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Nesta quinta-feira (5/5), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, reafirmou o posicionamento do setor cooperativista quanto à necessidade de revisão e apreciação urgente da legislação ambiental do país. “É imprescindível a definição de um novo Código Florestal, que realmente concilie a preservação do meio ambiente e a continuidade da produção agropecuária brasileira. Esperamos ansiosos que isso realmente ocorra na próxima terça-feira”, disse.
Freitas assegura que todo o sistema, formado pela OCB, organizações estaduais e cooperativas, continuará vigilante, se fazendo presente inclusive no momento de votação, no dia 10, na Câmara dos Deputados.
Votação adiada
Sem conseguir um acordo com o relator, deputado Aldo Rebelo (SP), sobre pontos polêmicos do texto, o governo movimentou sua base aliada e adiou a apreciação da matéria, que deveria ter ocorrido ontem (4/5).
Os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Agricultura, Wagner Rossi; e das Relações Institucionais, Luiz Sérgio se reuniram com Rebelo na tentativa de desenhar um texto de consenso. Como não foi possível, no início da noite, foi anunciado o adiamento. Segundo Luiz Sérgio, “este é o último esforço para a conclusão de um grande pacto sobre o novo código”.
Divergências
Os dois pontos de conflito, que dificultam um acordo, dizem respeito à recomposição da Reserva Legal e à definição de Área de Preservação Permanente (APP). O relator defende a dispensa da necessidade de recomposição da reserva legal para pequenos proprietários, com imóveis de até 4 módulos fiscais e estende a regra a todos agricultores, considerando o cômputo da reserva legal sempre descontados os primeiros 4 módulos. Por sua vez, o governo aceita a isenção somente para a agricultura familiar, ponto previsto na Lei 11.326/2006, mantendo a exigência para as demais propriedades, independente de seu tamanho.
Em relação às APPs, existe polêmica na definição das regras para propriedades já consolidadas, ou seja, desmatadas até julho de 2008. O deputado Aldo Rebelo defende que esses proprietários sejam obrigados a recuperar 15 metros de vegetação nas margens dos rios de até 10 metros largura. O governo, no entanto, não aceita essa isenção e concede o benefício apenas para as propriedades de agricultura familiar. Já em rios largos, a área de preservação permanente pode chegar a 500 metros às margens de cada lado, comprometendo a sobrevivência de agricultores que sejam proprietários de terras menores.
Mandado de segurança
Além das disputas relacionadas ao texto que seria votado ontem (4/5), a polêmica a respeito do novo Código Florestal alcançou o Supremo Tribunal Federal (STF). O Partido Verde (PV), impetrou um mandado de segurança no STF, nesta quarta, na tentativa de impedir ou até anular uma possível votação. O PV alega que o PL 1.876/1999, referente à matéria, só pode ser deliberado em sessão ordinária, atualmente trancada por 13 medidas provisórias, e não em extraordinária, como determinou a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O STF ainda não se pronunciou a respeito.
“Os números são positivos, mas ainda há muito o que se fazer.” Foi assim que o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti, deu início à apresentação para os membros do Conselho Consultivo do Cooperativismo de Crédito (Ceco) sobre a evolução do segmento nos últimos anos. “O crescimento histórico em 2010, principalmente no que diz respeito aos depósitos, chama atenção”, destacou Giusti.
Os depósitos recebidos no ano passado traduziram a confiança acentuada que o segmento tem recebido de seus associados. “O maior aumento tinha ocorrido em 2009 e foi de R$ 3,3 bilhões. Agora, o crescimento superou significativamente a melhor marca que tínhamos, atingindo mais que o dobro: R$ 7,9 bilhões”, informou o gerente.
Com o desempenho de 2010, o cooperativismo de crédito alcançou 4.529 pontos (cooperativas + postos). Hoje, se o segmento compartilhasse as estruturas, seria a segunda maior rede de atendimento do país, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Itaú (3.739), por exemplo.
Silvio Giusti finalizou a apresentação falando da necessidade de implementar novas ações pra fortalecimento do cooperativismo de crédito: “Tivemos aumento também em ativos, além do crescimento significativo em patrimônio e associados. Mesmo com a crise mundial em 2008, o cooperativismo de crédito continuou crescendo. Isso merece uma reflexão”, enfatizou.
O coordenador nacional do Conselho Consultivo de Crédito, Manfred Dasenbrock, apresentou nesta quarta-feira (4/5) o Plano de Ação do cooperativismo de crédito brasileiro para 2011. Nele estão previstos os principais pleitos do segmento nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além dos desafios internos a serem enfrentados no exercício.
Junto ao Congresso Nacional, o cooperativismo de crédito deverá buscar, entre outros avanços, a aprovação de projeto de lei que assegure o acesso das cooperativas de crédito a recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dos fundos constitucionais (FCO, FNE e FNO). Outra meta é a equiparação legal, para fins tributários, do fundo garantidor das cooperativas de crédito com o fundo garantidor das instituições financeiras tradicionais (FGC).
No âmbito do Executivo Federal, o Plano de Ação do Ceco prevê avançar na regulamentação normativa da Lei Complementar nº 130/09 (que dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo) e possibilitar a realização de depósitos interfinanceiros vinculados à atividade rural, entre outras ações.
Dasenbrock falou, ainda, sobre os diferentes desafios internos que serão enfrentados pelo cooperativismo de crédito durante este ano. “A implementação da diretriz nacional para política de capacitação, bem como o fortalecimento e consolidação da participação do segmento na Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa (CNAC), são alguns dos desafios que vamos batalhar para enfrentar ainda em 2011”, destacou.
Clique aqui para ouvir a entrevista de Manfred Dasenbrok à RádioCoop.
O Comitê de Sustentabilidade do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) está reunido para finalizar a elaboração das diretrizes do Programa Responsabilidade Social / Sustentabilidade para o Sistema Cooperativista Brasileiro. O encontro, que teve início hoje (4/5) e vai até esta quinta-feira (5/5), ocorre na sede da instituição, em Brasília (DF).
O grupo também discutirá os objetivos e resultados esperados para o todo o sistema, conforme explica Andréa Sayar, gestora de Promoção Social do Sescoop. “A intenção é traçar estratégias de atuação e, assim, conquistar um alto grau de aceitação pelas unidades estaduais e as cooperativas”, disse.
Segundo a gestora, é importante o reconhecimento do programa pela sua excelência e efetividade, pois assim contribuirá para posicionar o sistema cooperativista de forma estratégica, a exemplo de outros setores econômicos, que já inseriram políticas de responsabilidade social e sustentabilidade em seu contexto de negócio”.
Participam das discussões representantes de cinco unidades estaduais do Sescoop, da unidade nacional, além de integrantes da equipe da OCB e a responsável pelo programa de responsabilidade social da Unimed do Brasil, Mayke Rothemburg Mohr.
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Mauro Zanatta | De Brasília
Donas de R$ 69 bilhões em ativos totais, as cooperativas de crédito avançam rapidamente nos financiamentos ao campo brasileiro. A carteira rural das 1.370 sociedades do ramo deve superar R$ 9 bilhões em custeio, investimento e comercialização em 2011. No ano passado, a conta fechou em R$ 7,67 bilhões.
Comparados à carteira de R$ 42 bilhões do líder Banco do Brasil, que detém 60% da volume de crédito rural no país, os empréstimos das cooperativas ao campo ainda "engatinham". Mas a fome das sociedades em abrir caminho em meio a instituições financeiras mais consolidadas e o auxílio do Banco Central em questões regulatórias apontam para um avanço substancial.
O segmento encerrou 2010 com R$ 30 bilhões em depósitos totais e R$ 30,1 bilhões em operações. Mas projeta crescer até 30% em ativos, para R$ 87,6 bilhões, em 2011. Isso elevaria a carteira de crédito a R$ 40 bilhões.
As cooperativas têm "comido pelas beiradas" o farto mingau servido no campo. O excelente desempenho das lavouras e da pecuária acelerou a ocupação de espaços pelas sociedades de crédito. Nos últimos oito anos (2002-2010), a fatia das cooperativas nos recursos liberados para custeio rural passou de 9% para 13%. Somou R$ 5,85 bilhões no ano passado. E com forte "capilaridade".
A participação sobre o número de contratos saltou de 9% para 19%. Esse crescimento ocorreu, sobretudo, sobre bancos públicos federais, cuja fatia recuou de 59% para 49% no volume e de 71% para 64% no número de contratos. Os bancos privados também cresceram no volume do custeio (30% para 37%), mas encolheram nos contratos (18% para 14%).
"A mão do Banco Central como regulador ajudou muito, mas tem um compromisso do cooperativismo de fazer a lição de casa. A ocupação de espaço se deu por competência", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
A OCB aponta a baixa capitalização como um "gargalo" para a expansão do segmento de crédito no país. Há barreiras para alavancar mais empréstimos por causa das limitações desse tipo de sociedade. "É um sistema. Tem a cooperativa, mas tem as centrais e os bancos cooperativos.
Como o associado tem limitações para aportar capital, o sistema enfrenta essa dificuldade para crescer", afirma Freitas. O patrimônio líquido das cooperativas de crédito somou R$ 13,1 bilhões em 2010, ainda pouco diante do ativo e dos depósitos totais.
Como solução, o governo criou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para capitalizar as cooperativas. Mas foi pouco, porque a subscrição de capital acaba descontada do limite individual de crédito do cooperado. "Não se pode fazer algo ilimitado", lamenta Freitas. Uma alternativa foi adotada pela central Sicredi, que associou-se ao holandês Rabobank. A outra central, o Sicoob, ainda insiste na capitalização via cooperados.
Desde 2003, o BC desembaraçou as operações das cooperativas de crédito. Entre os principais avanços, houve a exclusão das sociedades da base de cálculo do PIS-Cofins. "Isso nos rendeu uma economia anual de R$ 270 milhões", calcula o gerente de Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti. A permissão de acesso aos recursos do Sescoop, estimados em R$ 12 milhões, ajudou a capacitar a gestão e profissionalizar as cooperativas.
"O BC 'desengessou' a operação das cooperativas, que passaram a ser de livre admissão", diz Giusti. Ou seja, qualquer pessoa pode abrir uma conta nessa sociedade mesmo sem pertencer aos quadros de uma cooperativa. O BC também autorizou as sociedades a atuar em cidades com população acima de 2 milhões de habitantes.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 04/05/2011
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O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zonta, ressaltou nesta quarta-feira (4/5) o papel preponderante das cooperativas de crédito no desenvolvimento do país. A afirmação ocorreu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), durante reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco) da entidade.
Zonta enfatizou que o ambiente favorável e o espaço junto ao Banco Central (BC) foram conquistas do cooperativismo de crédito. Ele ainda comentou sobre marcos regulatórios importantes, outro resultado do esforço e trabalho do setor, que contaram também com a atuação comprometida da Fencoop. “A Lei Complementar 130/09 é um exemplo claro de que o ramo crédito tem tudo para continuar crescendo e somando outras vitórias”, disse.
Segundo o parlamentar, um desses desafios é fazer com que as cooperativas do setor tenham acesso aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhado (FAT). “Esperamos acelerar a tramitação do projeto no Senado Federal (SF), de relatoria da senadora Ana Amélia Lemos”. Zonta falou ainda sobre “oxigenação” na Frencoop com as novas adesões. “Agora, contamos com novos integrantes para lutar pela bandeira cooperativista e buscar a aprovação de outras questões muito importantes”.
O representante nacional do cooperativismo de crédito na Frencoop, deputado Arnaldo Jardim, por sua vez, citou outra proposição interessante para o setor, também em tramitação no SF. Ele se referia a uma emenda à Medida Provisória 514/10, para ampliar a outras instituições a participação como agentes financeiros no programa Minha Casa, Minha Vida, entre elas as cooperativas de crédito.
Jardim referiu-se ainda ao cenário de inflação pelo qual passa a economia brasileira e às medidas do BC para conter esta alta, como a restrição à liberação de crédito. “Como as cooperativas podem atuar nesse contexto? É preciso ressaltar que, nesse momento, setores diferentes precisam de tratamentos diferenciados”, disse o parlamentar, levando os participantes a refletirem sobre o assunto.
“Para crescer, é preciso enfrentar os desafios pelo diálogo e esse papel foi muito bem conduzido pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. Questão que se concretizou em um convênio com o Banco Central no último ano, o que, na verdade, já existia informalmente”, disse Luiz Edson Feltrim, chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, durante reunião do cooperativismo de crédito, em Brasília (DF). Feltrim representou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, hoje (4/5), na abertura da reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco) da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), na sede da entidade.
Em seu pronunciamento, Feltrim ressaltou a evolução do cooperativismo de crédito, mostrada pelo crescimento dos indicadores do setor. “Hoje, são mais de 5 milhões de associados às cooperativas de crédito. Essas organizações têm a capacidade de chegar a lugares onde o sistema tradicional não alcançaria, o que provoca concorrência no Sistema Financeiro Nacional. Com esses resultados, não se pode achar que está tudo bem, é preciso continuar crescendo”, comentou. “Vale ressaltar também a importância que o Banco Central dá ao cooperativismo. O tema é pautado com frequência nas reuniões do colegiado. Sabemos da importância da nossa participação para o aperfeiçoamento regulatório do setor”, finalizou.
“Em um país de diversidades, característica evidente também no cooperativismo, as ações devem ser pensadas a partir de um alinhamento sistêmico e estratégico. E foi exatamente desta forma que fomentamos o desenvolvimento das cooperativas de crédito e, por isso, comemoramos hoje o espaço conquistado e o respaldo do segmento no Sistema Financeiro Nacional”. Assim, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, deu início à reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco), na sede da entidade, em Brasília (DF).
Freitas se referia aos indicadores do setor em 2010, como o total de ativos, que chegou à margem dos R$ 68,7 bilhões, registrando crescimento recorde de R$ 15,9 bilhões, e o número de associados, 5,1 milhões. “Para isso, profissionalizamos os nossos processos de gestão e investimos na governança cooperativa. Isso tudo com o apoio de instituições parceiras como o Banco Central (BC), que contribuiu diretamente para a definição de marcos regulatórios importantes para o cooperativismo de crédito”. E complementou: “o diálogo e o convênio com o BC foram e são peças fundamentais nesse caminho pela busca de espaço e crescimento”.
Ainda nesse sentido, o presidente da OCB citou outras parcerias importantes com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Fazenda (MF) e, com destaque a Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV). “O segmento é hoje, com certeza, uma grande referência para todo o sistema do que deve ser o cooperativismo moderno e eficiente. Nesse contexto, não podemos deixar de destacar e reconhecer a aliança estratégica firmada com a DGRV, que teve participação direta nesse processo, na troca de conhecimento, de experiências, nas atividades de capacitação e formação”, enfatizou.
Ao fechar sua fala, Freitas ressaltou que ainda há muito a ser feito. “Temos potencial e podemos crescer muito mais, mas, para isso, precisamos avaliar os resultados e traçar novas estratégias. Esse é o nosso objetivo hoje”, disse.
O coordenador nacional do Ceco, Manfred Dasenbrock, em seu discurso, destacou o processo de consolidação pelo qual passa o ramo crédito. "Estamos crescendo e não poderíamos deixar de frisar a participação direta da OCB e a sua valorização ao setor. O mesmo podemos dizer das parcerias com as instituições aqui presentes e do compromisso dos parlamentares da Frencoop", comentou.
Junto com o presidente da OCB, compunham a mesa de abertura - o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, Luiz Edson Feltrim, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zonta, o representante nacional do ramo na Frencoop, deputado Arnaldo Jardim, o diretor do Departamento de Relações Internacionais da DGRV, Paul Armbruster, o diretor da DGRV para América Latina e Caribe, Mathias Arzbach, e o coordenador nacional do Ceco, Manfred Dasenbrock.
Homenagem - Ainda durante a solenidade de abertura, a OCB homenageou os integrantes da DGRV, Armbruster e Arzbach, como reconhecimento à contribuição da confederação para o desenvolvimento do cooperativismo de crédito brasileiro.
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As ações para o Ano Internacional das Cooperativas, programado para 2012, foram apresentadas ao subchefe executivo da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Cláudio Antonio Vignatti, nesta quarta-feira (4/5). A apresentação foi feita pelo superintendente da Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Renato Nobile.
“A intenção foi falar da contribuição do cooperativismo para o desenvolvimento socioeconômico do nosso país e convidar a secretaria para apoiar a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que elegeu 2012 o Ano Internacional das Cooperativas", ressaltou Nobile.
Entre outros assuntos, foram tratadas questões referentes a projetos de lei de interesse do cooperativismo em tramitação no Congresso Nacional. O superintendente da entidade foi acompanhado da assessora parlamentar, Tânia Zanella, do analista tributário, Edimir Oliveira Santos, e de Adriano Campos Alves, da Coordenadoria Jurídica.
Donas de R$ 69 bilhões em ativos totais, as cooperativas de crédito avançam rapidamente nos financiamentos ao campo brasileiro. A carteira rural das 1.370 sociedades do ramo deve superar R$ 9 bilhões em custeio, investimento e comercialização em 2011. No ano passado, a conta fechou em R$ 7,67 bilhões.
Comparados à carteira de R$ 42 bilhões do líder Banco do Brasil, que detém 60% da volume de crédito rural no país, os empréstimos das cooperativas ao campo ainda "engatinham". Mas a fome das sociedades em abrir caminho em meio a instituições financeiras mais consolidadas e o auxílio do Banco Central em questões regulatórias apontam para um avanço substancial.
O segmento encerrou 2010 com R$ 30 bilhões em depósitos totais e R$ 30,1 bilhões em operações. Mas projeta crescer até 30% em ativos, para R$ 87,6 bilhões, em 2011. Isso elevaria a carteira de crédito a R$ 40 bilhões.
As cooperativas têm "comido pelas beiradas" o farto mingau servido no campo. O excelente desempenho das lavouras e da pecuária acelerou a ocupação de espaços pelas sociedades de crédito. Nos últimos oito anos (2002-2010), a fatia das cooperativas nos recursos liberados para custeio rural passou de 9% para 13%. Somou R$ 5,85 bilhões no ano passado. E com forte "capilaridade".
A participação sobre o número de contratos saltou de 9% para 19%. Esse crescimento ocorreu, sobretudo, sobre bancos públicos federais, cuja fatia recuou de 59% para 49% no volume e de 71% para 64% no número de contratos. Os bancos privados também cresceram no volume do custeio (30% para 37%), mas encolheram nos contratos (18% para 14%).
"A mão do Banco Central como regulador ajudou muito, mas tem um compromisso do cooperativismo de fazer a lição de casa. A ocupação de espaço se deu por competência", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
A OCB aponta a baixa capitalização como um "gargalo" para a expansão do segmento de crédito no país. Há barreiras para alavancar mais empréstimos por causa das limitações desse tipo de sociedade. "É um sistema. Tem a cooperativa, mas tem as centrais e os bancos cooperativos.
Como o associado tem limitações para aportar capital, o sistema enfrenta essa dificuldade para crescer", afirma Freitas. O patrimônio líquido das cooperativas de crédito somou R$ 13,1 bilhões em 2010, ainda pouco diante do ativo e dos depósitos totais.
Como solução, o governo criou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para capitalizar as cooperativas. Mas foi pouco, porque a subscrição de capital acaba descontada do limite individual de crédito do cooperado. "Não se pode fazer algo ilimitado", lamenta Freitas. Uma alternativa foi adotada pela central Sicredi, que associou-se ao holandês Rabobank. A outra central, o Sicoob, ainda insiste na capitalização via cooperados.
Desde 2003, o BC desembaraçou as operações das cooperativas de crédito. Entre os principais avanços, houve a exclusão das sociedades da base de cálculo do PIS-Cofins. "Isso nos rendeu uma economia anual de R$ 270 milhões", calcula o gerente de Cooperativismo de Crédito da OCB, Sílvio Giusti. A permissão de acesso aos recursos do Sescoop, estimados em R$ 12 milhões, ajudou a capacitar a gestão e profissionalizar as cooperativas.
"O BC 'desengessou' a operação das cooperativas, que passaram a ser de livre admissão", diz Giusti. Ou seja, qualquer pessoa pode abrir uma conta nessa sociedade mesmo sem pertencer aos quadros de uma cooperativa. O BC também autorizou as sociedades a atuar em cidades com população acima de 2 milhões de habitantes. (Fonte: Valor Econômico)
Hoje (3/5), a série “Entendendo o Código Florestal” vai abordar os pontos mais polêmicos do relatório final apresentado pelo deputado Aldo Rebelo nesta última segunda-feira (2/5), durante coletiva de imprensa realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Em seu texto, o parlamentar afirma ter contemplado reivindicações de todos os atores envolvidos nas discussões sobre a nova legislação ambiental, como governo, produtores rurais, ambientalistas e acadêmicos.
Para os pequenos produtores, com propriedades até quatro módulos fiscais, Rebelo indica a dispensa da necessidade de recomposição ou compensação da Reserva Legal (RL). Caberá a eles, manter a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008. Nas demais, de maior extensão, para os mesmos fins, deverão ser levados em consideração apenas a área excedente a esses quatro módulos.
Ainda sobre RL, o texto prevê a possibilidade de compensação fora do estado, mas dentro do mesmo bioma, além da dispensa de averbação no Cartório de Registro de Imóveis. Vale dizer ainda que as Áreas de Preservação Permanente (APP) poderão ser computadas na composição da Reserva Legal.
Quanto às áreas de proteção às margens dos rios, as chamadas matas ciliares, o novo texto mantém 30 metros de largura como extensão mínima, podendo chegar a 500 metros, de acordo com as faixas de cursos de água. O limite para contar a APP será o leito regular do corpo d´água. Para os cursos menores, com até 10 metros de largura, ele indica a recomposição de 15 metros das margens dos rios. Há ainda a permissão para o plantio de vazante.
Os topos de morros, de acordo com o relatório final, permanecem como APP, no entanto, será admitida a produção de culturas lenhosas perenes, pastoreio e atividades florestais. Já as áreas de várzeas não serão enquadradas como APP.
No que diz respeito aos espaços já consolidados, naqueles com inclinação entre 25º e 45º, fica permitida a continuidade de atividades consolidadas também até 22 de julho de 2008. Além disso, a produção de alimentos passa a ser considerada de interesse social, para fins de intervenção na APP, considerando as atividades já consolidadas.
A Casa do Cooperativismo, estande conjunto da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Organização das Cooperativas do estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no estado de São Paulo (Sescoop/SP), recebeu várias visitas nesta segunda-feira (2/5) - primeiro dia da Feira Agrishow. Dirigentes da Coplana, Cocecrer, Coopecredi, Copercana, Cocred, Cooprolermo, Cocapec e Credicocapec foram recebidos no estande pelos presidentes Marcio Lopes de Freitas (OCB) e Edivaldo Del Grande, da Ocesp e pelo superintende da OCB, Renato Nobile.
Os deputados federais Abelardo Lupion (PR) e Paulo Piau (MG), e o coordenador do GV-Agro, Roberto Rodrigues, acompanhado de dirigentes da Abag, também visitaram o estande do cooperativismo.
Durante todo o evento, que vai até a próxima sexta-feira (6/5), o estande contará com consultores para orientar os visitantes sobre as alternativas e vantagens que o cooperativismo pode proporcionar aos produtores rurais. Aos produtores que já são cooperados, vale a pena visitar a Casa do Cooperativismo para conhecer os programas e as oportunidades para suas cooperativas. A Casa do Cooperativismo está localizada na Praça dos Bancos e Autoridades. (Com informações da Ocesp)
"Nesta quarta-feira (4/5), representantes do cooperativismo de crédito estarão reunidos na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF), para definir o plano de ação do segmento. No evento, que contará com a presença de representantes do Banco Centro do Brasil (BC), também serão avaliados avanços e conquistas, e traçadas perspectivas para os próximos anos.
Os trabalhos serão iniciados pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que fará a abertura da reunião do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco). Luiz Edson Feltrim, chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, representará o presidente do BC, Alexandre Tombini.
Na oportunidade, também estarão presentes o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zonta, o representante do ramo na Frencoop, deputado Arnaldo Jardim, o diretor do Departamento de Relações Internacionais da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), Paul Armbruster, e o coordenador nacional do Ceco, Manfred Dasenbrock.
Na programação, estão previstos painéis de instituições parcerias, como o próprio BC, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério da Fazenda, além de integrantes do Sistema Cooperativista Brasileiro.
Para acessar a programação do evento, clique aqui.
Ramo Crédito – Em 2010, o setor reunia 1370 cooperativas, 5,1 milhões de associados e 56.178 empregados. Os ativos registraram crescimento recorde no último ano, de R$ 15,9 bilhões, totalizando R$ 68,7 bilhões. Os depósitos, por sua vez, fecharam em R$ 30,1 bilhões, com incremento de R$ 7,9 bilhões. Já a carteira de empréstimos chegou a R$ 30 bilhões, com aumento de R$ 4,8 bilhões. O setor também contabilizou R$ 13,1 bilhões em patrimônio. Hoje, existem 3.159 postos de atendimento cooperativo (PACs) no país.
Com o desempenho de 2010, o cooperativismo de crédito atingiu a marca de 4.529 pontos (cooperativas + postos), saindo de 4.319 em dezembro de 2009. Para se ter uma ideia, se o segmento compartilhasse suas estruturas de atendimento, seria a segunda maior rede do país, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Itaú (3.739).
* Reunião - Conselho Consultivo do Ramo Crédito da OCB
Data: 04/05/2011
Horário: 9h
Local: sede da OCB (SAUS Qd. 04, bloco I, Edifício OCB)
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Mauro Zanatta | De Brasília
O novo relatório do Código Florestal, a ser votado no plenário da Câmara nesta semana, saiu menos favorável do que esperava a bancada ruralista no Congresso. Mas permitiu "saídas honrosas" e garantiu discursos a todos os envolvidos no debate.
A principal derrota dos ruralistas no novo texto, apresentado ontem pelo relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi a obrigação de recompor as matas ciliares (APPs) nas chamadas "áreas consolidadas". Os ruralistas também perderam com a proibição de desmatar áreas mesmo em propriedades com excedentes de vegetação obrigatória (RL). O novo texto suprimiu a permissão para Estados e municípios tratarem do tema. Apenas a União terá essa prerrogativa. A retomada do status de APP para encostas e topos de morro também desagradou, assim como a proteção expressa da vegetação acima de 1,8 mil de altitude.
Mas os ambientalistas também reclamaram das "várias concessões" feitas por Aldo Rebelo aos produtores rurais. Uma delas é a isenção de APP em todas as áreas até quatro módulos fiscais (de 20 a 400 hectares, segundo a região do país). Outra, a desobrigação de recomposição das RLs nessas áreas.
A "anistia" de multas e punições aos produtores inscritos no cadastro (CAR) e no programa de regularização ambiental (PRA) também desagradou aos ambientalistas. Quem desmatou, ainda que irregularmente, até 22 de julho de 2008, ganhará "imunidade" contra os fiscais. A permissão para plantio de espécies lenhosas permanentes (café, uva, maçã etc) em APPs também encontra oposição. A retirada do "desmatamento zero" por cinco anos também descontentou ONGs e parlamentares ambientalistas.
Alardeado inicialmente como uma alteração substancial, o fim de uma nova faixa de 15 metros de APP para rios até cinco metros, que seria reduzida pela metade para produtores familiares, acabou "compensada". A menor faixa de APP permanecerá em 30 metros, mas a obrigação de recompor essas matas ciliares até o limite desses 15 metros.
O relator Aldo Rebelo afirmou ontem ter obtido o "acordo possível" com governo, produtores rurais, ambientalistas e seus lobbies no Congresso. "Não interessa a ninguém a ilegalidade da agricultura e a inaplicabilidade da lei, além da incerteza jurídica", afirmou Aldo.
O relator informou que ainda negocia com o Ministério do Meio Ambiente a possibilidade de autorizar cultivos em APPs. "Senão, os produtores deixarão de existir nas beiras de rio mais largos", disse. "O governo precisa ter consciência do impacto social disso. É um problema".
Os "consensos" obtidos por Aldo Rebelo em sua cruzada pelo Código Florestal também foram relevantes. A soma das áreas de matas ciliares nas RLs e o fim da averbação obrigatória dessas áreas em cartório foram bem aceitas ao longo das negociações. O novo texto também reduziu, de cinco anos para um ano, o prazo para a inscrição nos programas ambientais.
Aldo Rebelo também introduziu novos conceitos em seu texto. Termos como "posse rural familiar", "interesse social" e "utilidade pública" abriram caminho para tratamento diferente aos produtores familiares.
Faltam ainda alguns detalhes. Aldo Rebelo afirmou ainda não haver consenso sobre a obrigação de recomposição da vegetação de RLs em áreas até quatro módulos. "O texto não contenta a todos. Mas é uma lei para ser cumprida", afirmou Aldo. "Houve concessões de parte a parte".
Na semana passada, o governo agiu para obter essas concessões. Em documento publicado pelo Valor, a Casa Civil propôs a isenção de "responsabilidade penal" dos desmatamentos com compromisso de regularização e dispensou a recuperação das RLs quando a lei fixava áreas menores. Também permitiu a exploração de margens de cursos d'água (APPs) por "interesse social" e "baixo impacto", dispensou APPs em açudes e previu o "uso sustentável" das reservas legais.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 03/05/2011
Durante coletiva de imprensa realizada hoje (2/5), o deputado Aldo Rebelo (SP) apresentou emenda substitutiva global, com sugestões de alteração ao Novo Código Florestal. De acordo com o relator, este é um texto de consenso, que contempla alterações solicitadas tanto pelas entidades interessadas, como pelo governo federal. Quando questionado sobre o novo parecer, Rebelo enfatizou que houve necessidade de importantes modificações: “estou satisfeito quanto à possibilidade de acordo. Mas, tenho que ser franco quanto ao texto, que impõe concessões dos dois lados”.
A previsão é que o novo Código Florestal seja deliberado nos dias 3 e 4 de maio, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Contudo, dependendo da decisão do Colégio de Líderes, que se reúne nesta terça-feira (3/5), há possibilidade que o texto seja votado apenas na quarta-feira.
Para ter acesso ao novo texto do deputado Aldo Rebelo, clique aqui.
Mais informações no blog OCB no Congresso.
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Roberto Rodrigues escolheu a Agrishow, mais precisamente o stand da Secretaria Estadual da Agricultura, para lançar seu 7º livro: "Caminhando contra o vento". O livro é uma coletânea de artigos publicados por Rodrigues em jornais, revistas e sites do agronegócio nos últimos 30 meses. Desta vez há um capítulo especial com os "causos" escritos por ele para a Revista Globo Rural, no qual conta histórias que presenciou ou escutou sobre a vida simples do interior brasileiro. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas e o superintendente, Renato Nobile, participaram o lançamento às 17h desta segunda-feira (2/4).
A publicação traz análises, propostas e idéias sobre os principais temas relacionados com o setor rural que ele acompanhou em seus 45 anos de profissão como agricultor, engenheiro agrônomo, professor universitário e líder setorial.
Currículo - Roberto Rodrigues presidiu instituições como OCB, Sociedade Rural Brasileira, Associação Brasileira de Agribusiness, Aliança Cooperativa Internacional , entre outras; foi também Secretário de Agricultura de São Paulo , quando trouxe a Agrishow para Ribeirão Preto, e Ministro de Estado da Agricultura . Atualmente é o Coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, Presidente do Conselho Superior de Agronegócio da FIESP e continua professor do Departamento de Economia Rural da UNESP/Jaboticabal.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e o superintendente, Renato Nobile, acompanharam, nesta segunda-feira (2/5), a abertura da 18ª Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). A OCB, junto com a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), está apoiando o evento.
Na abertura, o presidente da feira Cesário Ramalho afirmou que a Agrishow, deste ano, é a maior de todos os tempos. “Aumentamos 15% a área de exposição com relação ao ano passado. Agora são 180 mil metros quadrados, com 765 marcas de máquinas e implementos agrícolas de 45 países, fora os campos de testes”, descreveu Ramalho que se despede do cargo este ano. O próximo ano a feira será presidida por Maurílio Biagi Filho, natural de Ribeirão Preto.
Ramalhou anunciou a confirmação da permanência da feira em Ribeirão Preto, no Centro de Pesquisa da Cana, por mais 30 anos. A área pertence ao governo estadual, que no ano passado assinou protocolo de intenções e, este ano, com o governador Geraldo Alckmin, o termo definitivo de uso do local pela marca “Agrishow”.
Destacada por Ramalho como “maior vitrine da tecnologia que impulsiona a agricultura brasileira”, a partir de 2012 a Agrishow passará a ser presidida pelo ribeirão-pretano Maurílio Biagi Filho, empresário do setor sucroalcooleiro.
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, em seu discurso disse que seu desafio é transformar a Agrishow na primeira do mundo. “Já somos a maior da América Latina. Só este ano o evento criou 20 mil empregos diretos”, salientou a prefeita.
O governador Geraldo Alckmin foi o último a falar na abertura. Ele foi precedido pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e pela senadora Kátia Abreu (presidente da CNA), que abordaram a importância da votação e aprovação do novo Código Florestal. Alckmin fez questão de frisar que a Agrishow já é a primeira do mundo em negócios. Em 2010, a feira movimentou R$ 1,15 bilhão.
Depois de assinar o termo com a Agrishow, Alckmin anunciou medidas de incentivo à agricultura de São Paulo. “Vamos ampliar o seguro contra doenças na agropecuária paulista. O governo pagará 100% do seguro contra doenças na citricultura, desde que o produtor tenha todos os protocolos sanitários. Na viticultura, também cobriremos doenças e sinistros. E vamos beneficiar ainda o produtor de frango, também contra doenças na criação. Todas essas medidas com recursos do Feap”, disse o governador.
Alckmin aproveitou a ocasião para anunciar também o programa Pró-Trator 2, para aquisição de trator com financiamento a juro zero. “Dia 10 de maio, faremos o chamamento das empresas para o Pró-Trator 2. E, além disso, teremos o Pró-Implementos”, revelou o governador.
Na abertura da 18ª Agrishow, algumas personalidades ocuparam as poltronas do palco do auditório montado. Entre elas, representando o sistema cooperativista, estava o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande. Entre as autoridades, participaram os deputados federais Duarte Nogueira, Nelson Marquezelli e Newton Lima, os deputado estadual Baleia Rossi, o secretário estadual da Agricultura, Antonio Julio Junqueira, o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas. O ministro da Agricultura da Argentina, Julian Rodrigues e os ex-ministros brasileiros Roberto Rodrigues e Francisco Turra também estiveram na abertura. (Com informações da Ocesp)
O setor de lácteos no Brasil tem em mãos um plano que busca ampliar o espaço do país nas exportações mundiais desses produtos, mas especialistas alertam que isso só deverá ocorrer de médio a longo prazo.
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) preparou o estudo, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que já foi enviado para a Agência Brasil de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), disse à Reuters um representante da organização que reúne as cooperativas do país.
"Elaboramos um planejamento estratégico para determinar mercados prioritários, que já foi enviado para a Apex, e agora esperamos pela avaliação deles", disse Evandro Ninaut, gerente de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Segundo ele, se aprovado, este planejamento deve gerar um Programa Setorial Integrado (PSI), que definirá sete a oito mercados prioritários e as dificuldades e oportunidades para os produtos lácteos brasileiros.
"As discussões são iniciais, mas (o plano) não deve ficar restrito a cooperativas e pequenos produtores. Pretendemos ter várias reuniões com empresas até o final do ano", afirma Ninaut.
O MDA deu o passo inicial por conta do peso dos pequenos e médios produtores, que representam cerca de 80 por cento do setor. Já a OCB foi incluída porque as cooperativas também têm atuação expressiva, sendo responsáveis por 40 por cento, ou cerca de 8,4 bilhões de litros produzidos em 2010 (muitos dos pequenos e médios produtores são associados às cooperativas).
Ninaut lembra que antes as cooperativas tinham até 70 por cento do setor, mas a partir de meados dos anos 90 perderam espaço com a entrada de multinacionais.
"Umas quebraram e outras foram incorporadas. Isso fez reduzir o número de cooperativas. E a tendência é que elas se tornem cada vez mais fortes", afirmou Ninaut, referindo-se ao movimento que pode ajudar no ganho de escala e preparar o setor para atuar no mercado externo.
A OCB aposta na África, Oriente Médio e, em menor escala, a Ásia, como mercados potenciais e aponta mais dificuldades para entrar na União Europeia e Estados Unidos. (Reuters)
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A crise econômica abalou a imagem de instituições financeiras, mas favoreceu as cooperativas de crédito. As 1.370 existentes tiveram aumento de 30% no volume de ativos, que foram de R$ 52,8 bilhões em 2009 para R$ 68,7 bilhões no ano passado.
Entre os impulsionadores desse aumento estão as micro e pequenas empresas, assinala Sílvio Giusti, gestor da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). Segundo ele, foi às cooperativas que elas recorreram na crise, quando o crédito nos bancos se reduziu.
As relações de confiança também explicam o fortalecimento da modalidade, avalia Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Dirigidas e controladas por associados, as cooperativas oferecem atendimento personalizado e distribuição das sobras, como é chamado o lucro líquido. Também têm praticamente os mesmos produtos que os bancos de varejo, mas praticam juros menores, já que os recursos vêm dos associados.
Foi a diferença na taxa de juros que pesou na decisão do sócio da corretora de seguros Miranda & Fontana, Élcio Fontana.
Ele buscou empréstimo para capital de giro no fim de 2010. No banco do qual é "correntista antigo", conseguiu taxa mensal de 3,8%. Na cooperativa da qual é associado, fechou por 2%.
Fontana faz parte da Sicoob Central Cecresp, e afirma que a instituição funciona como um banco, com linhas de crédito, cheque especial e cartão de crédito.
Apesar de se dizer entusiasta do sistema de cooperativas, ele tem críticas: não há tantos quiosques 24 horas para saques e outras operações, como nos bancos de varejo. (Fonte: Folha de São Paulo)
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Apesar de benefícios, instituições têm menos pontos de atendimento 24 horas do que os bancos, diz empresário
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A crise econômica abalou a imagem de instituições financeiras, mas favoreceu as cooperativas de crédito.
As 1.370 existentes tiveram aumento de 30% no volume de ativos, que foram de R$ 52,8 bilhões em 2009 para R$ 68,7 bilhões no ano passado.
Entre os impulsionadores desse aumento estão as micro e pequenas empresas, assinala Sílvio Giusti, gestor da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).
Segundo ele, foi às cooperativas que elas recorreram na crise, quando o crédito nos bancos se reduziu.
As relações de confiança também explicam o fortalecimento da modalidade, avalia Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Dirigidas e controladas por associados, as cooperativas oferecem atendimento personalizado e distribuição das sobras, como é chamado o lucro líquido. Também têm praticamente os mesmos produtos que os bancos de varejo, mas praticam juros menores, já que os recursos vêm dos associados.
Foi a diferença na taxa de juros que pesou na decisão do sócio da corretora de seguros Miranda & Fontana, Élcio Fontana.
Ele buscou empréstimo para capital de giro no fim de 2010. No banco do qual é "correntista antigo", conseguiu taxa mensal de 3,8%. Na cooperativa da qual é associado, fechou por 2%.
Fontana faz parte da Sicoob Central Cecresp, e afirma que a instituição funciona como um banco, com linhas de crédito, cheque especial e cartão de crédito.
Apesar de se dizer entusiasta do sistema de cooperativas, ele tem críticas: não há tantos quiosques 24 horas para saques e outras operações, como nos bancos de varejo. (SILVIA ANGERAMI)
Veículo: Folha de S.Paulo
Publicado em: 01/05/2011
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