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A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei 1.459/2022, que trata das novas regras para aprovação e obtenção de registros de defensivos agrícolas. A proposta visa conferir maior objetividade e previsibilidade ao processo do registro de novas tecnologias para controle de pragas no campo e que as novas regras sejam implementadas com responsabilidade ao assegurar parâmetros de segurança para a saúde humana e o meio ambiente. O texto segue para análise do Plenário em regime de urgência.
O Sistema OCB desempenhou um papel ativo na aprovação da proposta e trabalhou em conjunto com outras entidades do setor produtivo para adequar o texto às necessidades das cooperativas e cooperados. A iniciativa faz parte da Agenda Institucional do Cooperativismo e destaca a importância do engajamento do movimento em temas relevantes para o desenvolvimento do país. "Com a modernização da lei, será possível garantir maior previsibilidade em relação ao prazo máximo para obter o registro. Além disso, a lei terá o papel de catalisar tecnologias que são capazes de melhorar o manejo das principais pragas agrícolas", afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A senadora Tereza Cristina (PP/MS), vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), liderou as negociações sobre o tema e colaborou de forma diligente para o consenso e a busca do equilíbrio no texto do projeto. Para ela, o resultado da votação na comissão foi positivo. “A agricultura brasileira mudou. Hoje temos uma agricultura pujante e, depois de muito debate, chegamos a um bom termo para resolvermos definitivamente a modernização dos pesticidas no nosso país” declarou.
Tereza Cristina ressaltou ainda a importância do projeto, em tramitação há 24 anos, e salientou a segurança dos agroquímicos "Temos um projeto que precisa ser levado para o Plenário para ser aprovado e sancionado. Assim conseguiremos dar a segurança que a agricultura brasileira precisa”, complementou.
Entre os pontos aprovados está a manutenção da análise de risco obrigatório para concessão de registro de pesticidas e de produtos de controle ambiental e a definição do Ministério da Agricultura (Mapa) como o órgão federal responsável pelo setor da agricultura e coordenador do processo de reanálise dos pesticidas. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) ficou definido como o responsável pelo setor do meio ambiente e coordenador do processo de reanálise dos produtos de controle ambiental. Também foi mantida a possibilidade de pedido e registro de produtos em reavaliação.
O parecer do senador Eduardo Braga (AM), relator da Reforma Tributária (PEC 45/2019), foi aprovado nesta terça-feira (7) pela Comissão de Constituição e Justiça por 20 votos a 6. O texto preserva os dispositivos aprovados pela Câmara dos Deputados que garantem o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e permitem a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas, além do aproveitamento de créditos das operações antecedentes, e deve ser votado pelo Plenário da Casa nesta quarta-feira (8).
O relatório, apresentado em forma de substitutivo, recebeu novas alterações promovidas por emendas apresentadas pelos senadores com o propósito de aprimorar as medidas propostas no texto inicial divulgado no último dia 25 de outubro. Das 777 registradas, 247 emendas foram acatadas total ou parcialmente. Braga aumentou para R$ 60 bilhões o fundo mantido pela União para reduzir as desigualdades regionais e sociais e diminuiu competências do comitê gestor do futuro imposto estadual e municipal.
O senador também criou um mecanismo que premia os entes federativos que arrecadarem mais, com a distribuição de uma parcela maior do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Para ele, o maior legado do texto aprovado foi “estabelecer uma trava que não permitirá que haja aumento de imposto para o contribuinte. Pela fórmula apresentada, quando o PIB [Produto Interno Bruto] for zero, não poderá aumentar a carga tributária. Quando o PIB for negativo, também não haverá aumento”, declarou.
O texto aprovado, em geral, mantém o núcleo central da proposta aprovada pelos deputados, mas traz algumas alterações importantes. A unificação dos tributos nacionais PIS, Confins e IPI continua a ser prevista na futura Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), assim como a junção do ICMS estadual e do ISS municipal no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que se transformarão no chamado IVA dual. As alíquotas, no entanto, serão definidas a partir de leis complementares.
O texto instituiu ainda que a carga tributária sobre o consumo terá um teto de referência baseado na média da receita dos impostos sobre consumo e serviços no período 2012/2021, apurada sobre a proporção do Produto Interno Bruto (PIB). A alíquota poderá ser reduzida caso exceda esse limite.
A trava estabelecida prevê que a CBS e o Imposto Seletivo (IS) serão reduzidos em 2030 se suas receitas médias em 2027 e 2028 forem maiores que a média da arrecadação do PIS/Pasep, Cofins e IPI, que serão extintos no período. Em 2035, haverá outro momento de reavaliação, em que todo os tributos criados pela PEC poderão ser reduzidos se a receita média entre 2029 e 2033 for maior que a média da arrecadação dos impostos extintos.
Os regimes diferenciados, com alíquotas reduzidas, foram previstos para uma série de atividades, incluindo serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semiurbano e metropolitano; agências de viagem, concessão de rodovias, missões diplomáticas; serviços de saneamento; e estrutura compartilhada dos serviços de telecomunicações. O relator também manteve os regimes diferenciados aos produtos e insumos agropecuários, alimentos de consumo, serviços de saúde e medicamentos.
No caso das cestas básicas, o relatório considera a diversidade regional e cultural na definição dos alimentos que a compõe e estabelece dois modelos básicos: a estendida e a nacional. Para a nacional, os itens serão definidos por Lei Complementar e serão isentos de CBS e IBS. Já a estendida terá alíquota reduzida de 60% e mecanismo de cashback (sistema em que parte do dinheiro pago é devolvido ao consumidor).
Além da devolução dos saldos de ICMS/ISS, o relatório também acrescentou os de Pis, Confins e IPI. A forma de utilização dos créditos será disciplinada em Lei Complementar. Serão mantidos apenas os créditos que cumpram os requisitos estabelecidos na legislação vigente na data da extinção dos tributos.
Imposto seletivo
O chamado “imposto do pecado” também terá alíquotas definidas por lei e será cobrado somente a partir de 2027, com a extinção total do IPI. Sua finalidade será extrafiscal para regular o mercado ou incentivar/penalizar determinadas condutas nocivas ao meio ambiente e à saúde.
O relatório introduziu cobrança de 1% do valor de mercado sobre a extração de recursos naturais não renováveis, incluindo minérios e petróleo, e 60% dessa arrecadação será repassada para os estados, Distrito Federal e municípios.
A Zona Franca de Manaus foi retirada do alcance do imposto seletivo. Para assegurar seu diferencial competitivo serão utilizados instrumentos fiscais, econômicos ou financeiros e subsidiariamente a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico) sobre importação, produção ou comercialização de bens que tenham industrialização incentivada na região.
As verbas destinadas ao Fundo Nacional do Desenvolvimento Regional (FNDR), que tem como função compensar os estados pelas perdas na arrecadação com as novas regras tributárias, também foram alteradas no substitutivo. O teto definido agora é de R$ 60 bilhões, R$ 20 bilhões a mais que o estabelecido pelos deputados. A proposta para divisão do fundo mudou para 70%, segundo os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 30% tendo como prioridade os estados mais populosos do país.
O Conselho Federativo foi redesenhado e batizado de Comitê Gestor. Não terá mais a capacidade de apresentar propostas ao Legislativo para regular os novos tributos e passa a ter caráter técnico. Terá papel de agência de arrecadação e executor da política tributária. Além disso, seu presidente passará por sabatina no Senado para nomeação oficial.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participa nesta quarta-feira (8) da abertura oficial da 28ª Conferência ICMIF Américas, realizada pela primeira vez no Brasil. O evento, idealizado pela Federação Internacional de Cooperativas e Mútuas de Seguro (ICMIF), acontecerá no Centro de Inovação Unimed-BH e contará também com a presença da superintendente Tania Zanella, que será responsável por mediar um debate com parlamentares sobre a regulamentação das cooperativas de seguro no Brasil.
A Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, é a anfitriã da conferência bianual que, este ano, tem como tema “Preenchendo as Lacunas de Proteção”. O objetivo é debater a crescente importância dos seguros e entender como as seguradoras podem identificar soluções para o mercado. A expectativa é reunir mais de 200 participantes, incluindo CEOs, presidentes e diretores de cooperativas seguradoras globais. "O Brasil, com sua diversidade e potencial, é palco perfeito para discutirmos desafios globais. Em um mundo com ameaças crescentes, a ICMIF se empenha em ampliar e inovar em seguros. Nosso objetivo é assegurar uma proteção robusta e sustentável, projetando um futuro mais seguro para todos", afirma Catherine Hock, vice-presidente e Relações Internacionais da ICMIF.
Entre os temas a serem abordados, a proposta de alteração da legislação brasileira para ampliar as possibilidades de operações de seguros por cooperativas é um dos destaques. Atualmente, estão em debate no Congresso Nacional Projetos de Lei Complementar (PLP) 519/2018 e 101/2023, que visam exatamente essa ampliação. “O Brasil é um dos raros países que não permitem às cooperativas operar em seguros. Coincidentemente, a realização deste evento em nosso território ocorre no momento em que o projeto está prestes a ser apreciado na Câmara. É uma oportunidade valiosa para o cooperativismo brasileiro preencher essa lacuna”, comenta Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed.
Para o presidente Márcio, a iniciativa de trazer o evento para o Brasil representa uma grande oportunidade para colocar o tema em debate. “Temos realizado reuniões constantes com agentes do governo federal e do Poder Legislativo para apresentar os benefícios que as cooperativas podem proporcionar ao mercado de seguros no Brasil e estamos confiantes de que os resultados serão positivos. O cooperativismo tem toda a competência para ocupar um papel relevante também neste setor. Sua capilaridade, agregada aos seus princípios, vai, com toda certeza, ofertar ao mercado de seguros serviços de qualidade com preços justos e competitivos”, ressalta.
ICMIF: A entidade setorial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) representa mais de 200 cooperativas e mútuas em 61 países. Em 2021, essas afiliadas registraram receitas de prêmios superiores a R$ 1,41 trilhões e mantiveram R$ 10,4 trilhões em ativos. Os números demonstram a significativa presença das cooperativas, responsáveis por aproximadamente 30% do mercado global de seguros.
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A Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul (RECM) está realizando sua 3ª missão conjunta de prospecção comercial. Desta vez, os países escolhidos são Índia, Singapura e Filipinas. A comitiva é formada por 14 representantes do Brasil, entre eles o Sistema OCB, o Ministério da Agricultura e dirigentes de cooperativas do Paraguai, Uruguai e Argentina. O primeiro país visitado foi a Índia, no período de 29 de outubro a 3 de novembro.
O cronograma incluiu reuniões com autoridades governamentais indianas, cooperativas locais e encontros com entidades e empresas do setor cooperativo e de agricultura. O intuito da missão é fortalecer os laços comerciais e a cooperação entre os países membros do bloco econômico latino-americano, por isso, a delegação brasileira conheceu também a Embaixada do Brasil e o embaixador Kenneth Nóbrega, que tem sido um defensor ativo da promoção dos produtos de cooperativas brasileiras na Índia.
A União Cooperativa Nacional da Índia (NCUI), uma organização parceira do Sistema OCB no país asiático foi uma das entidades visitadas. A NCUI representa todos os ramos do cooperativismo indiano e promove o desenvolvimento e a representação do movimento a nível nacional e internacional.
Os participantes tiveram ainda uma reunião com a InvestIndia, organização indiana que promove investimentos e modelos de negócios. No encontro, se discutiu a oportunidade de negócios entre o Mercosul e o país anfitrião. O Ministério da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia também recebeu uma visita para discutir a cooperação internacional no setor agropecuário.
Em outra agenda, a delegação pôde conversar com a Federação Indiana das Câmaras de Comércio e Indústrias (FICCI), a maior e mais antiga organização relacionada a negócios da região indiana, com mais de 2,5 milhões de empresas em todo o país. Por fim, foi realizada uma reunião com a Divisão de Desenvolvimento Cooperativo do Ministério da Cooperação da Índia, responsável por promover assuntos de cooperação e cooperativas no país.
Para a analista de negócios do Sistema OCB, Layanne Vasconcellos, a passagem pela Índia rendeu dias frutíferos e que permitiram consolidar entendimentos sobre as oportunidades e desafios para acessar o mercado do país. Ela acredita que o conhecimento sobre os hábitos de consumo e cultura locais será primordial para desenvolver estratégias que atendam os interesses do público consumidor. "Mente aberta, persistência e um bom parceiro de negócios podem fazer toda a diferença. Essa troca de conhecimento fortaleceu nossa visão sobre o potencial do cooperativismo brasileiro no mercado externo", declarou.
Oportunidades
A Índia se tornou em 2023 a maior população do planeta, com 1,4 bilhões de habitantes. O país vive uma grande expansão econômica e o comércio bilateral com o Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos. O país também vive uma transição no setor varejista, que vem passando das lojas tradicionais ao comércio eletrônico. Conforme explica Layanne, entender como está ocorrendo essa transição e como beneficiar-se dela pode ser um elemento diferenciador na hora de exportar ao país.
Entre as principais oportunidades para o Brasil estão as farinhas em geral, o azeite de soja, gergelim, legumes, grão-de-bico, maçã, nozes, polpas de açaí e cupuaçu. O mercado também é favorável para a cachaça e o vinho.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participa nesta quarta-feira (8) da abertura oficial da 28ª Conferência ICMIF Américas, realizada pela primeira vez no Brasil. O evento, idealizado pela Federação Internacional de Cooperativas e Mútuas de Seguro (ICMIF), acontecerá no Centro de Inovação Unimed-BH e contará também com a presença da superintendente Tania Zanella, que será responsável por mediar um debate com parlamentares sobre a regulamentação das cooperativas de seguro no Brasil.
A Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, é a anfitriã da conferência bianual que, este ano, tem como tema “Preenchendo as Lacunas de Proteção”. O objetivo é debater a crescente importância dos seguros e entender como as seguradoras podem identificar soluções para o mercado. A expectativa é reunir mais de 200 participantes, incluindo CEOs, presidentes e diretores de cooperativas seguradoras globais. "O Brasil, com sua diversidade e potencial, é palco perfeito para discutirmos desafios globais. Em um mundo com ameaças crescentes, a ICMIF se empenha em ampliar e inovar em seguros. Nosso objetivo é assegurar uma proteção robusta e sustentável, projetando um futuro mais seguro para todos", afirma Catherine Hock, vice-presidente e Relações Internacionais da ICMIF.
Entre os temas a serem abordados, a proposta de alteração da legislação brasileira para ampliar as possibilidades de operações de seguros por cooperativas é um dos destaques. Atualmente, estão em debate no Congresso Nacional Projetos de Lei Complementar (PLP) 519/2018 e 101/2023, que visam exatamente essa ampliação. “O Brasil é um dos raros países que não permitem às cooperativas operar em seguros. Coincidentemente, a realização deste evento em nosso território ocorre no momento em que o projeto está prestes a ser apreciado na Câmara. É uma oportunidade valiosa para o cooperativismo brasileiro preencher essa lacuna”, comenta Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed.
Para o presidente Márcio, a iniciativa de trazer o evento para o Brasil representa uma grande oportunidade para colocar o tema em debate. “Temos realizado reuniões constantes com agentes do governo federal e do Poder Legislativo para apresentar os benefícios que as cooperativas podem proporcionar ao mercado de seguros no Brasil e estamos confiantes de que os resultados serão positivos. O cooperativismo tem toda a competência para ocupar um papel relevante também neste setor. Sua capilaridade, agregada aos seus princípios, vai, com toda certeza, ofertar ao mercado de seguros serviços de qualidade com preços justos e competitivos”, ressalta.
ICMIF: A entidade setorial da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) representa mais de 200 cooperativas e mútuas em 61 países. Em 2021, essas afiliadas registraram receitas de prêmios superiores a R$ 1,41 trilhões e mantiveram R$ 10,4 trilhões em ativos. Os números demonstram a significativa presença das cooperativas, responsáveis por aproximadamente 30% do mercado global de seguros.
O Sistema OCB participa da sexta edição do Brasil Investment Forum (BIF) 2023, maior evento de investimentos estrangeiros da América Latina, que acontece nesta terça (7) e quarta-feira (8) em Brasília. A organização do fórum é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo federal. A Casa do Cooperativismo foi convidada a participar e é representada por integrantes da Coordenação de Negócios e da Gerência de Desenvolvimento de Cooperativas
O objetivo do evento é destacar as oportunidades de investimentos e o ambiente de negócios do Brasil, bem como as propostas do governo, com foco em sustentabilidade e industrialização, além de temas como tecnologia, inovação e iniciativas de investimentos em participação.
Segundo a coordenadora de Negócios do Sistema OCB, Pâmella Lima, a participação da entidade é relevante porque possibilita a captação de oportunidade de negócios para o cooperativismo. “Temas como políticas públicas e privadas, geração de renda e emprego, redução das desigualdades e avanço em abordagens sobre sustentabilidade e economia verde são compatíveis com os princípios do movimento”, afirmou.
Para a coordenadora, o Brasil tem despontado como um dos principais agentes para receber investimentos no mundo. "As nossas cooperativas estão inseridas em alguns dos setores mais fortes para a captação desses investimentos, especialmente o setor agropecuário", acrescentou.
Jean Fernandes, analista de Negócios, também acompanha o fórum e acredita que o Sistema OCB está comprometido com a elevação da competitividade nos negócios das cooperativas, seja nos mercados nacionais ou internacionais. "A participação no evento é uma ótima plataforma de networking e permite conhecer novas oportunidades de investimentos", disse.
O BIF reúne palestrantes como o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e vários ministros do atual governo. As palestras e painéis de discussão fornecem insights sobre a visão do governo para o desenvolvimento econômico e as oportunidades de investimento no Brasil.
Painéis com temáticas sobre o futuro do país, as oportunidades de cada região, investimentos privados, impactos socioeconômicos, infraestrutura, desenvolvimento, ciência, inovação e sustentabilidade estão em discussão durante os dois dias de evento.
O Sistema OCB esteve presente no 30º Congresso da CIBP (Confederação Internacional dos Bancos Populares) realizado entre os dia 2 e 4 de novembro, em Paris, na França. O evento tem o objetivo debater os diferenciais das cooperativas no mercado financeiro e o relacionamento com os reguladores, além de abordar temas como responsabilidade social e sustentabilidade.
Clara Maffia, gerente de Relações Internacionais representou a entidade e destacou a importância do evento para o cooperativismo financeiro. “Foi uma oportunidade para troca de experiências e convergência das cooperativas de crédito em âmbito mundial. Temas relevantes para o futuro do setor como liderança, intercooperação, sustentabilidade, inovação e proximidade com a comunidade foram alguns dos temas abordados”, explicou.
Entre as apresentações, o diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, Otávio Damaso, falou sobre a relação da instituição com o cooperativismo financeiro brasileiro. Segundo ele, o órgão regulador mantém uma troca muito saudável com o sistema que tem crescido de forma significativa nos últimos anos.
Na edição deste ano, o Sicoob e a Banque Populaire Fédération Nationale (Federação Nacional dos Bancos Populares) foram os anfitriões do evento. Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do Centro Cooperativo Sicoob (CCS) e atual presidente da CIBP, juntamente com o presidente do Conselho de Administração do CCS, Miguel Oliveira, lideraram uma delegação de mais de 150 representantes brasileiros, incluindo conselheiros, diretores e técnicos do CCS e das cooperativas centrais e singulares distribuídas em todo o território nacional.
A Lei 14.711/2023, que institui o Marco Legal das Garantias de Empréstimos, que reformula as normas que regulamentam as garantias de crédito para reduzir o risco de inadimplência do devedor e diminuir o custo do crédito foi publicada nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União.
O texto sancionado extende a alienação fiduciária no mesmo sistema cooperativo, o que melhora o ambiente de acesso ao crédito com garantia de imóvel para os cooperados. Na prática, a norma possibilita que um mesmo imóvel seja utilizado como garantia para mais de um financiamento.
Oriunda do Projeto de Lei (PL) 4.188/21, a nova Lei contou com forte atuação do Sistema OCB durante sua tramitação no Congresso Nacional. “É uma medida importante para facilitar a desburocratização do acesso ao crédito e, por isso, solicitamos adequações no texto para atender as características específicas do cooperativismo”, afirmou o presidente Márcio Lopes de Freitas.
Além de trabalhar o tema junto aos deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), também foi acatada, na Câmara, emenda apresentada pelo deputado Arnaldo Jardim (SP), presidente da Frencoop, para permitir a extensão da alienação fiduciária para outros credores do mesmo sistema cooperativo. Segundo ele, “a medida contribuiu para maior oferta de recursos aos associados”.
A alienação fiduciária permite que o mutuário (quem recebe o empréstimo) possa solicitar outra operação, desde que seja do mesmo credor utilizando o instrumento de alienação fiduciária, que garantiu a operação anterior, e também, desde que não haja outra obrigação contratada com credor diverso com o mesmo imóvel posto em garantia.
Antes, um imóvel poderia ser usado uma única vez, até a quitação, como garantia de uma operação de crédito, mesmo o valor do empréstimo sendo inferior ao valor do bem. Com a nova Lei, o bem pode ser usado como garantia de diferentes contratos de empréstimo, até que seu valor total fique comprometido.
O parecer apresentado nessa quarta-feira (25) pelo senador Eduardo Braga (AM), relator da Reforma Tributária (PEC 45/2019) no Senado, preservou os dispositivos aprovados pela Câmara dos Deputados que garantem o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e permitem a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas, além do aproveitamento de créditos das operações antecedentes.
O relator também rejeitou integralmente a Emenda 117, apresentada pelo senador Hamilton Mourão (RS), que previa alteração no texto referente ao ato cooperativo, desvirtuando, inclusive, a previsão da Constituição de 1988 quanto à regulamentação do tema. “Mourou considerou que o dispositivo aprovado pela Câmara excluiria as atividades praticadas pelas cooperativas da incidência de qualquer obrigação tributária, o que se mostrou um equívoco, uma vez que, na verdade, a redação apenas respeita as especificidades do nosso modelo de negócios para evitar a dupla tributação de cooperativas e cooperados”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
O relatório foi lido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deverá ser debatido e votado em reunião do colegiado agendada para o dia 7 de novembro. A expectativa é que a matéria seja votada pelo Plenário entre os dias 7 e 9 de novembro. O Sistema OCB continuará a mobilização em torno da manutenção dos dispositivos até a deliberação final do tema no Congresso Nacional.
Apresentado na forma de substitutivo, o parecer também manteve o núcleo central da proposta aprovada pelos deputados, mas traz algumas alterações importantes. A unificação dos tributos nacionais PIS, Confins e IPI continua a ser prevista na futura Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), assim como a junção do ICMS estadual e do ISS municipal no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que se transformarão no chamado IVA dual. As alíquotas, no entanto, serão definidas a partir de leis complementares.
O texto instituiu ainda que a carga tributária sobre o consumo terá um teto de referência, baseado na média da receita dos impostos sobre consumo e serviços no período 2012/2021, apurada sobre a proporção do Produto Interno Bruto (PIB). A alíquota poderá ser reduzida caso exceda esse limite.
Os regimes diferenciados, com alíquotas reduzidas, foram previstos para uma série de atividades, incluindo serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semiurbano e metropolitano; agências de viagem, concessão de rodovias, missões diplomáticas; serviços de saneamento; e estrutura compartilhada dos serviços de telecomunicações. O relator também manteve os regimes diferenciados aos produtos e insumos agropecuários, alimentos de consumo, serviços de saúde e medicamentos.
No caso das cestas básicas, o relatório considera a diversidade regional e cultural na definição dos alimentos que a compõe e estabelece dois modelos básicos: a estendida e a nacional. Para a nacional, os itens serão definidos por Lei Complementar e serão isentos de CBS e IBS. Já a estendida terá alíquota reduzida de 60% e mecanismo de cashback (sistema em que parte do dinheiro pago é devolvido ao consumidor).
Além da devolução dos saldos de ICMS/ISS, o relatório também acrescentou os de Pis, Confins e IPI. A forma de utilização dos créditos será disciplinada em Lei Complementar. Serão mantidos apenas os créditos que cumpram os requisitos estabelecidos na legislação vigente na data da extinção dos tributos.
Imposto seletivo
O chamado “imposto do pecado” também terá alíquotas definidas por lei e será cobrado somente a partir de 2027, com a extinção total do IPI. Sua finalidade será extrafiscal para regular o mercado ou incentivar/penalizar determinadas condutas nocivas ao meio ambiente e a saúde.
O relatório introduziu cobrança de 1% do valor de mercado sobre a extração de recursos naturais não renováveis, incluindo minérios e petróleo, e 60% dessa arrecadação será repassada para os estados, Distrito Federal e municípios.
A Zona Franca de Manaus foi retirada do alcance do imposto seletivo. Para assegurar seu diferencial competitivo, segundo o senador Eduardo Braga, serão utilizados instrumentos fiscais, econômicos ou financeiros e subsidiariamente a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico) sobre importação, produção ou comercialização de bens que tenham industrialização incentivada na região.
As verbas destinadas ao Fundo Nacional do Desenvolvimento Regional (FNDR), que tem como função compensar os estados pelas perdas na arrecadação com as novas regras tributárias, também foram alteradas no substitutivo. O teto definido agora é de R$ 60 bilhões, R$ 20 bilhões a mais que o estabelecido pelos deputados. A proposta para divisão do fundo mudou para 70%, segundo os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 30% tendo como prioridade os estados mais populosos do país.
O Conselho Federativo foi redesenhado e batizado de Comitê Gestor. Não terá mais a capacidade de apresentar propostas ao Legislativo para regular os novos tributos e passa a ter caráter técnico. Terá papel de agência de arrecadação e executor da política tributária. Além disso, seu presidente passará por sabatina no Senado para nomeação oficial.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi homenageado nessa quinta-feira (26) com a Comenda do Mérito Cooperativo, concedido pelo Sistema OCB/GO, em comemoração aos seus 67 anos de fundação. “Receber essa comenda renova meu compromisso com os valores e princípios do cooperativismo. Trabalho com dedicação e paixão para promover a cooperação, a solidariedade e o desenvolvimento do nosso movimento", afirmou o presidente. Para ele, a condecoração é um estímulo para seguir adiante, enfrentar novos desafios e construir um futuro mais próspero e justo para todos.
Márcio freitas recebeu a homenagem por sua contribuição notável para o avanço do movimento coop. Em seu discurso de agradecimento, ele destacou a importância do cooperativismo como um modelo de negócios que valoriza a união e o trabalho conjunto em direção a objetivos comuns. "Essa homenagem é também um reconhecimento de todo esforço, dedicação e compromisso de todos os cooperados, dirigentes, funcionários e parceiros que contribuem para o sucesso das cooperativas", declarou.
O governador do estado, Ronaldo Caiado, e o senador Vanderlan Cardoso também foram homenageados. “O cooperativismo é a única força capaz de atender todos os interesses da população. Hoje, o sistema cooperativista define regras, tem peso político de decisão e influencia diretamente a economia do país. Sua essência é a do espírito público, do colegiado. É de todos poderem trabalhar dentro de um sentimento de progredir na qualidade de vida da população”, destacou o governador, que recebeu a comanda por ter tornado o cooperativismo uma política de Estado, além de ser idealizador do Programa Coopera Goiás.
O trabalho em defesa de pautas cooperativistas credenciou o senador Vanderlan Cardoso a receber a homenagem. Ele atuou diretamente no Congresso para ampliar a participação das cooperativas no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), além de destinar emendas parlamentares para aquisição de equipamentos às cooperativas, entre outras ações. “Essa força cooperativista é vibrante e apaixonante. Temos uma forte parceria com a OCB. Foi assim com o projeto do cooperativismo de crédito no Congresso Nacional, tem sido assim com tantos outros projetos. O cooperativismo sempre poderá contar comigo enquanto eu estiver no Senado, por meio de nossas ações, projetos de lei e relatorias, como tem sido”, disse.
O cooperativismo em Goiás impacta a vida de 1,5 milhão de pessoas, a partir das 260 cooperativas registradas, que possuem 465 mil cooperados e geram cerca de 16 mil empregos diretos. Segundo levantamento feito em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), o setor ultrapassou, no ano passado, a casa dos R$ 30 bilhões em receitas, o que representa aproximadamente 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Nesta terça-feira (31), aconteceu o II Encontro dos Produtores Brasileiro, no Salão Negro da Câmara dos Deputados, em Brasília. A reunião contou com a presença de deputados da Frente Parlamentar dos Produtores de Leite (FPPL), além de líderes e representantes da pecuária leiteira do país. Produtores cooperados e dirigentes do Sistema OCB fizeram parte da organização do evento. Os participantes ressaltaram a importância de unir forças para apoiar o setor e enfrentar os desafios que afetam as atividades de produção de lácteos. Representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e de outros órgãos do governo demonstraram apoio às reivindicações dos produtores.
Vicente Nogueira, coordenador nacional da Câmara do Leite do Sistema OCB, destacou a relevância do setor de lácteos no Brasil e reforçou que a luta não busca favores. Para ele, os produtores de leite estão pleiteando respeito, solidez e constância. "Estamos aqui representando 1,1 milhão de produtores de leite e temos que exigir dignidade para construir, em conjunto, um setor leiteiro mais sólido. Temos uma bela trajetória de melhoria técnica e qualidade, mas precisamos de apoio e políticas estruturantes para crescer e consolidar a cadeia de produção", afirmou.
A deputada Ana Paula Junqueira Leão (MG), presidente da FPPL e membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), ressaltou a necessidade de honrar os produtores de leite e combater as práticas de concorrência desleal que ocorrem no Mercosul. Ela enfatizou que a união entre os produtores é fundamental para superar os obstáculos que o setor enfrenta no Brasil. "Essa mobilização deve ser permanente e unificada. A indústria leiteira precisa de um compromisso duradouro para enfrentar as adversidades e buscar soluções que garantam o desenvolvimento sustentável da cadeia", disse.
Cássio Camargo, diretor técnico da Associação de Produtores de Leite (Abraleite), apontou que o Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo. Ele enalteceu o trabalho dos cooperados e ressaltou que juntos é possível alcançar resultados expressivos. "Sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe. Quando agimos em conjunto, conseguimos aumentar nossa eficiência e construir um futuro mais promissor para o setor no Brasil", enfatizou.
Por sua vez, Jônadan Ma, presidente da Comissão Nacional de Pecuária do Leite, alertou sobre a importância de todos saírem do encontro com um pleito unificado e fortalecido. Ele pediu o fim das importações subsidiadas da Argentina, a criação do Plano Nacional da Dívida do Produtor de Leite do Brasil e a execução da compra de 2 milhões de reais em litros de leite por parte do Governo Federal. “Essas medidas são essenciais para preservar a cadeia leiteira nacional e assegurar o sustento de milhares de famílias que dependem dela para sua subsistência”.
A deputada Marussa Boldrin (GO), reforçou o compromisso de levar as demandas ao Executivo. "Estou aqui para apoiar os pleitos de todos os setores da agricultura e representar quem precisa. Sei da importância do leite para o sustento de muitas famílias. Não podemos ignorar o papel fundamental dos produtores no abastecimento do país e no desenvolvimento de suas comunidades", declarou.
Na manhã desta segunda-feira (30), a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá realizou Audiência Pública para discutir o fortalecimento do cooperativismo no Estado. A sessão reuniu autoridades e representantes do setor para debater estratégias que visam impulsionar o movimento na região. O requerimento para tratar deste tema foi feito pelo deputado estadual Jaime Perez (PTB/AP).
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, representou a entidade na audiência e reforçou a disposição da entidade em colaborar e apoiar as cooperativas do Amapá. Ela enfatizou a resiliência do sistema cooperativista diante de crises e pontuou que a pandemia de COVID-19 foi uma prova desse dom de superação do coop. "Temos a capacidade de nos unir e de prosperar. Isso nos torna um movimento forte que constrói um futuro promissor", afirmou.
Tania também destacou a importância do engajamento político no fortalecimento do movimento e explicou que a proximidade com os Três Poderes contribui para alinhar os interesses do setor. Ainda de acordo com ela, o cooperativismo agrega em aspectos sociais, econômicos, além de constituir uma força capaz de levar prosperidade para todo o país. “As cooperativas impulsionam a socioeconomia do país e possuem a capacidade de desenvolver o movimento em qualquer local que se estabeleça. Por isso, é muito importante discutir sugestões, soluções e oportunidades para as cooperativas, não apenas entre os cooperados, mas também com a sociedade e os órgãos públicos em prol de uma sociedade mais produtiva e desenvolvida", disse.
A audiência foi um marco importante para o cooperativismo no Amapá e sinalizou o compromisso do estado em fomentar ainda mais o modelo de negócios para a economia e a sociedade locais. Para Tânia, o futuro do cooperativismo no Amapá se mostra promissor e corrobora o compromisso de todos os envolvidos para encontrar soluções inovadoras e oportunidades de crescimento. "Sabemos que nosso movimento é forte, resiliente e pode ser um mecanismo importante para vencer os desafios sociais, políticos e econômicos", concluiu.
O Sistema OCB e o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução (Diorf), Renato Dias, se reuniram nesta quinta-feira (26) para tratar sobre demandas relevantes para o cooperativismo de crédito no Brasil. O encontro contou com a presença do presidente, Márcio Lopes de Freitas, e da superintendente, Tania Zanella.
O presidente Márcio destacou o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira da sociedade e seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país. Ele lembrou que as cooperativas são as únicas instituições financeiras fisicamente presentes em 322 municípios brasileiros. "As cooperativas de crédito localizadas nesses municípios garantem que ninguém fique de fora. É uma inclusão financeira que fomenta o desenvolvimento, especialmente em regiões de difícil acesso. A missão do cooperativismo é cumprida quando pessoas alcançam oportunidades que permitem a construção de um futuro próspero", disse.
Márcio Freitas também apresentou os resultados do estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontando que o Ramo Crédito possui um impacto relevante em municípios que contam com a presença do cooperativismo. “Esse impacto se traduz em um aumento de 5,6% no PIB per capita, um acréscimo de 6,2% nos empregos formais e na ampliação de 15,7% no número de estabelecimentos locais”, destacou.
A importância das cooperativas de crédito em contratos de custeio, ou seja, na distribuição de recursos para financiar o setor produtivo rural foi outro ponto abordado. Tania Zanella salientou que o segmento desempenha um importante papel nessa finalidade. "São 37% dos contratos. As cooperativas ficam atrás somente dos bancos públicos, que possuem 61% dos contratos. Esses números refletem a relevância do ramo como uma ferramenta que impulsiona o desenvolvimento rural", salientou.
Tania também apresentou dados de desempenho do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) no contexto dos Programas Emergenciais do Governo Federal para enfrentar os desafios da pandemia da Covid-19. Segundo ela, o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) contou com a participação do sistema em 19% do total de contratos e em 13% do valor financeiro do programa, com valores totais de R$ 37,5 bilhões.
O encontro ainda contemplou o desafio BRC R$ 1 TRI, que prevê, até 2027, o alcance de R$ 1 trilhão em movimentacões financeiras e 30 milhões de cooperados. O presidente Márcio reforçou que as cooperativas de crédito estão engajadas com o compromisso. "Esse é um plano de prosperidade, desenvolvimento socioeconômico e crescimento do cooperativismo", declarou.
Dentro das prioridades do SNCC, o projeto Conhecer para Cooperar foi apresentado com o intuito de envolver os servidores do Banco Central. O programa tem o objetivo de visitar, in loco, as melhores práticas do cooperativismo de crédito no Brasil e no exterior. Estão convidados os representantes dos sistemas cooperativos, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), os ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e da Fazenda (MF), além do Sebrae e do Banco Central.
Além disso, foi discutida a regulamentação dos dispositivos da LC 196/22 que alteram a Lei Complementar 130/2009, com o intuito de incluir as confederações de serviço constituídas por cooperativas de centrais de crédito entre instituições que integram o SNCC e entre as que podem ser autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (25) o Projeto de Lei 334/23, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, entre eles, o de proteína animal (aves, suínos e peixes), defendido pela Sistema OCB. Os senadores acataram destaque do PP, concordando com uma das alterações promovidas pela Câmara dos Deputados. As demais foram rejeitadas para manter o texto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira (25). A matéria segue agora para sanção presidencial.
A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. O objetivo da proposta é reduzir os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimular a contratação de pessoas. O benefício está previsto para acabar em 31 de dezembro de 2023 e, se sancionado, será prorrogado até 31 de dezembro de 2027. O texto prevê ainda a prorrogação do aumento em 1% da alíquota da Cofins-Importação, pelo mesmo período, estimada em R$ 2,4 bilhões.
O destaque aprovado prevê a redução de alíquota de 2% para 1%, também até dezembro de 2027, para as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a aprovação representa uma vitória muito importante para o setor produtivo. “Esse projeto garante a continuidade das atividades, em especial, dos pequenos produtores de aves, peixes e suínos. É uma política relevante para o aumento de postos de trabalho, mas também para a continuidade de investimentos, manutenção da competitividade (nacional e internacional), e aumento do superávit da balança comercial, mesmo em períodos de estagnação econômica. A alíquota de 1% da receita bruta tem efeito multiplicador para a ampliação de investimentos. É um ganho para o país”, afirmou.
Para o senador Efraim Filho (União-PB), coordenador da Região Nordeste da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e autor do projeto, trata-se de uma política pública que garante a manutenção de empregos. “É um subsídio revestido de política pública para gerar vagas de trabalho e preservar os postos de emprego, para que o pai de família possa botar comida dentro de casa. Isso é uma agenda de Estado, não de governo. Também não representa privilégios”, afirmou.
O parlamentar também salienta que os setores beneficiados não deixam de recolher tributos. “É importante deixar claro que eles não ficam sem pagar imposto, apenas pagam sobre o faturamento. O ideal seria uma desoneração universal para abranger mais segmentos, mas essa é uma discussão futura, depois da Reforma Tributária. Esta aprovação significa preservar cerca de 600 mil empregos. É um projeto onde todos ganham, quem empreende, quem produz e quem trabalha”, complementou.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da Frencoop, também defendeu a medida e ressaltou os resultados positivos que a desoneração da folha pode trazer em relação a redução do número de desempregados no país. “A melhor política social que podemos ter é a manutenção do emprego. No entanto, precisamos fazer uma discussão ampla sobre o Estado e criar uma comissão para analisar o que é necessário para que o Brasil tenha gastos priorizados e possa melhorar a qualidade desses gastos. Talvez sobre dinheiro para fazer muito mais coisas”, pontuou.
O Sistema OCB e os dirigentes de cooperativas que compõem a Câmara Temática das Cooperativas Minerais, além de representantes das Organizações Estaduais (OCEs), se reuniram na quinta-feira (19) para debater o potencial de crescimento do segmento. O intuito foi traçar um plano de desenvolvimento, com -ações claras e estratégias bem definidas rumo ao BRC 1TRI.
A reunião se concentrou em definir quais as prioridades das cooperativas minerais e como elas podem contribuir para o alcance da meta do movimento de R$ 1 trilhão em movimentação financeira e 30 milhões de cooperados até 2027. A definição das prioridades estratégicas das cooperativas minerais é parte do plano de ações da Câmara Temática do setor.
Após um processo de consulta aos dirigentes de cooperativas minerais, executivos e técnicos das OCEs e de lideranças governamentais, sobre as dificuldades, oportunidades e desafios atuais e futuros, o setor priorizou um conjunto de estratégias com vistas a tornar o cooperativismo mineral reconhecido pela sociedade e poder público por sua relevância, responsabilidade e sustentabilidade.
Alex Macedo, analista técnico da gerência de Relações Institucionais acredita que, com o histórico de avanço constante nas movimentações econômicas das cooperativas do segmento nos últimos anos, a meta do BRC 1TRI é um compromisso compartilhado. Segundo o técnico, “o ambiente institucional e o mercado consumidor vem exigindo cada vez mais controle e rastreabilidade na origem dos bens minerais, bem como uma lavra cada vez mais responsável com as pessoas e com o meio ambiente”.
Diante das oportunidades que este cenário incita é que os dirigentes se reuniram para definir a priorização de estratégias com vistas ao aprimoramento da gestão e governança; estímulo à melhoria da estrutura e capacidade das entidades governamentais ligadas ao setor mineral; promoção de ambiente regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas minerais; fortalecimento da representação política e institucional do cooperativismo mineral; estímulo à organização do setor; promoção e disseminação do conhecimento sobre o cooperativismo mineral; fortalecimento da imagem do setor; além do fortalecimento da competitividade e inserção mercadológica, e do estimulo à mineração responsável.
Durante a reunião, houve consenso sobre a importância da integração e do apoio mútuo de todas as partes envolvidas no desenvolvimento do segmento. A intenção foi unificar as ações em torno de um desafio singular. "Essa dedicação pode consolidar o cooperativismo em torno de um desafio coletivo e assegurar a permanência do movimento em prol de um desenvolvimento sustentável para as cooperativas brasileiras. Com esse pensamento, poderemos ter um futuro ainda mais próspero e colaborativo", ponderou Gilson Camboim, Coordenador da Câmara Temática das Cooperativas Minerais.
Números
O Sistema OCB representa 71 cooperativas minerais, que reúnem, mais de 66 mil garimpeiros cooperados atuando em diversas substâncias. Além disso, empregam diretamente 242 funcionários, que assessoram e orientam os garimpeiros em melhores práticas de extração mineral. Elas faturaram R$ 1,3 bilhões em 2022, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2023.
Em 2022, as cooperativas minerais do Sistema OCB possuíam 505 títulos minerários em produção (concessão de lavra, permissão de lavra garimpeira e licenciamento). Ou seja, áreas legalizadas para extração mineral. Elas comercializaram em 2022, 5,8 milhões de toneladas de minérios, dentre eles, ouro, estanho, quartzo, calcário, tântalo, argila, diamante, areia, entre outros. Além disso, recolheram em 2022 para os cofres públicos, R$ 75 milhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), os royalties da mineração.
A Câmara do Leite do Sistema OCB promoveu, nesta quarta-feira (25), reunião para discutir a necessidade de ações estratégicas para enfrentar os desafios do setor e construir um futuro mais promissor para os produtores. Durante o encontro, diversos representantes expressaram suas opiniões e compartilharam insights sobre o cenário atual. A reunião abordou temas relevantes para o cooperativismo e a política de lácteos no país, além de destacar a importância de adotar uma forma mais clara e eficaz para tratar as questões que impactam o setor.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, ressaltou a necessidade de manter uma mobilização constante do segmento, independentemente dos momentos de crise. Ele argumentou que a cadeia produtiva do leite enfrenta desafios há muito tempo e que é indispensável a criação de uma agenda positiva e efetiva para promover mudanças duradouras. "Precisamos de uma aliança estratégica, de um planejamento a médio e longo prazo. Também precisamos manter a mobilização para buscar acesso às políticas públicas que podem beneficiar o setor", disse.
O coordenador nacional da Câmara do Leite, Vicente Figueiredo, frisou também a importância de cuidar do consumidor do futuro e a relevância do Mercosul como uma plataforma exportadora. "Parte do excedente produzido no país deveria ser destinada a outros continentes, fortalecendo o comércio internacional. Deveríamos aproveitar a plataforma exportadora do Mercosul e aliviar o impacto econômico que a Argentina e o Uruguai exercem sobre o Brasil", declarou.
Amanda Oliveira, assessora jurídica do Sistema OCB, apresentou informações sobre a tramitação da Reforma Tributária e seu impacto no cooperativismo e no setor leiteiro. "A redução no número de impostos e as alíquotas reduzidas para serviços e produtos essenciais previstos na proposta são vitórias que beneficiam nossas cooperativas", explicou. Ela também destacou a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas. "Esse é um passo muito importante para as cooperativas que trabalham com produtos lácteos. Dessa forma, será possível preservar a competitividade e utilizar o aproveitamento de crédito em etapas anteriores", afirmou.
O pesquisador da Embrapa nas áreas de mercado de lácteos e commodities agrícolas, Glauco Rodrigues Carvalho, foi convidado para falar sobre as preocupações que envolvem a conjuntura econômica da cadeia produtiva do leite. Ele esclareceu dados acerca do mercado internacional, aquecido atualmente com aumento dos preços, principalmente por consequência da redução de produção dos principais exportadores. "A redução gera aumento de custos de produção no mundo inteiro", apontou.
No que diz respeito a produção brasileira, Glauco argumentou que o problema é a falta de estímulo para os produtores. Para ele, isso ocorre devido à baixa rentabilidade. "Esse é um ponto negativo. O Brasil perdeu a capacidade de abastecer o mercado interno e também de participar do mercado internacional. Desde 2022, as importações têm se elevado, o que acentua ainda mais a crise”, explicou.
A importância do processo de compras públicas também foi tema da reunião. A plataforma Negócios Coop foi apresentada como ferramenta para as cooperativas acessarem oportunidades em andamento e que podem contribuir para a ampliação das possibilidades de negócios e parcerias estratégicas para maior desenvolvimento das cooperativas.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (24) o Projeto de Lei 334/23, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, entre eles, o de proteína animal (aves, suínos e peixes), defendido pela Sistema OCB. Os senadores rejeitaram as alterações feitas pela Câmara dos Deputados e mantiveram o texto que já havia sido chancelado pelo colegiado em junho desse ano. A matéria segue agora para análise em Plenário.
A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. O objetivo da proposta é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. O benefício está previsto para acabar em 31 de dezembro de 2023 e, com a aprovação do projeto, será prorrogado até 31 de dezembro de 2027. O texto prevê ainda a prorrogação do aumento em 1% da alíquota da Cofins-Importação, pelo mesmo período, estimada em R$ 2,4 bilhões.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a aprovação representa uma vitória muito importante para o setor produtivo. “Esse projeto garante a continuidade das atividades, em especial, dos pequenos produtores de aves, peixes e suínos. É uma política relevante para o aumento de postos de trabalho, mas também para a continuidade de investimentos, manutenção da competitividade (nacional e internacional), e aumento do superávit da balança comercial, mesmo em períodos de estagnação econômica. A alíquota de 1% da receita bruta tem efeito multiplicador para a ampliação de investimentos. É um ganho para o país”, afirmou.
Para o senador Efraim Filho (União-PB), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), autor do projeto, trata-se de uma política pública que garante a manutenção de empregos. “É um subsídio revestido de política pública para gerar vagas de trabalho e preservar os postos de emprego, para que o pai de família possa botar comida dentro de casa. Isso é uma agenda de Estado, não de governo. Também não representa privilégios”, afirmou.
O parlamentar também salienta que os setores beneficiados não deixam de recolher tributos. “É importante deixar claro que eles não ficam sem pagar imposto, apenas pagam sobre o faturamento. O ideal seria uma desoneração universal para abranger mais segmentos, mas essa é uma discussão futura, depois da Reforma Tributária. Esta aprovação significa preservar cerca de 600 mil empregos. É um projeto onde todos ganham, quem empreende, quem produz e quem trabalha”, complementou.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da Frencoop, também defendeu a medida e ressaltou os resultados positivos que a desoneração da folha pode trazer em relação a redução do número de desempregados no país. “A melhor política social que podemos ter é a manutenção do emprego. No entanto, precisamos fazer uma discussão ampla sobre o Estado e criar uma comissão para analisar o que é necessário para que o Brasil tenha gastos priorizados e possa melhorar a qualidade desses gastos. Talvez sobre dinheiro para fazer muito mais coisas”, pontuou.
A gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, e o Diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos, foram recebidas pelo senador Fabiano Contarato (ES), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) nesta quarta-feira (25). A reunião foi agendada como parte das estratégias de mobilização da entidade em prol da manutenção do dispositivo que define o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no texto da Reforma Tributária em análise no Senado.
O senador ouviu atentamente os argumentos apresentados pelos dirigentes e afirmou entender que o pleito do movimento cooperativista é justo e merece ser atendido. “As cooperativas desenvolvem um trabalho muito relevante para o desenvolvimento social e econômico do nosso país. Nada mais justo que contemplar essa questão sobre a definição do ato tributário para garantir a continuidade desse modelo de negócios”, declarou.
A segurança jurídica que a medida trará para que o cooperativismo possa continuar crescendo e se fortalecendo foi reforçada pela gerente-geral do Sistema OCB. “É uma questão que envolve a sobrevivência do nosso modelo de negócios para evitar uma tributação mais gravosa. “Lutamos por esse dispositivo desde a promulgação da Constituição de 1988 e, por isso, ele representa uma conquista histórica para o movimento”, afirmou Fabíola.
Ela explicou que o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo é um sinal de respeito as peculiaridades do modelo e que a inclusão deste dispositivo no texto da Reforma Tributária considera a estrutura societária das cooperativas e sua lógica operacional. “As cooperativas representam sociedades de pessoas e não de capital. Além disso, os resultados positivos ou negativos são compartilhados entre os cooperados ou reinvestidos no negócio. Não existe a lógica do lucro”, explicou.
O Sistema OCB tem realizado reuniões constantes com atores estratégicos do governo federal e do Poder Legislativo para defender os interesses das cooperativas. “Participamos de audiências públicas organizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Tributária no Senado e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e estamos em permanente contato com dirigentes do Ministério da Fazenda e da Receita Federal para enfatizamos a relevância desse pleito”, acrescentou Fabíola.
Os dirigentes abordaram ainda pontos importantes que precisarão ser regulamentados após a aprovação final da proposta para a aplicação efetiva dos dispositivos sobre o ato cooperativo, a exemplo da definição de como será o regime de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que cada cooperativa está inserida. “Essa é uma medida essencial para o cooperativismo”, completou a gerente
Também nesta quarta-feira, o relator da proposta, senador Eduardo Braga, apresentou seu parecer preliminar à matéria, mantendo os dispositivos que atendem às demandas do cooperativismo já aprovados pela Câmara dos Deputados. O relatório precisa agora ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para, então, seguir para análise do Plenário.
A Casa do Cooperativismo recebeu nessa terça-feira (24), comitiva da Embaixada da Tanzânia para conhecer detalhes do cenário do cooperativismo no Brasil. Formada por 20 executivos do setor financeiro da Tanzânia, a delegação faz parte de um programa de formação internacional que visa estudar modelos de mercados financeiros do Japão, Itália e Brasil. A missão no Brasil focou no sistema financeiro cooperativo, com o objetivo de identificar boas práticas que possam ser aplicadas na Tanzânia.
João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, apresentou números nacionais do movimento cooperativista financeiro. "Temos 728 cooperativas espalhadas em todas as regiões com uma rede de mais de 9 mil unidades de atendimento. Temos o maior número de postos físicos do país. Além disso, em 332 municípios, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira presente", apontou.
Os detalhes sobre o funcionamento do cooperativismo de crédito no Brasil foram explicados pela analista Feulga Reis. "As cooperativas orientam as pessoas, cooperadas ou não, de acordo com seus propósitos e possibilidades. A inclusão e a educação financeira são os princípios que regem o segmento", disse. Ela esclareceu que os cooperados tomam as decisões de forma colegiada, por meio de votos nas Assembleias Gerais, e evidenciou que os resultados financeiros de cada exercício são chamados de sobras distribuídas entre os cooperados, de forma proporcional à movimentação realizada na cooperativa.
O grupo de executivos da Tanzânia também visitou o Sicredi Planalto Central, onde foram recebidos pelo diretor de negócios Carlos Canedo Júnior. Ele compartilhou informações sobre os números nacionais do sistema, com foco especial nos resultados da unidade responsável pela região de Brasília.
A comitiva conheceu ainda o Congresso Nacional e pôde entender um pouco mais sobre o trabalho de representação que o Sistema OCB desenvolve junto aos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, destacou a importância da iniciativa. "A colaboração com representantes de setores externos ao cooperativismo demonstra o valor do nosso modelo de negócios. Ser capaz de oferecer soluções inovadoras e trazer novas ideias fora do modelo cooperativo, indica a capacidade e a força das nossas cooperativas".
Em reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e a superintendente, Tania Zanella, solicitaram, nesta quinta-feira (19), alterações no texto da Medida Provisória (MP) 1.189/2023, que autoriza o governo federal a conceder subvenção econômica aos empreendedores atingidos pelo ciclone extratropical no Estado do Rio Grande do Sul e que tiveram estado de calamidade pública reconhecido pelo Poder Executivo. “A redação da proposta limita a atuação das cooperativas de crédito na concessão desses recursos e consideramos primordial a revisão desse ponto”, destacou Márcio Freitas.