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Brasília (23/5/19) – No cooperativismo a teoria anda de mãos dadas com a prática e um grande exemplo foi a webconferência realizada entre o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Universidade Federal de Viçosa. Alunos recém-chegados ao curso de Cooperativismo tiveram a oportunidade de falar sobre carreira, mercado de trabalho, desafios e possibilidades com a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira, e com os analistas Gleice Morais e Guilherme Gonçalves – os três são ex-alunos da instituição.
Durante o bate-papo, os cooperativistas também comentaram sobre as competências necessárias para ocupar algum cargo nas cooperativas brasileiras. Para eles, o cooperativismo é um segmento econômico repleto de oportunidades e que vem ganhando força nos últimos anos, graças às constantes transformações no perfil dos consumidores, cada vez mais preocupados em levar para casa o conceito de sustentabilidade junto com o produto ou serviço que escolhem.
Eles explicaram, ainda, que um dos grandes desafios das cooperativas, atualmente, é manter o equilíbrio entre o social e econômico. Ter profissionais qualificados que possam atuar nas diversas áreas das cooperativas, contribuindo para o seu desempenho, é um dos diferenciais que um curso focado no cooperativismo pode impulsionar. “Para isso, é fundamental que os alunos estejam antenados com as novas tendências, ferramentas e demais temas que estão em evidência”, reforça o analista de Desenvolvimento Social do Sistema OCB, Guilherme Gonçalves.
O convite para a reunião virtual partiu da própria UFV. Segundo o professor Alair Freitas, iniciativas como essa oportunizam aos estudantes a interação com profissionais do sistema cooperativista e amplia suas percepções a respeito da dinâmica de trabalho e sobre o engajamento no movimento cooperativista.
“Isso permite a eles aprenderem sobre a organização e atuação do Sistema OCB, por exemplo, bem como demandas latentes do cooperativismo brasileiro e perfil/habilidades requeridas dos profissionais para trabalharem com a promoção do cooperativismo, na gestão de cooperativas. Especialmente para os calouros do curso, a iniciativa é motivadora e amplia as perspectivas para pensarem em suas carreiras ligadas ao setor desde o início de suas trajetórias acadêmicas”, avalia o professor, responsável pela iniciativa.
O CURSO
O curso teve início na Universidade Federal de Viçosa há 44 anos. Os profissionais formados naquela época recebiam o título de tecnólogo em cooperativismo. Depois passou por adequações para seguir a realidade brasileira, tendo se transformado, em 1991, em Bacharelado em Administração com habilitação em administração de cooperativas e, em 2001, sua denominação passou a ser Bacharelado em Gestão de Cooperativas. Todos esses, oportunamente reconhecidos pelo MEC, são percursores do atual curso Graduação em Cooperativismo.
Brasília (23/5/19) - O agronegócio brasileiro começou 2019 sustentando o ânimo em alta. O Índice de Confiança (IC-Agro) do setor fechou o 1º trimestre em 111,9 pontos. Esse é o segundo melhor resultado da série histórica, apesar do recuo de 3,9 pontos em relação ao recorde do 4º trimestre de 2018, que registrou 115,8 pontos. De acordo com a metodologia do estudo, há otimismo quando o indicador está acima de 100 pontos – abaixo dessa marca, o ambiente é pessimista. O IC Agro é um indicador medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
O entusiasmo persiste principalmente devido aos produtores, que se mantêm confiantes com as condições gerais da economia brasileira, apesar das dificuldades iniciais do novo governo em levar adiante reformas importantes como a da Previdência. O fato é que o agronegócio é tema frequente, com abordagem quase sempre positiva nas manifestações do presidente e dos ministros, com alguns avanços em áreas relevantes. “Iniciativas na infraestrutura por meio da concessão de investimentos para a iniciativa privada, além de posicionamentos da área ambiental que reconhecem os avanços conquistados pelo setor, são exemplos que dão sustentação à percepção positiva”, avalia Roberto Betancourt, diretor-titular do departamento do agronegócio da Fiesp.
O otimismo permeou também o ambiente das indústrias ligadas às cadeias agropecuárias, levando o Índice de Confiança da Indústria (Antes e Depois da Porteira), a marcar 113,6 pontos no 1º trimestre do ano. Mesmo com o bom resultado, houve queda de 3,7 pontos em relação ao trimestre anterior, fruto de um recuo nas expectativas relacionadas às condições da economia brasileira.
Essa retração foi mais intensa para as indústrias situadas a montante do setor agropecuário. No entanto, apesar do recuo de 7,7 pontos, o Índice de Confiança das Indústrias situadas Antes da Porteira, fechou o período avaliado em 115,2 pontos, e se mantém na faixa considerada otimista. “A queda se deve, em parte, ao avanço lento das vendas de insumos agropecuários para a próxima safra de verão nas regiões onde a negociação costuma ocorrer com maior antecipação, como o Centro-Oeste e o Mapitoba. Com as relações de troca dos insumos em níveis desfavoráveis, os produtores rurais mostraram pouca disposição para fechar as compras”, observa Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Já o bom desempenho de setores como o de máquinas e equipamentos agrícolas no 1º trimestre ajudou a sustentar o otimismo desse resultado: segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de máquinas agrícolas no mercado interno nos três primeiros meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018, subiram 21%, desempenho puxado pelas vendas de colheitadeiras de grãos (+58%).
O Índice de Confiança da Indústria Depois da Porteira se manteve mais estável em relação ao trimestre anterior. O indicador marcou 112,9 pontos, uma queda de apenas 2 pontos. Os ânimos esfriaram um pouco em relação às condições atuais da economia – algo até natural, tendo em vista o forte otimismo demonstrado no final do ano passado. Observa-se, no entanto, um descolamento quanto às expectativas para os próximos meses, mais positivas, a partir da crença na aprovação de reformas, como a previdenciária. “É bom lembrar também que há nesse grupo a participação dos frigoríficos, que estão sendo beneficiados pela reabertura de mercados e pela perspectiva de aumento nas exportações devido ao avanço dos casos de Febre Suína Africana na China, em um momento em que o câmbio é favorável à exportação e se espera uma segunda safra recorde de milho, fator que também estimula o otimismo entre as empresas de logística”, explica Betancourt.
Quanto ao setor agropecuário, os produtores rurais continuaram mostrando entusiasmo com a economia brasileira, o que fez o Índice de Confiança desse grupo permanecer na faixa considerada otimista pelo estudo, em 109,5 pontos — apesar da queda de 4,3 pontos sobre o último trimestre do ano passado. Os ânimos esfriaram um pouco principalmente por questões relacionadas às condições do negócio, como o crédito e a produtividade.
Entre os produtores agrícolas, o primeiro trimestre do ano fechou com expectativas mais moderadas do que no fim de 2018, mas ainda bastante otimistas. Seu Índice de Confiança foi de 110,7 pontos, 4,6 pontos a menos do que no levantamento anterior. “Um dos aspectos que contribuíram para esse recuo foi a produtividade das lavouras de soja, que não repetiram os recordes da safra passada, principalmente em regiões afetadas pela seca do início do ano, como o Oeste do Paraná e o Sul do Mato Grosso do Sul”, aponta Freitas. A avaliação sobre o crédito foi outro item que teve retração acentuada em relação ao trimestre anterior: “a queda de 19% no volume de recursos liberado para o pré-custeio agrícola influenciou de forma negativa os ânimos dos produtores. Em termos de cultura, destaca-se a redução no volume de recursos da soja (-35%), cana-de-açúcar (-13%) e milho (-12%)”, complementou Freitas.
É importante notar que as entrevistas para o estudo foram realizadas em um momento em que os preços aos produtores ainda não haviam recuado com a intensidade que ocorreu em abril. Além disso, na época, muitos agricultores sustentavam uma expectativa de que os custos com insumos poderiam melhorar ao longo do ano, mas isso até agora não aconteceu. Esses dois aspectos – preços em queda e custos em alta – poderão ser destaques no relatório do 2º trimestre.
Entre os pecuaristas, a confiança chegou a 106,1 pontos, queda de 3,5 pontos. Apesar do recuo, é a primeira vez em que o indicador dos pecuaristas se mantém na faixa considerada otimista por dois trimestres consecutivos. Essa ligeira perda de confiança foi em parte compensada por uma melhora relativa dos ânimos em áreas que não vinham tão bem avaliadas nos trimestres anteriores. Uma delas diz respeito aos preços, que de fato se mantiveram em níveis um pouco melhores do que em períodos recentes, especialmente no caso do leite, cujo preço bruto médio pago ao produtor foi 30% maior no primeiro trimestre de 2019, em comparação à idêntico período do ano anterior, segundo dados do Cepea/Esalq-USP.
Brasília (28/5/19) – A Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) é uma das nove entidades sindicais a entregarem uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro manifestando apoio às reformas, em especial, à da Previdência. A audiência ocorreu nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, e contou com a presença de ministros, dentre eles Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
Segundo o documento, as entidades reconhecem a coragem e o patriotismo do presidente em conduzir os ajustes na Previdência Social brasileira o que, segundo elas, trata-se de imprescindível prioridade do governo. “Confiamos também no apoio e no bom senso do Congresso Nacional que, atento ao senso de urgência da situação, certamente irá aprovar uma Previdência justa e sustentável”, consta em trecho do documento.
REPRESENTATIVIDADE
Além do presidente da CNCoop, Márcio Lopes de Freitas, quem também assinou o documento foram os seguintes presidentes:
- João Martins da Silva Junior, da Confederação Nacional da Agricultura, Pecuária do Brasil;
- José Roberto Tadros, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo;
- Robson Braga de Andrade, da Confederação Nacional da Indústria;
- José Ricardo da Costa Aguiar Alves, da Confederação Nacional das Instituições Financeiras;
- Vander Costa, da Confederação Nacional dos Transportes;
- Márcio Coriolano, Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização;
- Breno de Figueiredo Monteiro, da Confederação Nacional da Saúde;
- Gláucio Binder, da Confederação Nacional da Comunicação Social;
- Daniel Kluppel Carrara, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Brasília (28/5/19) – Pelo menos uma em cada sete pessoas no mundo está ligada ao cooperativismo. O dado é da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) que afirma: em mais de 100 países, as cooperativas transformam realidades, por meio da geração de trabalho, emprego e renda, atuando nos mais diversos setores econômicos.
O modelo de negócios é tão bem-sucedido que, cada dia mais, inspira pesquisadores acadêmicos a estudar os aspectos que envolvem a rotina de uma cooperativa e, aqui no Brasil, essa regra não é diferente. É por isso que o Sistema OCB, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) realiza o Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo, mais conhecido como EBPC.
O evento é uma excelente forma de mostrar o resultado das pesquisas desenvolvidas em todos as regiões do país. Neste ano, o evento ocorrerá entre os dias 9 e 11 de outubro, em Brasília.
SELEÇÃO DE TRABALHOS
E, para apresentar seu trabalho, o pesquisador deve submeter seu material à avaliação de uma banca julgadora. As submissões terminam no dia 7 de junho. “Os autores selecionados virão à Brasília com todas as despesas pagas para mostrar que teoria e prática podem caminhar de mãos dadas”, conta o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile. Confira na entrevista.
Qual o objetivo do EBPC?
Nossa intenção tem, na verdade, dois vieses. O primeiro deles é estimular o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre as cooperativas, aproximando, assim, a academia do movimento cooperativista. O segundo, é contribuir com o crescimento do setor e, consequentemente, do país. Neste ano realizaremos a quinta edição do EBPC e o nosso tema norteador será Negócios sustentáveis em cenários de transformação.
Vale destacar que serão considerados válidos os trabalhos que estejam correlacionados com pelo menos um dos seguintes eixos: Identidade e Cenário Jurídico; Educação e Aprendizagem; Governança, Gestão e Inovação; Capital, Finanças e Desempenho; Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais.
Como os pesquisadores podem mostrar o resultado de suas pesquisas?
A participação dos pesquisadores é essencial. Sem eles, não temos EBPC, por isso estimulamos tanto que eles inscrevam seus trabalhos. Os interessados têm até o dia 7 de junho para submeter seu material. Cada autor pode participar com até três artigos, sendo que cada um dos materiais pode ter no máximo cinco escritores. Os autores selecionados virão à Brasília com todas as despesas pagas para mostrar que teoria e prática podem caminhar de mãos dadas.
Quando o resultado dessa seleção deve ser divulgado?
A previsão é de que o resultado da seleção seja divulgado no dia 16 de agosto, no site do Sistema OCB (www.somoscooperativismo.coop.br/EBPC). Estamos muito confiantes, porque, a cada edição, aumenta o número de trabalhos inscritos e, também, a relevância deles para o desenvolvimento das cooperativas do nosso país.
Ah, uma outra informação muito importante é que os interessados em participar do EBPC com um trabalho voltado ao cooperativismo de crédito também poderão se inscrever no Prêmio ABDE-BID 2019 (categoria: Desenvolvimento e cooperativismo de crédito). Os dois primeiros colocados terão os artigos publicados em livros e receberão, respectivamente, o prêmio de R$ 8 mil e R$ 4 mil. Um detalhe muito importante: para participar do ABDE-BID (com inscrições até 30 de junho) é necessário também participar do EBPC (com inscrições até 7 de junho). Por isso, o pesquisador deve estar atento aos prazos!
A que atribui o crescimento das pesquisas acadêmicas relacionadas ao cooperativismo?
Bom, para responder a essa pergunta, é importante notar que as cooperativas têm aumentado sua participação na economia e, quanto mais somos vistos, mais somos lembrados. Além disso, acredito que as universidade e faculdades sempre deram atenção ao cooperativismo.
Há exemplos na história de que o nosso modelo econômico já foi muito estudado. No estado de São Paulo, por exemplo – que é de onde eu venho, o atual Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA) já foi um órgão do governo, vinculado à USP. Hoje não é mais.
Outro exemplo é a Universidade Federal de Viçosa que, desde a década de 60, tem o programa de pós-graduação em Economia Aplicada e de Extensão Rural que desenvolve pesquisas sobre a rotina das cooperativas. Isso, só para citar apenas dois exemplos.
É claro que, para nós, quanto mais estudos forem realizados, maior será a gama de caminhamos seguros que teremos diante de nós para, tranquilamente, ocupar mais espaço no mercado, transformando força de trabalho em bem-estar social, afinal, a cooperativa existe para atuar por seu cooperado.
Poderia nos dizer se existe uma carência de assuntos que devem ser mais profundamente estudados?
Olha, o desempenho das cooperativas é sempre um tema desafiante pela particularidade do empreendimento cooperativo. Em geral, as pesquisas focam muito, por exemplo, no que diz respeito à performance financeira e à eficiência econômica. A gente ainda está "engatinhando" na compreensão de aspectos que envolvem, por exemplo, a performance social, especialmente as que mensuram a importância da cooperativa para a vida do associado. Essa parte do conhecimento ainda é muito embrionária e seria muito importante termos uma comprovação técnico-científica a esse respeito. Creio que, a título de sugestão, os pesquisadores poderiam centralizar esforços nesta área.
Por fim, por que o Sistema OCB estimula tanto a pesquisa acadêmica sobre o cooperativismo?
Essas pesquisas são fundamentais para demonstrar a eficiência socioeconômica do nosso modelo de negócios. Por isso, o Sistema OCB deve continuar estimulando o trabalho dos pesquisadores, interessados em atuar com foco nas cooperativas. Os resultados encontrados nas pesquisas sempre são muito úteis, tanto para saber o que tem sido feito e tem dado resultado positivo, quanto para entender o que está dando errado e porque isso está acontece.
Na nossa visão, quanto mais o Sistema OCB estimula a pesquisa científica, mais o cooperativismo pode crescer de forma sustentável e segura, contribuindo, dessa maneira, com o desenvolvimento socioeconômico do nosso país.
Nesta sexta-feira (24), a Ministra da Agricultura Tereza Cristina visita o município de Águia Branca, no noroeste capixaba, para dar a largada no 12º Marco de Início da Colheita do Café e 11º Noroeste Café Conilon. O evento ocorre em Córrego Delta, na propriedade do Sr. Gilbert Aloquio Kubit.
Degustador de café, Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo e vice da Frente Parlamentar do Café, o Deputado Federal Evair de Melo (PP-ES) destacou o simbolismo e a importância da presença da Ministra Tereza Cristina no Estado, a convite de Evair, em meio a uma batalha pelo fortalecimento do setor. Junto ao Ministério, o parlamentar capixaba tem trabalhado para reverter os baixos preços do café, anunciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que não cobrem os custos dos nossos produtores. A saca de conilon ficou em R$ 210,13 e a de arábica em R$ 362,53, ambos fixados de abril de 2019 a março de 2020.
“Desde que assumiu a pasta da Agricultura, a nossa ministra estabeleceu como prioridade a recuperação da cafeicultura nacional. Tê-la em nosso estado é a certeza de que ela irá conhecer a nossa realidade e que contamos com uma importante aliada nesta batalha pelo resgate da autoestima dos nossos produtores”, afirmou Evair.
De acordo com a estimativa do Centro do Desenvolvimento do Agronegócio do Espírito Santo (Cedagro), o custo total da saca de café conilon pode chegar até R$ 313,00, valor 49% maior que o preço mínimo estabelecido. Já o custo do arábica para o produtor pode chegar até R$ 553,00, 53% a mais que o valor mínimo da Conab.
Evair reitera que, antes de expôr o produtor à concorrência externa, é preciso que o Estado forneça condições e infraestrutura adequadas. “É preciso ampliar nossas plataformas comerciais, mas só podemos expor o produtor brasileiro a essa competição internacional quando tivermos infraestrutura, estrada, reforma e simplificação tributária, energia e telefonia disponível, segurança, entre outros fatores que nos dê competitividade”.
Programação
7:30h - Recepção e inscrição dos participantes
8h - Abertura
8:30h às 10h - Dia de Campo: "Sustentabilidade diante dos desafios da cafeicultura do conilon"
Estação 1 Espaçamento e Densidade de Plantas no Café Conilon Abraão Carlos Verdin Filho e Marcone Comério, pesquisadores do Incaper
Estação 2 Qualidades e Oportunidades na cadeia do café = Pedro Malta - gerente corporativo de Agricultura nestlé e Rodolfo Clímaco, gerente agrícola Cafés da Nestlé
Estação 3 Licenciamento Ambiental Buscando a Sustentabilidade da Cafeicultura Gabriel Hector Fontana, tecnólogo em saneamento ambiental da Subgerência de Licenciamento Ambiental do Idaf
10h - Palestra Técnica "Manejo Integrado Visando a Sustentabilidade e a Qualidade do Café"- Renan Batista Queiroz, pesquisador do Incaper
10:20h - Pronunciamento das autoridades
12h - Solenidade da colheita simbólica que marca o início da safra de 2019 do café conilon no Estado do ES
12:30h - Almoço e encerramento
Brasília, 24/05/2019 - O setor agropecuário é responsável por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e as cooperativas têm uma participação expressiva nesse total. Com o objetivo de fortalecer ainda mais o segmento, entidades do agro estão unidas na defesa de pautas prioritárias comuns e fundamentais para a sustentabilidade e o crescimento do agronegócio. E a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) está à frente dessa mobilização, junto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Instituto Pensar Agro (IPA).
A primeira reunião oficial ocorreu nesta quinta-feira (23/5), na sede da CNA, em Brasília (DF), com a participação de representantes de 50 dessas entidades. A ideia é potencializar esse movimento e reunir todas as instituições de representação ligadas ao agro, cerca de 100, contemplando toda a cadeira de produtos agropecuários. Para a gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Fabíola Nader, a ideia é defender, a partir de um processo de construção conjunta, medidas estruturantes para um planejamento de médio e longo prazos principalmente.
“Um setor legítimo e organizado ganha, naturalmente, força e representatividade. No cooperativismo, nós vivenciamos isso claramente. A nossa Agenda Institucional é um exemplo. Nela, nós reunimos as principais pautas de interesse das cooperativas brasileiras e nos posicionamos fortemente na defesa de todas elas. E queremos fazer o mesmo agora, com todo o setor agropecuário, afinal um movimento que se organiza nessa maneira sabe muito bem aonde quer chegar”, destacou Fabíola, que participou desse primeiro encontro representando o Sistema OCB juntamente com o analista de Relações Institucionais Eduardo Queiroz.
As discussões sobre a desburocratização do processo de licenciamento ambiental e do registro de defensivos agrícolas – prezando pela transparência, celeridade e segurança jurídica –, devem constar entre as pautas propositivas e consensuais do setor. Da mesma forma, devem fazer parte questões de logística e de infraestrutura, que impactam diretamente as atividades do segmento e aparecem como fatores de dificuldade para um desempenho ainda maior do agronegócio brasileiro.
Dando sequência à mobilização, o comitê organizador enviará a todas as entidades do agro um questionário para o levantamento oficial de demandas, o qual servirá de base para a construção de uma agenda comum e prioritária do setor.
Brasília (20/5/19) – O dinheiro é uma ferramenta essencial na hora de realizar sonhos. Muito ou pouco, concretizar alguma coisa vai exigir uma certa quantia de valores e uma boa dose de conhecimento. É por isso que o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), visando promover a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), iniciou nesta segunda-feira (20) a sexta edição da Semana ENEF.
O evento conta com o apoio do Sistema OCB, do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e programação ocorre até domingo que vem, dia 26/5, e é composta por diversas ações educacionais gratuitas, com o objetivo de disseminar a educação financeira, previdenciária e de seguros, além de contribuir para o fortalecimento da cidadania e autonomia.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ter educação financeira é, sobretudo, ter consciência de que, para cuidar das finanças, não são necessários grandes conhecimentos matemáticos ou técnicas complicadas. “O que as pessoas precisam saber é que o dinheiro é um bem limitado e, exatamente por isso, entender como gerir os próprios recursos é o primeiro passo para uma vida mais próspera”, avalia a liderança.
Maurício Moura, diretor do Banco Central do Brasil, o evento é essencial para estimular o brasileiro a lidar com dinheiro de forma mais apropriada. “A Semana ENEF consolida-se a cada ano como um grande evento disseminador da Educação Financeira no Brasil, na medida em que instituições públicas e privadas se mobilizam em torno do objetivo comum de promover o letramento financeiro de nossa população”, argumenta.
EXPRESSIVIDADE
Segundo Márcio Freitas, a participação das cooperativas na Semana Enef tem bastante expressividade. De acordo com os números do Banco Central, cerca da metade de todas as ações realizadas ao longo das últimas edições do evento foi realizada por cooperativas de crédito. O mesmo ocorreu com relação ao público alcançado por essas ações.
NÚMEROS
Realizada anualmente desde 2014, a Semana ENEF apresenta um balanço bastante positivo. Em 2018, contou com quase sete mil ações – presenciais e online, ocorrendo em mais de 1,1 mil cidades, localizadas em todos os estados.
Quer saber mais? Acesse: http://www.semanaenef.gov.b
Brasília (17/5/19) – A Feira Internacional dos Cerrados é um dos eventos mais aguardados pelo setor agropecuário do país. A AgroBrasília, como é mais conhecida, além de ser uma das maiores do Centro-Oeste, também é Coop! A iniciativa é realizada há 12 anos pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal LTDA (Coopa-df) e reúne, em um só lugar, tudo o que há de mais moderno em termos de maquinário, tecnologia e insumos. Também é possível acessar linhas de crédito, prospectar negócios e conhecer de perto a culinária da região.
Nesta sexta-feira (17), o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, acompanhado por especialistas da Gerência Técnica da OCB, visitou a feira e, também, conheceu o estande do Movimento SomosCoop, cuidadosamente montando para receber cooperados, fornecedores e, ainda, aqueles que querem descobrir as vantagens e possibilidades do modelo de negócios cooperativista. O espaço é resultado de uma ação intercooperada das unidades do Sistema OCB em Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e Nacional.
A Unidade do DF coordenou atividades em três dimensões: a primeira, com o quiz de cooperativismo. De forma lúdica, os colaboradores que estavam presentes apresentaram alguns conceitos do cooperativismo. Um segundo momento foi por meio de cursos de “Introdução ao cooperativismo”, onde foram apresentados conceitos básicos da doutrina. O terceiro momento foi de conversa. “A participação do Sistema na AgroBrasilia, neste ano, é muito importante. O estande está sendo muito visitado e focamos nossas ações em jovens e crianças, principalmente os estudantes, que recebem informações sobre cooperativismo, participam de palestras e de diversas outras atividades. A expectativa é muito positiva, com relação à promoção do cooperativismo”, comenta o presidente do Sistema OCDF, Remy Gorga Neto.
COMPROMETIMENTO
“Eventos como a AgroBrasília mostram ao país a força do cooperativismo brasileiro. Essa feira é um exemplo dos grandes eventos realizados por cooperativas como a Coopa-DF e que, além de movimentar a economia da região, contribui fundamentalmente com a disseminação tecnológica e de serviços de assistência técnica ao produtor. Sem dúvida alguma, iniciativas como essa deixam claro que o nosso modelo de negócios está, sim, comprometido em contribuir socioeconomicamente com o desenvolvimento do Brasil”, enfatiza Nobile.
O presidente da Coopa-DF, José Guilherme, fez questão de mostrar seu orgulho ao realizar mais uma edição da AgroBrasília, evento que, segundo ele, “é uma das maiores do país e ocorre em uma região cuja agricultura é a mais tecnificada do mundo”.
ESPAÇO SOMOSCOOP
O espaço do Movimento SomosCoop é dedicado à apresentação das peças da campanha, especialmente aquelas que se referem ao uso do carimbo que identifica os produtos e serviços de cooperativas, em todas as cidades brasileiras.
“É muito bom ver que crianças e jovens, trazidos aqui no nosso estande por suas escolas, têm aprendido mais sobre os valores da cooperação o os princípios do cooperativismo. Aliás, esse espaço é dedicado aos nossos cooperados e, também, ao público da feira que busca conhecer o nosso modelo de negócios”, convida o superintendente.
Os visitantes do espaço poderão assistir vídeos, participar de jogos cooperativos, ganhar brindes e receber materiais institucionais.
A FEIRA
A programação da AgroBrasília vai até sábado, 18/5. O evento ocorre no Parque Ivaldo Cenci, localizado a cerca de 60 km do centro de Brasília. A expectativa dos organizadores para essa edição da feira é de receber 450 expositores e 120 mil visitantes, movimentando cerca de 1,5 bilhão em negócios. Outras informações podem ser encontradas no site ou nas redes sociais da AgroBrasília. (Com informações da Coopa-DF)
Brasília (16/5/19) – Os membros do Conselho Executivo da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias, o ICAO, organismo setorial da Aliança Cooperativa Internacional, assinaram nesta quinta-feira (16) uma declaração conjunta. O documento foi firmado após a reunião do conselho executivo, realizada em Oslo, capital da Noruega, e que contou com a participação do presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cesário de Souza Filho, representante do cooperativismo brasileiro no conselho da ACI.
Segundo a liderança, a declaração conjunta firmada na Noruega estabelece uma parceria entre as organizações-membro para a defesa ao direito de acesso a sementes e, também, visando fomentar a intercooperação em temas relacionados a seguros agrícolas.
“Acreditamos que a Declaração de Oslo é um grande passo para o fortalecimento de uma parceria estratégica que pode facilitar o acesso das cooperativas brasileiras a novos e importantes mercados”, avalia Onofre Filho, representante da região Centro-Oeste na Diretoria da OCB que, há 30 anos, está vinculada aos organismos internacionais relacionados ao cooperativismo. O objetivo é a realização de ações de articulação em nível global, com vistas à criação de plataformas, por meio da intercooperação, que atendam aos interesses do cooperativismo brasileiro.
CONSELHO
O atual conselho executivo do ICAO é formado por integrantes das organizações que representam as cooperativas no Brasil, Coreia do Sul, Japão, Uganda, Noruega, Polônia, Malásia e Índia. A missão do ICAO é promover os interesses do cooperativismo agropecuário e auxiliar as organizações-membro na formulação e implementação de projetos e parcerias com os governos.
Brasília (15/5/19) - A humanidade vive um momento de rápidas transformações e rupturas, e as novas gerações apresentam estratégias de negócio e propósitos de vida inovadores. Durante entrevista coletiva, concedida pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, na 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que elegeu as diretrizes estratégicas do setor para os próximos anos, a liderança comentou sobre esse cenário.
Márcio Freitas defende que o modelo de cooperativismo, baseado em valores e princípios de respeito ao próximo, tem tudo a ver com essa nova realidade. Diante disso, sugere que o movimento cooperativista faça uma revisão de conceitos e abrace com intensidade a política nas bases. O objetivo é ser mais dinâmico e elevar a voz do cooperado.
Confira a íntegra da entrevista abaixo.
Como o senhor interpreta a quantidade de mudanças e rupturas que estão acontecendo nesta nova fase da humanidade, em diversos setores, em decorrência das inovações tecnológicas e digitais? E como isso tudo interfere no cooperativismo?
Como ressaltou muito bem o nosso líder, Ariel Guarco, presidente da ACI, nós vivemos em um mundo de mudanças, de rupturas. Esse entendimento também foi reafirmado por Roberto Rodrigues, experiente líder do movimento cooperativista em nível global. As rupturas não estão acontecendo só nas empresas ou na tecnologia, mas na cabeça das pessoas.
Os jovens de hoje vivem intensamente as rupturas e buscam por modelos de negócios que valorize os relacionamentos e maneiras diferentes de viver. É chegada a hora de o movimento cooperativista fazer uma revisão dos seus conceitos. Não falo aqui dos valores e dos princípios, mas das estratégias do modelo de negócio, para adequá-las a essa nova fase da humanidade. Nós percebemos com muita clareza que o nosso modelo cooperativista, baseado em valores, princípios, em ética e respeito às pessoas e, acima de tudo, à democracia, tem tudo a ver com o momento atual, com essa nova visão do consumidor moderno.
As novas gerações exigem cooperativas e entidades que os representem, que os adotem. A Aliança Cooperativa Internacional tem levado isso pelo mundo. Aqui no Brasil, não podemos ficar de fora. Temos que nos atualizar, surfar nessa onda e preparar o cooperativismo para o contínuo processo de transformação.
Não é só mudar agora e estabelecer um status quo. A mutação vai continuar. Precisamos dar uma sacudida na nossa gente, nos lideres fantásticos do cooperativismo brasileiro, para que a gente possa se atualizar, continuar brilhando e mostrando nosso trabalho aqui e no exterior.
Com relação à Agenda Institucional do Cooperativismo, quais são as principais demandas apresentadas no documento deste ano?
Na realidade, ali tem uma bateria de demandas. Hoje, para se ter uma ideia, tem mais de mil projetos tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que tratam de alguma forma do cooperativismo. Mais de mil! Nós elegemos 37 projetos que consideramos prioritários para que tenham encaminhamento rápido neste ano.
Sabemos do cenário político global, das reformas que o Executivo precisa – previdenciária, tributária, quem sabe, a Política. Nós respeitamos os times da política, mas tem 37 pontos ali muito bem citados que são prioritários.
A Agenda trata principalmente das questões tributárias, mas também leva nossas sugestões em relação à previdenciária, além de outros pontos que são mais específicos por categorias dos ramos do cooperativismo. Ao mesmo tempo, a gente apresenta uma agenda positiva para o Executivo. É importante deixar bem claro: nós não fazemos demandas. O cooperativismo oferece ao governo uma aliança estratégica para o desenvolvimento de nossa nação.
Mostramos o cooperativismo como um aliado de governos sérios, pois queremos a mesma coisa: o desenvolvimento das pessoas. Então, estamos apresentando 17 pontos de parcerias público-privadas, de alianças em determinados assuntos, nos quais o cooperativismo pode somar ao governo, construir processos rápidos de desenvolvimento e de inclusão.
Não diferente também para o Judiciário, temos cinco acórdãos que estão nos Tribunais Superiores, que criam doutrinas, jurisprudências sobre interpretação de aspectos importantes para o cooperativismo, pois as ações surgem naturalmente nas cooperativas, nas regiões, nos juizados menores e ganham escala nos tribunais.
Quando questões chegam aqui em Brasília, é fundamental que a gente tenha um nivelamento dos assuntos. É importante que o Judiciário entenda esse aspecto do cooperativismo. Esses pontos os mais importantes, possíveis e palpáveis para esse ano, que é um ano difícil no jogo político, no jogo da economia nacional.
A presença dos representantes dos Três Poderes aqui no 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo da OCB pode ser um sinal positivo para que os itens da agenda avancem?
Não tenho dúvidas disso. Acho que o cooperativismo tem mostrado a sua capacidade de gerar respeito diante das entidades políticas que representam as pessoas no Brasil. Todos os dias o movimento cooperativista atua para ampliar sua interlocução com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E temos obtido bons resultados. Isso mostra que as cooperativas, cada uma a seu modo, estão construindo sua base da forma correta e têm conquistado o respeito dos representantes políticos brasileiros.
Além do trabalho nacional da OCB, as cooperativas nos estados também podem trabalhar essa questão da representação nos seus legislativos estaduais?
Não só podem como devem. Nossa Gerência Institucional desenvolve um programa educação política, com o propósito de deixar claro que não temos uma bandeira ideológica partidária. O cooperativismo é neutro, por isso recebe pessoas de diversos credos, raças e correntes ideológicas e políticas. É um modelo aberto, livre. Mas nós devemos, sim, fazer política e isso significa não apenas trabalhar ou ajudar um candidato durante as eleições. É fazer militância permanente.
Isso é educação política: abrir as portas para o parlamentar conhecer melhor a cooperativa, para ele ter espaço para se pronunciar e perceber a necessidade das bases cooperativistas. Assim, quando estiver no Congresso Nacional, terá legitimidade para falar em nome das cooperativas. Isso é fundamental para que o Congresso tenha como perceber a legitimidade dos quase 15 milhões de cooperados na hora em que for defender nossas necessidades.
Este é um desafio que toda a humanidade tem que aprender: se envolver com a política, sim. Fazer militância. Em ambiente democrático, quem não se faz representar politicamente, está fora do jogo – um jogo sem banco de reserva, diferentemente do futebol. Ou você está jogando ou está fora do estádio. Então, nós temos que fazer valer a força que somos: 15 milhões de cooperados – portanto quase 60 milhões de brasileiros.
Temos avançado neste trabalho, principalmente junto ao Legislativo. Isso deve se intensificar nos estados, nos municípios, até mesmo para construirmos uma base de representantes mais comprometidos com as ideias do cooperativismo, em longo prazo.
Brasília (14/5/19) – Uma comitiva brasileira, chefiada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e que conta com a participação do coordenador da Câmara Temática do Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira, está na China. O país tem enfrentando uma forte crise no setor pecuário, devido à Peste Suína Africana, também conhecida como PSA, sinalizando que há espaço para importação de proteínas animais de todos os tipos e, ainda, uma oportunidade para os exportadores brasileiros – sobretudo cooperativas.
Nesta terça-feira (14/5), a missão brasileira se reuniu com a CEO do Rabobank, na China, Pan Chenjun, e demais diretores do banco – maior cooperativa de crédito da Holanda e um dos principais bancos do mundo em serviços de financiamentos para o setor de alimentos e agronegócio.
Segundo os executivos, entre 2018 e 2019, a PSA deve resultar no abate de mais de 120 milhões de suínos, impactando a produção de carne em mais de 13 milhões de toneladas. O efeito negativo da PSA sobre produção e comércio exterior da China foi destaque nas reuniões técnicas entre brasileiros e chineses.
Em 2018, o Brasil exportou 919 mil toneladas de carnes bovina, frango e suína para os chineses. Os produtos estão no top cinco das exportações agropecuárias brasileiras ao país asiático.
CINCO ANOS
Desde que a China registrou os primeiros casos da doença, em agosto de 2018, estima-se que o país tenha perdido cerca de 35% do rebanho. Análises do Rabobank apontam que até 200 milhões de porcos podem ser sacrificados ou mortos por causa da PSA. Os executivos do banco avaliam que os chineses precisarão de pelo menos cinco anos para retomar o rebanho no patamar anterior à doença.
OPORTUNIDADE
Segundo Vicente Nogueira, representante das cooperativas agropecuárias brasileiras, diante desse cenário e, também, considerando as incertezas da guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos, a diversificação de clientes e mercados, por exemplo por meio de feiras, se mostra ainda mais importante.
“As cooperativas brasileiras têm feito muito bem seu dever de casa e, com todos esses fatores, é possível afirmar que elas têm condições de aproveitar o momento para ampliar sua participação no mercado asiático”, avalia.
SIAL
Nesta terça-feira (14/5), o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira, participou também da abertura do pavilhão brasileiro na feira SIAL China, ao lado da ministra Tereza Cristina. A SIAL China é a maior feira de alimentos do país e de todo o continente asiático. O Brasil participa do evento com espaços para diversas cadeias, como café, chocolate, vinhos, castanhas, lácteos e mel – cadeias importantes para o cooperativismo e com grande potencial de crescimento no mercado Chinês.
O espaço do Brasil foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e ainda conta com uma área específica para proteínas animais. Apenas em 2018, a China importou US$ 2,5 bilhões em carnes brasileiras e US$ 44,4 milhões nos outros produtos citados.
SOJA
Segundo Vicente Nogueira, representante das cooperativas agropecuárias brasileiras, a crise pode ter fortes impactos sobre o Brasil, inclusive para cadeias como soja e derivados, como o farelo.
Segundo o cooperativista se, por um lado, o mercado chinês deve demandar mais proteínas animais, principalmente para as carnes bovina e de aves, por outro, a redução dos rebanhos tende a impactar a procura por rações, especialmente da cadeia da soja – o setor de carne suína sozinho responde por 54% da demanda total de rações da China.
A soja em grãos lidera a lista de produtos agropecuários exportados pelo Brasil para os chineses. No ano passado, 68,8 milhões de toneladas foram embarcadas, somando US$ 27,3 bilhões. Esse volume representa 87% das exportações agropecuárias para o país.
PESTE SUÍNA AFRICANA
A peste suína africana é uma doença viral, altamente infecciosa. A chance de sobrevivência do animal é quase nula, o que leva ao sacrifício, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Não existe vacina. O vírus é bastante resistente e pode ser transmitido ao animal por meio de alimentos, equipamentos, sapatos, vestuários e no transporte contaminados.
Segundo as autoridades sanitárias, uma das dificuldades em conter a transmissão na China é que a maior parte dos animais é criada em propriedades de pequeno porte e familiar, sendo, em geral, alimentados com restos de comida. A doença não oferece risco à saúde humana, pois não há registro de humanos infectados. (Com informações do MAPA)
Brasília (10/5/19) – A 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, em Brasília, esteve a todo vapor com uma programação repleta de palestras, workshops, atividades e apresentações de cases de sucessos. Rogério Coelho, analista da Gerência de Desenvolvimento e Monitoramento de Cooperativas do Sistema Ocemg; Manfred Dasenbrock, presidente da SicrediPar e da Central Sicredi PR/SP/RJ; e Ademar Pedron, vice-presidente da C. Vale. Com a moderação do professor Alair Ferreira de Freitas, da Universidade Federal de Viçosa, os convidados discorreram sobre os projetos das suas cooperativas em torno da organização do quadro social.
A Ocemg mostrou o programa Educa OQS: para que as ações de organização do quadro social sejam definidas, estruturadas e acompanhadas, os participantes das cooperativas mineiras inscritas passam por diversos módulos, como o de capacitação, visitas técnicas, oficina de cooperação e o Cine Ocemg.
Já o Sicredi, com foco no empoderamento das mulheres cooperativadas, apresentou o programa Rede Global de Mulheres Líderes. Criado pelo WOCCU (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito) e inspirado no movimento GWLM (Global Women's Leadership Network), o projeto tem o propósito de fomentar iniciativas de igualdade de gênero e empoderamento feminino, apoiando as mulheres na conquista de posições de lideranças. Segundo Manfred, dos 24 mil colaboradores do Sicredi, 58% é composto pelo público feminino, e o grande objetivo do programa é que a implantação dos comitês de mulheres ocorra em todas as 114 cooperativas que operam pelo sistema.
Finalizando a sessão, a C. Vale também abordou suas implementações a favor da organização de quadro social. Entre diversas iniciativas, o projeto Cooperjunior, por exemplo, é voltado para filhos e netos de associados, de 12 a 15 anos. O objetivo é envolver mais os adolescentes com a cooperativa e com a propriedade rural, estimulando a sucessão familiar, tornando os jovens empreendedores e formando futuros líderes. Na mesma linha, a C. Vale criou também o Juventude Cooperativista, desta vez voltado para a faixa de 16 a 30 anos. Algumas outras iniciativas são o Núcleo Jovem e os Núcleos Femininos divididos em quatro comitês.
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Brasília (10/5/19) – Nesta sexta-feira, 10 de maio, ocorreu em Brasília o encerramento do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo – o evento mais importante do setor no país. O congresso contou com a presença de um público formado por 1,3 mil pessoas, entre elas autoridades mundiais e nacionais do cooperativismo, dirigentes e cooperados, embaixadores, ouvintes e imprensa.
E como o tema do CBC é O cooperativismo do futuro se constrói agora, a sexta-feira foi marcada pela realização de uma plenária na qual os congressistas presentes votaram, dentre as diretrizes estabelecidas durante as sessões temáticas ocorridas na quinta, 9/5, aquelas consideradas prioritárias para os próximos anos. Todas as propostas que tiveram 50% + 1 dos votos nas votações da quinta-feira foram levadas à plenária, que também contou com a presença especial do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (leia mais).
Com base no grau do impacto que a diretriz tem para o cooperativismo como um todo e com a urgência na implementação, aquelas que alcançaram 75% ou mais na nota total máxima nos dois critérios foram consideradas prioritárias. Confira abaixo as diretrizes priorizadas para o cooperativismo brasileiro nos próximos anos:
COMUNICAÇÃO
- Ampliar o alcance de programas que trabalham conceitos de cooperativismo e cooperação nas escolas, como o Cooperjovem e cooperativas mirins;
- Divulgar o cooperativismo brasileiro e seus benefícios por meio de estratégias e ferramentas de comunicação, como mídia convencional, plataformas digitais, entre outras;
- Criação de uma campanha nacional de comunicação para estimular o papel das cooperativas escolares (mirins ou de alunos) na promoção do cooperativismo.
GOVERNANÇA E GESTÃO
- Identificar e promover boas práticas de governança e gestão em cooperativas de todos os setores e portes;
- Implementar mecanismos de governança cooperativa para relacionamento com os cooperados, como a Organização do Quadro Social, a educação cooperativista e a fidelização;
- Promover a importância do processo de sucessão nas cooperativas;
- Adotar sistema de qualificação em gestão “a distância” ou semipresencial para todos os gestores de cooperativas, em parceria com instituições de ensino reconhecidas e qualificadas;
- Estabelecer em estatuto social a capacitação obrigatória dos candidatos à conselheiros e dirigentes;
- Definir grade curricular mínima de capacitação para certificação de conselheiros, bem como definir ferramentas para avaliação de sua performance;
- Coibir a criação de cooperativas clandestinas por parte do Sistema OCB.
INOVAÇÃO
- Incentivar a capacitação de jovens sucessores para propiciar que estejam aptos a ocuparem cargos eletivos nas suas cooperativas;
- Criar um canal e-commerce para compras entre as cooperativas;
- Desenvolver programa de capacitação em inovação para conselheiros, dirigentes e colaboradores do Sistema OCB e das cooperativas;
- Incentivar startups e aceleradoras a desenvolver soluções para o cooperativismo;
- Promover a intercooperação para o compartilhamento e acesso a novas tecnologias.
INTERCOOPERAÇÃO
- Elaborar programa de intercâmbio de conhecimentos e boas práticas entre cooperativas;
- Atuar sobre a legislação para facilitar a intercooperação viabilizando o ato cooperativo;
- Promover negócios entre as cooperativas por meio de feiras, eventos e plataformas digitais;
- Criar mecanismos de comunicação para facilitar a troca de informações entre cooperativas do mesmo ramo e ramos diferentes;
- Instaurar fórum permanente de intercooperação no Sistema OCB.
MERCADO
- Adequar, aprimorar ou criar linhas de crédito adequadas para todos os segmentos do cooperativismo, sem interromper as atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista;
- Criar e regulamentar instrumentos de capitalização e captação de investimentos pelas cooperativas, analisados por ramo;
- Fomentar a inserção de cooperativas no e-commerce;
- Obter o reconhecimento dos órgãos que contratam, bem como daqueles que fiscalizam os processos licitatórios, da possibilidade de participação de cooperativas em contratações públicas de bens e serviços, conforme previsto na legislação vigente (Lei 8.666/1993 e Lei 12.690/2012);
- Realizar parcerias entre cooperativas ou com terceiros para investimentos em logística, transporte, produção de insumos, terminais de distribuição de produtos e exportação.
REPRESENTAÇÃO
- Criar rede virtual com os parlamentares da Frencoop para municiá-los de informações e demandas do cooperativismo;
- Fortalecer a atuação de representação das OCEs e as Frencoops estaduais;
- Fortalecer a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) no Congresso Nacional;
- Manter a atual Lei 5.764/1971, permitindo adequações por outras legislações, como a utilização de tecnologia para realização virtual de assembleias e adesão de cooperados, ampliando as fontes de financiamento, assegurando um procedimento semelhante a recuperação judicial, dentre outros pontos;
- Buscar reconhecimento, tanto na formulação de políticas como em processos de contratações públicas, do registro na OCB como um importante instrumento de verificação do cumprimento da legislação cooperativista;
- Interceder junto ao Governo Federal para estruturação de um programa de melhoria de infraestrutura da rede de internet para os municípios do interior e zona rural;
- Assegurar a participação de representantes do cooperativismo como vogais de juntas comerciais e garantir que as OCEs atuem como parceiras nas análises de atos constitutivos das sociedades cooperativas, de forma a ampliar o conhecimento dos órgãos de registro público sobre as especificidades do tipo societário cooperativo e adequar os procedimentos e exigências a realidade do setor;
- Reduzir a alíquota previdenciária para os cooperados autônomos;
- Atuar junto à Frencoop para que seja encaminhado para votação o adequado tratamento tributário do ato cooperativo (PLP 271/2005);
- Regulamentar o art. 79, da Lei 5764/1971, inserindo imunidade tributária às cooperativas com base nas instituições sem fim lucrativo;
- Reduzir a alíquota do ISSQN do trabalhador autônomo vinculado a cooperativas;
- Garantir maior representatividade da base de cooperativas nos conselhos especializados por ramos, com mecanismos que garantam que o representante dos estados colha a opinião da base, e implementar câmaras técnicas para o desenvolvimento de soluções para os ramos;
- Ampliar a participação do cooperativismo em conselhos nacionais, estaduais e municipais de interesse;
- Inserir na Diretoria da OCB representantes de cada um dos ramos do cooperativismo;
- Criar uma comissão técnica com a participação de representantes das cooperativas para acompanhar a modernização da legislação cooperativista, especialmente em relação à definição de ato cooperativo e impacto da reforma tributária no cooperativismo;
- Alterar o estatuto social da OCB Nacional para possibilitar a participação das cooperativas no processo de eleição da sua Diretoria e do seus Conselhos Fiscal e de Ética, garantindo que cada cooperativa, central, federação e confederação registradas tenham direito a voto;
- Ampliar os canais de comunicação entre o Sistema OCB e as lideranças cooperativas;
- Atuar junto ao Executivo para inserir na educação brasileira temas de cooperativismo e empreendedorismo coletivo;
- Ampliar os canais de comunicação do cooperativismo com o poder público, assegurando o papel da OCB como órgão técnico-consultivo do governo e representante nacional do segmento em todos os fóruns e instâncias de interesse, conforme prevê a Lei Geral das Cooperativas (art. 105 da Lei 5.764/1971);
- Tornar o Sescoop o centro de referência do cooperativismo, defender seus recursos e combater as iniciativas do governo e do Legislativo de estatização ou realocação dos recursos;
- Fomentar a criação de novas faculdades do cooperativismo, visando a criação posterior de universidades;
- Garantir a participação da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) nas instâncias governamentais de discussão e deliberação de temas trabalhistas e sindicais;
- Criar selo de qualidade para as cooperativas brasileiras.
COOPERATIVISMO FANTÁSTICO
Ao final na votação, o presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas, reiterou que o sucesso do CBC deve ser creditado aos líderes cooperativistas que deixaram suas atividades para contribuir com seu tempo, dedicação, conhecimento e cooperação. E completou: “Vocês estão fazendo um cooperativismo fantástico. Tenho muita responsabilidade em representar vocês, mas é uma honra representar tudo isso que vocês fazem. Cada um do seu jeito, seu sotaque. Desde as cooperativas pequenas. Vocês são muito bons”.
Brasília (10/5/19) – Uma ação idealista com um toque de inovação. Assim é o trabalho desenvolvido pelo professor Trebor Scholz e pela mestra em planejamento urbanístico Sylvia Morse com comunidades de diferentes países. Os dois participaram do 14º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), na manhã da quinta-feira (9/5), e apresentaram exemplos de cooperativismo por plataforma, que tem um funcionamento semelhante ao de aplicativos de transporte, mas com um diferencial: a transparência.
Há 40 anos, Trebor iniciou uma cooperativa de alimentos junto com a vizinhança onde vive, em Nova Iorque. Hoje, acompanha projetos espalhados pelo mundo, alguns no Brasil. As cooperativas assistidas reúnem diferentes profissionais especializados em ramos diversificados de atividade.
Segundo ele, naturalmente, obstáculos são encontrados pelo caminho, alguns devido à cultura local. No caso das cooperativas por plataformas, até mesmo a própria tecnologia pode implicar em alguma dificuldade, dependendo do acesso que o grupo cooperado tem a essas novas ferramentas.
Em São Paulo, a equipe de Trebor trabalha com um grupo de catadores na elaboração de uma plataforma para coleta de resíduos. Também atuam junto a um grupo de mulheres na Índia, outro de refugiados na Alemanha. Ao todo, são 350 iniciativas internacionais espalhadas por 97 cidades de 26 países.
Esse movimento conta com a participação de muitos setores da sociedade. Em julho de 2018, o projeto obteve um financiamento do Google no valor de US$ 1 milhão para apoiar essas cooperativas de plataforma a iniciarem suas atividades. O investimento tem validade de dois anos, e deve encerrar em 2020.
Outro diferencial identificado nesse modelo de cooperativismo por plataformas é a colaboração e comprometimento entre cooperados, a conectividade entre eles, além da busca por qualificação. “As empresas precisam trabalhar juntas”, defende Trebor.
Esse sistema de organização também pode ser considerado um segundo pilar a ser pesquisado no século. Parte das cooperativas assistidas se tornaram parte de uma democracia social particular. Dessa experiência, Trebor espera que seja construída uma grande plataforma que possa ser utilizada em código aberto pelas cooperativas, inclusive as do Brasil.
A nova-iorquina Sylvia Morse trabalha com voluntariado desde 2012. Na economia cooperativa, atua junto a Center For Family Life in Sunset Park, que engloba uma comunidade de imigrantes, a maior parte deles de origem da América Latina e alguns chineses.
O programa desenvolvido com economia colaborativa começou em 2006 com essa organização, baseada em Nova Iorque. Há 12 anos, fornecem assistência técnica e treinamento para cooperados. O trabalho de Sylvia é recrutar os trabalhadores e realizar com eles os programas de capacitação. Nessa esfera, também acompanha outras empresas como, por exemplo, a Open & Go, plataforma colaborativa feita para pessoas que trabalham com bico, como trabalhadores domésticos.
Esse ecossistema trabalha com organizações não lucrativas e outras organizações ajudam. "É uma cooperativa de indivíduos e, também, ligada a outras cooperativas que se juntaram à nossa para poder competir melhor. O que estamos tentando oferecer é uma estrutura q desafie, busque ultrapassar outras plataformas de aplicativo que existem, e oferecer esse serviço aos trabalhadores com transparência", relata Sylvia.
Transparência é a palavra central nesse processo. "Trabalhamos com transparência de forma que fique claro qual porcentagem vai para a empresa e qual vai para o trabalhador. De modo que, no fim, o trabalhador saiba quanto vai receber", explicou.
Ao todo, são 340 trabalhadores que, segundo Sylvia, observaram o impacto do projeto do cooperativismo em suas vidas e, com qualificação, começam a ter maior oportunidade de trabalho. “Isso tem ajudado esses trabalhadores a terem mais oportunidades de trabalho e terem uma renda maior”, explicou Sylvia. "Agora, o objetivo é oferecer outros cursos, para que aprendam quais seus direitos e quais seus deveres. E, também, treinamento para líderes e para discursos em público."
Nos últimos dez anos a equipe de Sylvia pesquisou quais os limites e benefícios alcançados nesse trabalho, quando se tem mais voz na comunidade e quando as mulheres conquistam maior independência financeira. "As cooperativas de imigrantes têm crescido em, Nova Iorque, porque são negócios gerenciados pelos próprios trabalhadores, que não têm muitos recursos de capital." Segundo Sylvia, esse mercado ainda é composto basicamente por trabalhadores independentes, e tende a crescer no "boca a boca". Uma das estratégias para aumentar a produtividade das cooperativas por plataforma é fazer com que os profissionais comecem a trabalhar de modo menos informal.
Para o sucesso da empresa, também é importante fazer sempre a atualização das tecnologias, usar toda a estrutura disponível e desenvolver trabalhos em grupo e com outras cooperativas. Essas ações medem o sucesso e os impactos, quanto os trabalhadores estão ganhando, "e o resultado tem sido de aumento em 20% do que ganhavam anteriormente", afirmou Sylvia. "Temos programas para promover a cooperação entre os trabalhadores, onde eles atuam como consultores. Assim, eles se tornam mais produtivos."
Neste ano de 2019, o foco da Center For Family Life in Sunset Park está em aumentar as ferramentas para ampliar o número de pessoas trabalhando e fazer com que o futuro das plataformas seja mais amigável ao usuário, "para entender qual abordagem será menos custosa para os trabalhadores e para os empregadores e para nossa comunidade como um todo, visando diversificar nossos fundos, desenvolver novas tecnologias, fazer novos treinamentos e fazer nosso ambiente corporativo cada vez mais alto no ranking", concluiu.
Brasília (10/5/19) – O pronunciamento do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, diante de um público de mais 1,3 mil líderes cooperativistas, foi um dos momentos mais aguardados do último dia do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que ocorre em Brasília, desde a quarta-feira (8/5).
Em nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, Lorenzoni agradeceu a atuação dos cooperativistas. “Em nome do Brasil, quero agradecer a cada um de vocês fazerem do nosso país um exemplo. O trabalho de vocês é muito importante para a nação”, reconhece.
ALIANÇA
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse ao Ministro que as cooperativas também querem ver o país crescendo, assim como o governo, e que elas são aliadas naturais nesse processo, até porque, mesmo na crise, nunca deixaram de atuar por uma economia local mais forte, pela geração de emprego, trabalho e renda em todos os cantos do país.
Márcio Freitas disse, também, que o cooperativismo gera cerca de 400 mil empregos formais e movimenta mais R$ 420 bilhões anualmente. Além disso, segundo ele, os 1,3 mil congressistas presentes no CBC representam a força socioeconômica de mais de 50 milhões de brasileiros.
“É por isso, Ministro, que não queremos privilégios! Queremos apenas condições de trabalhar num cenário favorável ao desenvolvimento sustentável das cooperativas, especialmente pelo fato de que isso está previsto na Constituição Brasileira. Nós só queremos o bem de todos os brasileiros, assumindo nosso papel de parceiros na construção de um Brasil melhor.”
RESPEITO
Lorenzoni, por sua vez, destacou que, a fala do presidente do Sistema OCB é percebida pelo governo como “um pedido de respeito”. Além disso, o Ministro destacou que conhece o cooperativismo bem de perto.
“Durante quase 12 anos, no meu início de carreira, lá no Rio Grande do Sul, atendia muitas cooperativas da bacia leiteira em torno da cidade de Porto Alegre. Sei bem como é a vida do produtor rural. Também tive a experiência de ter a vida da minha mãe salva por uma Unimed e, se Deus quiser, em 2019 ela comemora 88 anos”, discursou emocionado.
CAMINHONEIROS
Sobre a crise no setor de transportes, o Ministro comparou os caminhoneiros a “mariscos” que sofrem a turbulência de um mar revolto, criado pelo monopólio dos combustíveis e dos grandes contratantes de serviços de transportes no país.
Sobre o assunto, Onyx Lorenzoni reconheceu que a melhor forma para solucionar a questão e dar dignidade a quem presta o serviço de transporte de cargas no país é, de fato, o cooperativismo.
“A alternativa mais viável para dar futuro à essas pessoas e suas famílias é o cooperativismo. Esse é o melhor caminho. O cooperativismo é algo que se renova, que gera emprego e renda e consolida os princípios que são a base de uma grande nação”, finaliza.
AGENDA
Ao final de sua participação no 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, Onyx Lorenzoni recebeu, das mãos do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, um exemplar impresso da Agenda Institucional, lançada na abertura do evento e que reúne as propostas e demandas das cooperativas do país para os Três Poderes da República.
Brasília (8/5/19) – Emocionado durante a abertura do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo o embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, Roberto Rodrigues, relembrou o tempo que foi presidente da ACI Américas (1992 a 1997) e da OCB (mandatos de 1985 e 1991). A solenidade também prestigiou os 50 anos do cooperativismo no Brasil.
Para Rodrigues, uma das maiores lideranças cooperativistas do país, o futuro, tema escolhido para o evento, deve ser pensado pelo viés da competitividade, considerando que cooperativas são empresas e que devem agregar valores e princípios. Nesse cenário, ressaltou a importância de que os pequenos tenham acesso à mesma tecnologia que os demais, para que essas novas ferramentas sejam inclusivas e não exclusivas.
“As cooperativas são instrumento de uma doutrina universal una”, assim sendo fundamental que sejam organizadas de modo centralizado. Roberto Rodrigues manifestou ainda a preocupação com a preservação da "democracia transformada em rede, com princípios universais, como deve ser o cooperativismo". “Mais da metade da população do mundo está ligada ao cooperativismo”, completou.
Roberto Rodrigues propôs ao 14º CBC que cada cooperativa tenha uma mulher e um jovem na composição do seu conselho de administração. “Depois de mim, duas mulheres já foram presidente da ACI. Portanto, o espaço existe e é importante que ele seja concedido”, defendeu.
Ao observar as mudanças recentes no país e no mundo, com solvência de lideranças a nível global, Roberto Rodrigues alertou sobre a segurança alimentar, tema que segundo o embaixador deve ser pensado neste momento. Nesse âmbito, segundo a referência internacional, “para que o mundo tenha crescimento em 20%, o Brasil tem que crescer 40%”, citou. Daí a relevância do Brasil para o cenário internacional como um todo.
COOPERATIVISMO GLOBAL
Em seu discurso, o presidente da Aliança do Cooperativismo Internacional (ACI), Ariel Guarco, apresentou os números da ACI e destacou o reconhecimento que a Aliança alcançou no mundo, estando presente nos cinco continentes. O foco de atuação, segundo Ariel Guarco, é a responsabilidade social presente na empresa, respeitando também o consumo responsável, atuando em parceria com a OCB, com a FAO e uma rede intermediária. “Queremos demonstrar que é possível construir uma economia democrática”, afirmou.
Diante de uma era de transformações, Guaco defendeu que o pensamento no futuro deve passar pela profissionalização dos jovens. Em seu discurso, o presidente da ACI previu também mudanças nas formas de trabalho, onde trabalhadores são substituídos pelas ferramentas de automação.
Nesse sentido, Ariel Guarco defendeu que forças como a economia verde e a economia digital serão as criadoras de frentes de trabalho e o cooperativismo deve acompanhar esse movimento. Assim, “as cooperativas devem demonstrar que há outras formas de construir uma economia digital, de raízes”, defendeu. De acordo com Guarco, as cooperativas têm papel de construir um mundo melhor e, encerrando o discurso, convidou a todos para assumir esse protagonismo.
O desafio político cooperativo pelo qual a América passa foi o centro da apresentação da presidente da ACI Américas, Graciela Fernandez. Esses obstáculos pautam o trabalho do movimento cooperativo americano que, segundo Graciela, tem buscado o diálogo com os governos. São mais de 200 mil cooperativas de base, que visam o desenvolvimento de uma economia social. E o cooperativismo brasileiro é parte dessa organização.
Por fim, pela celebração dos 50 anos do Sistema OCB, a presidente da ACI entregou uma placa de homenagem ao presidente Marcio Lopes de Freitas.
FOTOS
Brasília (8/5/19) – Após a solenidade de abertura do 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado de 8 a 10 de maio, em Brasília, foi lançada a Agenda Institucional do Cooperativismo para 2019. O documento visa pautar os temas mais importantes ao setor junto aos Três Poderes da República. Essa é a 13ª edição da agenda, que contém 36 prioridades a serem apresentadas no Congresso Nacional e 17 propostas a serem levadas ao poder Executivo. Além disso, cinco temas da agenda são acompanhados com repercussão nos Tribunais Superiores.
Na ocasião, o presidente Márcio Lopes entregou às autoridades presentes o documento elaborado pelo Sistema OCB contendo essas propostas. O papel da agenda é servir de instrumento para ratificar o compromisso do movimento cooperativista com o desenvolvimento do país. Ao todo, são 14,2 milhões de pessoas representadas por 6,8 mil cooperativas, todas focadas no crescimento sustentável. Essas cooperativas se ramificam em 13 ramos de atividades econômicas.
Entre os principais desafios propostos na Agenda estão a aprovação e sanção do Projeto de Lei 8.824/2017, que assegura serviços de telecomunicações por cooperativas; a aprovação de substitutivo do Projeto de Lei 519/2018, que visa regulamentar a operação de seguros por sociedades cooperativas; e o acesso ao crédito e a linhas de financiamento público para cooperativas.
DIRETORIA DA FRENCOOP
Em seguida, foi realizada a posse da Frente Parlamentar do Cooperativismo no Congresso Nacional (Frencoop), que contou com a presença de diversos membros da frente. Composta por mais de 300 deputados e 36 senadores, a Frencoop tem a missão de pautar os temas de interesse do cooperativismo no Congresso, divulgando e defendendo as principais ações para o desenvolvimento do setor no país.
FOTOS
Brasília (8/5/19) – Quarenta jovens e mulheres embaixadores, vindos de diferentes regiões do país, tiveram um momento de destaque no primeiro dia do 14º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC), que é realizado de 8 a 10 de maio, em Brasília. São os vencedores da seleção Jovens Embaixadores Coop e Embaixadoras Coop, realizado pelo Sistema OCB.
Abraçar as oportunidades e "alçar vôos mais altos com a diversidade e a presença feminina em todas suas instâncias" é um desejo revelado pelo grupo de 20 mulheres embaixadoras na Carta Manifesto lida em plenária, durante a solenidade de abertura do 14º CBC.
No documento, estava expressa a sede por mudanças que essas mulheres dedicadas ao crescimento do cooperativismo no Brasil cultivam a cada dia. As alterações têm sido discutidas e sentidas, pois "cargos antes de posições exclusivamente masculinas passaram a ser desempenhados também por mulheres", diz trecho da Carta.
Embora as mulheres tenham assumido maior protagonismo no cooperativismo ao longo dos últimos anos, para as embaixadoras, o setor ainda é majoritariamente masculino, e segue apresentando desafios diários para as mulheres. “Para diminuir a disparidade de gênero dentro do cooperativismo, é necessário respeitar as diferenças biológicas, mas que estas não sirvam de pretexto para subordinar, mas sim valorizar as qualidades das mulheres”, reforça a carta ao propor maior incentivo da participação feminina no cooperativismo.
As mulheres cooperativistas buscam reconhecimento. Para isso, foram sugeridas ações como a criação de lideranças cooperativistas, comitês e projetos envolvendo mulheres, assim como investimento em formação e capacitação de lideranças femininas, com equiparação salarial, entre outros.
Mais de 170 jovens, com idades entre 18 e 20 anos, participaram do concurso para jovens embaixadores do Sistema OCB. Os anseios mais sensíveis desse grupo para o setor, também foi traduzido por meio de Carta Manifesto.
A paranaense Pamella Fernandes Lopes fez a leitura do documento, convidando aos presentes para que se lembrassem de sua juventude e dos desafios inerentes a esta época da vida, quando eram "cheios de sonhos, ambições, com garra para lutar pelo que é justo, pela igualdade social, por respeito".
Uma preocupação do grupo é com a qualificação do jovem para o cooperativismo. “Todos nós nascemos com espírito cooperativista, que é perdido com o tempo, em um mundo cada vez mais individualista”, afirmou ao defender a importância de se trazer a juventude para o cooperativismo do futuro, criando oportunidades. “Inserindo a educação cooperativista desde o início da formação seria uma boa alternativa para a inclusão da cultura do cooperativismo”, afirmou.
Leia abaixo a íntegra das duas Cartas Manifesto.
Carta manifesto Embaixadoras Coop
Prezadas lideranças cooperativistas,
As melhores oportunidades surgem na vida daqueles que lutam por elas. Eis que nós, Embaixadoras Coop 2019, vinte mulheres de todos os cantos do Brasil, inseridas no cooperativismo direta e indiretamente, ensejamos que através deste manifesto construído em conjunto, o sistema cooperativista possa perceber que pode alçar voos mais altos com a diversidade e a presença feminina em todas suas instâncias.
Nunca se falou tanto em igualdade de gênero e equidade entre homens e mulheres dentro da sociedade como ultimamente. A mudança vem ocorrendo, cargos antes de posições exclusivamente masculinas passaram a ser desempenhados também por mulheres, porém esse avanço está a passos lentos. Apesar de exemplos de sucesso, a porcentagem de liderança feminina ainda é muito menor em comparação aos homens e apesar dos resultados positivos e das conquistas, ainda há muito preconceito contra a mulher, e muitas dúvidas sobre sua capacidade de se entregar ao trabalho.
Nesse dilema cultural, homens e mulheres questionam a autoridade dela, que permanentemente tem de provar sua competência. Ver é acreditar, e ver mais mulheres em posições de liderança faz as demais acreditarem que é possível, para isso é preciso oportunizar espaço para elas. E é fundamental que mulheres líderes abram caminho para outras, praticando mais a sororidade.
Para diminuir essa disparidade de gênero dentro do cooperativismo é necessário respeitar as diferenças biológicas, mas que estas não sirvam de pretexto para subordinar, mas sim valorizar as qualidades das mulheres. Fazer uma gestão de pessoas justa, torna as relações de trabalho mais transparentes com oportunidades iguais para o crescimento de todos.
Mais do que homenagens mulheres merecem reconhecimento! A partir dessa percepção, para influenciar a participação das mulheres no cooperativismo, desafiamos e propomos às lideranças cooperativistas a criação de mais comitês e projetos envolvendo as mulheres; formação e capacitação das lideranças femininas; equiparação salarial e de quantidade das mulheres em suas instâncias de governança; campanhas e eventos de reconhecimento.
Todas essas ações promovem o empoderamento feminino e por consequência, trazem mais sucesso ao cooperativismo, que pode ser adotado como filosofia de vida, e através da intercooperação será possível ter maior representatividade feminina, garantindo a equidade dentro do cooperativismo brasileiro.
Carta Manifesto Jovens Embaixadores Coop
Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro, em primeiro lugar solicito a todos os participantes do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que recordem inicialmente de quando eram jovens, cheios de sonhos, ambições, com garra para lutar pelo que é justo, pela igualdade social, por respeito. Este, que traz na veia a força e o espírito da revolução com uma energia inesgotável capaz de provocar as maiores mudanças. São nas pequenas coisas que sei que dentro de você existe um jovem adormecido.
Aposto que você canta no chuveiro, dança em frente ao espelho, sente o frio na barriga quando é desafiado e possui a capacidade de doar-se em prol daquilo que acredita. Você pode contar muitos anos de vida e ainda ser jovem. A idade cronológica não é mais importante. É essencial lembrar que a juventude não é uma época da vida, e sim um estado de espírito.
Todos nós nascemos com o espírito cooperativista, que é perdido com o tempo, em um mundo cada vez mais individualista. Já dizia Antoine de Saint-Exupéry, “todo homem traz dentro de si, o menino que foi”. Talvez o futuro esteja no resgate da essência infantil que coopera com o outro, sem esperar nada em troca, uma alma pura e genuína. É notório o envelhecimento do quadro social das cooperativas de todos os segmentos no cenário atual, logo, percebe-se a necessidade de trazer a jovialidade para o interior delas para atrair cada vez mais público.
Temos que nos perguntar quais as pessoas que estamos deixando para o mundo. Nossos jovens estão se preparando para o futuro? Formaremos seres individualistas, racionais, inteligentes e sem empatia? Inserindo a educação cooperativista desde o início da formação seria uma boa alternativa para a inclusão da cultura do cooperativismo, acompanhando até o final através de cursos de treinamentos, workshops dentro das faculdades, incentivando programas de trainees.
Dessa forma, o jovem começa a ser moldado desde seu início dentro das cooperativas criando um banco de oportunidades a nível nacional, com a possibilidade de alavancar a carreira profissional do mesmo. Eu quero fazer a diferença, prova disso, é que estou decidindo lutar pelo que é certo. Sei que já dei o primeiro passo e gostaria de continuar caminhando, despertando a essência de cada um, sendo um instrumento para as pessoas conhecerem e viverem o Cooperativismo.
Como diz Pietro Ubaldi, o próximo grande salto evolutivo da humanidade será a descoberta de que cooperar é melhor que competir. Que sejamos exemplos. Vamos aliar as habilidades individuais, extrair o melhor de todos, traçar objetivos que buscam o bem comum, afinal a união faz a força e juntos somos mais fortes.
Me deem espaço, mostrem o caminho, quero aprender com vocês, mas preciso de incentivo, oportunidade e de notoriedade. Peço que invistam em mim, não serei um custo e sim lucro para o futuro, desejo ser um líder como vocês para promover a perpetuidade do cooperativismo. Mas afinal, deves estar se perguntando quem sou eu.
Eu lhe respondo, eu sou a Pamella, a Daniele, sou o Cristofer, Victor, sou a Agatha, a Elida e a Jessyca, sou o Bruno, o Giordano e o Kaio, sou a Larissa, a Mariana e a Luana, sou o Neuryson, o Diego e o João, sou o Deivid e o Elias, enfim, eu sou a voz da Juventude.
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Brasília (9/5/19) – Ariel Guarco, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), foi um dos principais convidados da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e participou da abertura do evento. A ACI tem um importante papel na defesa e preservação dos princípios do cooperativismo, promovendo intercâmbios e melhores práticas entre os cooperados em mais de 100 países ao redor do mundo. A presença da liderança internacional foi um dos pontos altos da mesa, pois tratou justamente da estratégia e dos desafios para setor.
Durante sua palestra, Ariel falou que um dos desafios está na valorização e cuidado com o ser humano – que é parte essencial da dinâmica do cooperativismo. Segundo o presidente, este deve ser o primeiro passo para alcançar o desenvolvimento econômico e social por meio da atividade cooperativista.
Ariel apontou que o modelo vem sendo procurado pelos jovens, que enxergam as cooperativas como uma oportunidade não apenas para seu crescimento profissional e pessoal, mas também para contribuir com o bem-estar do ambiente em que vivem.
O presidente da Aliança também destacou que estava muito feliz em participar do evento e por fazer parte da celebração histórica dos 50 anos de existência do Sistema OCB ao lado do presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas.
Confira a íntegra da que ele disse:
Do ponto de vista do cooperativismo global – um movimento que representa mais de 1.200 pessoas – nossos desafios estão diretamente relacionados aos mesmos que enfrentamos como humanidade. Em primeiro lugar, temos de cuidar da casa: a casa comum, a casa global. Como definiu Papa Francisco, essa casa hoje está em risco, pois não estamos agindo como deveríamos. Consumimos sem responsabilidade e, assim, contribuímos para que os produtores rurais produzam da mesma maneira. Nesse sentido, o cooperativismo, a OCB, através desses 50 anos, tem dado claros sinais que há uma forma diferente de consumir e gerar.
Em segundo, precisamos cuidar de quem vive nesta casa: o ser humano, que sempre deve ser o centro de nossos objetivos. Somos um movimento humano, guiado por princípios e valores, com padrões internacionais. Nos diferenciamos por justamente priorizar o desenvolvimento do ser humano acima de tudo.
É tão comum vermos modelos econômicos que priorizam e valorizam o capital. Nós não negamos o capital, ele é necessário – dependemos dele como empresas. Nossas empresas devem um retorno à economia e à sociedade. Mas entendemos que o núcleo de todos os objetivos e preocupações tem que ser o ser humano e não o capital. Nesse sentido, vem nossa grande preocupação com o trabalho do futuro: quais serão os novos desafios, as formas de trabalho para os jovens que estarão ingressando nos próximos 10 ou 15 anos.
Para evoluir neste sentido, temos trabalhado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho. Já tivemos conversas profundas com seu diretor-geral, Guy Ryder, e ele nos disse que enxerga as cooperativas como verdadeiras incubadoras de novas formas de trabalho. Isso é real. Todos os dias, jovens elegem o modelo cooperativo como organização. Eles entendem que o modelo permite o desenvolvimento profissional, agregando também o desenvolvimento de todo seu entorno.
Ninguém pode realmente viver uma vida feliz, de respeito ao meio ambiente – uma vida completa, plena e realizada se o meio ambiente e suas comunidades não estão se desenvolvendo de forma sustentável. Se não houver desenvolvimento, permanecemos cercados apenas pelas crises que temos enfrentado em todo o mundo.
Brasília (9/5/19) – Despertar o orgulho de fazer parte de um dos modelos de negócios mais humanizados do mundo e, ainda, divulgar para a sociedade a importância das cooperativas – e seus produtos – para o país. Estes são objetivos do Movimento SomosCoop, tema de um dos painéis da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo. O evento reúne mais de 1,5 mil pessoas de todos os cantos do país, em Brasília, para discutir as estratégias do cooperativismo do futuro.
E, como o Movimento SomosCoop está na fase de sensibilização das cooperativas para que usem o carimbo da campanha em seus produtos e serviços, a ideia de debater o assunto durante o CBC foi a de apresentar três casos de sucesso: o do Sistema Ocepar e o das cooperativas Cocamar e Unimed, que realizaram um trabalho intenso de mostrar, internamente, a necessidade de se fazer parte do movimento.
O painel contou com a participação da gerente de Comunicação Social do Sistema OCB, Daniela Lemke, e dos gestores de comunicação Samuel Milléo (Ocepar), Sabrina Morello (Cocamar) e Aline Cebalos (Unimed Brasil). Todos foram enfáticos ao afirmar que o cooperativismo é um movimento transformador de realidades, mas, para que isso ocorra, de fato, é necessária uma ação em rede, ou seja, integrada nacionalmente, mobilizando todas as cooperativas do país. Só assim, disseram, a sociedade poderá reconhecer a importância socioeconômica do cooperativismo brasileiro.
Para conhecer mais sobre o Movimento SomosCoop e baixar todo o pacote de informações sobre o uso do carimbo, clique aqui.