as instituições. Na abertura do evento, o secretario-executivo do Mapa, José Carlos Vaz, disse que o cooperativismo é uma das prioridades para o ministro Mendes Ribeiro. “ O assunto está na nossa pauta de discussão e fará parte da Política Agrícola na qual estamos trabalhando”, disse.
Em seguida, o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, apresentou as principais ações e sugestões a serem feitas em conjunto com as instituições presentes. Entre essas, ele destacou a criação de um hotsite específico para divulgação do Ano 2012, que entrará no ar nesta quarta-feira (14/12). Nele, constarão informações gerais sobre o movimento cooperativista, além de histórias de 366 cooperativas, notícias, eventos e outros dados relevantes.
“Nosso objetivo é fazer disseminar os benefícios do cooperativismo à sociedade. Estamos trabalhando para que o ano seja marcado por muitas comemorações, em todos os estados brasileiros”, resumiu Nobile. O superintendente da OCB também ressaltou que o governo é um grande parceiro na construção de políticas, leis e regulamentações condizentes e propícias para a formação, o desenvolvimento e a estabilidade das cooperativas. A criação de um selo postal e uma moeda alusivos ao Ano Internacional das Cooperativas foram algumas das sugestões a serem desenvolvidas com o grupo.
A representante do Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop) do Mapa, Aura Domingues, também apresentou propostas, como a realização de seminários, exposições, cerimônia de lançamento oficial no Palácio do Planalto e divulgação de produtos das cooperativas.
Além da OCB e do Ministério da Agricultura, o evento contou com representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário; Trabalho e Emprego; União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar (Unicafes) e Central de Cooperativas e Empreedimentos Solidários (Unisol)
O lançamento no Brasil do Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), será realizado nesta quarta-feira (14/12), na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). A cerimônia contará com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Mendes Ribeiro Filho, além de parlamentares e autoridades ligadas ao setor. Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, a iniciativa da ONU confirma a contribuição efetiva do movimento cooperativista mundial para a redução da pobreza, a partir da geração de trabalho e renda. “É um reconhecimento internacional do importante papel que tem o setor para a promoção do desenvolvimento sustentável”, afirma
Para o lançamento, são esperadas cerca de 100 pessoas, entre deputados, senadores, ministros, líderes cooperativistas e representantes de entidades parceiras. O ano de 2012 será marcado por diversas ações com o intuito de fazer a população reconhecer, no seu dia a dia, a presença e a importância das cooperativas. Diversas comemorações em todos os estados brasileiros contarão com a participação do Sistema OCB, entre elas já está previsto o lançamento, em março, da Agenda Legislativa do Cooperativismo, com foco no ano internacional, e o 2º encontro brasileiro de pesquisadores em cooperativismo, que será realizado em junho, com o objetivo de mapear a produção de conhecimentos sobre cooperativismo no país.
“Vamos aproveitar esse momento para mostrar de que forma já contribuímos e podemos somar ainda mais para o desenvolvimento global, por meio da prática dos valores e princípios cooperativistas”, enfatiza Freitas. Segundo o dirigente, a intenção durante o ano internacional das cooperativas é disseminar a essência do movimento a um número ainda maior de pessoas, em todos os cantos do mundo, e mostrar que a força do setor está justamente na valorização do capital humano.
Há dez anos, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) tem trabalhado para dar a destinação correta às embalagens vazias de agrotóxicos utilizadas no país, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Nesta sexta-feira (9/12), a instituição promoveu um evento comemorativo a uma década de sua fundação, ocorrida em 14 de dezembro de 2001. Na cerimônia, o inpEV homenageou dez entidades parceiras, entre essas a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que foi representada por Evaristo Machado Netto, membro do conselho de administração do instituto e ex-presidente da organização estadual de São Paulo, a Ocesp. A solenidade foi realizada na Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, na capital paulista.
O Instituto foi criado após a instauração da Lei 9.974/00 que disciplina o recolhimento e destinação final das embalagens dos produtos fitossanitários. A Lei divide responsabilidades a todos os agentes atuantes na produção agrícola do Brasil. O inpEv também tem como missão prestar serviços na área de resíduos sólidos, com envolvimento e integração de todos os elos da cadeia produtiva agrícola.
Nessa linha, o inpEV realiza projetos como o Dia Nacional do Campo Limpo, iniciativa que tem o apoio da OCB. O objetivo da data é divulgar os resultados positivos e destacar o compromisso socioambiental de todos os integrantes do sistema de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos – agricultores, distribuidores, cooperativas, indústria fabricante e poder público – para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável.
O Senado deu mais um passo importante para incentivar a produção no campo com sustentabilidade. Depois de mais de seis horas de discussão, o plenário da Casa aprovou, por 58 votos contra 8, o projeto do novo Código Florestal. Agora, a proposta retornará à Câmara dos Deputados. O sistema cooperativista acompanhou as discussões para defender os interesses do segmento. “A aprovação é, com certeza, uma marco para toda a sociedade brasileira. Não só valoriza o trabalho no campo como também reconhece a importância entre o rural e o urbano”, disse o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Feitas.
Freitas também enfatiza que a nova legislação será um guia para os produtores rurais. “Nosso país precisava desse direcionamento. A falta dele deixa muitas propriedades em situação irregular. Assim, o homem do campo estará amparado legalmente e o sentimento de insegurança jurídica que prevalecia certamente não existirá”, afirmou o líder cooperativista. Hoje, cerca de 3 milhões de produtores vivenciam o problema.
Para o setor cooperativista, a normatização atual está desconectada da realidade tanto no que diz respeito à proteção dos remanescentes florestais como às características da atividade agrícola brasileira. “É preciso conferir segurança jurídica e estabilidade às áreas já utilizadas para fins de produção agropecuária e, ao mesmo tempo, ampliar a eficácia dos mecanismos de proteção ambiental. Só assim teremos condições de continuar produzindo. A demanda por alimentos é crescente no mundo e o Brasil tem um papel fundamental nesse contexto”, reforçou o presidente da OCB.
Saiba mais – Termina no próximo dia 11 de dezembro o prazo de validade do Decreto 6514/2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações e dá outras providências. A norma já foi prorrogada uma vez, em 11 de junho deste ano.
"O sistema cooperativista brasileiro está confiante na definição do novo Código Florestal antes de 11 de dezembro, quando expira o prazo de validade do Decreto 6514/2008, que trata de matéria ambiental. Para o segmento, a redação aprovada no Senado nesta terça-feira (6/12), está conectada à realidade do país e atende ao desafio de preservar e produzir. “Não há dúvida de que o texto leva em conta o contexto histórico de ocupação, a capacidade dos produtores agropecuários em recuperar as áreas degradadas, contemplando ainda o uso e manejo do solo, além da produção e manejo florestal, o que justifica o título de Código Florestal”, comenta o gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gregory Honczar.
O setor avalia positivamente o texto validado no plenário e destaca alguns pontos. A possibilidade de somar área de preservação permanente (APP) com reserva legal (RL) e de realizar a compensação dentro do mesmo bioma são alguns dos benefícios. “A desobrigação das pequenas propriedades, com até quatro módulos, de recuperação da RL também é um avanço. Muitos dos produtores rurais cooperativados se encontram nessa situação e, sem esse mecanismo, as atividades desenvolvidas por eles ficariam inviabilizadas”, diz Honczar.
De acordo com o relatório do senador Jorge Viana (AC), aprovado pelos parlamentares, o uso das áreas consolidadas em APP também será autorizado, o que, para o gerente de Ramos e Mercados da entidade, permitirá a continuidade de culturas como o café e a maça. “O novo Código Florestal trará tranquilidade para os agricultores que atuam nessas áreas. Como ficariam as produções dessas culturas, características de topos de morros, por exemplo, sem tal previsão na legislação?”, questiona o gestor, antecipando a resposta. “Com certeza, elas estariam fadadas à extinção. A permanência dessas pessoas no campo estaria comprometida, e, para o Brasil, que é hoje o maior produtor de café do mundo, significaria perda de mercado e renda para os seus produtores”, enfatiza Honczar.
Para as cooperativas brasileiras, a previsão de um programa de incentivo à preservação e recuperação do meio ambiente, além da definição clara de utilidade pública, interesse social e atividade de baixo impacto ambiental são outros conquistas.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, recebeu do presidente em exercício da Comissão da Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados, Paulo César Quartiero, o documento com as propostas de políticas para a triticultura brasileira elaboradas pelo setor produtivo. A entrega aconteceu durante audiência ocorrida na tarde desta terça-feira (06/12), na sede do Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília (DF). O parlamentar ressaltou a importância de articulação entre o Mapa e demais ministérios, como Fazenda e Planejamento, para viabilizar as ações sugeridas.
Os presidentes do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS), Rui Polidoro, apresentaram os pontos considerados relevantes para o estabelecimento de medidas de longo e médio prazo voltadas à garantia de renda para os produtores e à valorização da produção nacional de trigo. “O ministro demonstrou grande sensibilidade em relação ao assunto e afirmou que em janeiro teremos uma posição do Mapa quanto à política de trigo”, disse Koslovski.
Presenças – A reunião contou ainda com a presença do coordenador político da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e assessor da presidência da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Odacir Zonta, além de diversos parlamentares. Na oportunidade, o deputado federal paranaense Moacir Micheletto também destacou a urgência do governo federal adotar uma política que viabilize a produção brasileira de trigo e reduza a dependência das importações, já que atualmente o Brasil produz pouco mais de 5 milhões de toneladas do cereal enquanto a demanda supera 10 milhões de toneladas. “O trigo é um produto de segurança alimentar mas não tem recebido o devido apoio do governo”, afirmou Micheletto. “Nada mais justo do que a gente buscar e defender um novo modelo de política agrícola para incentivar a nossa produção, justamente para reduzir essa eterna dependência externa, que no passado custou ao país US$ 1,5 bilhão com as importações de 6,3 milhões de toneladas”, explicou. Ainda de acordo com o deputado, cerca de 150 mil produtores se dedicam à cultura, que gera em torno de 160 mil empregos diretos e 900 mil indiretos.
Documento – O documento recebido por Mendes Ribeiro foi produzido em conjunto pela Ocepar, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Fecoagro/RS, Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Embrapa e Conab. O material traz 25 propostas distribuídas em nove grandes temas: preço mínimo de garantia e instrumentos de comercialização; qualidade e padrão oficial de classificação do trigo; salvaguardas a importações; vigilância sanitária e meio ambiente; legislação de cabotagem; recursos e juros para custeio; seguro de produção; tributação do trigo e derivados e apoio às atividades de suporte à produção do cereal. Também foram incluídas sugestões relacionadas às culturas de aveia, cevada e triticale. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar)
As prioridades para o ramo trabalho foram discutidas, nesta terça-feira (6/12), na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). O representante Nacional do ramo, Geraldo Magela, destacou quatro dos assuntos em pauta: o Projeto de Lei 4622/04, que regulamenta o setor; o Plano Nacional de Conformidade de Cooperativas (PNC); a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que traz oportunidades para inúmeras cooperativas de trabalhadores em todo território nacional e a participação do cooperativismo na Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016.
“Esses assuntos são de grande importância, pois estamos pensando nas oportunidades de negócios para as cooperativas do ramo trabalho e de outros setores com a movimentação desses eventos internacionais”. Magela explicou que existem várias formas de participação das cooperativas, pela diversidade de produtos e serviços que elas oferecem.
Sobre a aprovação do PL, Magela afirmou que um dispositivo legal apropriado vai proporcionar um tratamento mais justo para as cooperativas. “O cooperativismo estabelece uma boa relação com as pessoas e o trabalho, permitindo que esta relação não seja só de mercado, ou de empregado e empregador, proporcionado a participação ativa de todos os interessados no negócio”.
“A música venceu” foi o tema da palestra do maestro João Carlos Martins para mais de 2 mil cooperados que participaram do Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, no Teatro Positivo, em Curitiba (RS), na última sexta-feira (2/12). “A história de vida e superação de Martins é um exemplo para todos nós, e nos dá ânimo para continuar com nossos projetos, perseguindo um mundo mais justo e igualitário”, disse o superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken. Martins já regeu mais de mil concertos, mesmo com problemas de saúde recorrentes e, a partir da música clássica, ajudou na formação de duas mil e quinhentas crianças.
O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, que representou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, no evento, ressaltou a participação expressiva dos cooperados. “Todas essas pessoas se reuniram por um objetivo comum, avaliar o cenário atual e traçar novas estratégias para o cooperativismo paranaense, que reúne hoje 240 cooperativas e deve encerrar 2011 atingindo R$ 30 bilhões de movimentação econômica”, destacou Nobile, tendo como base os números apresentados pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.
Koslovski fez uma apresentação dos principais indicadores do cooperativismo paranaense. O evento também foi prestigiado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, o governador Beto Richa, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, além de deputados federais e estaduais. “A participação dos poderes Executivo e Legislativo só confirma a importância que o setor tem para o estado”, finalizou Nobile.
O evento contou ainda com a apresentação de talentos culturais do cooperativismo paranaense, e homenagens a cooperados e parceiros que se destacaram no ano de 2011.
São 6.652 cooperativas espalhadas pelo Brasil, 9 milhões de cooperados e 298 mil funcionários. Um universo formado basicamente por micro e pequenos produtores que, juntos, exportam para mais de 130 países. O volume é bem significativo. Só nos primeiros 10 meses desse ano as negociações com o mercado externo chegaram a US$ 5,1 bilhões, um salto de 34,6% sobre os US$ 3,8 bilhões registrados no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Externo (Secex).
A maior participação fica por conta das cooperativas do agronegócio, principalmente ligadas à produção de café, complexo da soja (farelo, grão, óleo e bagaço), produtos sucroalcooleiro, carne bovina e de frango. O principal destino exportador é a China, com vendas entre janeiro e outubro desse ano da ordem de US$ 661 milhões, na sequência figuram os Emirados Árabes, Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Japão.
"Historicamente as cooperativas estão batendo recordes de profissionalização na gestão e de aperfeiçoamento dos mecanismos de produção", ressalta Gregory Honczar, gerente de desenvolvimento e ramos de mercado da Organização das cooperativas Brasileiras (OCB). O executivo destaca que, ao contrário da esmagadora maioria dos países europeus, o Brasil tem 100 milhões de hectares de pastagem possíveis de serem transformados em área agrícola. "A fartura de terras para plantio dão ao país posição de destaque diante do crescimento da demanda por alimento no mundo", diz Honczar. "Assim, as chances dos negócios das cooperativas nacionais no exterior só tendem a ganhar ainda mais espaço nos próximos anos."
Embora o cenário seja positivo, os gargalos a serem sanados ainda são muitos. O chamado Custo Brasil e a falta de infraestrutura logística têm um peso negativo forte sobre a competitividade do produto brasileiro. Para se ter uma ideia, 12% do milho em grão pronto para exportação é perdido na estrada. "Em qualidade, muitas de nossas empresas já conquistaram o mesmo patamar das concorrentes estrangeiras, mas falta estrutura e cultura exportadora", diz Honczar. Uma prova de que as cooperativas estão no caminho certo é que a entidade, em parceria com a Apex-Brasil, consolidou a exportação para 2012 de um lote significativo de produtos lácteos (leite em pó e queijos), com 40% do volume produzido por cooperativas.
Com sede em Itápolis, interior de São Paulo, a cooperativa dos Agropecuaristas Solidários (Coagrosol) foi fundada há 11 anos de olho na exportação. Conta hoje com 40 cooperados, todos de pequeno porte, que juntos produzem 2.500 toneladas de suco de laranja, limão e polpa de manga. Exporta para 12 países, totalizando US$ 7 milhões em negociações no exterior em 2010, volume que deve crescer pelo menos 10% esse ano.
"Sabíamos que havia uma boa demanda de suco de laranja para o mercado europeu de comércio justo, que valoriza a sustentabilidade social e ecológica da produção. Decidimos apostar nesse diferencial para fugir da concorrência dos grandes produtores", diz Reginaldo Vicentim, 30 anos, produtor e diretor comercial da Coagrosol. A trajetória, porém, não foi fácil. O grupo inicial, de 30 cooperados, teve de adaptar suas fazendas, processos e mão de obra a mais de 200 critérios exigidos para a certificação de produção de comércio justo. A primeira exportação foi de 80 quilos, hoje são 2.500 toneladas. Dos 40 associados, apenas oito são produtores orgânicos certificados. Mas eles respondem por 30% do volume exportado.
A cooperativa Agroindustrial (Coplana), de Jaboticabal (SP), é uma das líderes mundiais em amendoim premium, com faturamento de R$ 226 milhões, sendo 30% oriundo de vendas para 20 países. Segundo José Arimatea, superintendente da Coplana, o desempenho é resultado de constantes investimentos em modernizando do cultivo, automação e qualidade. "Ajudamos o país a sair do status de importador de amendoim para exportador", diz.
(Fonte: Valor Econômico)
O reconhecimento na legislação ao trabalho promovido pelas cooperativas de infraestrutura foi pauta de uma reunião realizada nesta quarta-feira (30/11) entre representantes do setor e o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Pereira Zimmermann. Durante a reunião, o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, ressaltou a necessidade de adequações na legislação para a regularização do setor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Temos de conscientizar os órgãos da Administração Pública do papel social exercido pelo cooperativismo, levando energia a lugares onde outras empresas do segmento não têm interesse de atuar. Isso deve ser levado em consideração tanto pelo ministério quanto pela agência reguladora”, disse Nobile. Durante a reunião, o superintendente ressaltou a necessidade de adequações na legislação para a regularização do setor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Temos de conscientizar os órgãos da Administração Pública do papel social exercido pelo cooperativismo, levando energia a lugares onde outras empresas do segmento não têm interesse em atuar. Isso deve ser levado em consideração tanto pelo ministério quanto pela agência reguladora”, disse.
Hoje, o setor cooperativista atua especialmente no meio rural, fornecendo energia elétrica especialmente aos pequenos agricultores. São mais de 100 mil quilômetros de redes, atendendo a mais de 540 mil estabelecimentos e 2,6 milhões de brasileiros.
A importância do tema mobilizou parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a qual foi representada por seu coordenador, Odacir Zonta, e pelo deputado Luís Carlos Heinze.