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- Artigo Secundário 3
Sugestões serão consolidadas para gerar rating robusto sobre as boas práticas do coop
O Grupo de Trabalho ESGCoop se reuniu novamente nesta terça-feira (5) para debater os indicadores globais de sustentabilidade que devem nortear o futuro sistema de rating ESG do cooperativismo no Brasil. O encontro contou com a participação de representantes de 15 entidades sistêmicas, cinco Organizações Estaduais (OCEs) e dez confederações e finalizou a primeira sugestão de lista de indicadores. “Nosso objetivo é mostrar ao mundo que o cooperativismo consegue ser sustentável em todos os aspectos, tanto no social, que é o objetivo do movimento, quanto no ambiental e na governança. Queremos comprovar que fazemos tudo de maneira economicamente viável”, afirmou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB.
O avanço na implementação das práticas ESG é, segundo Débora, estratégica para fortalecer a sustentabilidade nas cooperativas, alinhando-as com padrões globais que atendam as demandas de um mercado cada vez mais consciente. “Para isso, o Programa ESGCoop está estruturado em quatro pilares, ou entregáveis para as cooperativas, que são: Diagnóstico, Capacitação, Materialidade e Soluções para os critérios ESG. Embora o assunto não seja novo, a implementação ainda exige muita atenção das cooperativas, e nosso papel é apoiar e contribuir para que planos sejam elaborados e ao final, resultem em práticas e em relatórios qualificados para que cooperados e comunidades saibam sobre nossa atuação sustentável”, explica.
Débora acrescenta que o rating ESG contará com uma uma estrutura robusta de indicadores de sustentabilidade para que as cooperativas avaliem, monitorem e aprimorem continuamente suas práticas. “Organizados para atender as especificidades de cada setor do cooperativismo, esses indicadores vão permitir que cada cooperativa adapte suas ações de acordo com as exigências e oportunidades de seu mercado, promovendo uma gestão integrada e eficiente da sustentabilidade”, acrescentou.
Entre os principais indicadores ambientais, destaca-se o monitoramento de emissões de gases de efeito estufa (GEE), com foco na meta de neutralidade de carbono. Com eles, as cooperativas participantes podem medir sua pegada de carbono, identificar pontos de melhoria e estabelecer metas de redução e compensação, fortalecendo seu compromisso com o meio ambiente e aderindo aos padrões globais de sustentabilidade.
Outro indicador ambiental importante é a eficiência energética, que avalia o consumo de energia e incentiva o uso de fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa. Essa abordagem permite que as cooperativas reduzam seus custos e minimizem a dependência de recursos não renováveis, fortalecendo seu papel no desenvolvimento sustentável.
No aspecto social, o ESGCoop prioriza indicadores de inclusão, diversidade e equidade, que avaliam a presença e a valorização de diversidade nas cooperativas, incluindo gênero, raça e idade. Essa prática visa promover um ambiente de trabalho inclusivo, onde diferentes perspectivas são valorizadas, o que fortalece a inovação e o engajamento das equipes. Outro indicador social considerado essencial é o impacto social das ações cooperativas medido a partir de registros documentados dos benefícios que suas atividades trazem para as comunidades ao seu redor, criando uma relação de confiança e contribuição para o desenvolvimento social.
As atividades do encontro foram coordenadas pelas especialistas em sustentabilidade da Gália Consultoria, Rosilene Rosado e Marina Dall'Anese. A partir da lista de indicadores definidos, os membros do grupo irão analisar individualmente os dados, revisar e sugerir alterações que identificarem necessárias. Em seguida, as sugestões serão consolidadas para apresentação do resultado consolidado.
“Esses indicadores fornecerão uma visão clara do compromisso do cooperativismo com o desenvolvimento sustentável. Além disso, propiciará às cooperativas medir seus resultados em sustentabilidade e reforçar seu posicionamento como uma organização responsável. Com esses indicadores, as cooperativas poderão, ainda, realizar uma análise mais criteriosa de seus resultados e a partir disso, definir e acompanhar metas de curto, médio e longo prazo. Paralelamente, cooperativas de todos os ramos irão fortalecer suas relações com as principais partes interessadas, especialmente cooperados, colaboradores e comunidades”, declarou Rosilene Rosado.
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- Artigo Secundário 2
Em entrevista, ela destacou como cooperativas podem impulsionar soluções ambientais
Shereen Zorba é secretária executiva do Fórum ONU Ciência-Política-Empresas para o Meio Ambiente (UN-SPBF) e chefe da interface entre Ciência, Política e Negócios no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Com mais de duas décadas de experiência nas organização internacional, ela lidera esforços globais para promover a sustentabilidade por meio da integração de ciência, política e setor privado.
Shereen também atua em áreas como proteção ambiental, tecnologia e Big Data, sendo uma das principais figuras na formulação de estratégias globais de dados ambientais do PNUMA. Sob sua liderança, o Fórum SPBF tem trabalhado para engajar diversas partes interessadas na criação de soluções ambientais sustentáveis que envolvem inovação tecnológica e cooperação entre setores.
Convidada para a Jornada Cooperativa rumo à COP29, organizada pelo Sistema OCB, Shereen concedeu uma entrevista exclusiva, em que compartilhou sua visão sobre o papel das cooperativas no enfrentamento das crises planetárias e como elas podem se posicionar de forma mais proeminente nas discussões globais sobre sustentabilidade. Entre outros tópicos, ela destacou a importância da inovação e da inclusão tecnológica para as cooperativas, especialmente em regiões vulneráveis, e o papel fundamental que essas organizações desempenham na construção de um futuro resiliente e sustentável.
Para ela, as cooperativas são fundamentais no enfrentamento aos desafios globais, e a COP30, a ser realizada no Brasil em 2025, será uma oportunidade de fortalecer o papel dessas entidades na promoção de um desenvolvimento ambientalmente responsável. Confira a entrevista!
- Qual é sua perspectiva sobre o modelo de negócios cooperativo?
O modelo de negócios cooperativo é mais relevante do que nunca. Com seu longo histórico, já está comprovado que ele funciona. Trata-se de um modelo bastante específico e importante, que confere poder aquisitivo aos produtores e impulsiona grandes movimentos em direção ao progresso, com garantia de participação social. Seja para mulheres, fazendeiros, operários ou grupos vulneráveis que necessitam de atenção, o modelo oferece espaço, voz e formas alternativas de cooperação. Sinto que, agora, mais do que nunca, diante dos desafios globais, como as mudanças climáticas, poluição e crises ecológicas, é essencial que esse modelo se fortaleça. Com o aumento das tensões geopolíticas, bem como as oportunidades e desafios trazidos pelos avanços tecnológicos, especialmente a inteligência artificial e outras tecnologias digitais, acredito que desenvolver capacidade, presença e resiliência entre as cooperativas pode proporcionar ao mundo, e às pessoas, uma oportunidade única de progresso.
- Pode contar um pouco sobre o Fórum Ciência-Política-Empresas da ONU, sobre o meio ambiente e como se relaciona com as cooperativas por todo o mundo?
O Fórum foi criado em 2017 e concebido desde o início para atuar em todo o sistema das Nações Unidas. É uma plataforma construída com base na ideia de inclusão, conforme solicitado pelos estados-membros, visando especialmente a interação com cooperativas. O principal objetivo do Fórum é criar um espaço para interações diretas, reais e autênticas entre o setor privado e as políticas governamentais, fundamentadas tanto na inclusão social quanto na ciência. Ele orienta como devemos agir, além de abarcar a pesquisa e o desenvolvimento, economia, ciências digitais e inteligências artificiais — ferramentas e inovações científicas essenciais para alcançarmos metas ambientais complexas, mas cruciais. No que tange às cooperativas, tenho o orgulho de afirmar que nossa parceria com elas, especialmente as brasileiras, será um dos grandes marcos para transformar a perspectiva global e impulsionar o papel das cooperativas através da COP30. Já iniciamos esse processo e acredito que será um avanço significativo. Como mencionei anteriormente, não se trata apenas de promover interações, mas de assegurar a inclusão de forma ampla e eficaz. Isso é fantástico, especialmente considerando que a COP30 ocorrerá no Brasil, o que torna esse trabalho de interação ainda mais relevante no momento.
- Quais são os desafios globais mais significativos que enfrentamos no que diz respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade?
Acredito que o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e a ONU abordam essa questão como uma das três grandes crises planetárias. Fica claro que estamos lidando com um quadro de poluição, crises climáticas e na natureza, especialmente no que diz respeito à ecologia, biodiversidade e ecossistemas. O ponto é que elas estão interligadas. Não podemos isolar uma delas e, por exemplo, tratar das mudanças climáticas sem considerar a natureza, ou lidar com a natureza sem levar em conta a poluição. Quando olhamos por diferentes perspectivas, especialmente em relação às Conferências das Partes (COPs), é importante destacar que, entre todas as COPs em andamento, a do clima é uma das mais famosas e impactantes. Isso nos dá uma clara noção da importância de aproximar todos esses setores e, ao mesmo tempo, nos faz questionar se estamos realmente no caminho certo.
Nossa expectativa para a COP30 é mostrar que esse espaço é destinado ao trabalho e à iniciativa, onde responsabilizamos a nós mesmos e ao mundo. É um espaço em que relatamos nosso desempenho enquanto setores da sociedade, seja no governo, nas diversas indústrias, no setor privado ou no cooperativismo em relação às metas de sustentabilidade estabelecidas. Isso vale em âmbito global, nacional, local e regional. Acredito que uma parte essencial desse processo seja integrar os relatórios de metas ambientais e climáticas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As Nações Unidas estão trabalhando para mapear essas metas através do que chamamos de Acordos Multilaterais Ambientais. Há diversos indicadores científicos, além de 24 ou 25 indicadores que abrangem o quadro geral dos ODS.
Acredito que estamos vivendo um momento em que, antes de mais nada, precisamos nos responsabilizar pelos resultados alcançados, em vez de apenas divulgar grandes mensagens. Precisamos assumir responsabilidade por nosso papel e resultados. Além disso, é uma excelente oportunidade para mobilizar pessoas e recursos para abrir portas ao cooperativismo. Todos com quem converso sentem que, com o Brasil sediando a COP30, temos uma grande oportunidade de fazer melhor se estivermos realmente dispostos a nos unir. Isso é algo extraordinário. O que mais precisamos agora é responsabilidade e iniciativa.
- Por todo o mundo, como o papel e a performance das cooperativas respondem aos desafios ambientais? Há como as cooperativas crescerem com desenvolvimento sustentável e proteção ambiental em mente?
Acho que uma coisa que, definitivamente, podemos concordar é que o papel das cooperativas, assim como o modelo coop, está diretamente ligado à performance ambiental. Vimos exemplos claros de como as cooperativas lidam com os desafios ambientais e a razão para isso é simples: quando se representa comunidades, especialmente as mais vulneráveis, como na Amazônia, pequenos fazendeiros e outros, essas comunidades são as mais impactadas, e de forma mais direta, pela deterioração do meio ambiente. Elas estão na linha de frente quando se trata de eficiência no uso de recursos e na busca pela sustentabilidade. Nesse sentido, fica claro que essas comunidades precisam que o meio ambiente seja sustentável e resiliente diante dos desafios ambientais, já que elas são as mais atingidas. Ao mesmo tempo, para alcançarmos os melhores resultados possíveis com o engajamento das diversas cooperativas existentes, precisamos de resiliência e de um movimento de cooperação cada vez mais fortalecido. Isso inclui a cooperação entre países de renda média e baixa. Globalmente, o empoderamento das cooperativas por meio da tecnologia, da resiliência financeira, de garantias, de avanços tecnológicos e do acesso a essas inovações, certamente capacitaria as cooperativas a desempenharem o papel que esperamos delas. Além disso, é animador ver o Brasil na liderança desse movimento. Ver o cooperativismo alcançar esse estágio, estabelecendo contatos e criando oportunidades, nos dá a confiança de que um trabalho excelente está sendo feito na prática e que trará resultados e dividendos no futuro.
- Em 2023, o Sistema da OCB realizou um diagnóstico entre 365 cooperativas pelo país, revelando uma pontuação média de 51% de aderência ao modelo ESG. Como você enxerga a performance das cooperativas brasileiras e como elas podem se desenvolver mais?
Vejo que as cooperativas brasileiras trabalham com muita seriedade. Evidentemente, ao analisarmos as estatísticas e ao expor, com transparência, o que está indo bem e o que não está, percebemos que essa é a atitude correta a ser adotada. Considero uma verdadeira inspiração para outras cooperativas. No entanto, é claro que sempre há espaço para melhorias e, para isso, muitas questões precisam ser estabelecidas. Já discutimos sobre como construir capacidade e garantir que exista uma estratégia clara. O processo realmente começa com números e análises. Agora, talvez seja o momento de aprofundarmos um pouco mais para entender quais setores estão prosperando, como os sistemas alimentares ou a agricultura, e quais não estão, identificando as razões por trás disso.
Compreender as causas é de extrema importância, e pode ser que a solução exija intervenções e apoio governamentais, regulamentações de comércio e legislações internacionais, regionais ou nacionais. O comércio é crucial para fortalecer o movimento cooperativista, pois a troca justa é essencial para empoderar as comunidades que produzem e executam o trabalho. Portanto, existem uma série de fatores complexos que precisam ser considerados. A primeira medida é ter como base a ciência, algo que já está em andamento, e estarmos dispostos a realizar uma análise adequada. Além disso, é necessário que possamos nos manifestar para gerar e incentivar o apoio de diferentes comunidades, governos, da indústria e do setor privado, para que eles compreendam melhor o papel vital que as cooperativas desempenham e como potencializar seu avanço. Por fim, um dos aspectos mais importantes é o próprio movimento cooperativista assumir a liderança, tomando a iniciativa de melhorar e estar disposto a encarar os fatos.
- Qual é o papel da inovação no desenvolvimento sustentável e como isso se aplica às cooperativas em diferentes setores?
Seja na cultura, no espaço de trabalho ou em outros contextos, a inovação é extremamente importante em nossa vida de forma geral. Acredito que vivemos em um mundo onde a inovação transformou completamente nossas vidas em menos de uma geração. Não pretendo falar sobre a minha idade, mas cresci sem a internet. Não tínhamos iPhone e veja onde estamos agora. Considero que as oportunidades, especialmente quando falamos de inovação tecnológica, estão ligadas ao acesso e à inclusão, principalmente em relação aos países em desenvolvimento e às comunidades vulneráveis. Precisamos estar conscientes de que, para o mundo alcançar suas metas, todos precisam ser empoderados. O acesso à tecnologia, a construção de capacidade e o financiamento de inovações são questões fundamentais que precisamos abordar. Também é crucial reconhecer que, embora inovações em tecnologias digitais e inteligência artificial sejam evidentemente importantes, a inclusão tecnológica é igualmente relevante. Além disso, é necessário reconhecer que a inovação também ocorre no nível comunitário, particularmente em soluções relacionadas à natureza e que buscam a sustentabilidade. Podemos sempre observar as sociedades que estão na vanguarda do trabalho comunitário, onde a natureza tem um papel essencial, e perceber como a sabedoria tradicional contribui para a construção de resiliência.
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Gargalos na submissão de editais e ampliação do diálogo para apoio ao setor foram abordados
A Câmara Temática de Reciclagem realizou, nesta segunda-feira (28), reunião que contou com 21 participantes entre representantes do Sistema OCB, de Organizações Estaduais (OCEs) e representantes estaduais das cooperativas de reciclagem. No encontro, foram discutidos temas importantes para o fortalecimento do segmento, como a Lei de Incentivo à Reciclagem (14.260/2021) e, também, as oportunidades do setor. Com a troca de experiências e o mapeamento dos principais obstáculos, o Sistema OCB e as unidades estaduais esperam implementar ações direcionadas para apoiar as cooperativas em suas demandas estratégicas.
Programas do governo federal, como o Pró-Catador, tem impulsionado o interesse das coops do segmento por editais de incentivo. No entanto, os participantes relataram os principais desafios enfrentados, como gargalos no processo de submissão de propostas e na obtenção de apoio técnico e informacional.
Letícia Monteiro, analista técnico-institucional e representante do segmento de gestão de resíduos do Sistema OCB, destacou a importância de reforçar o diálogo entre as cooperativas e as entidade estaduais, de modo que seja aberto um espaço para demandas urgentes e soluções conjuntas, entre as cooperativas e o Sistema OCB. "A reunião foi fundamental para fortalecermos o diálogo com os cooperativistas, além de promover uma abertura para que as demandas mais urgentes e possíveis soluções fossem compartilhadas. Os representantes trouxeram contribuições valiosas e exemplos concretos de como estão buscando soluções junto ao Sistema OCB”, disse.
A experiência positiva de algumas cooperativas no Programa de Negócios também foi compartilhada por representantes de estados que já tiveram suas coops beneficiadas na estrutura e governança das organizações.
Magnun Vinicius Borges da Cruz, analista de Desenvolvimento de Cooperativas, apresentou números sobre diagnósticos oferecidos pelo Sistema OCB, e enfatizou a importância de uma participação ativa das cooperativas nesse processo. “Cada vez mais elas estão se fazendo valer dessas ferramentas, o que as apoia nos processos de tomada de decisão. No entanto, ainda temos espaço para aperfeiçoar os números, a fim de aprimorar o autoconhecimento e o desenvolvimento das cooperativas nesse segmento,” observou.
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Participação reforça compromisso do movimento com boas práticas ESG
O Sistema OCB terá a oportunidade de colocar o cooperativismo em destaque na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que irá acontecer em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro deste ano. O financiamento climático será uma das principais pautas da conferência, proporcionando uma plataforma valiosa para discutir a relevância do cooperativismo nesse contexto.
No painel Cooperativismo e Finanças Verdes, os convidados do Sistema OCB destacarão o papel do cooperativismo no financiamento verde, com foco em projetos que promovem a inclusão produtiva, a organização de comunidades locais e o desenvolvimento sustentável, especialmente na região Amazônica.
A oportunidade permitirá ressaltar a contribuição das cooperativas de crédito, presentes em mais da metade dos municípios brasileiros e única instituição financeira em 368 deles, o que reforça sua importância na promoção da inclusão financeira em áreas frequentemente desassistidas. Essas cooperativas desempenham um papel fundamental no financiamento de iniciativas sustentáveis e na promoção de práticas ambientais responsáveis, destacando seu potencial para ajudar a alcançar as metas globais de sustentabilidade.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, dentre as 470 propostas submetidas para participação na COP29, apenas 60 foram selecionadas, incluindo a do Sistema OCB, o que demonstra a relevância do movimento cooperativista na agenda ambiental brasileira, em que cooperativas possuem papel significativo.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, comentou sobre o compromisso da entidade com a agenda ESG e reforçou como o cooperativismo está preparado para contribuir ativamente nesse âmbito, especialmente na COP29. “Estamos empenhados em promover e fortalecer as práticas ESG dentro do movimento, em todos os estados do país. Nosso papel é ser uma voz que incentiva uma economia mais sustentável, baseada em princípios de responsabilidade socioambiental. Acreditamos que através da cooperação é possível criar um impacto positivo para o planeta,” afirmou.
A participação na COP29 faz parte da estratégia do Sistema OCB, que, por meio da Câmara Temática da COP, dialoga com o setor sobre como destacar o cooperativismo como um modelo de negócios sustentável, comprometido com as comunidades e as questões relacionadas às mudanças climáticas.
COP 28
Na COP28, realizada em 2023, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Sistema OCB participou de quatro painéis e compartilhou as boas práticas promovidas pelo cooperativismo que reafirmam o protagonismo do movimento na preservação dos recursos naturais e na produção responsável, de forma inclusiva e ambientalmente correta.
Com o apoio da ApexBrasil, o painel Cooperativas: Aliadas da Sustentabilidade Ambiental e Segurança Alimentar, apresentou evidências de que o crescimento sustentável passa necessariamente pelo cooperativismo. Outro painel relevante, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), abordou o tema Proteção, Promoção e Participação de Povos e Comunidades Tradicionais na Construção da Agenda Climática Global.
Além disso, no painel Plano ABC+ e seu papel na segurança alimentar, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi destacado o protagonismo das cooperativas agropecuárias na adoção de práticas que garantem a preservação ambiental e a sustentabilidade da produção rural.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) promoveu o painel As Contribuições da Economia Social e Solidária para os ODS: o Papel da Política Comercial, que discutiu a importância do coop na busca pelo desenvolvimento sustentável e a necessidade de maior reconhecimento e inclusão desse movimento na formulação de políticas públicas.
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Evento discutiu adoção de práticas para fortalecimento das cooperativas e das comunidades
Aconteceu, nesta quinta-feira (3), o 1º Fórum de Sustentabilidade da Cresol. O evento, realizado em Francisco Beltrão (PR), contou com a participação da gerente-geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Fabíola Nader Motta, que apresentou a palestra O impacto do ESG no Desenvolvimento do Cooperativismo. Representantes das cooperativas singulares das três centrais da Cresol: Cresol Baser, Cresol Sicoper e Central Brasil, além de integrantes do Comitê ESG da Cresol Confederação estiveram presentes, bem como o presidente do Cresol Instituto, Alzimiro Thomé.
O principal objetivo do Fórum foi promover um alinhamento sobre a Estratégia de Sustentabilidade da Cresol, que evidencia a conexão entre ESG e o modelo de negócios cooperativo. Em sua participação, Fabíola destacou a importância dessa integração. Para ela, a adoção de práticas ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o fortalecimento e a sustentabilidade do cooperativismo.
Em um momento de talk show, também durante o evento, a temática O Impacto da Agenda ESG no Negócio, explorou como as iniciativas podem ser catalisadoras para o desenvolvimento das cooperativas. Perguntas sobre como podemos atuar de forma proativa para conectar o ESG à nossa atuação? e qual é o papel das lideranças das cooperativas de crédito na estratégia ESG? permitiram um diálogo enriquecedor sobre as responsabilidades e oportunidades que surgem a partir da implementação dessas práticas.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", avaliou. Fabíola voltou a enfatizar que as cooperativas de crédito possuem um papel importante na promoção da Agenda ESG e contribuem para a gestão responsável e o fortalecimento das comunidades que atendem. "As estratégias ESG da Cresol estão fundamentadas em dez temas, que incluem empreendedorismo, educação financeira e inovação, com impacto diretamente em 14
Para ela, a relevância de incorporar abordagens ESG é clara. "A gestão de riscos nas operações de crédito, a atração de investidores e cooperados, e o fortalecimento da reputação institucional são apenas alguns dos benefícios. A integração da agenda ESG no cooperativismo de crédito oferece inúmeras oportunidades para promover a sustentabilidade e garantir a eficiência no mercado", concluiu.
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Sistema OCB defende relevância do movimento como solução para desafios sociais
A gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Débora Ingrisano, participou do evento Cooperative Impact Conference, que aconteceu em Washington, nesta terça (01) e quarta-feira (02). Com o tema O Futuro é Cooperativo, a conferência se dedicou a discutir maneiras confiáveis e comprovadas de fazer negócios e fortalecer comunidades.
Aliança Cooperativa Internacional para as Américas (ACI-Américas), José Alves de Souza Neto, que também é presidente da Uniodonto do Brasil. Ele lembrou que o Ano Internacional das Cooperativas declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2025 está se aproximando e que o movimento se prepara com uma visão continental, onde cada um dos países membro desempenha papel essencial no desenvolvimento do cooperativismo nas Américas. A abertura do evento foi feita pelo presidente da
“Somos a economia do futuro. As cooperativas oferecem às pessoas a oportunidade de, por meio de ações coletivas, atender suas necessidades individuais, promovendo dignidade, acolhimento, desenvolvimento pessoal e cidadania. “Transformamos sociedades por meio da inclusão de indivíduos, contribuímos significativamente com impostos, reduzimos desigualdades, conquistamos direitos sociais, promovemos democracia econômica, apoiamos as comunidades e somos resilientes diante das crise”, afirmou.
Débora integrou o painel Intensificando o Impacto das Cooperativas Enquanto Contribuímos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em sua participação, ela explicou que o propósito do cooperativismo é um diferencial poderoso na construção de impactos transformadores. "Esse modelo de negócios colabora para enfrentar os desafios mais urgentes da atualidade", afirmou.
A gerente também citou um estudo realizado em 2022 pela Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe), que aponta um aumento médio de R$ 5,1 mil no PIB, por habitante, em municípios que possuem cooperativas, e superam em mais de 18% a média nacional. “O cooperativismo é ideal para o que o mundo precisa hoje. É a chave para um futuro mais sustentável. O Sistema OCB busca trilhar um caminho firme nesse sentido. Desde 2019, começamos a integrar o ESG como um pilar estratégico das nossas operações”.
Ainda segundo Débora, o pilar ganhou força com o 15º CBC, e, em 2022, a superintendente Tania Zanella se posicionou para que o movimento cooperativista no Brasil liderasse uma agenda mais sustentável, com a implementação do Programa ESGCoop. “Esse modelo de trabalho é poderoso, mas ainda queremos ampliar sua influência sobre todas as cooperativas brasileiras. Nosso objetivo é disseminar o coop para promover o progresso local e regional”, acrescentou.
Ela também destacou que o Sistema OCB procura por soluções de maneira autônoma, com respeito à diversidade cultural e econômica das regiões brasileiras. "Uma das ferramentas disponíveis é o Diagnóstico ESG, que permite a autoavaliação das cooperativas, sendo possível identificar os gaps e buscar por melhores práticas. Nosso intuito é que cada cooperativa consiga traçar seu caminho rumo a um futuro mais sustentável e justo”, concluiu.
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Crescimento do movimento nos estados foi destaque em reunião promovida pelo Sistema OCB
O Comitê Elas pelo Coop se reuniu, nesta sexta-feira (27), e reforçou, mais uma vez, o compromisso com a promoção da liderança feminina no cooperativismo, além de ressaltar a importância da formação e capacitação de mulheres, tanto como cooperadas quanto em posições de liderança.
Durante o encontro, Divani Ferreira, analista de Desenvolvimento e Gestão do Sistema OCB, falou sobre o papel estratégico que cada representante desempenha no desenvolvimento e no fortalecimento da liderança feminina nas Organizações Estaduais (OCEs) e cooperativas de todo o Brasil. "Nossa presença e atuação são fundamentais para criar um ambiente mais inclusivo, que valorize e amplie o espaço das mulheres no cooperativismo", disse.
Luzi Vergani, coordenadora do comitê e representante do Sicredi União MS/TO, destacou a força do grupo, composto por mulheres à frente de organizações, com representatividade significativa em seus estados. "Esse grupo é muito robusto. Somos mulheres líderes à frente de organizações com grande importância no país. Representamos nossos estados e seguimos firmes no fortalecimento da liderança feminina", enfatizou.
O crescimento dos comitês estaduais foi outro ponto de destaque. Vera Lúcia Ventura, vice- coordenadora do Comitê e coordenadora do colegiado da OCEB, compartilhou que já são 16 comitês estaduais ativos, que representam um salto de desenvolvimento do movimento Elas pelo Coop. "As mulheres estão cada vez mais motivadas para fortalecer o trabalho do Comitê, com grande impacto em suas regiões", pontuou.
Em eventos recentes, as ações do comitê focaram em temas como a saúde da mulher e a conscientização sobre os benefícios de participar de um grupo que promove o crescimento pessoal e profissional. Rosa Maria de Souza, da Cooperativa de Serviços em Saúde e Vida (Coopidade), enfatizou a importância dessas iniciativas, enquanto Cirede Carloto, coordenadora do Elas pelo Coop na região Norte, ressaltou o potencial das mulheres dessa região: "Trabalhamos com 150 mulheres que querem fazer a diferença e estão profundamente interessadas em participar desse movimento", afirmou.
Lys Andrade, representante do Sicredi de Sergipe, por sua vez, comentou sobre o lançamento do comitê no estado em setembro e deu destaque ao envolvimento crescente das mulheres cooperativistas local . "O engajamento das mulheres é cada vez mais notável, e o lançamento do comitê em Aracaju reforça essa mobilização".
O encontro também reforçou a importância de sensibilizar as participantes para a conclusão da trilha da Jornada de Formação em Liderança Feminina, como parte essencial para o desenvolvimento contínuo das mulheres nas cooperativas. “Buscar desenvolvimento é dar um passo essencial para fortalecer o protagonismo das mulheres no cooperativismo. Concluir essa etapa capacita e vai além. Ela inspira cada uma a ocupar mais espaços de decisão e liderança nas cooperativas em prol de um movimento contínuo de transformação", concluiu Divani.
Ao final, Luzi Vergani fez um convite às participantes para que realizem também, na Capacitacoop, os cursos de uma das trilhas da temática ESG: ESG - Environmental, Social and Governance.
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Mudanças Climáticas, neutralidade e economia de baixo carbono guiaram as discussões
Nesta quarta-feira (25), o Sistema OCB realizou reunião da Câmara Temática da Conferência das Partes sobre as Mudanças Climáticas, em Belo Horizonte. O foco do encontro foi debater e alinhar as estratégias de atuação do cooperativismo brasileiro nas próximas edições das COPs 29 e 30, que irão discutir as ações globais em relação às mudanças climáticas.
A COP 29 acontece entre os dias 11 e 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. O país espera a participação de 80 mil delegados e 200 chefes de estado nos debates. A conferência reunirá, assim como nos anos anteriores, além de agentes governamentais, representantes de organizações da sociedade civil de todo o planeta.
A reunião contou com a participação de Rebeca Rocha, analista ambiental da Secretaria de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA). Ela trouxe uma visão clara das expectativas do governo brasileiro para a participação das cooperativas nas COPs, especialmente com foco na neutralidade de carbono e no combate às mudanças climáticas. Para ela, o modelo de negócios tem um papel central na estratégia climática do Brasil. "As boas práticas adotadas podem ser replicadas em diversos setores da economia, promovendo uma transição sustentável e de baixo carbono", disse.
A reunião também discutiu as estratégias de atuação do cooperativismo nas edições anteriores das COPs e como esse conhecimento será aplicado para fortalecer a participação do setor nas próximas conferências, especialmente na COP 30, que será realizada no Brasil. Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, afirmou que os resultados da Jornada rumo à COP 29 realizada em julho também foram discutidos. "Criamos um planejamento para fortalecer nossa atuação com foco na COP 30, com o objetivo de mostrar ao mundo o papel do movimento na agenda climática”, afirmou.
Segundo Débora, o MMA reconhece o potencial das cooperativas e está disposto a apoiar o setor na busca por maior representatividade nas discussões sobre mudança climática. “Estamos comprometidos em garantir que o cooperativismo brasileiro assuma novos compromissos com a sustentabilidade e contribua efetivamente com a neutralidade de carbono. Isso não apenas fortalece o setor no cenário internacional, como também demonstra a capacidade das cooperativas em liderar soluções inovadoras para os desafios ambientais", destacou.
Os representantes definiram que um dos compromissos do cooperativismo para a COP 30 será trabalhar a neutralização de suas emissões. Ao se posicionar, evidenciando que o cooperativismo está comprometido com a neutralidade de carbono, o grupo reforça que o compromisso é um passo fundamental para a construção de um movimento coletivo em prol da sustentabilidade, pontuou Fabíola Nader Motta, gerente-geral da OCB. “Ao firmar esse compromisso, as cooperativas se tornam protagonistas na luta contra as mudanças climáticas, demonstrando que a ação local pode ter um impacto global”.
A gerente destacou ainda que, “ao incentivar uma cultura de descarbonização dentro das cooperativas, estamos criando um ambiente propício para a inovação e a adoção de práticas sustentáveis. Isso não só beneficia as cooperativas em termos de eficiência operacional, mas também alinha seus objetivos à agenda climática global, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável”.
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- Artigo Secundário 2
Grupo debateu boas práticas para engajar movimento nas metas de sustentabilidade global
Aconteceu, nesta quarta-feira (25), a primeira reunião da Câmara Temática Social (CT Social) do Grupo de Trabalho ESGCoop do Sistema OCB, em Belo Horizonte. O Sistema OCB coordenou o encontro, que teve como foco o desenvolvimento de projetos de impacto social para o cooperativismo, além de discutir a importância do alinhamento das cooperativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pacto Global e dos ODS, além de ressaltar a declaração de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. O evento foi aberto com a participação de Andrew Allimadi, representante das Nações Unidas para assuntos de cooperativismo, que destacou a relevância das cooperativas no cenário global e sua capacidade de contribuir para a resolução de desafios sociais, econômicos e ambientais. Ele reforçou a importância do
De acordo com Andrew, ao escolher o cooperativismo como tema central, a ONU reafirma sua confiança no modelo de negócios como uma ferramenta eficaz para acelerar o cumprimento das metas globais de sustentabilidade. "O cooperativismo é visto pela ONU como um dos principais aliados na promoção de uma economia mais inclusiva e sustentável, capaz de enfrentar os grandes desafios globais”, afirmou.
Na sequência, Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG e os ODS. “Discutimos estratégias para a coleta de indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto social e ambiental das cooperativas. Isso é fundamental para alcançarmos um nível mais elevado de reconhecimento nacional e internacional, além de gerar dados consistentes para o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, previsto para 2025", explicou.
Débora apresentou a Solução Gestão e Impacto Social, projeto sistêmico coordenado pelo Sistema OCB, que objetiva orientar sobre como organizar e relatar projetos, com registros detalhados sobre a transformação gerada por suas ações. A solução conta com cinco etapas.
“A plataforma visa aprimorar a qualidade dos projetos, dos relatórios e dos registros dos impactos sociais gerados pelas cooperativas. Além disso, a iniciativa oferece workshops de sensibilização dos envolvidos, com a promoção de uma gestão de comunidade, trilha de capacitação e organização do processo de monitoramento, que inclui uma avaliação contínua e o acompanhamento dos progressos realizados. O processo se consolida com a elaboração de um relatório anual de impacto social do cooperativismo, com resultados e, o mais importante, astransformações alcançadas”, descreveu Débora.
Aureo Gionco Jr, consultor da Bússola Social, também fez uma apresentação detalhada sobre o framework da plataforma de Gestão e Impacto Social, com destaque para a necessidade de uma definição clara dos problemas que os projetos buscam solucionar.
Ele afirmou que a inclusão de indicadores sociais específicos é essencial para garantir que os resultados reflitam o verdadeiro impacto social gerado pelas cooperativas. "O cooperativismo já representa o maior modelo de negócios de investimento social no Brasil, mas sem indicadores precisos e metas claras, esse impacto ainda não é totalmente reconhecido. O desafio é construir ferramentas que demonstrem, no curto e médio prazo, o alcance real das ações sociais e ambientais dessas organizações”.
Ao final do encontro, foram apresentados exemplos de cooperativas que já estão adotando práticas alinhadas aos ODS, e mostram que o setor está comprometido em promover um desenvolvimento sustentável e contribuir com as metas estabelecidas pela ONU.
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Métricas para mensurar impacto social, ambiental e de governança das cooperativas foram priorizadas
O Sistema OCB promoveu o encontro do Grupo de Trabalho ESGCoop, realizado em Belo Horizonte, nesta terça-feira (24). O evento reuniu representantes do cooperativismo e especialistas para debater os indicadores globais de sustentabilidade, que devem nortear o futuro das cooperativas no Brasil. Marcou também a importância da construção de uma estrutura robusta e organizada para a mensuração de impactos ESG, de forma a permitir o posicionamento competitivo e sustentável das cooperativas no cenário global.
A programação se desenrolou em formato de workshop, focado na priorização de indicadores ESG universais para o cooperativismo. O evento seguiu uma metodologia que partiu de uma visão geral acerca dos desafios e oportunidades ESG no planeta e no Brasil, até uma abordagem específica do projeto, com destaque para a relevância de definir evidências universais de mensuração das atividades desenvolvidas e da participação de cada um dos presentes no processo de reflexão e debate.
A primeira dinâmica abordou a problematização de temas específicos, guiando os grupos para uma reflexão sobre questões essenciais para o cooperativismo brasileiro, por meio de perguntas direcionadas. Em seguida, os grupos discutiram e apresentaram as principais questões ESG, trazendo à tona diferentes perspectivas. A segunda dinâmica focou na priorização dos indicadores, com o uso de critérios que consideraram a aplicabilidade universal a todos os ramos do cooperativismo.
Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, compartilhou as iniciativas que o Sistema OCB vem promovendo para engajar as cooperativas com a agenda ESG. “A reunião foi muito positiva. Foi marcada pela intercooperação e troca de conhecimentos entre os participantes. Discutimos estratégias e completamos a primeira etapa de definição dos indicadores qualificados do cooperativismo, com o intuito de compilar informações que possam refletir o impacto econômico, social e ambiental das cooperativas", explicou.
Ainda segundo a gerente, a ideia é transformar dados sobre as ações das cooperativas em relatórios claros e estratégicos, que possam ser utilizados em negociações e planejamentos, tanto em nível nacional quanto global. Para Débora, com esse esforço de coleta de indicadores qualificados, será possível alcançar o rating ESG do cooperativismo. "Até o final do Ciclo 2025, teremos em mãos o primeiro relatório de impacto social do cooperativismo brasileiro, que irá refletir a força do setor em promover um desenvolvimento sustentável", complementou.
O ESGCoop é uma solução do Sistema OCB que mapeia boas práticas e indicadores específicos, além de formar lideranças comprometidas com a sustentabilidade, tendo como intuito o desenvolvimento e a implementação de soluções alinhadas aos critérios ESG do cooperativismo.
No 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, realizado em maio deste ano, foram estabelecidas diretrizes para comunicar à sociedade sobre os impactos positivos das iniciativas ambientais das cooperativas. No âmbito da agenda ESG, foram definidas ações como a promoção da educação ambiental entre cooperados e colaboradores; o aprimoramento das lideranças com foco em gestão e tomada de decisões baseadas em dados; a implementação de programas de sucessão nas cooperativas; e a realização de estudos que comprovam os benefícios e impactos sociais que a atuação das cooperativas traz às comunidades onde estão presentes.
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Representante da entidade participa da Jornada rumo à COP 29 organizada pelo Sistema OCB
Wenyan Yang é chefe da divisão de Perspectiva Social sobre o Desenvolvimento das Nações Unidas, onde atua na formulação e supervisão de políticas que promovem uma visão social do desenvolvimento. Formada em Economia, com especialização em desenvolvimento econômico e macroeconomia, ela também já foi responsável pela formulação de políticas e relatórios sobre temas de importância global para o desenvolvimento econômico e social no Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN-DESA).
Convidada para participar da Jornada cooperativa rumo à COP 29 organizada pelo Sistema OCB, Wenyan concedeu esta entrevista exclusiva um dia antes do início da programação do evento e compartilhou suas impressões sobre o modelo de negócios cooperativista e seu papel para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Entre outros pontos, ela destacou como as cooperativas oferecem uma alternativa viável ao empreendedorismo tradicional, com equilíbrio entre resultados econômicos e responsabilidade social. A importância da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) e o impacto esperado com o Ano Internacional das Cooperativas em 2025 foram outros pontos abordados.
Para Wenyan, a preparação e a implementação de ações para o alcance um futuro sustentável e inclusivo é uma necessidade constante e deve estar sempre em pauta. Confira a entrevista!
1. Qual é a sua perspectiva sobre o modelo cooperativista?
O modelo de negócio cooperativo é uma alternativa ao empreendedorismo tradicional movido pelo lucro. Cooperativas possuem um duplo propósito, sendo eles o aspecto econômico e a responsabilidade social. Além de uma característica especial, essa é também a vantagem do modelo. E este é o motivo pelo qual as Nações Unidas colocam tanta energia e capital político na promoção do cooperativismo.
2. Como o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU promove os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e como as cooperativas se encaixam nesse trabalho?
O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais é parte do Secretariado das Nações Unidas. No geral, apoiamos os Estados-membros em seus trabalhos. Isto é, na definição de padrões globais e normas em várias esferas, incluindo desenvolvimento econômico e social, que é nossa responsabilidade principal.
Quando se olha para os ODS, vemos que a maior parte deles é voltada para o desenvolvimento socioeconômico ou interligados a ele. Nesse sentido, nosso departamento aborda três diferentes ângulos: apoio aos Estados-membros para a criação de padrões e normas globais; análises de políticas públicas; e ainda, o componente de capacidade de desenvolvimento, isto é, um grupo técnico que apoia as nações diretamente em seus esforços de desenvolvimento nacional. Um outro ponto é a promoção das ODS a partir da conscientização. Também monitoramos os Estados-membros para avaliar o progresso nesses objetivos, para mobilizar a cooperação e o apoio global.
As cooperativas, como mencionei, representam um modelo de negócios que possui como objetivo favorecer o meio ambiente e a comunidade. Então então vemos as cooperativas como uma força muito importante para o desenvolvimento em termos de alcançar vários dos ODS.
3. Estamos nos preparando para a COP 29 que será realizada em novembro do Azerbaijão. Como esse evento se relaciona com os ODS? E qual é o papel das cooperativas nesse processo?
Em relação à contribuição das cooperativas, sabemos, primeiramente, que são elas que trabalham diretamente em setores e atividades que promovem gerenciamento sustentável dos recursos naturais. Em segundo lugar, penso que até mesmo as que não trabalham diretamente nessas áreas, devido ao seu foco na comunidade e no respeito à natureza, também contribuem para o desenvolvimento sustentável nessa dimensão ambiental.
Também quero mencionar que a COP 29 está relacionada com outro setor da ONU, que é o Fórum Político de Alto Nível. Nesse ano de 2024, uma das áreas que o fórum irá revisar em detalhe é a ação climática. Nesse sentido, este é um ano muito importante para o meio ambiente. E, novamente, as cooperativas são parte desses agentes globais que fazem isso acontecer. Em termos de participação, muitos dos grandes eventos da ONU dão oportunidades e plataformas para partes interessadas da sociedade civil, inclusive cooperativas, para apresentar suas boas práticas e criar redes de contatos. Essas são, eu diria, oportunidades para o setor das cooperativas, e eu espero ver a participação ativa delas.
4. A ONU declarou 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. Como se chegou a essa decisão, e o que isso representa?
Sim, sobre isso, tenho que dizer que estou muito orgulhosa que nosso departamento contribuiu diretamente para esse ano internacional. A cada dois anos nosso departamento escreve um relatório para a Secretaria-geral sobre o papel das cooperativas no desenvolvimento social. No último relatório que apresentamos, recomendamos que se considerasse estabelecer outro ano internacional. Já houve um em 2012. A Assembleia Geral abraçou a recomendação, através de negociações com Estados-membros lideradas pela Mongólia e também o Quênia, com apoio de vários outros países, a resolução foi proclamada.
A respeito do que esperar, penso, em primeiro lugar, na conscientização. Em segundo, gostaríamos de ver países legislando e regulando mais reformas para apoiar cooperativas. E não apenas fazer novas leis, mas também impor o que já está estabelecido. Em terceiro, também gostaríamos de ver o setor de cooperativas tomar essa oportunidade para crescer seus negócios e se tornar bem-sucedido, com uma força para o desenvolvimento econômico e social.
5. Como você disse, esta é a segunda vez que a ONU proclama um ano internacional das cooperativas. O primeiro foi em 2012. Considerando o tema em comum desses dois anos, ou seja, Cooperativas constroem um mundo melhor, o que mudou nos últimos 12 anos para o cooperativismo em geral?
Bem, primeiramente, em termos ecológicos, em 2012 ainda estávamos nos últimos passos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda de 2030 se tornaram a meta global de desenvolvimento. Nesse sentido, houve uma mudança em como pensamos se compararmos os ODS aos ODMs. Há maior ênfase em uma abordagem integrada para o desenvolvimento. Em segundo lugar, os ODS enfatizam a ideia de não deixar ninguém para trás. Então, as ODS não serão alcançadas até que todos os países e todos os grupos de população desenvolvam efetivamente estes objetivos. Essa é uma diferença crucial, e importante de se manter em mente quando se pensa nesses últimos anos. É claro, o que não mudou foi o objetivo geral, e penso que as metas e princípios, os valores que promovemos não mudou, mas mudou nossa forma de fazer as coisas e a forma que pensamos como melhor fazê-las. Aprendemos com a experiência, com novas tecnologias. Eu diria que estamos em outro patamar.
Para esse ano internacional, esperamos aproveitar as novas ferramentas e plataformas como mídias sociais, que são muito maiores agora. Em termos de promover conscientização, isso é algo que podemos fazer melhor, e também penso que aprender com a experiência é uma oportunidade de construir entendimento dos anos que passaram, o que funcionou e o que poderíamos fazer melhor. Por isso, ter um segundo ano internacional é, para nós, uma grande oportunidade. Esperamos poder trabalhar com nossos parceiros de cooperativas neste ano para fazer ainda mais contribuições ao setor.
6. Sendo 2025 o Ano Internacional das Cooperativas, o que as elas podem esperar, e como devem se preparar para o futuro?
Essa é uma ótima pergunta. Primeiramente, em 2025, além de ano das cooperativas, será também o segundo ano da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Socia e da quarta Conferência da ONU sobre Financiamento ao Desenvolvimento. São vários eventos importantes e por uma boa razão. Pnso que as cooperativas podem contribuir de forma bastante ativa. Quero mencionar que antes das grandes conferências da ONU, há uma prática padronizada de realizar uma espécie de fim de semana de pré-cúpula, onde queremos que as partes interessadas venham e expressem suas preocupações e perspectivas, e também para mostrar suas boas práticas. Quero enfatizar que essas são oportunidades que as cooperativas deveriam aproveitar para aumentar sua visibilidade e ter maior impacto no cenário global.
Além disso, 2025 estará a 5 anos da data de entrega da agenda de 2030. Sabemos, do que vimos até agora, que a menos que aceleremos o progresso, as ODS não serão alcançadas até lá. Nesse sentido, vejo dois passos: o primeiro é olhar o que precisamos fazer imediatamente para acelerar o andamento dos objetivos de desenvolvimento e para cuidado do meio ambiente. Ao mesmo tempo, precisamos de uma grande queda na extrema pobreza e na fome, e reduzir desigualdades nas nossas sociedades. Em todas essas frentes, precisamos acelerar o andamento. Essa é a ação imediata para além de 2025. Algo bastante voltado à ação. O segundo ponto é olhar para além de 2030. Os ODS possuem uma data final, mas o mundo e o desenvolvimento não param em 2030.
7. Para além de 2030, o que se pretende alcançar? Qual será o objetivo, a visão para o futuro?
Penso que não é exagero dizer que 2025 é um ano muito importante tanto para o que está acontecendo na ONU quanto para o cenário global. E nós, pessoas que habitam esse planeta, precisamos pensar coletivamente para além de 2030 e o mundo que queremos, e o que devemos fazer para chegar a esse futuro. Sei que não é fácil, mas depende de nós, ninguém mais irá pensar por nós. Tudo isso para dizer que é uma oportunidade e ao mesmo tempo um desafio. Nunca é cedo demais para pensar sobre essas coisas adiante. Novamente, penso eu, e talvez também a ONU, no empreendimento das cooperativas como parceiros importantes nesse esforço. Estamos animados para trabalhar com as cooperativas não só do Brasil, mas de outros países também.
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Iniciativa reforça o compromisso do cooperativismo com um mundo mais justo e sustentável
O Sistema OCB/MT realizou, nesta sexta-feira (20), o workshop Inclusão, Diversidade e Equidade (ID&E) no Cooperativismo – uma liderança transformadora. Coordenado pelo Sistema OCB como parte da Agenda ESG, o evento reforçou o compromisso do cooperativismo com a promoção de práticas inclusivas e equitativas. A condução ficou por conta de Gisele Gomes, consultora especialista no tema e embaixadora da rede global de Mulheres Líderes. A iniciativa reuniu 47 participantes, entre gestores de cooperativas de diferentes ramos, coordenadores e mulheres do comitê estadual Elas Pelo Coop.
O objetivo central foi sensibilizar e capacitar os participantes em torno das questões de ID&E, a partir do letramento sobre o tema e orientações práticas para implementar essas estratégias no cotidiano das cooperativas. O Guia Prático de Implantação de Estratégias em Inclusão, Diversidade e Equidade foi apresentado como uma publicação que oferece modelos, conceitos e estudos de caso. A ferramenta é essencial para as cooperativas que buscam fomentar a valorização das pessoas, com respeito à pluralidade de ideias, personalidades e vivências.
Karla Silva, coordenadora de Promoção Social do Sistema OCB/MT, destacou a importância da entrega dessa solução para as cooperativas. “Essa iniciativa viabilizada pela Unidade Nacional é fundamental para fortalecer o compromisso das cooperativas com a inclusão, diversidade e equidade”, disse.
A analista da gerência de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, Divani Ferreira, afirmou que quando se fala de diversidade e inclusão, se fala de um todo. "É sobre todas as pessoas que fazem parte desse movimento. O cooperativismo, como modelo de negócios e movimento socioeconômico, tem em sua essência o desenvolvimento das pessoas. Por isso, a inclusão tem tudo a ver com o cooperativismo. Estamos comprometidos em criar espaços para refletir, debater e gerar conteúdo de qualidade sobre esse tema, tanto para o ambiente profissional quanto para a nossa vida cotidiana. Queremos aprender juntos como promover respeito e empatia".
Após a facilitação de Gisele Gomes, foi realizada uma atividade prática com o Grupo Netas. A dinâmica trabalhou os diferentes perfis comportamentais, alinhados com a inclusão e a diversidade e permitiu evidenciar a pluralidade de perfis, bem como o quanto as atividades do dia a dia precisam encontrar lugar de empatia, compreensão e respeito.
Para Maria Gladis dos Santos, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/MT, a unidade nacional está sempre em busca de melhorar as cooperativas e a evolução de cada uma delas. "A razão de existir do Sistema OCB são as cooperativas. Esse evento vem para apoiar cada uma das cooperativas no desenvolvimento da pauta ESG", afirmou.
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Integração entre conservação ambiental e geração de renda foi destaque no Fórum de Belém
Fórum de Belém: Negócios e Estratégias Humanizados na Amazônia - Impactos do ESG nos Negócios da Amazônia e do Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos. Ele participou do painel Biodiversidade e Lucratividade: como empresas podem contribuir para a conservação da Amazônia e destacou o papel do cooperativismo na manutenção da floresta em pé e no desenvolvimento sustentável da região. O coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Alex Macedo, participou, nesta sexta-feira (20), do
Alex ressaltou a importância da bioeconomia para enfrentar as mudanças climáticas. Para ele, a bioeconomia é um tema chave para a Amazônia. "No cooperativismo, ela sempre esteve presente, sendo associada ao uso sustentável dos recursos naturais com geração de valor. A conservação da floresta está diretamente ligada à inclusão social e à criação de oportunidades econômicas para as comunidades locais", disse.
Além disso, ele explicou que, para as cooperativas, a sustentabilidade não é apenas uma meta; é parte integrante do modelo de negócios. "Estamos inseridos nas comunidades e, ao mesmo tempo, preservamos o meio ambiente, geramos renda e promovemos o desenvolvimento local", afirmou.
Ainda durante a apresentação, o coordenador esclareceu como o cooperativismo na região Norte contribui, significativamente, para a preservação ambiental. "Aqui no Pará, por exemplo, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) é um excelente exemplo de como as práticas sustentáveis, como os Sistemas Agroflorestais, podem conservar a biodiversidade".
Fundada em 1931 por imigrantes japoneses, a Camta colhe, atualmente, conforme contou Alex, os frutos do desenvolvimento do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) inspirado na vivência dos povos ribeirinhos, habitantes das margens dos rios da Amazônia, que plantavam em seus quintais árvores frutíferas e florestais, imitando a floresta. “O local reúne um mosaico de plantações e é considerado um verdadeiro laboratório agroflorestal, gerando impactos positivos para mais de 10 mil pessoas”, acrescentou.
Ao final, Alex expressou a necessidade de que grandes e pequenos negócios façam a adesão aos critérios ESG. Para ele, a sustentabilidade é uma exigência do mercado global. "Não podemos mais ignorar os impactos das mudanças climáticas. As cooperativas possuem um papel fundamental em disseminar tecnologias limpas e acessíveis e conseguem garantir que o desenvolvimento da Amazônia aconteça de forma sustentável", concluiu.
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Reunião tratou sobre impacto das mudanças climáticas e ambiente regulatório
A Câmara Temática de Distribuição de Energia realizou reunião, nesta sexta-feira (13), com o objetivo de discutir os desafios e as oportunidades do setor. O coordenador do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, Jânio Stefanello, destacou os principais obstáculos enfrentados pelas cooperativas de distribuição de energia, como o impacto das mudanças climáticas, o aumento dos custos de energia e o ambiente regulatório do setor.
As catástrofes climáticas no Rio Grande do Sul também foram destaque no encontro, tendo em vista os desafios enfrentados pelas cooperativas de distribuição e geração de energia da região, que lidam com prejuízos de milhões de reais pela destruição dos seus ativos e equipamentos. Além disso, a estiagem em várias partes do país tem comprometido a estabilidade e a capacidade de operação das cooperativas, agravando os problemas do setor.
O encontro também discutiu projetos estratégicos, como o convênio com o Sescoop Nacional para o desenvolvimento de um estudo sobre a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores de baixa tensão. O objetivo é promover um projeto piloto nas cooperativas, visando analisar o comportamento desses consumidores diante das oportunidades oferecidas pelo mercado livre de energia.
Entre os demais projetos em andamento, destacaram-se o estudo sobre a regularização das cooperativas autorizadas e a análise das cooperativas permissionárias, com ênfase na modicidade tarifária. “Estamos progredindo em diversas frentes, como a abertura do mercado livre e os estudos técnicos sobre permissionárias e autorizadas. Esses avanços são essenciais para manter a competitividade das cooperativas", ressaltou Jânio.
O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024 foi apresentado para mostrar o crescimento e a relevância das cooperativas do Ramo Infraestrutura. Outro ponto discutido foi a Energia Cooperativa. Em 2023, as cooperativas investiram significativamente na geração de energia própria, com 736 delas operando unidades próprias, 3.554 empreendimentos de geração e uma potência instalada de 244 MW.
Jânio ressaltou a relevância de que o Sistema também considere e integre de forma abrangente os dados das demais usinas do cooperativismo, que, por sua vez, atuam sob outros modelos de negócio. “Essa inclusão é fundamental para garantir uma visão mais completa e robusta do setor, fortalecendo ainda mais o papel das cooperativas na matriz elétrica limpa”, afirmou.
O PL 1.303/2022, que trata das cooperativas de telecomunicações também foi abordado. Jânio afirmou que as expectativas são positivas, pois o projeto visa melhorar as condições do setor e ampliar o acesso aos serviços no país. "É crucial que avancemos com este tema no Senado Federal, pois o cooperativismo pode desempenhar um papel fundamental na universalização da internet no campo. As cooperativas têm o potencial de serem grandes parceiras na expansão da conectividade, oferecendo soluções inovadoras e acessíveis que podem levar a internet de qualidade a regiões rurais", destacou.
O Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa foi mencionado, para destacar a participação de mais de 200 representantes, de 24 estados e 7 países. Para Hugo Andrade, coordenador de Ramos do Sistema OCB, o evento trouxe troca de experiências e inovações na área de energia, com fortalecimento da integração entre cooperativas de diferentes nações.
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Resultados iniciais comprovam compromisso das coops com práticas sustentáveis e redução de emissões
O evento anual da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), que marca o encerramento do Ciclo 2024 do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), reuniu, nesta quarta-feira (21), especialistas e representantes de diversas organizações para celebrar a publicação dos novos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e compartilhar aprendizados e boas práticas adquiridas ao longo do ciclo.
Desde a sua criação, em 2008, o programa desempenha papel importante na adaptação dos métodos de inventário de GEE ao contexto brasileiro, além de fornecer ferramentas essenciais para a medição e a divulgação desses gases no país.
Como parte de seu compromisso com a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas, o Sistema OCB lançou o projeto piloto Neutralidade Carbono, uma iniciativa pioneira que visa inventariar e mensurar a pegada de carbono das cooperativas brasileiras, com foco em compreender o balanço de emissões de seus cooperados. O projeto, que começou com a participação de três cooperativas do Ramo Agro: Cooperativa Central dos Produtores Rurais — (CCPR/MG), Cooperativa Agropecuaria do Oeste da Bahia (Cooproeste/BA) e Cooperativa Witmarsum/PR, já demonstra resultados significativos.
As cooperativas participantes publicaram seus inventários no Registro Público de Emissões, plataforma que assegura transparência na divulgação dos dados. As três obtiveram destaque e alcançaram o selo prata, uma conquista considerada notável entre as que estão em seu primeiro ciclo. "O selo prata reforça o compromisso da CCPR em adotar práticas ambientais cada vez mais responsáveis para todo o sistema. Ao inventariarmos nossas emissões de carbono, aceleramos nossa agenda ESG, identificando ações que garantam mais eficiência em nossos processos e gerem valor a quem mais precisa: o nosso cooperado", afirmou Marcelo Candiotto, presidente da CCPR.
O gerente Comercial da Cooproeste, Thiago Peres, ressaltou que o treinamento ajudou os cooperados com as ferramentas práticas para calcular e neutralizar suas emissões CO2, alinhando suas operações com as exigências crescentes dos mercados por processos mais sustentáveis. “Além disso, o projeto impulsionou a adoção de boas práticas ambientais, como a gestão adequada de resíduos e a promoção de energias renováveis, preparando a Cooproeste para acessar mercados que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental". Depoimento do Gerente Comercial da Cooproeste, Thiago Peres.
Já para Rafael Wollmann, diretor de operações da Witmarsum, o reconhecimento do inventário é um marco importante e demonstra o compromisso de garantir qualidade e produtividade para as próximas gerações. “Nós, como cooperativa e agroindústria, acreditamos que esse selo é um primeiro passo no caminho para mostrar que o agro tem um papel de protagonismo positivo nas questões climáticas. O baixo carbono se mostra como uma estratégia valiosa, porque o mercado está buscando mais sobre o tema, além de ser uma alternativa para o produtor e todos os elos da cadeia produtiva realizarem um melhor manejo dos seus sistemas produtivos", ressaltou.
Alex Macedo, coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, afirmou que é vital atender às exigências dos mercados globais e garantir a competitividade e a transparência das cooperativas brasileiras. "A importância do Projeto Neutralidade Carbono vai além da simples mensuração de emissões. Ele destaca a necessidade de integração das cooperativas com a neutralidade de carbono e as pautas ESG de maneira transversal em suas operações", disse.
O projeto também inclui componentes essenciais de capacitação, como formação em inventário de carbono, cursos de mensuração de carbono no solo, instrutoria para coleta de amostras e a introdução de tecnologias avançadas para a aplicação do GHG Protocol na agricultura e pecuária. Esses elementos são complementados por workshops que visam auxiliar as cooperativas na neutralização de suas emissões.
Com base nos resultados alcançados, o Sistema OCB planeja expandir o Projeto Neutralidade Carbono para todo o Brasil. "A partir deste ano, pretendemos oferecer o projeto em âmbito nacional, utilizando os resultados e aprendizados obtidos até agora para aperfeiçoar a solução e disponibilizá-la para mais cooperativas", destacou Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas.
Para conhecer mais detalhes sobre as ações desenvolvidas pelas cooperativas envolvidas no projeto para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, confira os inventários publicados:
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Experiência revelou importância de políticas públicas ambientais e sociais para o cooperativismo
A comitiva que participou da Jornada cooperativista rumo à COP 29, organizada pelo Sistema OCB entre os dias 21 e 27 de julho, já deixou saudades. Os participantes tiveram a oportunidade de aprender e trocar experiências significativas sobre os princípios e práticas sustentáveis do modelo de negócios, além de destacar o poder transformador do movimento. "Foi uma jornada incrível. Ver como as cooperativas contribuem para o desenvolvimento local, tanto social quanto econômico, foi uma experiência valiosa. Entender como suas iniciativas sustentáveis colaboram com as pessoas e o meio ambiente foi realmente inspirador”, salientou Wenyan Yang, chefe da divisão de Participação Social sobre o Desenvolvimento das Nações Unidas.
Considerada uma vitrine para que representantes nacionais e internacionais de órgãos do governo, organizações internacionais e entidades parceiras possam vivenciar diretamente a realidade dos benefícios oferecidos pelo coop, a jornada também busca colocar o movimento como protagonista na conferência mundial sobre mudanças climáticas. Para o coordenador de Relações Internacionais, João Marcos, a jornada é fundamental para mostrar o impacto positivo do coop no Brasil. "É uma oportunidade para que cada vez mais pessoas possam aprender com as boas práticas do movimento e reconheçam a importância das nossas atividades como uma solução sustentável e eficaz para os desafios globais", afirmou.
A jornada começou em Minas Gerais, onde os visitantes conheceram as cooperativas Coopfam, que busca organizar e potencializar a produção de café local, e Cooxupé, que oferece apoio aos cooperados, desde processos de certificação até assistência técnica. Essas visitas proporcionaram uma visão aprofundada das práticas sustentáveis e da força do cooperativismo na região. Ainda em terras mineiras, eles passaram pelo Sicoob Agrocredi, que apresentou a instalação de usinas fotovoltaicas que buscam reduzir o consumo de papel, reciclagem e otimização de recursos naturais. Em seguida, o grupo se dirigiu à Brasília, onde foi o processo de representação institucional foi detalhado na sede do Sistema OCB, a Casa do Cooperativismo brasileiro.
Cooperxapuri, onde observaram de perto o processo agroextrativista da castanha e da borracha. Também visitaram a Cooperacre, que se destaca pela comercialização de produtos da floresta, todos extraídos de maneira sustentável. Além disso, as instituições financeiras Sicredi Biomas, Sicoob UniAcre e Sicoob Credisul foram apresentadas aos participantes, destacando suas práticas de sustentabilidade e apoio às comunidades locais. A última etapa da jornada levou os participantes ao norte do Brasil, no Acre. Eles foram até a Reserva Extrativista Chico Mendes e a
A jornada apresentou indicadores ambientais, exibiu cases e boas práticas, e demonstrou a força do cooperativismo brasileiro, como descreveu Nelson Andrade Júnior, coordenador-geral de Cooperativismo e Agregação de Valor do Ministério da Agricultura. "Acredito que a imersão permitiu uma visão ainda melhor sobre o cooperativismo brasileiro". Já a representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rebeca Souza Rocha, valorizou a experiência. "Foi enriquecedor ver de perto a diversidade do nosso país e entender como o cooperativismo atua de maneira eficaz em contextos tão distintos. Essa imersão nos mostrou a importância de compreender as realidades locais para formular políticas públicas mais inclusivas e eficientes."
O diretor da Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Daniel Peter, ressaltou o potencial de crescimento do cooperativismo. "O cooperativismo tem um potencial imenso para crescer, se fortalecer e contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável".
Representantes de diversas organizações e ministérios estiveram presentes na imersão, incluindo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic); do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp); das Minas e Energias (MME); das Relações Exteriores (MRE); Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Fórum de Ciência Política-Empresas da ONU sobre o Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização das Nações Unidas (ONU), o Centro Internacional de Comércio (ITC), o Banco Mundial (BIRD) e o BID Invest.
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Ações sociais renovam compromisso do movimento com a construção de um mundo melhor
Neste sábado, 6 de julho, cooperativas de todo o Brasil realizam as ações de celebração do Dia de Cooperar ou Dia C. A data reúne atividades solidárias, voluntárias e gratuitas nas principais cidades do país, com iniciativas nas áreas de saúde, educação, trabalho, lazer e cultura. Para este ano, o tema escolhido foi Atitudes simples movem o mundo e busca demonstrar como pequenas ações podem fazer grande diferença na vida das pessoas.
O Dia C é a demonstração do sétimo princípio do coop sendo aplicado: o interesse pela comunidade. Os festejos realizados simultaneamente em todas as regiões são realizados a partir de ações de responsabilidade social que contribuem para promover cidadania entre os beneficiados e são organizadas pelas cooperativas e Organizações Estaduais (OCEs) do Sistema OCB.
“Essa é uma data muito especial para o nosso movimento porque representa o momento em que nos unimos para incentivar ações solidárias e confirmar nosso comprometimento com a construção de um mundo melhor para todos. É também uma oportunidade única para demonstrar à sociedade um pouco do que o cooperativismo faz, na prática, para transformar e garantir mais prosperidade para as pessoas”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Confira como serão as comemorações coordenadas pelas Organizações Estaduais do Sistema OCB:
Amazonas: Em Manaus haverá distribuição de alimentos, serviços como corte de cabelo, aulas de maquiagem, atendimento médico e vacinação, testagem para doenças, vagas de emprego, consultoria financeira, oficina de artesanato, lazer infantil com zumba, brinquedoteca, pintura e prática de esportes.
Bahia: as atividades serão realizadas em Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Porto Seguro. Contação de histórias, doação de sangue, vacinação, exames médicos, orientações jurídicas, cortes de cabelo, e diversão para crianças com algodão-doce, pula-pula, pipoca e picolé estão na programação. Também haverá ações de solidariedade, musicoterapia e cuidados com saúde física e emocional.
Ceará: a Praça dos Mártires, no Centro de Fortaleza, terá um espaço especial dedicado à saúde bucal, com um Odontomóvel da Uniodonto para oferercer orientações de higiene bucal, aplicação de flúor e distribuição de kits dentais e brindes. Haverá ainda apresentações culturais, distribuição de lanches e frutas, sorteio de cestas básicas, e distribuição de mudas de plantas medicinais. Serviços de saúde, vacinação, teste de glicemia, orientação psicológica, cinema para crianças e atividades recreativas também serão oferecidos.
Distrito Federal: a celebração do Dia C acontece na região administrativa de São Sebastião, na praça em frente à sede administrativa da cidade. Estão programados atendimentos em educação financeira, ambiental, saúde, tecnologia, entretenimento e cultura.
Espírito Santo: a programação prevê a realização de ações principalmente em Cariacica e Mimoso do Sul. Serão oferecidos serviços de saúde, como vacinação humana e antirrábica para cães e gatos, consultas médicas e testes de HIV/Aids. Serviços de cidadania, como emissão de carteiras de identidade, cadastro de vagas de emprego e cortes de cabelo também estarão disponíveis, além de atividades de educação financeira, lazer com música ao vivo, mágica e teatro, e distribuição de alimentos.
Goiás: as atividades acontecem em diversos muncípios do estado como Goiânia, Morrinhos, Rio Verde, Cristalina, Aparecida de Goiânia, Quirinopolis, Itumbiara, Piracanjuba, Campinorte, Uruaçu, Ceres, Goianésia, Porangatu, Bela Vista, Mineiros e Ceres. As ações incluem doação de sangue, educação financeira, arrecadação de alimentos, doação de leite e fraldas, cuidados com a saúde, atividades de lazer, oficinas e workshops, teatro a céu aberto, doação de óculos e mudas, feira de adoção de animais, shows com artistas locais e exposição de produtos reciclados.
Maranhão: Imperatriz, Açailândia, São Luís e Barreirinhas são as principais cidades contempladas pelas ações do Dia C deste ano. Serão realizadas visitas a centros de apoio com doações, consultas, atividades recreativas, cursos profissionalizantes, cuidado com idosos e deficientes, além de fomento à abertura de novas cooperativas.
Mato Grosso: haverá vacinação, aferição de pressão e glicemia, testes sanguíneos, atendimento odontológico, orientações sobre habitação, dúvidas jurídicas e cadastro para empregos. As cidades de Sinop, Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste foram as escolhidas para a realização das atividades.
Mato Grosso do Sul: a revitalização de locais em Campo Grande incluirá pintura de paredes, quadras e vestiários, recreação para crianças, educação financeira, boas práticas de higiene, campeonato de futsal, doação de mudas frutíferas, cortes de cabelo, doação de livros, escovação bucal e alimentação. Também vai acontecer arrecadação de doações para o Rio Grande do Sul, corrida, torneio de futebol, revitalização da APAE e trilha ecológica. Além de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Naviraí, Maracaju, Novo Horizonte do Sul, Deodápolis, Angélica, Batayporã, São Gabriel do Oeste, Corumbá também recebem ações do Dia C.
Paraíba e Piauí: a Sicredi Evolução irá coordenar as ações sociais em 18 cidades dos dois estados. Um dos destaques é a realização do Pedal Cooperativo, corrida de bicicletas que promete agitar as cidades.
Rio de Janeiro: a capital do estado terá atividades como educação financeira para crianças, oficinas de música e tecnologia, aferição de pressão arterial, vacinação contra gripe, higiene bucal, aula de fitdance, recreação infantil, massoterapia e serviços de beleza.
Rio Grande do Sul: A Cooperlíquidos receberá as ações do estado que incluem a prestação de contas da campanha Coopera RS para auxiliar vítimas das enchentes com cobertura midiática, presença de micro influenciadores, reconhecimento aos voluntários, apresentação musical e painéis com doadores e entidades beneficiadas.
Rondônia: a programação em Porto Velho conta com campanha de doação de sangue, corrida intercooperativa, ação solidária Dia S, atendimentos médicos e odontológicos, assistência financeira, passeio ciclístico, atividades físicas e recreação com idosos e crianças, campanhas contra dengue e arrecadação de brinquedos, além do Dia de Autocuidado para a comunidade.
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Data reforça contribuição do cooperativismo para um mundo mais sustentável e próspero
Neste sábado (6), ao redor de todo o mundo, é comemorado o Dia Internacional das Cooperativas 2024 (DIC) ou Coops Day. A data, celebrada anualmente no primeiro sábado do mês de julho, tem como tema, este ano, Cooperativas constroem um futuro melhor para todos e reflete o compromisso do movimento em implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A data representa uma oportunidade de mostrar à sociedade que o cooperativismo possui força e é um bom caminho para a prosperidade. Com sua abordagem centrada nas pessoas e na comunidade, elas são capazes de buscar soluções sustentáveis e impactos socioeconômicos positivos para todos”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Para celebrar o Coops Day, o Sistema OCB preparou uma série de ações especiais. Entre elas, uma ação de mídia para mostrar a grandiosidade do cooperativismo brasileiro pôde ser observada por quem passou na Times Square, em Nova Iorque (EUA), nos últimos dias. A projeção em telões da famosa praça americana se transformará, ainda, em um videocase a ser exibido no Portal Metrópoles, e em posts para as redes sociais do SomosCoop.
Além disso, uma produção especial vai contar os 180 anos de história do cooperativismo, com vídeos gravados direto de Rochdale, o berço do cooperativismo na Inglaterra. Em uma série de vídeos exclusivos, será possível entender como tudo começou, com destaque para a trajetória de sucesso ao longo dos anos. Para completar, grandes portais como o G1 e UOL também vão veicular conteúdos especiais sobre o movimento, com abordagens sobre o passado, o presente e o futuro do modelo de negócios.
O tema do Coops Day deste ano também está alinhado com os objetivos da próxima Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o futuro, que busca soluções colaborativas para um mundo melhor. Ao adotar práticas de desenvolvimento inclusivo e sustentável, as cooperativas se tornam agentes ativos na preservação do meio ambiente e aliadas na luta contra as mudanças climáticas.
O relatório do Secretário-Geral da ONU de 2023 sobre Cooperativas no Desenvolvimento Social reconheceu o histórico das cooperativas na promoção do desenvolvimento econômico e social, inclusive para grupos marginalizados. Segundo o documento, elas demonstram resiliência em tempos de crises sociais e econômicas, sendo vistas como parceiras fundamentais na promoção do desenvolvimento sustentável.
Conscientização
Celebrado desde 1923 em todo o mundo e oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas no centenário da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em 1995, o Coops Day busca aumentar a conscientização sobre as cooperativas, com destaque para suas contribuições, bem como resolver os principais problemas abordados pela ONU, em prol de fortalecer e ampliar as parcerias entre o movimento cooperativo internacional e outros atores. Esse ano, a celebração marca o 30º Dia Internacional das Cooperativas, reconhecido pelas Nações Unidas e o 102º Dia Internacional Cooperativo.
Em novembro de 2023, a Assembleia Geral da ONU adotou a resolução sobre a colaboração das cooperativas no desenvolvimento social e convocou a proclamação de 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. A resolução incentiva todos os estados-membros e todos os outros interessados a aproveitar o período como uma forma de promover o coop e aumentar a conscientização sobre sua contribuição para a implementar os ODS e, também, ir em busca de desenvolvimento social e econômico mundial.
O Sistema OCB, como membro da ACI desde 1989, participa ativamente da celebração e busca reforçar o compromisso das coops brasileiras com o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar, os princípios ESG, a inclusão financeira e a construção de um futuro melhor para todos.
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Especialistas trataram sobre a importância do conceito para mitigar riscos e aproveitar oportunidades
Durante o segundo dia do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), os participantes foram convidados a participar de uma série de palestras que traçaram perspectivas para o futuro do cooperativismo. Em um ambiente propício à troca de ideias e conhecimentos, os congressistas tiveram a oportunidade de participar de salas temáticas, cada uma com foco em temas importantes para o avanço do movimento cooperativista.
O tema ESG se subdividiu em Social, Ambiental, Governança e Gestão. Na sala de Governança, o painel O papel da governança na Agenda ESG, permitiu aos presentes aprofundar seus conhecimentos sobre sua função na implementação eficaz de processos administrativos. Foram convidados para a discussão, Rosilene Rosado, consultora em ESG, e Marcelo Cerino, superintendente da Frimesa. Os dois esclareceram pontos de entendimento acerca de como as cooperativas podem integrar a agenda da sustentabilidade em suas práticas de negócios.
Rosilene Rosado contextualizou o conceito e deu destaque para a relevância crescente do tema nas organizações. Ela enfatizou que o ESG vai além de simples critérios e representa uma abordagem que visa mitigar riscos e promover uma atuação sustentável e ética. Com exemplos práticos e análises de regulamentações globais, ela mostrou como a governança desempenha papel fundamental na gestão dos riscos e oportunidades, protegendo os interesses dos cooperados e demais partes interessadas. "A governança representa uma atuação ética, que minimiza riscos e impulsiona uma performance equilibrada. Nesse contexto, ela gerencia os impactos que podem se traduzir em riscos financeiros e que exige dos membros uma capacidade de identificação e avaliação precisa desses fatores", disse.
Para ela, a temática possui uma responsabilidade que inclui a definição de diretrizes claras, a supervisão eficiente e metas tangíveis para a mitigação dos desafios. "A transparência e a conformidade são pilares fundamentais que garantem que a prestação de contas esteja alinhada com os padrões internacionais, enquanto a busca pela melhoria contínua impulsiona o aprimoramento do desempenho", concluiu.
A Frimesa é uma das principais cooperativas agroindustriais do Brasil. Sediada no Paraná, é reconhecida pela sua produção diversificada de lácteos, carnes suínas e aves. Com modernas instalações de processamento e uma cadeia de produção integrada, a coop mantém um compromisso crescente com a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa. Seus programas de ESG abordam questões ambientais, sociais e de governança corporativa.
Para Marcelo Cerino, reduzir o impacto ambiental, promover o bem-estar das comunidades locais e garantir práticas éticas de negócios, são pontos relevantes para a execução dos programas de ESG. "A Frimesa alinha seu crescimento com valores de sustentabilidade e responsabilidade. Buscamos uma governança sólida e responsável para garantir operações sustentáveis em todos os níveis da organização e da cadeia de valor", afirmou.
Além disso, ele enfatizou a necessidade de estabelecer objetivos claros, métricas e metas ESG, bem como promover a transparência e a prestação de contas para todas as partes interessadas.
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Intuito é alinhar projetos e implementar soluções para as dimensões ambientais, sociais e de governança
O Grupo de Trabalho ESGoop se reuniu nesta quarta-feira (07). O GT marca um importante passo em direção à ampliação do Programa para o movimento cooperativista. A gerente-geral da OCB, Fabíola Nader Motta, realizou a abertura do encontro e enfatizou a importância do diagnóstico. "A análise envolve a atuação da cooperativa na agenda ESG, considerando sua singularidade, e se torna coletiva ao avaliar o cooperativismo por ramo de atividade e de forma sistêmica. O objetivo é alavancar práticas sustentáveis em todas as cooperativas e gerar impactos positivos nas questões ambientais, sociais e de governança", disse.
O programa ESGCoop visa capacitar lideranças e técnicos, mapear boas práticas e implementar soluções em consonância com os critérios ESG, para que as cooperativas possam atuar de forma comprovadamente sustentável e, ainda, estejam aptas a divulgar, por meio de relatórios qualificados, suas práticas nas três dimensões. Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB, destacou o papel do GT e explicou que reunir os representantes das cooperativas e entidades sistêmicas colabora para a identificação das necessidades e soluções que aprimoram o ESG. "Os grupos de trabalho, em consonância com os princípios cooperativistas, promovem a intercooperação, a educação, a formação e a informação. O intuito é beneficiar o cooperado, ao final do processo", explicou.
Ainda segundo ela, a análise realizada pelo GT ESGCoop vai consolidar a conexão entre cooperativismo e sustentabilidade. "É possível medir como o cooperativismo contribui para o ESG em razão do seu modelo de negócio, que busca, por princípio, ser ambientalmente correto e socialmente justo, ao mesmo tempo em que é economicamente viável".
Tomás Nascimento, analista do Sistema OCB, explicou o funcionamento do Avaliacoop ESG, sistema que abrange e avalia o grau de aderência das cooperativas à agenda ESG. "Trata-se de um questionário com perguntas sobre as práticas e/ou processos de desenvolvimento nas três dimensões e um quarto bloco com perguntas transversais a toda pauta ESG. Está dividido em 22 critérios + questões complementares. São cerca de cem perguntas, dependendo do ramo de atuação da cooperativa, e com quatro opções de resposta para a maioria delas. O Diagnóstico visa mapear, sugerir ações e contribuir para o próximo passo que é o desenvolvimento da relação de temas materiais e prioritários (Matriz de Materialidade)”.
O diagnóstico piloto promovido pelo Programa ESGCoop analisou 365 cooperativas de 19 estados. Seus resultados mostraram uma aderência ESG de 51,37%.
O encontro continua nesta quinta-feira (08), quando serão apresentados cases de sucesso sobre sustentabilidade e ESG. Os cases comprovam que as soluções implementadas pelas cooperativas participantes do programa são efetivas e eficientes.
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