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A presidente Dilma Rousseff se reúne hoje com os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), para apresentar a decisão sobre os vetos ao Código Florestal, antes do anúncio oficial, que será feiro às 14h, em entrevista coletiva. O prazo para a presidente decidir se sanciona ou veta o texto se encerra hoje.
O texto, aprovado pela Câmara no fim de abril, deixou de fora pontos que haviam sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que, após a reunião com líderes do governo, vai sugerir que a presidente reúna todos os líderes partidários para apresentar a proposta antes do anúncio oficial.
Ontem, o vice-presidente Michel Temer adiantou que a presidente fará apenas vetos parciais ao texto, mas não informou quais pontos serão derrubados.
Desde a aprovação do texto pela Câmara, organizações ambientalistas e movimentos sociais pedem o veto integral ou de partes do texto. Entre os pontos polêmicos da nova lei estão a possibilidade de anistia para atividades agropecuárias iniciadas até 22 de julho de 2008 em áreas de preservação permanente (APPs) e mudança nos parâmetros para definição dessas áreas
O Blog do Planalto transmitirá ao vivo a entrevista coletiva.
(Fonte: Agência Brasil, com informações Blog do Planalto)
Fernanda Cassel e Telma Souza têm em comum uma convicção: “as mulheres estão elegendo as cooperativas como resposta às suas necessidades econômicas e sociais”. E mais do que isso, elas estão procurando se profissionalizar para ganharem mais espaço, abrindo caminhos para que mais colegas possam ter oportunidades e privilégios. Fernanda , da Unicred Santa Catarina e Telma do Sicoob Central Nordeste, representaram o público feminino no primeiro módulo do Curso de Formação de Conselheiros de Cooperativas de Crédito (Formacred), promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), ao lado de outros 21 colegas.
Telma diz não querer perder tempo: “Temos que estar preparadas para as oportunidades que estão aí, esperando por nós, e o curso nos deu subsídios fundamentais para executar nossas tarefas. Além disso, estou orgulhosa por fazer parte do público feminino que vem aumentando no cooperativismo brasileiro”. Segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as mulheres que trabalham em cooperativas chegam a 52%, enquanto os homens representam 48%.
O Formacred faz parte do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), do Sescoop. A capacitação foi divida em dois grupos. O primeiro participou da formação entre os dias 16 e 18/5. O segundo grupo concluiu as atividades nesta sexta-feira (25/5), no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília (DF). Os próximos módulos do Formacred já estão previstos e deverão ser realizados nos meses de junho, agosto, setembro e novembro de 2012. Ao final das 96 horas, os participantes serão certificados pelo Sescoop.
A Comissão de Agricultura do Senado Federal (CRA) realizou, nesta quinta-feira (24), audiência pública com o objetivo de debater e aperfeiçoar a instrução do texto do Projeto de Lei do Senado nº 3 de 2007, que dispõe sobre as sociedades cooperativas. O projeto tem por objetivo substituir a Lei nº 5.764, de 1971, atual norma disciplinadora do cooperativismo e está tramitando apensado ao PLS 153/2007, de autoria do senador Eduardo Suplicy (SP). O Sistema OCB esteve representado na audiência pelo presidente Márcio Lopes de Freitas, acompanhado de sua assessoria; pelo presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vergílio Perius; o assessor especial e ex-ministro dos Transportes, Odacir Klein; além do coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Na opinião do presidente Márcio Lopes de Freitas, a audiência pública superou as expectativas, trazendo resultados extremamente positivos no que diz respeito à modernização da lei nº 5.764/71. “O cooperativismo precisa de uma legislação atualizada. Não podemos negar que grandes avanços foram conquistados ao longo dos anos, porém, a nossa legislação atual possui aspectos ultrapassados e que precisam ser revistos para garantir a sustentabilidade e o crescimento contínuo do movimento”, afirmou. Segundo Freitas, é necessário que o texto do projeto de lei preserve o que é essencial às cooperativas, agregando melhorias com o intuito de incentivar, cada vez mais, o desenvolvimento de um setor que hoje é responsável por uma transformação social inegável.
O posicionamento do dirigente foi consenso entre todos os presentes. A senadora Ana Amélia, requerente da audiência, ressaltou as características que fazem do cooperativismo um movimento transformador e defendeu: “É preciso um pouco mais de igualdade” no tratamento dado às cooperativas e às empresas comerciais. Roberto Rodrigues enfatizou: “O cooperativismo é uma doutrina, que visa corrigir o social pelo econômico. A ferramenta dessa doutrina é a cooperativa”, e ressaltou a necessidade de o movimento se fortalecer cada vez mais. Para o presidente da CRA e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), senador Waldemir Moka, “esta é a hora de estabelecer uma convergência para a elaboração de um texto possível de ser aprovado. Segundo o senador, o projeto aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) não atende às demandas das entidades envolvidas.
Presente à audiência, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, também defendeu a necessidade de simplificar o processo de constituição de cooperativas, especialmente para os pequenos produtores da agricultura familiar. “Hoje, o sistema é desestimulador e extremamente burocrático para os mais pobres. Mesmo cooperativas já constituídas encontram assimetria competitiva em relação às empresas comerciais em razão do ato cooperativo, que é pouco representativo. A questão tributária também é urgente. Precisamos de uma grande simplificação do processo”, pontuou.
Sessão solene – A senadora Ana Amélia aproveitou a oportunidade para anunciar que no dia 6 de julho será realizada, no plenário do Senado, uma sessão especial em comemoração ao Ano Internacional do Cooperativismo. Ana Amélia destacou, ainda, os senadores buscarão, até a data, construir o consenso para modernizar a legislação que rege as cooperativas.
(Com informações - Agência Senado)
Reconduzido ao cargo pela nova diretoria eleita no dia 26 de abril, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, acredita que as mudanças implantadas no modelo de governança vão contribuir para o aprimoramento do trabalho da entidade. “A estrutura foi modificada, de Conselho para Diretoria, na qual os cooperados estão representados por meio das Organizações das Cooperativas dos Estados.
Tais ações vão levar ao fortalecimento institucional no sentido de ampliar e fortalecer a representatividade e a capacidade de agregação de interesses cooperativos, promovendo ações para aprimorar o modelo de governança e gestão do sistema cooperativista no aspecto de representação, reforçando a prática da boa governança com ética, transparência e equidade, também no processo eleitoral”, afirmou. Ele lembra que as alterações foram feitas a partir da aprovação do novo estatuto social da entidade, em março, atendendo a um dos objetivos do Plano Estratégico e do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo.
Novos diretores - No novo formato, as estruturas de gestão e diretiva foram separadas, sendo que a diretoria passou a ter cinco membros efetivos e cinco suplentes, representando cada região geográfica do país. Os efetivos eleitos em abril foram o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, o presidente da OCB/CE, João Nicédio Alves Nogueira, o presidente da OCB/AM, Petrucio Pereira de Magalhães Junior, o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, e o presidente da OCB/MS, Celso Ramos Régis. Eles têm como suplentes Marco Antonio Zordan (Ocesc); André Pacelli Bezerra Viana (OCB/PB); Ricardo Benedito Khouri (OCB/TO); Haroldo Max de Sousa (OCB/GO) e Esthério Sebastião Colnago (OCB/ES).
Desafios - No entendimento do presidente da OCB, as ações voltadas à intensificação da representação política do setor estão entre os principais desafios da nova diretoria. “Esperamos uma Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo) mais forte e atuante, tendo em vista a diversificação do cooperativismo e seu crescimento, que contribuem para sua presença em vários os setores de nossa economia e atividades sociais, proporcionando uma maior pressão de outros segmentos”, ressaltou Freitas.
Para ele, também é necessário aumentar a integração regional dentro do sistema. “Isso, em face da amplitude de atuação, diferenças regionais e culturais e abrangência em todo o território nacional. O objetivo é obtermos um planejamento sistêmico para integrar a diversidade dos ramos cooperativos”.
Desafio institucional – A defesa institucional foi outro ponto apontado por Freitas como norteador das ações da OCB dentro desse novo modelo de governança. “Por sermos hoje 6.500 cooperativas e 13 ramos de atuação, abrangendo mais de 10 milhões de cooperados, constituímos uma força que precisa ser cada vez mais fortalecida e, assim, passamos a ter, tanto na CNCoop (Confederação Nacional das Cooperativas), nosso braço sindical, quanto na Frencoop e nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) importantes instrumentos de suporte, defesa e fortalecimento”, frisou.
Capacitação – Para Lopes, o fomento e a capacitação também se mantêm como uma das prioridades do Sistema OCB, com a presença do Sescoop em todos os estados e através de uma atuação sistêmica. “Assim, teremos a promoção e o desenvolvimento do cooperativismo de forma integrada e sustentável por meio da formação profissional, de promoção social e do monitoramento das cooperativas, respeitando sua diversidade, contribuindo para sua competitividade e melhorando a qualidade de vida dos cooperados, empregados e familiares. Esta é nossa missão e um desafio constante”, disse.
Ano Internacional – De acordo com ele, a implantação do novo modelo de governança da OCB está apenas começando, com muita expectativa dos demais dirigentes cooperativistas em relação aos resultados práticos, o que deve ocorrer gradualmente, a medida em que o processo for se consolidando. Para Lopes, além de desafiadora, a mudança ocorre num momento especial, com o mundo todo celebrando o Ano Internacional das Cooperativas.
“A OCB e, por consequência, o cooperativismo brasileiro, tem evoluído de forma crescente gerando mais segurança quanto aos processos, forma de atendimento, busca de resultados, sustentabilidade tendo, assim, o reconhecimento da sociedade. Nesta caminhada, a governança tem se constituído um desafio, face se tratar de um processo que demanda tempo, amadurecimento e envolve todo o Sistema”, afirmou.
“Por essas razões, o novo modelo de governança da OCB vem suprir anseios e se inicia num bom momento como este, quando se comemora o Ano Internacional das Cooperativas, e fica explícito que a maturidade do cooperativismo brasileiro acompanha o que vem acontecendo no mundo de forma consciente e responsável”, completou o presidente da OCB.
(Fonte: Ocepar)
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou para o dia 31 de maio o VEP do milho (Valor de Escoamento de Produto). Serão disponibilizadas 30 mil toneladas do produto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Mapa. A portaria autorizando a operação foi publicada nesta semana no Diário Oficial da União (DOU) e incluiu as indústrias de ração como adquirentes, além de produtores e cooperativas.
As regiões beneficiadas são Nordeste, norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além da região Norte, exceto os estados de Rondônia, Pará e Tocantins. O volume estipulado é de 500 mil toneladas (t) e o limite de até mil toneladas/mês por adquirente. A medida tem o propósito de manter abastecido o mercado, especialmente nos estados afetados pela estiagem e pelas cheias.
O que é o VEP: Valor de Escoamento de Produto (VEP) - é um leilão de venda de estoque público. Neste caso, o governo paga uma subvenção, chamada de prêmio, para que o produto seja escoado para uma região determinada, com dificuldade de abastecimento.
(Fonte: Mapa)
Alinhar o plano de trabalho e discutir estratégias para as proposições prioritárias do sistema cooperativista nos próximos meses. Esse foi o objetivo da reunião da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), realizada nesta quarta-feira (23/5) na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Além da participação de parlamentares integrantes da Frencoop e de seus assessores, a reunião contou com a presença do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, e da gerente de relações institucionais da entidade, Tânia Zanella.
Dando início às atividades, o presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka (MS), indicou o deputado Marcos Montes (MG) para assumir o cargo de Coordenador Político da Região Sudeste, antes ocupado pelo atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Desta forma, o deputado Marcos Montes passa a direcionar as atividades da Frencoop junto aos estados do Sudeste, que atualmente possui cerca de 4,7 milhões de pessoas associadas em mais de 2.300 cooperativas.
Em seguida, os parlamentares debateram estratégias de atuação para o Projeto de Lei do Senado (PLS) 03/2007, que altera a Lei Geral do Cooperativismo (Lei 5.764/1971). Durante esta semana, a matéria em referência será debatida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado e contará com a participação de Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura; Odacir Klein, ex-ministro do Transporte; e de Vergílio Perius, presidente da Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado do Rio Grande Do Sul (OCERGS).
Outro tema tratado durante a reunião foi o Projeto de Lei (PL) 1.572/2011, que cria o novo Código Comercial. A proposta, que tem o objetivo de sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas, atualmente tramita em comissão especial da Câmara. A intenção da Frencoop é atuar junto ao Sistema OCB na comissão para retirar do texto do projeto os artigos que mencionam o cooperativismo, de forma que o setor continue sendo regulamentado pela legislação própria.
A reunião também serviu para ressaltar a importância da aprovação de outros temas fundamentais para o sistema cooperativista como o PL 4.622/2004, que regulamenta as cooperativas de trabalho, e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 271/2005, que dispõe sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.
O encontro contou com a presença do Senador Waldemir Moka (MS); e dos deputados Alceu Moreira (RS), Arnaldo Jardim (SP), Dilceu Sperafico (PR), Edinho Bez (SC), Giovani Cherini (RS), Lelo Coimbra (ES), Luis Carlos Heinze (RS), Marcos Montes (MG), Osmar Serraglio (PR), Paulo Piau (MG), Reinaldo Azambuja (MS) e Raimundo Gomes de Matos (CE).
"Outros 22 conselheiros fiscais e de administração deram início nesta quarta-feira (23/5) ao primeiro módulo do Curso de Formação de Conselheiros de Cooperativas de Crédito (Formacred), previsto no Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Eles fazem parte da primeira turma, que foi dividida em dois grupos. O primeiro participou da formação entre os dias 16 e 18/5. O segundo grupo permanece reunido no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília (DF) de hoje até sexta-feira (25/5).
Concebido para atender a uma demanda do Conselho Especializado do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco/OCB), e do Banco Central do Brasil (BC), para que fossem desenvolvidos programas de capacitação e treinamento de dirigentes e empregados das cooperativas de crédito, o Formacred tem como objetivo oferecer formação de qualidade a conselheiros de Administração e Fiscal, contribuindo para o processo de desenvolvimento, profissionalização e aumento da competitividade desses empreendimentos frente ao sistema financeiro nacional.
O primeiro módulo, conduzido pelo instrutor Inocêncio Oliveira, traz uma abordagem comportamental, Segundo o gerente geral de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop, Maurício Alves, “a participação dos alunos será imprescindível para validar esse programa de formação, que visa atender às demandas do ramo crédito e às expectativas apontadas pelo próprio Banco Central, de contínuo desenvolvimento e fortalecimento das cooperativas de crédito brasileiras”.
Os próximos módulos do Formacred já estão previstos e deverão ser realizados nos meses de junho, agosto, setembro e novembro de 2012. Ao final das 96 horas, os participantes serão certificados pelo Sescoop.
"“O leite é um produto extremamente importante para a população. São necessárias políticas públicas específicas para as cooperativas de laticínios. Precisamos discutir uma agenda emergencial para avaliar a eficácia das atuais políticas e propor soluções ao governo federal”, defendeu o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, na abertura da Reunião Ordinária da Câmara do Leite OCB/CBCL, realizada nesta quarta-feira (23/5), em Brasília. O encontro contou com as presenças do senador da República e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Waldemir Moka; do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho; do diretor do Departamento de Agregação de Valor e Renda do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Aroldo Campos; além do coordenador da Câmara, Vicente Nogueira Netto e demais parlamentares.
Reunindo líderes cooperativistas do setor lácteo de todas as regiões do Brasil, o encontro promoveu discussões relevantes sobre as perspectivas do mercado para as cooperativas de laticínios do país. Foram abordados, também, temas referentes à produção primária – a chamada “produção dentro da porteira”. Após apresentar um breve resumo sobre a produção brasileira de lácteos, ressaltando as dificuldades vivenciadas ao longo do tempo, o senador Waldemir Moka enfatizou o desempenho da balança comercial, que vem aumentando exponencialmente a quantidade de leite importada. “Por não termos tradição produtora, a moeda de troca do Brasil passou a ser a importação desses produtos. Precisamos mobilizar o Congresso para uma reflexão sobre essa realidade e adoção de medidas que resolvam o problema. O Brasil tem competência para se tornar um dos maiores exportadores de leite, nos moldes do que já acontece com a carne e os grãos”, pontuou.
O ministro Mendes Ribeiro destacou que o Mapa está discutindo com o governo uma forma de promover o avanço das cooperativas no que diz respeito a uma política geral. “Este trabalho precisa ser integrado. Estamos no Ano Internacional das Cooperativas e temos, na Rio +20, as cooperativas como um ponto fundamental do desenvolvimento sustentável dentro do Brasil”, garantiu.
A posição do MDA foi colocada pelo diretor Arnoldo Campos, que destacou: “a conjuntura interna é desafiadora. Enquanto a agricultura familiar vem crescendo cada vez mais, impulsionando a produção leiteira no país, temos um cenário externo puxando nossa economia para baixo. E assim será pelos próximos anos”. Campos ressaltou que é extremamente necessária a movimentação e organização do setor para travar esta guerra e realçou que o MDA está à disposição, inclusive, para ajudar na elaboração de um acordo com o Uruguai. “Estamos disponíveis para insistir nisso. Porém, as importações são apenas um dos problemas enfrentados. Precisamos de uma agenda emergencial, com medidas que possam ser implementadas ainda no segundo semestre deste ano”, frisou.
Na sequência, o coordenador Vicente Nogueira realizou uma apresentação intitulada “Perspectivas de mercado para as cooperativas de laticínios”, na qual explanou as dificuldades vividas pelos produtores cooperados e apontou os principais números referentes à atual situação do setor. E resumiu: “Temos verdadeiramente que agir de forma conjunta. O cooperativismo precisa traçar sua estratégia, saber onde e como quer chegar. As cooperativas precisam se unir para crescer”.
O resultado das discussões realizadas durante a Reunião Ordinária da Câmara do Leite OCB/CBCL serão compilados ao final do encontro, que se estende até o fim da tarde desta quarta-feira, e posteriormente entregue às autoridades presentes, que se comprometeram a avaliar as demandas e dar início às ações pertinentes.
"Dando continuidade à elaboração de estratégias para alterar projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados para construção do novo Código Comercial, o Sistema OCB participou de duas audiências nesta terça-feira (22/5) – com os deputados Reinaldo Azambuja (MS) e Marcos Montes (MG), integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). O texto proposto tem por objetivo sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações entre pessoas jurídicas. Em um dos capítulos, entretanto, as cooperativas são inseridas, de forma descaracterizada. “Nosso objetivo junto à Comissão Especial na qual o projeto tramita é retirar do texto os artigos que mencionam o cooperativismo, de forma que continuemos a ser regulamentados pela legislação própria”, explica a gerente de Relações Institucionais da OCB, Tânia Zanella, referindo-se à Lei nº 5.764/71.
No início deste mês, em outra audiência, com o deputado Junji Abe (SP) – vice-presidente da Comissão Especial que analisa o PL 1.572/11, o Sistema OCB conquistou o compromisso do parlamentar em defender o posicionamento do movimento cooperativista. Desta vez, segundo Tânia, não foi diferente: “Os deputados estão dispostos a batalhar pela alteração. Por conhecerem a fundo o tema, concordam que, de fato, o texto descaracteriza o cooperativismo, prejudicando o ato cooperativo em si. Tanto o deputado Azambuja quanto o deputado Marcos Montes se colocaram à disposição para nos apoiar na discussão das alterações em audiências públicas, junto aos relatores e ao autor do projeto”.
PL 1.572/2011 - De autoria do deputado Vicente Candido (SP), o projeto agrega 670 artigos, divididos em cinco livros. A proposta do novo código tem o objetivo de sistematizar e atualizar a legislação sobre as relações empresariais entre pessoas jurídicas. Entre outros assuntos, trata da denominação empresarial, de títulos eletrônicos e do comércio na internet. Depois de aprovada na Comissão Especial, a matéria segue para análise do Plenário da Câmara.
Nesta quarta-feira (23/5), a Organização das Cooperativas Brasileiras sedia encontro da Câmara de Leite para o qual os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, são convidados. O objetivo é alinhar um pacote de políticas e estratégias a serem adotadas, juntamente com os órgãos do Executivo, para contornar os impactos vividos pelas cooperativas de laticínios, em decorrência da crescente importação de leite do país vizinho, Uruguai. A expectativa é reunir cerca de 60 pessoas, entre líderes cooperativistas, representantes do setor lácteo e parlamentares.
Nos últimos 12 meses, a produção brasileira caiu 2%, sendo que, na média dos últimos vinte anos, registra-se um crescimento constante de 5,5% ao ano. Paralelo a essa realidade, o consumo de leite no país não reduziu. Pelo contrário, tem aumentado cada vez mais. Porém, nos últimos meses, esse crescimento está baseado nas importações.
Segundo levantamentos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a quantia importada de leite em pó do Uruguai, apenas nos primeiros quatro meses de 2012, foi de 15,3 mil toneladas – correspondendo a uma média diária de 1,1 milhão equivalente litros de leite. Já o queijo, proveniente de outro país vizinho, a Argentina, totalizou no mesmo período 88,8 mil toneladas – correspondendo a uma média diária de 740 mil equivalente litros de leite. Apenas esses dois produtos, somados, totalizam 1,8 milhão equivalente litros de leite importados por dia.
A reunião contará, ainda, com a presença do Deputado Paulo Piau (MG), relator do projeto do novo Código Florestal Brasileiro no Congresso Nacional, que aguarda sanção presidencial. Piau fará uma apresentação aos líderes do setor lácteo sobre as mudanças na legislação, seguida de um debate entre os presentes.
Números – De acordo com dados do IBGE, o setor lácteo brasileiro é composto por aproximadamente 1,3 milhão de produtores, dos quais cerca de 70% são considerados de pequeno porte. O número de pessoas envolvidas diretamente pelo segmento (famílias de produtores) chega a 5,3 milhões, sem contar os demais atores envolvidos no processo industrial. Esses números indicam que pelo menos 3% da população brasileira depende, em algum grau, da produção de leite.
"Proveniente da Medida Provisória 549/2011 (PLV 7/2012, no Senado Federal), a Lei 12.649, sancionada hoje (18/5), possibilita as cooperativas de radiotáxi excluir da base de cálculo da PIS e do COFINS: os valores repassados aos cooperados; os valores das receitas de bens e serviços repassados aos associados; e as despesas financeiras decorrentes de empréstimos contraídos para cooperados.
Além disso, também foi inserida a remissão das dívidas tributárias dessas cooperativas, envolvendo os valores principais, os juros e as multas.
Com a desoneração, o governo federal estima uma renúncia de receitas em torno de R$ 161,99 milhões em 2012 e de R$ 178,80 milhões em 2013.
"Foi aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 422/2007, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelecendo a obrigatoriedade da inclusão de exames odontológicos nas consultas de saúde ocupacional, executados por profissionais odontólogos, nos trabalhadores admitidos em empresas com mais de 100 empregados. A proposta, que integra a Agenda Legislativa do Cooperativismo 2012, demonstra a importância um acompanhamento odontológico periódico do empregado, uma vez que este se reverte em conseqüências positivas para tanto para o trabalhador, seu estado psicológico e sua atividade na comunidade, quanto para a empresa.
O Gerente do Ramo Saúde da OCB, Rogério Santos, explica que importância do exame periódico odontológico do trabalhador tem sido negligenciada por empresários e órgãos reguladores, fato que não se justifica, visto que com o acompanhamento odontológico devido está comprovada a diminuição do absenteísmo e aumento de produtividade dos trabalhadores, o que contribui para a melhora no desempenho das empresas.
A matéria segue agora para deliberação da Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), antes de ser analisada pelo Senado Federal.
O Sistema OCB participou, na manhã de hoje (18/5), da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM), que contou com representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai na Agrobrasília 2012. Na oportunidade, foi discutida a promoção da intercooperação no âmbito do Mercado Comum, enfatizando a importância do processo de integração regional para o desenvolvimento econômico e social dos países. Os participantes ressaltaram ainda que o cooperativismo desempenha papel central neste processo e, para tanto, apontaram como ações fundamentais, o desenvolvimento de um marco regulatório adequado, o engajamento dos governos na promoção de políticas públicas voltadas ao setor e o fortalecimento da educação cooperativista.
Em seguida, os expositores apresentaram a RECM e os projetos desenvolvidos pela Reunião Especializada, que tem por objetivo promover o cooperativismo no âmbito do Mercosul. Com o apoio da Agência de Cooperação Espanhola (AECID), a RECM desenvolve o Procoopsur, projeto que engloba diversas ações, como a criação de uma oficina de negócios e do observatório do cooperativismo, além do desenvolvimento de processos formativos.
Intercooperação - Como modelo de intercooperação, foi apresentada uma experiência pioneira entre as cooperativas de catadores de material reciclável do Rio Grande do Sul com a Cooperativa Industrial Maragata (Coopima), no Uruguai. A chamada Cadeia Binacional do PET trata-se de um acordo bilateral que envolve um núcleo de triagem, limpeza e prensagem de garrafas Pet (etapa 1), para processamento do material em flocos (etapa 2), ainda no Brasil. Posteriormente, os flakes são enviados ao Uruguai para processamento em fibra (etapa 3) e, de lá, retornam ao Brasil para transformação em fios e tecidos por cooperativas têxteis de Minas Gerais (etapa 4). Ao final, os tecidos retornam ao Rio Grande do Sul a fim de que artesãos, costureiras e tecelãs produzam os mais diversos produtos, desde sacolas retornáveis, até sapatos e utensílios diversos.
Discutir o destino dos resíduos orgânicos da produção agropecuária é o grande objetivo do workshop “Eficiência energética e reciclagem de materiais residuais na agricultura e indústria”, que ocorre nos dias 18 e 19, em Porto Alegre (RS). A iniciativa, do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Rio Grande do Sul (Sescoop/RS), faz parte do Projeto de Cooperação Bilateral do Sescoop/RS com a DGRV (Central das Cooperativas da Alemanha).
Uma das diretrizes do projeto é a troca de tecnologia e know-how entre os países. O analista de mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato, vai representar a instituição no evento. Segundo ele, “o workshop será uma oportunidade de trocar informações e adquirir conhecimento sobre tecnologias de aproveitamento de resíduos orgânicos dos diferentes processos produtivos como fonte de energia e também para minimizar impactos ambientais”.
Ele explicou que a atividade produtiva das cooperativas agropecuárias da Região Sul são grandes geradoras de resíduos orgânicos. “As cooperativas estão se unindo para debater e encontrar alternativas que possam transformar os passivos (resíduos orgânicos altamente poluentes) em ativos, como o biogás”, avalia. Essa energia, segundo ele pode ser aproveitada no próprio processo produtivo ou até comercializada.
Além da sustentabilidade, o workshop tratará de aspectos econômicos do aproveitamento de resíduos. O evento contará com renomados profissionais da Alemanha e do Brasil, especialistas em engenharia industrial, mecânica, civil, química, de abastecimento, ambiental e agrônoma. As palestras terão temas como a situação e perspectivas do uso da bioenergia no Rio Grande do Sul, combustíveis alternativos produzidos a partir de biomassa e comércio de emissões de carbono.
Ma informações pelo telefone (51) 3323-0076 ou e-mail
A gestão do Sistema OCB e o alinhamento institucional e estratégico dos planos e projetos prioritários da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) estiveram em pauta durante o Encontro de Superintendentes, ocorrido em Brasília/DF, ontem (16/05) e hoje (17/05). A iniciativa da unidade nacional do Sescoop visou alinhar conceitos e ações em torno de temas relevantes para o Sistema, fortalecendo, assim, o processo de cogestão estratégica, bem como buscando uma maior integração e aproximação do grupo.
Para o superintendente nacional do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos, os objetivos do encontro foram alcançados em sua plenitude. “Tivemos momentos extremamente importantes onde todos puderam manifestar suas opiniões e efetivamente colaborar com a construção de uma gestão mais participativa, na qual os estados e a unidade nacional tenham uniformidade nas ações”, destacou.
Durante os dois dias, os participantes discutiram diversos aspectos do modelo de gestão sistêmica, reforçando alguns pontos que devem ser aprimorados no sentido de potencializar as ações já previstas pelos planejamentos estratégicos das organizações. Ainda, as duas superintendências da unidade nacional, Sescoop e OCB, apresentaram todos os projetos em execução e em andamento.
A participação das unidades estaduais no encontro foi muito satisfatória, o que para Rosania Franco Ferreira Pego, superintendente da OCB de Rondônia, mostra que todos estão comprometidos com os objetivos sistêmicos. Para ela, o evento precisa ser mais frequente, pois foi muito produtivo e esclarecedor. Além disso, Rosania considera que o contato com os demais estados permite uma troca muito intensa de experiência e aprendizado. “Às vezes imaginamos que só nós temos determinado problema, quando na verdade outros estados passam pela mesma coisa, mas já encontraram boas soluções. Conhecer essas soluções é muito bom e importante para nós que cuidamos da gestão”, destaca.
Como próximos passos, o grupo definiu uma agenda de encontro e reuniões, bem como a criação de grupos temáticos com vistas a discutir questões especificas de cada instituição.
A Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (15/5), a MPV 558/2012, que altera os limites de oito Unidades Federais de Conservação nas regiões Norte e Centro-Oeste, com o intuito de solucionar questões agrárias, minerarias e viabilizar legalmente usinas hidrelétricas que inundarão partes das reservas. As unidades envolvidas são os parques nacionais dos Campos Amazônicos, da Amazônia e Mapinguari; as florestas nacionais de Itaituba 1, Itaituba 2, do Crepori e do Tapajós; e também a Área de Proteção Ambiental (APA) Tapajós.
O Sistema OCB atuou em todo o processo decisório para garantir a incorporação das sugestões apresentadas pelo setor, no texto aprovado. O principal pleito conquistado se refere à possibilidade de desenvolvimento de atividades minerarias dentro dos limites das zonas de amortecimento das unidades de conservação, o que permitirá a expansão de uma atividade que promove o desenvolvimento sustentável, gerando inclusão social, ocupação e renda.
De acordo com o relator da matéria, deputado Zé Geraldo (PA), “os ajustes nos limites dessas áreas protegidas atendem a demanda social de organização de ocupações hoje existentes e, também, aprimoram a gestão ambiental, garantindo assim que os programas de combate à pobreza possam chegar às famílias cujas terras não foram regularizadas desde a criação dos parques”. Aprovado na forma de um Projeto de Lei de Conversão (PLV), a proposição segue agora para análise do Senado Federal.
Ramo Mineral
O cooperativismo mineral, ainda em fase de estruturação, conta hoje com mais de 20.000 associados e tem lutado para organizar as suas atividades. Em muitas oportunidades o associado mantém a cooperativa como única forma de garantir um sustento digno para a sua família.
A Feira do Cerrado Brasileiro, a Agrobrasília, começou nesta terça-feira (15/5) e vai até sábado (19/5), no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF). O evento é uma iniciativa da Cooperativa Agropecuária do DF (Coopa-DF). Participaram da solenidade de abertura, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, além de autoridades do governo federal, parlamentares, representantes de outras instituições, produtores e visitantes.
Nesta quarta-feira (16/5), a programação incluiu a realização de palestras que contaram com a participação de representantes do Sistema OCB. No Auditório Buriti, o assessor estratégico da Presidência da OCB, Maurício Landi, compôs a mesa em um painel sobre “Os avanços e perspectivas para o cooperativismo brasileiro”. Na oportunidade, Landi apresentou um panorama do setor e chamou a atenção para a importância do trabalho realizado pelas cooperativas. “Muitas vezes, o produtor, sozinho, não possui condições, por exemplo, para adquirir seu trator. A união por meio do cooperativismo é essencial para alavancar o desenvolvimento”, frisou.
Simultaneamente, no Pavilhão do Cooperativismo – espaço reservado aos estandes montados por diversas cooperativas, brasileiras e de países vizinhos como Argentina e Uruguai –, a gerente de Relações Institucionais, Tânia Zanella, participou de um “talk show” organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por intermédio do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), sobre o Ano Internacional das Cooperativas. Reunindo representantes de diversas entidades, entre elas Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol) e União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a apresentação no formato mesa redonda serviu como espaço de divulgação para as ações que estão sendo realizadas em comemoração à data proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Foi consenso entre os participantes a importância de aproveitarmos o momento para promover o cooperativismo e seus benefícios, além de trabalharmos pela efetiva regulação do setor”, destacou a gestora.
Sobre a feira - A Agrobrasília, que tem coordenação e apoio da empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) e da Secretaria de Agricultura do DF (Deapa-DF), se consolida como espaço de realização de negócios. Segundo a equipe organizadora, a expectativa para a quinta edição da feira é de recordes. Mais de 65 mil pessoas são esperadas para os cinco dias do evento. Os negócios devem ultrapassar a marca dos R$ 250 milhões. São mais de 350 expositores entre empresas de máquinas, implementos, insumos, pesquisa agrícola, cooperativas e órgãos governamentais.
"Dando continuidade ao trabalho conjunto para promover melhorias à gestão do negócio familiar, aumentar a renda dos produtores e facilitar o acesso aos programas desenvolvidos pelo governo federal, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Sistema OCB estiveram mais uma vez reunidos, na sede da OCB, em Brasília (DF), nesta terça-feira (15/5). O grupo que trabalha na prospecção de ações conjuntas entre as entidades, com foco primordial na melhoria da gestão das cooperativas, aproveitou a oportunidade para apresentar ao assessor especial do ministro, Marco Antônio Viana Leite, a proposta do sistema cooperativista para o Plano Safra para a Agricultura Familiar, construído em conjunto com todas as Organizações Estaduais. “Nossa intenção é contribuir com o MDA na construção do Plano, garantindo o atendimento às demandas do setor”, enfatizou o superintendente da OCB, Renato Nobile.
O MDA possui um orçamento de R$ 90 milhões para investir em 800 propriedades rurais da agricultura familiar. Segundo dados recentes, 76% das famílias cadastradas junto ao órgão pertencem a cooperativas ligadas ao Sistema OCB. Por esse motivo, a ideia central do ministério é afinar a parceria. “Envolver o cooperativismo nesse processo é fundamental pela representatividade que o movimento tem nesse setor. Não é possível pensarmos em dar prosseguimento às nossas ações sem envolver as cooperativas”, destacou Viana Leite.
Durante a reunião, três grandes linhas de ação foram pontuadas como as principais a serem trabalhadas pelas entidades: política agrícola, tributação cooperativista e qualificação profissional. O assessor Viana Leite solicitou à OCB um levantamento com relação às vantagens existentes para as cooperativas em relação às empresas comerciais no que diz respeito à tributação praticada e ressaltou que existe um grande leque para ações de capacitação a serem desenvolvidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Foi consenso entre os participantes a necessidade de investir inicialmente no setor lácteo. Sendo assim, o grupo trabalhará com o foco voltado para a construção de um programa específico para o segmento, utilizando-se de ações em andamento no ministério. “A ideia é agregar conhecimentos do movimento cooperativista para a formulação de um programa macro, visando beneficiaras cooperativas de leite”, ressaltou Nobile.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, enfatizou a facilidade de relacionamento com o MDA, e se colocou à disposição para fornecer os subsídios necessários à formulação dos projetos: “Assumimos o compromisso em realizar os levantamentos necessários e dar prosseguimento a este trabalho conjunto”.
Fortalecer o diálogo entre o Sistema OCB e o BNDES visando a melhoria na estruturação de linhas de crédito e maior adesão por parte dos cooperados. Esse foi o objetivo do encontro promovido nesta segunda-feira (14/5) pela Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (OCB-ES) com o diretor do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Guilherme Lacerda. A reunião contou com a participação do gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gregory Honczar.
“O BNDES atua como repassador de recursos em diversos programas importantes, inclusive relacionados no Plano Agrícola e Pecuário. A ideia do Sistema OCB é fortalecer o diálogo técnico operacional com a instituição, primeiro para conhecer melhor os trâmites operacionais envolvidos e, com esse conhecimento, formatar melhor as linhas de crédito à disposição das cooperativas, aumentando consequentemente a adesão por parte do nosso público”, explica Honczar.
Segundo Honczar, a reunião serviu, especialmente, para promover a abertura de um debate entre as entidades e conquistar do BNDES um entendimento positivo sobre as alterações necessárias ao cenário atual. “Com esta aproximação feita, esperamos conseguir nos próximos meses um contato mais direto para discutir, inclusive, produtos e serviços financeiros que o banco tenha intenção de construir em prol do desenvolvimento do país. O cooperativismo se insere de maneira muito forte nesse objetivo”, pontua o gestor.
Na oportunidade, foi entregue ao diretor Lacerda uma cópia do Plano Agrícola e Pecuário elaborado pela OCB. De acordo com Honczar, o endosso do BNDES aos apontamentos constantes no documento é essencial para motivar as decisões do Executivo. “Os ministérios da Fazenda e da Agricultura veem o aval do BNDES como fundamental para a realização das modificações. O entendimento deles é importante para que nossos pleitos sejam concretizados de forma mais rápida”, conclui.
"O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) inicia esta semana a execução do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred) com a realização do primeiro módulo do Curso de Formação de Conselheiros de Cooperativas de Crédito (Formacred). Concebido para atender a uma demanda do Conselho Especializado do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco/OCB), e do Banco Central do Brasil (BC), para que fossem desenvolvidos programas de capacitação e treinamento de dirigentes e empregados das cooperativas de crédito, o Formacred tem como objetivo oferecer formação de qualidade a conselheiros de Administração e Fiscal, contribuindo para o processo de desenvolvimento, profissionalização e aumento da competitividade desses empreendimentos frente ao sistema financeiro nacional. “Trata-se de uma oportunidade para ampliarmos nossas redes de relacionamento pessoal e profissional, e de criarmos condições para continuarmos contribuindo com o fortalecimento do cooperativismo brasileiro”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A capacitação acontecerá entre nos dias 16 a 18 e 23 a 25 de maio, em Brasília (DF) e contará com a participação de 44 conselheiros – 22 fiscais e 22 de administração. O primeiro módulo, que trará uma abordagem comportamental, será dividido em dois blocos, cada um com carga horária de 24 horas. O primeiro acontece nesta semana e, o segundo, na próxima, e serão conduzidos pelo instrutor Inocêncio Oliveira. Segundo o gerente geral de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop, Maurício Alves, “a participação dos alunos será imprescindível para validar esse programa de formação, que visa atender às demandas do ramo crédito e às expectativas apontadas pelo próprio Banco Central, de contínuo desenvolvimento e fortalecimento das cooperativas de crédito brasileiras”.
Conforme explica a gerente de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop, Andréa Sayar, para a composição da turma piloto foram estabelecidos critérios com o objetivo de “garantir que esse laboratório propicie a reprodução da diversidade presente no ramo e, também, que as unidades estaduais fossem contempladas de forma igualitária”. De acordo com a gestora, os estados foram responsáveis pela indicação dos conselheiros, e o objetivo foi compor um grupo diversificado. “Solicitamos às unidades o cuidado de indicarem conselheiros pertencentes a cooperativas diferentes, para oportunizar que a formação alcance o maior número de entidades possível”, ressalta.
Os próximos módulos do Formacred já estão previstos e deverão ser realizados nos meses de junho, agosto, setembro e novembro de 2012. Ao final das 96 horas, os participantes serão certificados pelo Sescoop.
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