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Brasília (8/11/18) – Desde que foi criada, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) atua com o compromisso de participar ativamente da construção de um ciclo de políticas públicas que assegurem um ambiente favorável para que os 13 ramos se fortaleçam enquanto modelo de negócio. É por isso que a entidade acaba de divulgar suas Propostas para um Brasil Mais Cooperativo. O documento contém as contribuições do cooperativismo para a Presidência da República. O material possui cinco eixos temáticos e 23 propostas que reconheçam o cooperativismo como uma ferramenta de transformação socioeconômica, por meio da geração de trabalho, emprego e renda. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que é fundamental que as cooperativas participem do processo político do país, como protagonistas do futuro que merecem. Confira!
Que propostas podem tornar o Brasil um país mais cooperativo?
Quando dizemos que o cooperativismo é uma ferramenta de transformação social e um grande aliado dos governos sérios é porque vemos na prática, todos os dias, a mudança que o jeito cooperativo, ou seja, mais humanizado de gerar negócio proporciona. Então, o nosso ponto de partida é a compreensão, pelo poder público, do papel do cooperativismo como modelo econômico sustentável e socialmente responsável, capaz de proporcionar inclusão produtiva, geração de renda, acesso a mercados e desenvolvimento regional. Um exemplo disso é que, atualmente, temos cerca de 25% da população brasileira inserida no contexto de uma cooperativa, seja como cooperado, ou como integrante do quadro de funcionários.
Assim, nós temos cinco prioridades que podem ser aprofundadas diretamente no documento Propostas para um Brasil Mais Cooperativo – Contribuições do Cooperativismo para a Presidência da República (clique aqui). Todas elas giram em torno da necessidade de o nosso movimento ser reconhecido por sua importância econômica e social, sendo um dos motores de desenvolvimento socioeconômico do país. Convido a todos que já conhecem o valor da cooperação, a conhecerem, também, as nossas propostas para um Brasil mais justo, equilibrado e com melhores oportunidades para todos.
Qual a intenção da OCB em produzir um documento como esse?
O objetivo principal da OCB é garantir um ambiente favorável no qual o cooperativismo se desenvolva em cada um dos 13 ramos para que, de fato, tenhamos um modelo de negócio fortalecido. Por essa razão, temos várias ações em diferentes frentes das esferas públicas em busca do desenvolvimento do cooperativismo e da valorização da nossa causa e princípios.
Com o compromisso de participar ativamente da construção de um ciclo virtuoso de políticas públicas, a OCB não tem medido esforços para contribuir com o Congresso Nacional e com o Poder Executivo com propostas para o desenvolvimento nacional, tendo como ponto de partida a realidade de milhares de cooperativas em todo o país.
Para nós, do cooperativismo, ser protagonista naquilo que nos envolve é vital. E é agindo assim, e somando esforços com a nossa Frente Parlamentar do Cooperativismo, que temos conseguido grandes conquistas para o nosso movimento. Temos diversos exemplos de como essa atuação conjunta e cooperada é capaz de produz bons frutos para o cooperativismo.
Temos a Lei Complementar nº 130/2009, que instituiu o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, a Lei nº 12.690/2012, que regulamenta as cooperativas de trabalho e, ainda, a Lei Complementar nº 161/2018, que reconhece o papel do cooperativismo financeiro para o desenvolvimento regional do país, ao permitir que as cooperativas de crédito realizem a captação de recursos de prefeituras e outros entes públicos municipais.
Cabe lembrar, também, que uma grande conquista que tivemos no âmbito federal ocorreu no ano passado quando o governo modificou o Plano Agrícola e Pecuário 17/18 que do jeito que foi lançado dificultaria em muito a produtividade dos produtores cooperados, em função da burocracia que dificultava a tomada de crédito por parte das cooperativas.
Esses são só alguns exemplos de como o Sistema OCB atua para garantir não só o desenvolvimento do cooperativismo, mas da própria economia nacional.
Por que as cooperativas devem se envolver com o processo político do país?
Por meio dessa participação, temos a oportunidade de nos posicionar ativamente nas tomadas de decisões que norteiam os rumos do Brasil. E o mais importante: isso acontece a partir do exercício legítimo da democracia. Um processo que se vale tanto pela prática de um voto consciente e responsável quanto pelo acompanhamento da vida política, econômica e social do nosso país, especialmente a partir de agora que já temos os nomes de quem vai atuar no Congresso e no comando do país.
Como um cooperativismo forte pode ajudar o país a crescer?
Sempre dizemos que um cooperativismo forte é sinônimo de uma economia forte por causa da capilaridade das nossas cooperativas. Temos 13 ramos, ou seja, em todos os cantos do Brasil há cooperativas especializadas em diversos setores econômicos como é o caso do crédito, da saúde, do transporte, do agro e até do turismo e lazer.
Vale dizer que a presença das cooperativas possibilita: a democratização do crédito, a inclusão financeira, o acesso dos pequenos produtores no mercado por meio de uma economia gerada pela escala, a geração de energia limpa e internet no campo, a prestação de serviços de educação e transporte de qualidade, a interiorização dos médicos e dentistas, tudo isso com respeito ao meio ambiente e a preços justos.
Então, um cooperativismo forte representa o empoderamento dos brasileiros com trabalho, emprego e renda.
O que esperar os Três Poderes a partir de 2019?
Bom, nossa expectativa é de que os representantes dos Três Poderes da República estabeleçam com o cooperativismo uma aliança por um Brasil melhor, fortalecendo o papel das cooperativas na agenda estratégica do país, com a efetivação de políticas públicas que estimulem nossa atuação. E, como uma das nossas prioridades, conforme já falamos antes, destacamos a necessidade do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, que, somado às demais propostas apresentadas no documento, certamente irá contribuir para o desenvolvimento do setor cooperativista e também de todo o Brasil.
Mais um passo importante para o cooperativismo brasileiro foi dado nesta terça (20/11), no Poder Legislativo. Foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 3748/2015, que altera a Lei Geral das Cooperativas (Lei 5.764/71) para permitir que as cooperativas representem seus associados em processos judiciais referentes a operações de mercado. Como a matéria já foi analisada pelo Senado Federal, caso não haja recurso, o projeto seguirá para sanção da Presidência da República.
O Sistema OCB tem acompanhado de perto a tramitação da matéria desde 2013, atuando de forma incisiva para sua aprovação. Para isso, conta com o apoio direto da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), neste caso com destaque para a participação dos deputados Covatti Filho (RS) e Subtenente Gonzaga (MG).
O texto estabelece a possibilidade de representação desde que essa opção seja expressa no estatuto da cooperativa e autorizada pelo associado individualmente ou em assembleia geral. A cooperativa poderá agir em defesa dos direitos coletivos de seus associados apenas quando a causa tiver relação com as suas operações de mercado.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o projeto significa um ganho na representação de interesses dos cooperados. “Com isso, aumentaremos a segurança jurídica do cooperado, o que vai refletir positivamente também no ambiente de negócios da cooperativa. Sem dúvida, esta é uma conquista importante para o setor”.
Brasília (1º/11/8) – A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) acaba de lançar mais um serviço destinado apoiar as cooperativas na sua inserção em mercados. Trata-se do portal “Cooperativas nas Compras Públicas”, ambiente desenvolvido pelas gerências Técnica e Econômica e de Relações Institucionais, por meio do qual será possível receber informações a respeito dos editais de licitação e chamadas públicas para aquisição de produtos e serviços pelos governos nos níveis federal, estadual e municipal. A gerente de Relações Institucionais da OCB, Fabíola Nader Motta, explica que o objetivo do portal é informar em tempo real as oportunidades de comercializar com o governo e dar todo o suporte para que as cooperativas acessem esse mercado. Confira.
Qual é a importância do portal para as cooperativas?
De acordo com os levantamentos da Gerência de Relações Institucionais da OCB, todos os anos os governos (federal, estadual e municipal) destinam cerca de R$ 500 bilhões para o atendimento das necessidades de seus programas especiais. Essas compras, tanto de produtos quanto de serviços, obedecem a um rigoroso sistema, baseado em pilares importantes como preços competitivos e qualidade.
Por isso, para atender a esse que é maior cliente do país, o Sistema OCB lança essa plataforma digital, pois quando se fala em qualidade e preço justo, as cooperativas têm muito a mostrar e a contribuir.
O Sistema OCB, além de criar esse site essencialmente para as cooperativas interessadas participarem das compras públicas, também disponibilizou um serviço especial de acompanhamento de todos os editais lançados pelos governos (municipal, estadual e federal), pois nossa expectativa é de que esse portal seja uma espécie de ponto de partida para quem tem interesse em negociar e vender para o Poder Público.
Muitas de nossas cooperativas já participam desse mercado, porém a rotina de monitoramento das oportunidades é muito complexa e demorada, pois os órgãos divulgam seus editais em plataformas, dias e formatos diferentes, o que muitas vezes dificulta o acesso. Assim, decidimos oferecer um sistema onde elas poderão encontrar todas os editais em um só lugar, diariamente, poupando tempo e trabalho para focarem naquilo que é a sua maior especialidade, atender e gerar oportunidades de negócios para seus cooperados.
Como as cooperativas interessadas podem utilizar a plataforma digital?
É muito simples. As cooperativas precisam apenas acessar o site e preencher cadastro especificando quais produtos ou serviços deseja oferecer ao governo. É importante que a cooperativa indique se vai quer participar dos processos de compras públicas em nível local, regional ou nacional. Após preencher essas informações, um consultor da OCB irá entrar em contato para finalizar o cadastro e explicar o funcionamento do serviço. E a partir daí as cooperativas irão receber, por e-mail, alertas com as indicações dos editais, segmentados por região e ramos de atividades de interesse da cooperativa e com base nos produtos e serviços que ela oferece. Também é possível acompanhar as oportunidades através de área específica do portal para cooperativas cadastradas.
Como as cooperativas podem saber que tipo de produto ou serviço devem cadastrar no portal?
O governo é o maior comprador do país e isso dificilmente mudará nos próximos anos. Anualmente, são comprados produtos e contratados serviços dos mais diversos tipos e setores, para atender órgãos do governo e políticas públicas as mais diversas possíveis. Dessa forma, todas as cooperativas que produzem desde os itens da cesta básica, até carnes in natura (aves, peixes, suínos e bovinos), alimentos industrializados, frutas e grãos podem se cadastrar.
Também encontram muitas oportunidades cooperativas que prestadores de serviços. Aliás, em muitas cidades brasileiras, elas são responsáveis por prestarem serviços nas áreas de tecnologia da informação, médica, odontológica, infraestrutura, financeira, limpeza e conservação, dentre outros. Essas mesmas áreas também constituem a lista de serviços demandados pelo governo e, portanto, podem ser cadastrados no portal.
Quais as condições para se cadastrar?
Todas as cooperativas ativas e regulares no Sistema OCB podem se cadastrar no serviço que lançamos nesta semana e que é fruto do trabalho das gerências de Relações Institucionais e Técnica e Econômica. O benefício é gratuito e disponível para todos os ramos, basta acessar o portal realizar o cadastro.
E para ser contratado pelo governo, o que deve ser levado em conta?
É fundamental que as cooperativas interessadas em comercializar com o governo estejam atentas aos dispositivos de cada edital. Vale analisar o volume de produtos requeridos, o tempo de entrega, a viabilidade de produção e a lista de documentos exigidos. Alguns editais requerem certidões específicas e, por isso, o Sistema OCB teve o cuidado de preparar um passo a passo explicando tudo que a cooperativa vai precisar saber antes de se inscrever no processo de compra. Também serão disponibilizadas em breve cartilhas sobre modalidades e programas específicos de compras públicas, como é o caso dos programas de compras da agricultura familiar.
E, se ainda tiver alguma dúvida, o representante da cooperativa pode entrar em contato com a OCB para obter mais informações sobre como participar de cada processo. Assim, esperamos ajudar o setor crescer e a gerar mais renda para milhares de brasileiros.
Brasília (12/11/18) – Líderes dos governos municipal, estadual e federal do estado de Roraima estiveram reunidos, nesta segunda-feira, em Boa Vista, para falar sobre Gestão Pública, ou melhor, para ouvir sobre o tema. O evento contou com a presença de cerca de 170 pessoas e o convidado especial foi o Ministro do Tribunal de Contas da União, João Augusto Nardes, que discorreu sobre o assunto.
O evento foi promovido pelo Sistema OCB/RR e teve por objetivo foi compreender melhor as profundas transformações na gestão pública e o aperfeiçoamento de suas funções estatais. “Hoje tivemos aqui uma aula sobre Gestão Pública. É um tema que interessa, não só os gestores, aqueles que estão à frente dos governos, mas a todos nós cidadãos. Nós temos Roraima como uma grande esperança. Esperança de encontrar nos agricultores mais oportunidade de negócios, o que vai gerar mais renda e emprego para a população do nosso Estado”, disse o presidente do Sistema OCB/RR, Sílvio de Carvalho.
Quem também saiu satisfeito do evento foi o governador eleito de Roraima, Antônio Denarium. “Foi realmente muito bom poder ouvir todo esse conteúdo que o ministro Nardes nos trouxe. O Sistema OCB/RR está de parabéns porque uma palestra como essa deveria ser prestigiada por todos os gestores de governo, pois, com certeza, é de uma riqueza de detalhes e de conhecimento imensos”, disse Denarium.
Roraima é o primeiro estado em que o Ministro visita após o período das eleições. Para ele, esse primeiro contato é de grande importância, pois gera uma expectativa em toda a população a respeito do que virá pela frente. “Nós temos um grande desejo de trazer mais a CGU à Roraima. Nosso órgão tem muito o que contribuir com o estado”, garante Nardes.
SOBRE O PALESTRANTE
Ministro do TCU, João Augusto Ribeiro Nardes tem formação em administração, com cursos de pós-graduação e mestrado em Genebra, Suíça, em estratégia do desenvolvimento. Imbuído das responsabilidades da magistratura de contas, presidiu a Casa no biênio 2013-2014. Liderou a frente da Olacefs na primeira vez em que o Brasil exerceu a presidência da Organização, criada há mais de 50 anos para congregar as entidades de fiscalização superior da América Latina e do Caribe. (Com informações do Sistema OCB/RR)
Brasília (29/10/18) – A Medida Provisória nº 1.715/98, que autorizou a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), completa nesta segunda-feira, dia 29/10, 20 anos de publicação. A entidade é responsável por organizar, administrar e executar em todo o território nacional o ensino de formação profissional, desenvolvimento e promoção social do trabalhador em cooperativa e, também, dos cooperados.
Atualmente o Brasil conta com mais de 6,8 mil empresas de natureza cooperativista formalmente registradas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), instituição cuja finalidade é a representação política dos interesses do setor, no âmbito dos Três Poderes. Juntas, essas cooperativas congregam 14,2 milhões de cooperados e geram mais de 398 mil empregos diretos. Esses números mostram o poder transformador do cooperativismo que, além de trabalho, gera emprego e renda a milhares de brasileiros.
Vale destacar que o sistema nacional de representação do cooperativismo brasileiro é composto por três entidades: Sescoop, OCB e pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), responsável pela parte sindical que envolve o setor. Essas três instituições formam o Sistema OCB.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, acompanhou todo o desenvolvimento do Sescoop. “Com o Sescoop, a profissionalização das cooperativas veio para ficar. Passamos a ter ferramentas e recursos para investir em informação, educação, organização do quadro social. Também tivemos a oportunidade de revermos nossos processos e métodos, investindo em tecnologia e no desenvolvimento de tudo aquilo que conhecemos a respeito da gestão do negócio cooperativo”, avalia a liderança.
ATUAÇÃO
O Sescoop, há 20 anos, tem contribuído para a autogestão das cooperativas, garantindo, desta forma, maior competitividade e, principalmente, o atendimento aos interesses dos cooperados, já que o desenvolvimento humano está no centro do trabalho realizado pelo Sescoop. É por isso que a entidade sabe muito bem aonde quer chegar. Clique aqui para acessar o Mapa Estratégico, que organiza os sonhos para o futuro e os caminhos para torná-los realidade.
Brasília (1º/11/8) – O projeto sustentabilidade do Ramo Trabalho, aprovado pela Diretoria da OCB, em abril, será o grande norte das ações previstas para 2019. Esse é o resultado da reunião do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho, ocorrida na última terça-feira, em Brasília, que também tratou da recondução de Margaret Cunha ao cargo de coordenadora das atividades do colegiado.
Uma das ideias para ampliar a competitividade das cooperativas de trabalho por meio da melhoria das práticas de governança e da realização de ações institucionais estratégicas voltadas à conformidade legal como forma de fortalecer o modelo cooperativista de trabalho. Assim, com maior segurança jurídica, espera-se que as cooperativas acessem o mercado em que atuam com maior tranquilidade, por meio do acompanhamento e estímulo do cumprimento integral dos dispositivos da Lei nº 12.690/12.
Em 2019, também está prevista a divulgação do Manual Contábil e Tributário. O material servirá de ferramenta de trabalho para todas as cooperativas de prestação de serviços e que são reguladas pela referida lei.
Brasília (5/11/18) – Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar em todas as idades. Foi esse Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que inspirou a Cooperativa Educacional de Maceió (Coopema) a iniciar o projeto Verde Vivo na Minha Escola, em 2018.
O trabalho reúne 230 pessoas, sendo estudantes, professores e funcionários, todos voluntários. O objetivo é ensinar a crianças de seis a onze anos sobre o plantio de hortaliças livres de agrotóxicos para consumo próprio. O projeto começou em julho e tem previsão de colheita em dezembro. Especificamente duzentos e oito estudantes, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, integram o projeto.
De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome em média sete litros de veneno por ano, o que resulta em mais de 70 mil intoxicações agudas e crônicas em igual período. “Nós queremos trazer para as crianças o propósito de desenvolvimento sustentável e de vida saudável. Desde pequenos eles vão saber como produzir e como consumir determinados alimentos”, disse Fátima Monteiro, cooperada da Coopema e coordenadora voluntária do projeto.
O cultivo acontece nas dependências do Colégio São Lucas (administrado pela Coopema), em Maceió, Alagoas. Um canteiro foi produzido pelos colaboradores da instituição e os estudantes foram as responsáveis por confeccionar os vasos, plantar, adubar e aguar as hortaliças. Estão sendo cultivados alface, coentro, cebolinha, rúcula, manjericão e beterraba, com adubação orgânica e com irrigação manual. Já o consumo se dará através da cantina que serve crianças do ensino integral.
Thelmo Moraes, engenheiro agrônomo responsável por instruir e acompanhar os estudantes durante o cultivo, explica que sustentabilidade é a palavra-chave. “Além de utilizar garrafas pet como vasos e regadores, estamos reaproveitando casca de ovo e pó de café na adubação. As crianças fizeram todo o trabalho de confecção dos vasos e regadores e estão ansiosas para a hora da colheita e do consumo”, disse.
Durante a grande celebração do Dia de Cooperar 2018, os estudantes receberam lápis enviados pelo Sistema OCB Nacional contendo sementes na ponta e eles também foram aproveitados no projeto. “A ideia foi sugerida pelo Sistema OCB/AL e nós a aprimoramos introduzindo mais hortaliças. Plantamos as sementes de rúcula, véu-de-noiva e agrião que vieram nos lápis, e gostamos tanto da ideia que decidimos ampliar e tornar essa ação em uma atividade continuada”, explicou Fátima Monteiro.
De acordo com a coordenadora, o projeto não se restringirá às dependências do colégio. A ideia é que as crianças aprendam a cultivar e levem esses ensinamentos para suas casas, passando a plantar e a consumir alimentos mais saudáveis. “Muitas crianças vivem em apartamentos. Aqui elas estão tendo contato com a terra e, com o aprendizado adquirido, podem plantar dentro dos limites do espaço onde residem”.
Maria Roberta, 8 anos, ficou encantada com a iniciativa do colégio. “Eu fiquei muito feliz quando o tio Thelmo veio plantar com a gente. Eu moro em apartamento e planto algumas coisas, mas aqui eu posso muito mais. Eu me sinto uma jardineira de verdade”, disse a estudante.
Para Roney Daniel, 8 anos, o sabor do alimento é diferente quando plantado com as próprias mãos. “Depois do projeto eu passei a plantar em casa também. A gente planta e come. Até parece mais gostoso porque sou eu que planto. O momento que eu mais gosto do dia é quando eu venho no canteiro para cuidar das plantinhas. Eu me sinto aliviado”, falou o estudante.
A mãe de Roney, Daniela Costa, agente de polícia, também ficou empolgada com o projeto. “Em uma ida nossa ao supermercado ele pediu para comprar tomate-cereja. Quando chegou em casa plantou e não conseguiu nem esperar crescer, já queria colher e comer. Ele é muito da natureza, quer ser veterinário e ter mil cachorros. Essas são palavras dele”, declarou.
Para Flávio Feijó, presidente da Coopema, o desenvolvimento sustentável faz parte do processo de educação ambiental desenvolvido na escola. “Trabalhamos com nossos estudantes a sustentabilidade e o bem-estar, mas agora temos a oportunidade de sair da teoria e ir para a prática, onde a criança pode fazer o plantio e acompanhar o crescimento da planta, tudo com apoio técnico de especialista”, frisou.
TERAPIA
A contemplação e a integração com a natureza podem ter efeitos terapêuticos, promovendo sensação de bem-estar. De acordo com Fátima, o Verde Vivo na Minha Escola integra 12 estudantes em condições especiais e eles possuem um bom envolvimento com o projeto.
“Eles simplesmente se entregam, zelam pelo que produzem e desenvolvem um afeto pelas plantas. Alguns não conseguem ficar dentro da sala por muito tempo e precisam de um momento para caminhar pela escola. E, quando vamos ver, eles estão no canteiro, muitas vezes regando e cuidando das plantas ou apenas sentados, contemplando. É um espaço de terapia para eles”.
PRÓXIMOS PASSOS
Além da adubação orgânica, reaproveitando casca de ovo e pó de café, e da confecção de vasos e regadores reaproveitando garrafas pet, o Colégio São Lucas quer passar a reaproveitar a água dos condicionadores de ar. “Hoje essa água ainda é descartada, mas em breve ela estará sendo armazenada e reutilizada em um sistema de irrigação na horta”, afirmou Thelmo Moraes.
Com o crescimento veloz do projeto, a cooperativa tem pensado em fazer plantio das mudas também pela cidade e em outras cooperativas, exercitando o princípio cooperativista da intercooperação. “Nosso projeto está tomando grandes proporções e pensamos em fazer o plantio de uma parte dessas mudas pela cidade e em cooperativas para fortalecer e preservar o meio ambiente”, frisou Fátima Monteiro. (Fonte: Sistema OCB/AL)
Brasília (5/11/18) – A educação cooperativista, amparada pelos valores do movimento, técnicas de gestão aplicadas à realidade das cooperativas e pelo desenvolvimento profissional, está ganhando espaço em todo o país. Em Mato Grosso, por exemplo, após um longo caminho para se estruturar, a Faculdade do Cooperativismo (I.COOP) realiza neste mês de novembro o seu primeiro vestibular.
Ao todo, a instituição oferece 40 vagas para o curso superior tecnológico em Gestão de Cooperativas. A prova está marcada para o dia 24/11. As aulas são presenciais e ocorrem em Cuiabá/MT. O curso superior contará com 1,8 mil horas, divididas em cinco semestres. As aulas ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h30.
VESTIBULAR
Os interessados em participar do vestibular devem se inscrever até o dia 20/11. Todos os estudantes que já concluíram o Ensino Médio ou que estejam cursando o terceiro ano podem fazer a prova, a ser aplicada no dia 24/11, das 9h às 12h, na sede do Sistema OCB/MT, em Cuiabá. Clique aqui para acessar o edital e a ficha de inscrição.
OUTROS CURSOS
“A faculdade já conta com duas turmas de pós-graduação: uma em Tangará da Serra e outra em Primavera do Leste. Estamos também na terceira turma do curso de extensão sobre Governança Cooperativa e, agora, com nosso primeiro vestibular. A ideia é dar ênfase à possibilidade de ampliarmos o movimento cooperativo, fortalecê-lo e torná-lo mais autêntico por meio da educação”, disse a diretora do I.COOP, Janete Carmen Dalabarba.
SOBRE O I.COOP
O I.COOP é a terceira instituição de ensino superior voltada ao movimento cooperativista do Brasil. A proposta do I.COOP é a de promover a produção de conhecimento na área do cooperativismo, atuando como conversora das mais diversas expertises da área de negócios apresentados com excelência pelos seus diferentes parceiros Institucionais: Sescoop/MT; OCB/MT e cooperativas. (Com informações do Sistema OCB/MT)
Brasília (29/10/18) – Os produtores e empresas ligadas ao agronegócio brasileiro mostraram-se moderadamente otimistas no terceiro trimestre de 2018. O Índice de Confiança (IC Agro) do setor encerrou o período marcando 100,3 pontos – uma alta de 1,9 ponto sobre o 2º trimestre. O resultado reflete uma gradual recuperação dos problemas da primeira metade do ano, como os causados pela greve dos caminhoneiros, embora uma boa dose de incertezas tenha permanecido sobre o setor.
De acordo com a metodologia do estudo, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), resultados superiores a 100 pontos demonstram otimismo. Resultados abaixo disso indicam pessimismo.
Houve avanço também no Índice de Confiança da Indústria (Antes e Depois da Porteira), que subiu 0,8 ponto, atingindo 99,3 pontos. Porém observa-se um comportamento distinto entre as empresas classificadas como Antes da Porteira, cuja desconfiança aumentou – e as indústrias situadas Depois da Porteira, que recuperaram um pouco do entusiasmo.
Na Indústria Antes da Porteira (Insumos Agropecuários), a queda no 3º trimestre foi de 3,8 pontos, para 95,4 pontos. As incertezas com relação à economia brasileira pesaram para o esfriamento dos ânimos. Mas nem todos os aspectos que compõem o índice são negativos. “De fato, a percepção sobre as condições do negócio melhorou no trimestre – o que era de esperar diante de entregas recordes de fertilizantes em julho, agosto e setembro, que mostraram recuperação frente aos problemas causados pela greve dos caminhoneiros e pela indefinição dos fretes, que travou o mercado”, disse Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp.
No acumulado do ano (janeiro/setembro), as entregas de fertilizantes somaram 25,9 milhões de toneladas, 4,4% acima do recorde registrado no mesmo período do ano passado. O setor de máquinas agrícolas também mostra sinais de recuperação. As vendas acumuladas de junho a setembro são 18% maiores do que no mesmo período do ano passado (embora, no acumulado do ano, de janeiro a setembro, o mercado ainda esteja abaixo de 2017).
As indústrias Depois da Porteira (Alimentos) recuperaram um pouco da confiança no atual levantamento. O Índice desse segmento chegou a 101,0 pontos, alta de 2,7 pontos, o suficiente para sair de uma faixa moderadamente pessimista para uma situação de leve otimismo.
De maneira geral, a recuperação se deve à melhora da percepção em relação às condições atuais do setor. “É bom lembrar, por exemplo, que no terceiro trimestre houve a retomada das negociações de grãos, praticamente interrompidas durante a greve dos caminhoneiros e no período subsequente”, destacou Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Favorecidas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, as exportações brasileiras de soja seguem em ritmo forte e o mercado já trabalha com a possibilidade de chegarem a 80 milhões de toneladas – recorde absoluto, 12 milhões de toneladas acima do registrado em 2017. “O resultado só não é melhor porque o milho brasileiro perdeu competitividade – e num ano de quebra da safrinha, os embarques do grão devem ficar cerca de 5 a 6 milhões de toneladas abaixo do volume do ano passado”, complementa Freitas.
Para o setor de carnes, os embarques da proteína bovina também aumentaram nos últimos meses, acumulando volumes recordes e amenizando o tom pessimista de parte da indústria, especialmente aves e suínos – que ainda tenta lidar com os problemas causados pelo fechamento de diversos mercados aos produtos brasileiros. Outro segmento cuja situação melhorou foi o sucroenergético. De junho para setembro, os preços do etanol hidratado no mercado doméstico subiram 5%, acompanhando o aumento do petróleo no mercado externo e a desvalorização do real, aliviando a situação das usinas, que vinham pressionadas pela baixa no mercado de açúcar, apontou ainda a pesquisa.
Já para o índice de confiança do produtor agropecuário (agrícola e pecuário), houve recuperação da confiança perdida no levantamento anterior. Seu Índice subiu para 101,7 pontos na pesquisa atual, avanço de 3,3 pontos. O aumento ocorreu tanto entre os produtores agrícolas quanto entre os pecuaristas, com maior otimismo com as condições do negócio do que com as condições gerais da economia para ambos. A pesquisa mostra que os motivos para isso sustentam-se em três pilares: preços, crédito e produtividade.
O Índice de Confiança dos produtores agrícolas chegou a 106,0 pontos, crescimento de 3,1 pontos sobre o trimestre anterior e 13,1 pontos a mais do que o mesmo período de 2017. Um dos principais aspectos que impulsionaram a alta é a produtividade: os agricultores mostram-se confiantes em um novo bom desempenho nas lavouras. “O clima colaborou nas regiões em que o plantio começou em setembro. É o caso do milho de 1ª safra no Sul do Brasil e em São Paulo e da soja no Paraná e em boa parte do Centro-Oeste (principalmente Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)”, disse Freitas.
Diretor titular do Deagro, Betancourt destaca ainda que outro aspecto em que aumentou o otimismo está relacionado ao crédito. “Neste ano agrícola, as taxas de juros caíram não só no crédito oficial e nos recursos postos à disposição pelo Plano Safra, mas nos financiamentos em geral, a mercado, abrindo mais alternativas de crédito para os produtores”, disse.
Entre os pecuaristas houve melhora na confiança no trimestre, com seu índice chegando a 88,9 pontos (alta de 3,6 pontos). O avanço foi puxado pelos pecuaristas de corte – com o maior ganho relacionado aos preços, refletindo a recuperação do mercado no período de junho a setembro. Isso ainda não foi o suficiente para fazer com que o ânimo dos pecuaristas saísse da faixa considerada pessimista pela metodologia do estudo. Os produtores pecuários compõem o segmento de menor confiança entre todos os analisados.
Brasília, 18/10/18 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso participou hoje da abertura do II Seminário Jurídico do Sistema OCB. Em sua palestra, sob o tema “A Constituição de 1988, conquistas democráticas e alguns aspectos do cooperativismo”, Barroso ressaltou a importância dos instrumentos legais que garantem e estimulam a prática cooperativista em todo o país.
“A Constituição repetidamente dá centralidade a essa forma de organização, de produção e de funcionamento societário”, afirmou. Ele citou os artigos 5º (dos Direitos Individuais e Coletivos), 146 (do Sistema Tributário) e 174 (da Ordem Econômica e Financeira) como as principais referências da Carta, além do Código Civil Brasileiro que estabelece regimes específicos para as cooperativas. Diante dos números do Sistema OCB que expressam a força do modelo de negócio, o ministro afirmou que “se deve incluir no radar da sociedade brasileira, uma expansão da atividade cooperativa como forma de organização social que vem dando certo”. Hoje, o Sistema OCB reúne cerca de 7 mil cooperativas em todo o país que juntas movimentam aproximadamente 7% do PIB em 13 ramos de atividades.
O ministro do STF foi recebido pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. “Estamos celebrando os 30 anos da Constituição Federal de 1988, em defesa dos princípios constitucionais que nos trouxeram até aqui. O cooperativismo, com seus valores, tem construído, cada vez mais, ações voltadas para o futuro do nosso país e do mundo”, afirmou o presidente. O II Seminário Jurídico do Sistema OCB reuniu cerca de 100 representantes das unidades estaduais. A iniciativa tem o objetivo de promover estudos, atualização profissional e debates sobre os temas jurídicos relacionados ao cooperativismo.
Ao longo de sua exposição, o ministro Luís Roberto Barroso também fez algumas reflexões sobre vários momentos da conjuntura nacional. Para ele, apesar de todas as dificuldades em diversas esferas, os direitos constitucionais foram preservados. “Nesses 30 anos de democracia brasileira, a estabilidade institucional representa uma realização muito expressiva para o Brasil”, disse. O ministro ressaltou que a estabilidade monetária impediu o retorno da hiperinflação, bem como reconheceu que houve um movimento de enfrentamento contra a corrupção. Para o futuro, Barroso salientou a importância de políticas públicas voltadas para a educação com o objetivo de melhorar a alfabetização, a evasão escolar e o déficit de aprendizado.
Brasília (30/10/18) – O ano de 2019 promete ser cheio de atividades para o Ramo Educacional. Dentre as principais demandas elencadas nesta segunda-feira (29/10), durante a reunião do Conselho Consultivo, estão, por exemplo, a realização de um fórum que discutirá temas ligados à gestão do negócio. A pauta do evento que deve ocorrer em julho do próximo ano será definida em breve pelas cooperativas, em conjunto com o Sistema OCB. As informações são de Ricardo Lermen, reconduzido na reunião desta segunda, ao cargo de coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Educacional.
Além do Seminário Nacional das Cooperativas Educacionais, o ramo deverá contratar, por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras, uma consultoria para indicar qual ou quais os melhores arranjos de parceria público-privada podem ser firmados no setor da educação. Segundo Ricardo Lermen, atualmente, existe apenas uma única cooperativa no país com o modelo. “Nós temos a certeza de que podemos ampliar a atuação das cooperativas educacionais com esse modelo de PPP”, argumenta.
APOSENTADORIA
As cooperativas educacionais também planejam articular um projeto de lei que prevê a igualdade de direitos entre os professores cooperados ou contratados com os profissionais da rede pública de ensino. Atualmente, quem trabalha em escolas públicas podem se aposentar com 25 anos de trabalho enquanto que, para os professores das cooperativas valem as atuais regras da Previdência Social.
INTERCOOPERAÇÃO
Também faz parte do escopo do Plano de Trabalho do Ramo Educacional, ações de intercooperação com outros ramos e o Crédito é o primeiro da lista. “Uma das grandes demandas das cooperativas educacionais são linhas de financiamento específicas. Por isso, nossa intenção é mostrar que vale a pena reconhecer as cooperativas educacionais como potenciais clientes”, conclui o coordenador.
Brasília (24/10/18) – O mundo mudou e as relações de trabalho modernizaram-se, principalmente após a popularização da internet. Apesar disso, a legislação trabalhista brasileira continuava a mesma desde 1943, época da Segunda Guerra Mundial. A reforma era urgente, mandatória e ela chegou.
Entretanto, será que a lei aprovada foi realmente positiva para toda a sociedade? A Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/17) entrou em vigor há menos de um ano, com mudanças profundas nas relações de trabalho. Ela traz a patrões e empregados flexibilidade para negociar o que for melhor para ambos.
O assunto foi destaque na revista Saber Cooperar, produzida pelo Sistema OCB. Jucélia Ferreira, gerente sindical da Confederação Nacional das Cooperativas, e a gerente de Relações de Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e conselheira do Conselho Nacional do Trabalho foram ouvidas pela equipe de reportagem da revista e apresentam o panorama de como a Lei nº 13.467/17 impacta a vida dos brasileiros. Confira!
O que mudou de fato no Brasil após a aprovação da reforma trabalhista?
Sylvia Lorena: As principais mudanças apontam para a busca por alternativas para a solução de conflitos. Isso pode ser percebido pelo número crescente de rescisões por acordo e por uma maior responsabilidade no acionamento da Justiça do Trabalho, com a consequente queda na judicialização das relações do trabalho no Brasil. Trata-se de uma mudança positiva, por promover a convergência de interesses.
Jucélia Ferreira: A nova legislação trabalhista (Lei nº 13.467/2017) trouxe maior dinamismo às relações de trabalho no país, adequando a CLT às realidades econômica, social e tecnológica brasileiras. A reforma trabalhista alterou mais de cem pontos da CLT e criou/regulamentou novas formas de trabalho (trabalho intermitente, teletrabalho, trabalho em regime parcial e trabalho terceirizado), privilegiando a autonomia da vontade das partes em várias matérias (como parcelamento de férias em até três vezes, acordo individual de compensação de horas, dispensa negociada e prevalência da negociação coletiva sobre a lei).
Na prática, o que mudou para o trabalhador?
Sylvia Lorena: A principal mudança para o trabalhador foi a atualização da legislação, que agora reconhece formas modernas de trabalho. A regulamentação do trabalho intermitente, por exemplo, propicia a formalização de modalidades de trabalho que até o início da vigência da reforma ocorriam como “bico”. É importante destacar: os direitos fundamentais trabalhistas estão consagrados na Constituição. Portanto, o direito ao salário mínimo, ao 13o salário, à hora extra, ao adicional noturno, às licenças maternidade e paternidade, e aos 30 dias de férias permanecem inalterados.
Jucélia Ferreira: As principais mudanças para os empregados são: o parcelamento das férias em até três períodos (inclusive para os empregados maiores de 50 anos e os menores de 18 anos); o acordo individual de banco de horas feito diretamente com o patrão; a dispensa negociada entre patrão e empregado; o intervalo de 30 minutos para almoço (possibilitando a saída do trabalho mais cedo); o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical; e a regulamentação da jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso. Outra mudança importante é que o trabalhador que perder a ação judicial trabalhista terá que arcar com as custas do processo e com os honorários advocatícios.
E para o empregador, quais foram as principais mudanças?
Sylvia Lorena: A nova legislação sinaliza para mais previsibilidade e segurança jurídica nas relações de trabalho. As empresas vêm adotando as inovações da reforma trabalhista com cautela. Formas de trabalho como o home office, e o parcelamento de férias em três períodos, de mais fácil aplicação, já começam a ser adotadas. Outras, que dependem de negociação coletiva, devem passar a ser realidade ao longo do tempo. O importante é haver uma legislação estável, e a reforma trabalhista contribui para trazer mais segurança jurídica para empresas e empregados encontrarem soluções mutuamente benéficas.
Jucélia Ferreira: A partir da nova lei, os patrões podem pagar, por exemplo, prêmios, abonos e diárias sem que essas verbas sejam incorporadas à remuneração do empregado. As novas regras possibilitarão ao empregador maior autonomia na relação com o seu empregado, podendo ajustar as condições de trabalho de forma mais adequada à realidade, pois terá a segurança jurídica do que terá que pagar. A criação do trabalho intermitente também poderá reduzir a informalidade no mercado de trabalho, gerando mais crescimento.
Na sua visão, a reforma trabalhista era mesmo necessária?
Sylvia Lorena: Há muito discutia-se a necessidade de atualização da legislação trabalhista. A CLT foi publicada em 1943 e, embora tenha sofrido alterações pontuais, estava desconectada com o mundo do trabalho contemporâneo. No Fórum Nacional do Trabalho, em 2003, uma das principais conclusões foi a importância da valorização da negociação coletiva, que – apesar de prestigiada na Constituição de 1988 e na legislação trabalhista – encontrava obstáculos para se tornar um instrumento efetivo de diálogo entre empregadores e empregados. Esse foi o principal avanço da nova legislação: assegurar o reconhecimento dos instrumentos coletivos, dando força de lei ao que for pactuado neles.
Jucélia Ferreira: Desde a promulgação da CLT, em 1943, muitas profissões deixaram de existir e outras formas de trabalho surgiram no mundo todo. O Brasil demandava, há tempos, uma legislação moderna para atender o contexto do mercado de trabalho na atualidade, melhorar o ambiente de negócios, propiciar maior segurança jurídica e competitividade, buscando um modelo mais justo e equilibrado para empregadores e empregados. Nesse contexto, a nova lei veio no momento oportuno.
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Brasília (1º/10/18) – O cooperativismo conecta pessoas em torno de uma única causa: o bem comum. É por isso que reconhecer publicamente as boas práticas de cooperativas com benefícios comprovados aos seus cooperados e à comunidade onde estão inseridas é fundamental para estimular a troca de experiências e intercooperação, ampliando os benefícios socioeconômicos do negócio cooperativo.
E um dos grandes exemplos de como isso é possível é o Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano, realizado pelo Sistema OCB, que acaba de divulgar a lista das cooperativas finalistas desta edição. Na relação abaixo, as cooperativas premiadas encontram-se descritas em ordem alfabética em cada uma das sete categorias. A ordem de classificação delas será conhecida na cerimônia de premiação que ocorrerá em Brasília, no dia 30/10.
COMUNICAÇÃO E DIFUSÃO DO COOPERATIVISMO
Ailos (SC): Mudança na estratégia de marca do Sistema Ailos
Colégio CEM (SC): Vivenciando a cultura cooperativista na minicidade cooperativista
Coopeafa (PE): Promoção do cooperativismo na agricultura familiar
COOPERATIVA CIDADÃ
Sicoob Carlos Chagas (MG): Projeto Sicoob de olho no futuro
Sicredi Vale do São Francisco (PE): Camerata Sicredi Vale do São Francisco
Unimed Brusque (SC): Programa Viver bem na escola
COOPERJOVEM
Sicoob Creditapiranga SC/RS (SC): Cooperjovem
Sicoob Fluminense (RJ): Cooperjovem
Sicredi União MS/TO (MS): Cooperjovem
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Cocamar (PR): Fios sustentáveis e moda consciente
Coonap (PB): Dessalinizador solar de baixo custo
Coopatos (MG): Revitalização do córrego do Limoeiro - Estação ecológica Coopatos e Projeto Recriar
FIDELIZAÇÃO
Coagru (PR): APP – Coagru “fidelização pela satisfação”
Languiru (RS): Inclusão social e produtiva no campo
Unimed Federação Minas (MG): Programa de relacionamento com o cooperado
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Coopeavi (ES): Condomínio avícola
Sicoob Credigerais (MG): IFISI: Incluindo vidas pela educação criativa.
Unimed Vitória (ES): Inovação nas condutas da atenção integral à saúde prestadas às gestantes
INTERCOOPERAÇÃO
Coopatos (MG): Consórcio cooperativo
Fecoagro (SC): Central de compras Fecoagro
Rede Alternativa (DF): Escritório de gestão e comercialização em rede: desenvolvimento das cooperativas de catadores do Distrito Federal e entorno
SOBRE O PRÊMIO
O Prêmio SomosCoop - Melhores do Ano, está na 11ª edição e tem como objetivo reconhecer e valorizar nacionalmente as iniciativas realizadas pelas cooperativas que melhoram a vida dos seus cooperados e da comunidade onde estão inseridas. A premiação é realizada a cada dois anos.
Brasília (25/10/18) – O foco na necessidade do cliente é um dos ingredientes da receita de sucesso das grandes empresas de serviços. É por isso que o Sistema OCB acaba de promover a quinta edição do Seminário Nacional do Transporte Cooperativo. O evento ocorreu na Casa do Cooperativismo Paulista, em São Paulo, e debateu o tema Disrupção e Transporte: desafios para a gestão das cooperativas.
A intenção foi debater o futuro do setor diante das inovações digitais, os diferenciais competitivos das cooperativas, as perspectivas dos clientes, a gestão empreendedora e as estratégias de atuação para o segmento. O evento contou com a participação de 180 pessoas, dentre dirigentes de cooperativas, presidentes de unidades estaduais e técnicos do setor. Ao todo, 25 estados foram representados.
A gerente técnica e econômica da OCB, Clara Maffia, conta que a quinta edição do seminário – que ocorre todos os anos em diferentes regiões do país, para contemplar todos os segmentos de transporte e suas cooperativas – tem foco na inovação e no cliente por ser um diferencial neste momento de mudanças e transformação, com atores cada vez mais novos no mercado. “Estamos focando em como as cooperativas precisam estar preparadas do ponto de vista de gestão e governança para se manter sustentáveis”, explica.
INOVAÇÃO
Segundo o superintendente corporativo executivo do Sistema Ocesp, Aramis Moutinho Jr., foi muito importante que o evento tenha focado no negócio e inovação. “O objetivo principal dos debates promovidos foi mostrar que as cooperativas precisam estar atentas às mudanças do mercado e à sua identidade cooperativa, que é um grande diferencial”, ressalta.
Para o superintendente, é fundamental que as cooperativas percebam o que tem sido feito no mercado de Transporte, especialmente na atenção ao cliente. “Nós vemos que a concorrência tem conseguido uma fatia grande do mercado ao focar no cliente e na experiência oferecida para melhorar o negócio. É cada vez mais necessário perceber o que o cliente quer e valorizar o público, seja no transporte de passageiros ou no de cargas.
AVALIAÇÃO
Segundo a presidente da cooperativa Extremo – Viagens e Turístico, Paola Arruda, esse evento é muito importante por abrir a mente dos participantes. “Nós aqui estamos vendo a inovação. Neste ramo do transporte, que está focado em tecnologia no mundo todo, é importante estarmos a frente disso tudo, acompanhando as inovações”, ressalta.
De acordo com o diretor do ramo Transporte da Ocesp, Murilo Karapetcov, é um momento marcante por ressaltar a importância do cooperativismo de Transporte. “Para o Conselho Consultivo, é importante perceber e enxergar durante este evento o crescimento de nosso setor, a forma como ele está em evidência em todo o mundo”, afirma. (Com informações das assessorias de imprensa da Ocesp e da Ocepar)
Brasília, 17/10/2018 – A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados aprovou hoje quatro propostas de emendas do setor agropecuário ao Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2019. As propostas serão encaminhadas para a Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização (CMO), que também deverá examinar e emitir parecer sobre o PLOA-2019 até o final deste ano legislativo.
Durante a votação das propostas, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e outras entidades do setor agropecuário manifestaram apoio à inclusão de emenda de acréscimo de R$ 150 milhões ao orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), aos R$ 450 milhões já previstos no texto original. O objetivo da emenda, proposta pelo deputado Sergio Souza (PR), é garantir que a previsão de R$ 600 milhões ao PSR anunciada pelo governo no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019, estará prevista no Orçamento.
A comissão também aprovou a recomposição do orçamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), com acréscimo de R$ 358 milhões do orçamento público para esta finalidade. A proposta foi fruto de sugestão da OCB, tendo sido apresentada por diversos deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), dentre eles, os deputados Evair de Melo (ES), Luis Carlos Heinze (RS), Zé Silva (MG) e Heitor Schuch (RS), dada a importância do programa para o fomento das cooperativas formadas por agricultores familiares.
Outras duas emendas, “fomento ao setor agropecuário”, para compras de máquinas e equipamentos agrícolas; e “assistência técnica e extensão rural”, que também devem promover e fomentar sobremaneira as cooperativas agropecuárias.
De forma mais detalhada, as emendas aprovadas pela Comissão de Agricultura foram:
- Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar, para a Secretaria da Agricultura Familiar (Sead/CC), no valor de R$ 300 milhões, com o objetivo de melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias do campo através do aperfeiçoamento do sistema de produção, de mecanismos de acesso a recursos, serviços e renda de forma sustentável.
- Fomento ao Setor Agropecuário, para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no valor de R$ 300 milhões, com o objetivo de incentivar a produção agropecuária de pequeno e médio porte, por meio da aquisição e fornecimento de máquinas e equipamentos agrícolas e de processamento agroindustrial; e pela realização de obras agropecuárias de desenvolvimento rural; estradas vicinais, dentre outros.
- Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no valor de R$ 300 milhões, com o objetivo apoiar financeiramente produtores que desejem proteger suas lavouras contra riscos climáticos adversos.
- Aquisição e Distribuição de Alimentos da Agricultura Familiar, para o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no valor de R$ 358 milhões, para a promoção e comercialização de produtos da agricultura familiar pelo poder público voltada para a segurança alimentar e nutricional brasileira, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Tramitação – Enviado pelo Poder Executivo no dia 31 de agosto ao Congresso Nacional, o Projeto de Lei Orçamentária para 2019 deve, agora, ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento, que deverá consolidar todas as propostas enviadas por comissões, bancadas e parlamentares.
Brasília (1º/10/18) – No cooperativismo, mais de 14 milhões de pessoas acreditam no poder da cooperação. Trabalhando juntos e unindo forças, as cooperativas têm muito mais conquistas para dividir. Um bom exemplo disso é grande presença das cooperativas na lista das 1000 maiores e melhores empresas do país, segundo o ranking da Revista Exame.
A relação mostra que o desenvolvimento profissional, a preocupação com o cooperado e com a sociedade e, também, o investimento em inovação e tecnologia são ingredientes indispensáveis na receita de sucesso.
“Quando vemos que a lista das 1000 maiores e melhores empresas do país conta com 66 cooperativas, sendo que quatro delas aparecem entre os 100 primeiros colocados, temos a certeza de que resultados como esse só são possíveis quando há o comprometimento dos cooperados. Eles são a razão de ser de uma cooperativa e os grandes responsáveis pelo sucesso que o trabalho duro, responsável e ético pode gerar. Parabéns a todas as cooperativas listadas nesse ranking”, comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Além da lista das 1000 maiores e melhores, na qual constam os nomes de representantes de cinco ramos do cooperativismo (Saúde, Transporte, Agropecuário, Crédito e Consumo), a revista Exame elenca as melhores ou maiores em indicadores como vendas e exportação e, ainda, em segmentos como bancos e empresas de saúde, com base em índices de crescimento, rentabilidade, participação de mercado e produtividade por empregado.
Confira as cooperativas que fazem parte da lista
Lista completa: clique aqui.
Brasília (2/10/18) – Estão abertas as inscrições para o 2º Seminário Jurídico do Sistema OCB que ocorrerá no próximo dia 18/10, na Casa do Cooperativismo, em Brasília. O evento contará com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que falará sobre a Constituição de 1988, suas conquistas democráticas e alguns aspectos do cooperativismo.
O seminário é destinado a advogados das organizações estaduais e também das cooperativas brasileiras. O evento tem vagas limitadas e, para participar, basta se inscrever, clicando aqui.
PROGRAMAÇÃO
Além do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, o seminário também contará com a participação do ex-ministro da Controladoria Geral da União (CGU) Valdir Simão e o chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias (DESUC) do Banco Central do Brasil, Harold Paquete Espínola Filho, que falarão sobre compliance aplicado ao cooperativismo.
No período da tarde, o evento tratará dos aspectos da tributação de cooperativas, com opiniões e análises de especialistas das áreas de Direito Tributário e Direito Constitucional, conduzidos, respectivamente, pelos advogados Roberto Quiroga Mosqueira e Saul Tourinho Leal.
O encerramento fica por conta da professora de Direito Empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mônica Gusmão, que abordará os reflexos da recente reforma trabalhista para as sociedades cooperativas. Os debates ficarão a cargo de assessores jurídicos ligados às Unidades Estaduais do Sistema OCB, Mario De Conto (Ocergs), Micheli Iwasaki (Ocepar) e José Henrique Vigo (Fecoop Centro-Oeste e Tocantins).
Brasília (4/10/18) – Está chegando a hora de o povo brasileiro participar de um dos momentos mais importantes para o futuro do país: as eleições para presidente da República, governadores e deputados, incluindo os federais. O primeiro turno está marcado para o próximo domingo, 7/10 e, com isso, nada melhor do que ser protagonista na construção do futuro que queremos e merecemos.
É por isso que a nova edição da revista Saber Cooperar, produzida pelo Sistema OCB, traz o processo eleitoral deste ano como o destaque principal. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, exercer o voto com responsabilidade e comprometimento com a causa cooperativista é apenas um dos deveres de um cooperado.
“Além de exercer o direito ao voto, é fundamental que nós, enquanto cidadãos, acompanhemos o trabalho daqueles em quem depositamos a nossa confiança. Essa atuação é que vai certificar que nossa escolha foi a melhor possível”, enfatiza a liderança cooperativista.
Aliás, votar é algo que é costumeiro do ambiente cooperativista e, por isso, a participação de todos aqueles que já conhecem o valor da cooperação deve ser ativa e consciente. “No cooperativismo aprendemos desde sempre o valor do voto. Só conseguimos que a cooperativa seja do tamanho do nosso sonho quando participamos das assembleias e nos fazemos ouvir. Nas eleições deste ano vale o mesmo princípio: só será ouvido que for às urnas para votar em candidatos comprometidos com as mesmas causas que fazem nossos corações baterem mais forte”, comenta o presidente do Sistema OCB.
COOPERATIVISMO E ELEIÇÕES
Além do conteúdo da revista Saber Cooperar, confira ainda os vídeos e a cartilha da série Cooperativismo e as Eleições 2018. Clique aqui.
Brasília, 17/10/2018 – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou hoje o Projeto de Lei (PL) 9.044/2017, que obriga a imposição de restrições à importação de leite originado de países que não adotam regras de proteção ambiental similares às normas brasileiras. A matéria segue para análise do Senado Federal.
O projeto, de autoria conjunta dos deputados Evair de Melo (ES), Sergio Souza (PR) e Zé Silva (MG), representantes da Diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), busca dar maior segurança à produção nacional de leite, que tem sofrido com a volatilidade do mercado internacional, que muitas vezes, impõem condições desiguais entre os produtos lácteos brasileiros em relação aos demais.
O novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) já autoriza a imposição de sanções à importação de bens agropecuários cuja produção seja incompatível com a lei ambiental brasileira. Mas o argumento para a modificação é que esse caráter autorizativo tornou a sanção inócua e, por isso, seria necessário obrigar as restrições no caso de importação de leite.
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é favorável ao projeto, por se tratar de medida que busca dar maior segurança jurídica e justiça ao mercado de leite e derivados brasileiro. Atenta ao tema, a OCB participa de diversas frentes com o objetivo de sanar as atuais assimetrias no mercado internacional de lácteos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem (10/10/2018), durante uma reunião com representantes do Ramo Infraestrutura do Sistema OCB, a redução do montante necessário para contratação direta de financiamentos junto a instituição, o valor passou de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões. A decisão vai beneficiar as cooperativas de todo o país, que necessitam de recursos para impulsionar novos projetos e ampliar a produção.
Desde de 2017, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) iniciou um trabalho junto ao BNDES para a adequação das linhas de crédito em diversos ramos do cooperativismo, com o objetivo de melhorar as condições de captação de investimentos e capital de giro, e dentre os principais pleitos estava a redução do montante de recursos necessários para o relacionamento direto com o banco de fomento. A medida representa um avanço para o cooperativismo, um modelo de negócio que busca promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar social para as comunidades em que se inserem.
“A iniciativa permitirá que as cooperativas melhorem ainda mais o serviço prestado aos seus cooperados como, por exemplo, a construção de subestações necessárias para a melhoria da tensão das linhas de distribuição nos pontos mais distantes. Esse tipo de projeto diminui perdas, uma vez que permite uma distribuição de energia com qualidade a um preço menor”. Jânio Stefanello, coordenador nacional do ramo de infraestrutura da OCB e presidente da Infracoop.
Para Clara Maffia, gerente técnica da OCB, “a redução dos valores permitirá que mais cooperativas, de todos os ramos, acessem recursos diretamente no BNDES, com taxas mais atrativas, aumentando assim a competitividade das mesmas. Isso é fruto de um trabalho estruturado de relacionamento com a instituição”.
dições de acesso a financiamento direto