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O Sistema OCB conferiu as novas tendências do mercado para o Ramo Transportes, no Welcome Tomorrow (WTW) 2022, congresso que ocorreu na terça-feira (25), em São Paulo. O evento, que completa 10 anos, é considerado o maior no segmento da América Latina e abordou temas sobre mobilidade, futuro do trabalho e cidades inteligentes. Segundo o analista Técnico e Econômico Tiago Barros, o WTW trouxe uma perspectiva comparativa sobre o que é mobilidade e metaverso – o mundo virtual que replica a realidade.
“As palestras e painéis nos fizeram mergulhar neste ecossistema e perceber que estes conceitos têm influenciado de forma significativa o cenário mundial. Na questão da mobilidade, os especialistas explicaram como o metaverso pode facilitar o movimento e como a humanidade pode otimizar seu tempo, o que, por consequência, propiciará melhorias em sua mobilidade”, frisou o analista.
Os três eixos do evento reforçaram a tendência da mescla entre o mundo real e o virtual como um caminho para reduzir deslocamentos desnecessários, melhorar a movimentação de pessoas e cargas, conectar cidades e também sobre as oportunidades criadas por meio do chamado homeofficie.
“Todas essas discussões impactam diretamente as cooperativas de transporte, especialmente as do segmento de passageiros, que necessitam surfar essa onda, acompanhar essas mudanças e, em alguns casos, até repensar seus modelos de negócios para aproveitar melhor as oportunidades”, salientou Barros.
Mobilidade
Sobre a mobilidade, os destaques do encontro foram para o uso de tecnologias para gestão de frotas, automação, inteligência artificial, compartilhamento, eletrificação e possibilidades de ausência de motorista. As opções de locomoção - automóveis, bicicletas, patinetes elétricos, drones e até carros voadores - foram evidenciadas e desmistificadas, bem como a nova era na gestão de frotas.
“Conhecemos uma iniciativa que demonstrou que já é possível ir ao mercado via aplicativo e escolher seus produtos virtualmente, evitando deslocamento até o mercado físico. As possibilidades de mobilidade são muitas e, para o Ramo Transporte, na questão das frotas, algumas cooperativas do Sistema OCB já contam com aplicativo para acompanhar carregamento, trajeto e entrega final de cargas”, contou Barros.
Cidades e mercado de trabalho
Tornar as cidades mais inteligentes, conectadas e integradas é outra tendência global. O ponto central desse eixo foi a sustentabilidade e a importância de transformar empresas e espaços urbanos em locais mais agregadores, inovadores e digitais. No mercado de trabalho, não poderia ser diferente. Diante da pandemia, as empresas se reinventaram e aderiram ao homeofficie. Especialistas destacaram que o modelo híbrido, na atual conjuntura, é mais ágil e distribuído.
A expressividade do cooperativismo brasileiro dentro e fora do país foi destaque em apresentação realizada durante a VI Cúpula Cooperativa das Américas, nessa terça-feira (25). A gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, falou sobre como o cooperativismo vem se consolidando como ferramenta para a economia de baixo carbono. Os números do AnuárioCoop 2022 foram divulgados aos participantes. Com 18,8 milhões de associados, 4.880 de cooperativas e 493 mil empregos gerados, o coop brasileiro movimentou, em 2021, R$ 784,3 bilhões de ativos.
“No Brasil, nossos negócios têm levado desenvolvimento para toda as comunidades onde estamos inseridos. Nossa produção agropecuária conta com mais de 8 mil técnicos que atendem e capacitam 84% dos nossos produtores cooperados. Ao considerarmos os produtores fora do movimento coop, o percentual cai para 24%. O compromisso em levar prosperidade tem retorno, pois a maioria de nossos agricultores (71,2%) têm perfil de agricultura familiar. O coop agro abastece o Brasil e o mundo, pois o trabalho deles representa 53% das exportações brasileiras de grãos, para mais de 100 países”, iniciou a gerente.
Ela demonstrou que, na produção brasileira, as coops são responsáveis por 75% do trigo, 52% da soja, 55% do café, 46% do leite, 53% do milho, 35% do arroz, 43% de feijão e 50% de carne suína. “Produzir com sustentabilidade é uma característica das cooperativas agro”, complementou ao afirmar que elas são, de fato, instrumentos para garantir a segurança alimentar mundial. “Nossa participação internacional é expressiva. Somos os primeiros na demanda por suco de laranja, soja, açúcar e café. Ocupamos a segunda posição no ranking de exportações de carne bovina; e a terceira em carne de frango, algodão, milho e azeite de soja. Tudo com muita qualidade e sustentabilidade".
Contribuições ambientais
No que tange as questões de sustentabilidade e meio ambiente, as contribuições que o Sistema OCB oferece para o Parlamento, Governo e seus órgãos vem ajudado nas reformulações e aplicações de normas. Por meio de participação em conselhos consultivos, ou acionado por parlamentares, Fabíola destacou que o Sistema participou da elaboração das políticas de mitigação das mudanças climáticas; da criação do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); da reformulação do Código Florestal; além de capacitação e formação de milhares de produtores rurais com viés de sustentabilidade.
“Na questão energética, temos 540 cooperativas que atuam com plantas renováveis. Elas produzem o suficiente para abastecer 1,2 milhão de residências e as projeções para os próximos anos são consideráveis. O uso de tecnologias, para sequestro de carbono e gases que contribuem para o chamado efeito estufa, está presente em 50 milhões de hectares ocupados por cooperativas que já impediram que 170 milhões de toneladas de carbono chegassem à atmosfera. Em outro aspecto, a carteira de Green Bonds [créditos verdes], do Sicredi [coop de crédito] já alcançou U$ 1 milhão, em 2021”, assegurou.
ESGCoop
A famosa sigla presente no universo corporativo ESG, que significa o cuidado ambiental, a responsabilidade social e as boas práticas de governança, também está presente no coop brasileiro e ganhou destaque na apresentação da gerente geral. “Essas estratégias estão presentes no cooperativismo desde sua origem, está no DNA do nosso modelo de negócios. O que estamos fazendo agora é criar nossas próprias métricas. O ESGCoop conta com quatro pilares até o momento: o mapeamento das ações já realizadas pelas coops; definição e organização de indicadores conectados ao modelo de negócios; a escolha de caminhos coletivos para evoluir e gerar o maior impacto positivo para todos; e a formação de líderes ESG”, concluiu a gerente.
Representação internacional
O presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, liderou a participação da delegação brasileira formada por dirigentes cooperativistas dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. O presidente se reuniu ainda com representantes de diversos países para tratar de questões relacionadas as tecnologias aplicadas na agricultura, desenvolvimento sustentável e inovações para o segmento.
Freitas também aproveitou a oportunidade para agradecer aos dirigentes americanos pelo apoio maciço que recebeu quando foi eleito para compor o Conselho Administrativo da ACI Mundial com o maior número de votos entre os candidatos.
A Cúpula
A VI Cúpula Cooperativa das Américas aborda o tema “O compromisso cooperativo de reconstruir e cuidar de nossa comunidade local e global”. Com painéis divididos em três eixos: Identidade Cooperativista; Reativação e Integração Econômica; e Sustentabilidade e Mudanças Climáticas, os participantes debatem, até esta quinta-feira (27), os desafios e oportunidades para o cooperativismo mundial cumprir seu papel essencial, que é “levar prosperidade para todos”, segundo o presidente Marcio.
“As desigualdades estruturais na América Latina continuam sendo um grave obstáculo para a construção de sociedades mais resilientes. Nossas cooperativas têm cumprido papel relevante na atenção de múltiplas necessidades emergentes diante desse cenário criado pela pandemia e pela guerra entre Rússia e Ucrânia. As cooperativas são estratégicas para a construção da igualdade, pois estão centradas no crescimento econômico, na distribuição de riquezas, democratizam as oportunidades de trabalho e geram prosperidade nas comunidades sem olhar gênero ou classe social”, declarou a presidente da ACI Américas, Graciela Fernández Quintas.
O presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Ariel Guarco, endossou a fala de Graciela e acrescentou: “Temos muito a oferecer no que diz respeito aos sistemas agroalimentares, energéticos, transição digital e cuidado com o meio ambiente, com as pessoas e com o futuro do trabalho. Todos os temas tratados aqui na cúpula reforçam que temos as melhores propostas para que produtores e consumidores trabalhem juntos na transformação e democratização do sistema agroalimentar, em especial, como recomenda a FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura]”.
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), do Senado, aprovou a instituição da Política Nacional de Incentivo à Agricultura e Pecuária de Precisão (PL 149/19), nesta quinta-feira (20). Como a proposta tramita em caráter terminativo, este foi o último colegiado a apreciar a matéria que, se não tiver recursos apresentados, seguirá para sanção presidencial.
Para o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas, a medida é necessária e bem vista pelo segmento agro, uma vez que ampliará a produtividade com utilização de boas técnicas, reduzindo custos e desperdícios. “O avanço da agropecuária de precisão reflete diretamente no aumento da rentabilidade dos produtores rurais e das cooperativas agro, que são umas das principais vias de acesso a essas tecnologias. A relevância desta proposta também está na garantia da sustentabilidade ambiental, social e econômica”.
Segundo o parecer aprovado, a proposta está alinhada aos compromissos do Brasil com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). Sem comprometer a capacidade de atendimento e capaz de garantir a preservação ambiental, a agricultura de precisão está associada ao conceito de Agricultura 4.0, que se utiliza de tecnologias para avaliar e acompanhar de forma exata as condições diferenciadas das áreas de atividades agronômicas, que estão baseadas no princípio da variabilidade do solo e clima.
Neste sentido, as cooperativas do Sistema OCB já se utilizam dessas práticas e poderão explorá-las ainda mais. O texto aprovado tem apoio dos cooperativistas, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de entidades do setor produtivo.
Origem
O texto teve origem na Câmara dos Deputados com autoria do coordenador Sindical da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Heitor Schuch (PSB-RS) e foi aprovado com maioria expressiva no Plenário da Câmara.
O objetivo do parlamentar é desenvolver o agro baseado na pesquisa, no desenvolvimento tecnológico, na assistência técnica e na extensão rural, na qualificação e gestão dos recursos humanos. O projeto contempla também parcerias com entidades públicas e privadas como uma das prioridades da política de incentivo à agricultura de precisão.
A inovação e a sustentabilidade como pilares para desenvolver o cooperativismo de crédito foi o tema do Fórum das Cooperativas do Ramo Crédito, realizado pelo Sistema OCB/MT, nesta terça-feira (25). A superintendente e o coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, Tania Zanella e Thiago Borba, fizeram exposições sob o aspecto institucional e técnico da Lei Complementar (LC) 196/22, que atualizou a Lei que rege as cooperativas de crédito – LC 130/2009.
Tânia abordou o cenário político e ressaltou a reeleição de 80% do quadro de parlamentares cooperativista. Para a 57ª Legislatura, são, até o momento, 153 cadeiras no Congresso comprometidas com o movimento. A superintendente fez ainda uma análise da articulação do Sistema desde a tramitação até a aprovação, uma vez que a lei em vigor é fruto de construção e entendimento do Sistema OCB, do Banco Central do Brasil e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
“O reconhecimento do nosso movimento ficou mais evidente com a aprovação desta Lei, que uniu órgão regulador, o Parlamento e dirigentes cooperativistas em sua formulação. Foram muitas discussões até chegarmos a um acordo que originou o Projeto de Lei Complementar 27/20. A aprovação em aproximadamente dois anos de tramitação é considerada um recorde, se considerarmos que a média é de dez anos. Nossos esforços agora é para avançarmos na regulamentação de alguns dispositivos da Lei”, discorreu a superintendente.
Thiago Borba, por sua vez, fez uma exposição técnica sobre as inovações constantes na LC 196/22, divididas em três blocos de abordagem: governança; conceitual e estrutural; e operacional. “Já estamos em tratativas com o Banco Central pela regulamentação de dispositivos da Lei em vigor.
Além diretoria do Sistema OCB/MT, o evento contou com exposições do chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias (Banco Central), Harold Espínola; do diretor do Sicoob e autor do livro “Cooperativismo Financeiro na década de 2020: sem filtros”, Ênio Meinem; do gerente de Estratégia de Open Finance na Bip Brasil, Vagner Cunha; do secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Angelo Mazzillo Júnior; do secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda; do superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer; e outras lideranças do coop.
Mato Grosso conta com 18 coops de crédito e 256 filiais, que prestam atendimento em 126 municípios, sendo que em 40 deles a única instituição financeira é a cooperativa. O segmento congrega 885.182 cooperados e gera 5.831 empregos diretos em sua rede Sicredi, Sicoob, CrediSIS, Unicred e Cresol.
A complexidade da legislação tributária e aduaneira é motivo de muitas dúvidas e desafios para cooperativas e empresas. Com o apoio da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) realiza, na próxima quinta-feira (3), o VIII Seminário CARF de Direito Tributário e Aduaneiro. O encontro virtual será transmitido ao vivo pelos canais do Conselho e do Ministério da Economia, a partir das 9h. Para a abertura do evento, além do presidente do CARF, Carlos Henrique de Oliveira, foi convidada a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Assusete Magalhães.
Para o coordenador da Gerência Sindical da CNCoop, Bruno Vasconcelos, o “evento é de suma importância para o aperfeiçoamento de discussões de temas relevantes ao Conselho, que também conta com a participação das Confederações representativas dos setores econômicos integrantes do Fórum das Confederações - Poder Executivo, incluindo a CNCoop”.
Segundo a coordenadora tributária da OCB, Amanda Oliveira, "o seminário marca a nova gestão do tribunal administrativo e o fim da suspensão de julgamentos, iniciada no início do exercício de 2022. Julgamentos estes, de interesse e com impactos ao cooperativismo e monitorados semanalmente pela OCB".
O evento contará também com a participação do secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, e de outras autoridades fazendárias, magistrados e professores doutores renomados.
O encontro está dividido em três painéis que abordarão temas sobre tributação de pessoas jurídicas. São eles: Tributação sobre o lucro: dividendos; Tributação das empresas transnacionais: lucros no exterior; e Preço de transferência no Brasil: convergência para o modelo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e os impactos no contencioso tributário.
Este ano, o Conselho completa 97 anos de serviços voltados à promoção da segurança jurídica e à garantia do direito ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa. O evento, pretende debater com a sociedade temas relacionados ao contencioso tributário fiscal, bem como com representantes das academias de Direito, Fisco e do Poder Judiciário, a fim de abordar os diferentes entendimentos e tendências de jurisprudência dos tribunais superiores para aperfeiçoar o processo na seara administrativa.
A formação, informação e capacitação das pessoas fazem parte no 5º princípio do cooperativismo. A intercooperação, por sua vez, é o 6º princípio. Baseadas nesses princípios, cooperativas de crédito e educacionais vêm promovendo a transformação social e econômica em municípios brasileiros. Com acesso aos recursos oriundos do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates) de coops de crédito, é possível perceber como as boas práticas das cooperativas educacionais beneficiam cooperados e comunidades.
Embora já utilizado por algumas cooperativas, o Fates ainda é pouco acessado pelo movimento como um todo. Para esclarecer dúvidas e estimular novos projetos com recursos do fundo, o Sistema OCB elaborou a cartilha FATES - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social que trata sobre a o uso destes recursos destinados à prestação de assistência aos associados das cooperativas, seus familiares e colaboradores. A iniciativa busca sanar dúvidas em relação às formas de aplicação dos recursos, obrigações legais e boas práticas de governança.
“Este importante instrumento deve ser acessado com vigor por nossas cooperativas, algumas já o fazem, mas as dúvidas de tantas outras acabam servindo como impeditivos. Com a cartilha, muitos pontos podem ser esclarecidos, além de importantes recomendações para a tomada de decisões consistentes e juridicamente seguras para a gestão, operacionalização e aplicação desses recursos em benefício de todos”, assevera o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.
O Sistema também conta comas Câmaras Temáticas de Pais e Professores das cooperativas educacionais que acompanham e debatem as ações em defesa do segmento.
Conheça o trabalho das cooperativas educacionais que, por meio da intercooperação, já utilizam o Fates de cooperativas de crédito para fazer a diferença no ConexãoCoop.
A assertividade do Programa de Educação Política lançado pelo Sistema OCB para fomentar o voto consciente e a escolha de candidatos comprometidos com o movimento cooperativista no Congresso Nacional garantiram a manutenção da representatividade política do movimento na próxima Legislatura. O núcleo da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) manteve 80% de seus deputados e senadores. Além disso, ganhou dois reforços de peso no Senado, com a eleição de Tereza Cristina (MS) e Efraim Filho (PB).
Além da reeleição de praticamente todos os atores-chave da diretoria, a Frencoop passa a contar também com novos representantes indicados pelos estados e que devem assumir posições estratégicas na defesa do marco regulatório das cooperativas no Congresso Nacional. Entre os novos deputados e senadores que as Casas Legislativas vão receber em janeiro do próximo ano, diversos já assinaram compromisso de atuar em prol do movimento em seus mandatos.
Os principais resultados do primeiro turno das eleições e seus reflexos para a representação do cooperativismo podem ser conferidos em detalhes no boletim especial Análise Política desenvolvido pelo Sistema OCB em conjunto com a BMJ Consultores Associados, consultoria especializada em relações governamentais.
O Programa de Educação Política para o Cooperativismo é parte do conteúdo disponível no site Cooperativismo e Eleições 2022. A iniciativa buscou dar voz a grupos de jovens, mulheres e lideranças cooperativistas para estimular e aumentar a participação na tomada de decisões estratégicas para o movimento e suas comunidades. Cartilhas, cursos à distância de capacitação e vídeos foram construídos para permitir a reflexão sobre a necessidade de uma maior representatividade do modelo cooperativista, em especial, nos poderes legislativos federal e estaduais.
Dividido em cinco diferentes eixos, o site disponibiliza a publicação Propostas para um Brasil mais Cooperativo, com dados sobre como o cooperativismo pode ser um vetor de desenvolvimento para o país e propostas de políticas públicas para nortear plataformas de governo; oferece informações sobre boas práticas para atuar no processo eleitoral de forma responsiva; apresenta um plano de comunicação e mobilização digital para valorizar e compartilhar as ações reais dos parlamentares em defesa do modelo de negócios cooperativista; faz a prestação de contas da atuação dos parlamentares; e detalha o processo de engajamento, participação e representação cooperativista.
Frencoop
Confira quem são os parlamentares membros da Frente Parlamentar do Cooperativismo reeleitos para a 57ª Legislatura e os novos eleitos que já se comprometeram com o movimento:
Deputados:
- Alagoas: Marx Beltrão e Isnaldo Bulhões.
- Amazonas: Capitão Alberto Neto, Sidney Leite e Zé Ricardo.
- Bahia: Afonso Florence, Alex Santana, Alice Portugal, Arthur Maia, Bacelar, Daniel Almeida, Elmar Nascimento, Felix Mendonça Júnior, Jorge Solla, Leur Lomanto Jr, Mário Negromonte Jr, Otto Alencar Filho, Pastor Sargento Isidório, Raimundo Costa e Valmir Assunção.
- Ceará: André Figueiredo, Célio Studart e Domingos Neto.
- Distrito Federal: Bia Kicis e Erika Kokay.
- Espírito Santo: Evair Vieira de Melo (presidente da Frencoop), Amaro Neto, Da Vitória e Helder Salomão.
- Goiás: Célio Silveira.
- Maranhão: Cléber Verde, Marreca Filho e Rubens Júnior.
- Minas Gerais: André Janones, Diego Andrade, Domingos Sávio, Dr. Frederico, Emidinho Madeira, Fred Costa, Gilberto Abramo, Igor Timo, Lafayette Adrada, Leonardo Monteiro, Lincoln Portela, Newton Cardoso Jr, Odair Cunha, Padre João, Reginaldo Lopes, Rodrigo de Castro, Rogério Correia, Stefano Aguiar, Weliton Prado, Zé Silva e Zé Vitor.
- Mato Grosso: José Medeiros e Juarez Costa.
- Mato Grosso do Sul: Dagoberto, Dr. Luiz Ovando e Vander Loubet.
- Pará: Airton Faleiro, Delegado Eder Mauro, Joaquim Passarinho, Olival Marques.
- Paraíba: Hugo Motta, Ruy Carneiro e Wellington Roberto.
- Paraná: Aliel Machado, Diego Garcia, Enio Verri, Gleisi, Leandre, Luciano Ducci, Luísa Canziani, Luiz Nishimori, Pedro Lupion, Ricardo Barros, Sérgio Souza, Toninho Wandscheer, Vermelho e Zeca Dirceu.
- Pernambuco: André Ferreira, Carlos Veras, Fernando Coelho Filho e Silvio Costa Filho.
- Piauí: Atila Lira e Júlio César
- Rio de Janeiro: Aureo Ribeiro, Benedita Da Silva, Chiquinho Brazão, Chris Tonietto, Daniela do Waguinho, Dr Luiz Antônio Teixeira Jr, Hugo Leal, Otoni De Paula, Pedro Paulo e Sóstenes Cavalcante.
- Rio Grande do Norte: Natália Bonavides.
- Rio Grande do Sul: Afonso Hamm, Alceu Moreira, Bohn Gass, Giovani Cherini, Heitor Schuch, Lucas Redecker, Marcel Van Hattem, Marcio Biolchi, Pedro Westphalen e Sanderson.
- Rondônia: Lucio Mosquini e Silvia Cristina.
- Roraima: Zé Haroldo Cathedral
- Santa Catarina: Carlos Chiodini, Carol de Toni, Fábio Schiochet, Professor Pedro Uczai e Ricardo Guidi.
- São Paulo: Alex Manente, Alexandre Leite, Alexandre Padilha, Arnaldo Jardim, Baleia Rossi, Capitão Augusto, Eduardo Bolsonaro, Gilberto Nascimento, Jefferson Campos, Miguel Lombardi, Milton Vieira, Nilto Tatto, Paulo Freire da Costa, Paulo Teixeira, Rui Falcão, Vinicius Carvalho e Vitor Lippi.
- Sergipe: Fabio Reis.
- Tocantins: Carlos Gaguim e Vicentinho Junior.
Novos deputados:
- Espírito Santo: Paulo Foletto
- Goiás: Marussa Boldrin
- Mato Grosso do Sul: Beto Pereira e Geraldo Resende
- Paraná: Beto Preto, Beto Richa, Deltan Dallagnol, Dilceu Sperafico, Filipe Barros, Sandro Alex, Sergio Moro e Tião Medeiros,
- Rio de Janeiro: Chico Alencar e Laura Carneiro
- Santa Catarina: Daniela Reinehr e Valdir Cobalchini
Senadores eleitos ou reeleitos:
- Acre: Alan Rick (é deputado na Legislatura atual)
- Goiás: Wilder Morais (eleito)
- Mato Grosso: Wellington Fagundes
- Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (é deputada na Legislatura Atual).
Paraíba: Efraim Filho (é deputado na Legislatura atual).
O Sistema OCB promove, nesta terça-feira (25), às 17h, a live Economia e o Cooperativismo com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. O objetivo é debater as oportunidades e desafios do modelo de negócios cooperativista, que mesmo durante a pandemia não parou de crescer e oferecer produtos e serviços essenciais para a sociedade.
“Como player importante e estratégico da pauta econômica do país, o coop quer identificar junto ao ministro as possibilidades para o movimento nos próximos anos. Sabemos que há muitos espaços que podem e devem ser preenchidos e auxiliados pelo cooperativismo que, certamente, continuará promovendo prosperidade para nossa gente”, assegura o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas.
Entre os temas a serem abordados durante a live estão o Crédito Rural, o Cooperativismo de Crédito, Reforma Tributária, Ato Cooperativo e Saúde.
O coop na economia
Em seus sete ramos de atividade, o coop vem se consolidando como agente fundamental para a promoção e desenvolvimento do país com uma movimentação em 2021 na ordem de R$ 524,8 bilhões. Além da prosperidade levada aos 18,8 milhões de cooperados, o movimento é responsável pela geração de 493,2 empregos diretos. A constância dos serviços cooperativistas também é evidente. Das 4.880 cooperativas, 2.535 delas têm mais de 20 anos de atuação no mercado e 597, mais de 40 anos.
As obrigações legais, aplicação dos recursos e boas práticas de governança do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates) foram temas esclarecidos para cerca de 230 técnicos e gestores de cooperativas dos mais variados ramos, em live realizada pelo Sistema Ocepar. O encontro virtual, realizado nesta quinta-feira (20), também abordou a utilização do fundo no custeio de planos de saúde. A assessora jurídica do Sistema OCB, Ana Paula Andrade Ramos, apresentou como foi desenvolvido o Manual de Orientação para o uso do Fates. Já o consultor Fabiano Jantalia falou sobre os aspectos legais e de gestão com foco no eixo social da verba.
“A utilização destes recursos tem sido, ao longo dos anos, cerne de dúvidas das cooperativas de todos os ramos, em especial sobre quais ações poderiam ser custeadas dentro das linhas de assistência. Por isso, em agosto deste ano, lançamos o manual de orientação para contribuir com a uniformização da interpretação e aplicação das disposições legais referentes a esse fundo. Além disso, trazemos sugestões de boas práticas e exemplos que garantem maior segurança jurídica na utilização dele”, explica a gerente.
O presidente e o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken e Nelson Costa, alertaram para a relevância do tema e destacaram a importância de estudos e de metodologias sobre a utilização do Fates. “É um recurso de destinação anual e que tem papel muito importante nos campos social, educacional e técnico. A recente atualização da Lei Complementar 196/22, que trata das cooperativas de crédito, ampliou a possibilidade de uso destes recursos em ações voltadas à comunidade. Isso fortalece o papel de desenvolvimento que as cooperativas têm em sua essência”, pontuou Ricken
Manual
O documento, já disponível para download e consultas, está dividido em cinco capítulos. Ele aborda a reserva destinada à prestação de assistência aos associados das coops, seus familiares e, em caso de previsão no estatuto social, também aos empregados. Versa também sobre a utilização do Fates como instrumento de aplicação e efetividade dos princípios do cooperativismo como promoção da educação e participação econômica dos cooperados. A publicação está também em conformidade com a possibilidade de destinação de recursos do fundo para ações voltadas à comunidade, no caso de cooperativas de crédito, em alinhamento com a recente mudança da LC 130/2009.
O documento se propõe, ainda, a estabelecer regras de governança da gestão dos recursos do Fates, sugerindo medidas que, embora não sejam obrigações legais, se caracterizam como boas práticas no sentido de dar destinação ao fundo baseada na vontade do quadro social da cooperativa.
“O Negócios Coop Ao Vivo foi um marco para o coop brasileiro. A intercooperação é um conceito poderoso e o evento foi uma oportunidade incrível de trabalharmos verdadeiramente esse princípio. Superou nossas expectativas e proporcionou troca de contatos maravilhosos. Foi de fato uma abertura para novas possibilidades.”
A afirmação foi feita por Luciana Paiva, vice-presidente da cooperativa de produção audiovisual Coopas (RJ), em referência à rodada de negócios durante a Semana de Competitividade, coordenada pelo Sistema OCB para incentivar a troca de ideias e contatos entre cooperativas para estimular seus potenciais de mercado a partir da intercooperação.
Nesta edição, cooperativas dos Ramos Agro; Saúde; Transporte; e Trabalho, Produção de Bens e Serviços foram os destaques do evento que contou com 19 coops vendedoras e 11 compradoras.
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Com o objetivo de discutir trocas comerciais, o embaixador da República Islâmica do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, convidou o Sistema OCB para participar de reunião, nessa terça-feira (11). Os principais temas tratados foram a compra de grãos de cooperativas brasileiras e a venda de fertilizantes iranianos. Representantes do Itamaraty, do Ministério da Agricultura (Mapa) e de organizações de produtores de alimentos também estiveram presentes no encontro.
Apesar de o Irã sofrer embargo econômico de boa parte das nações, esta sanção, no entanto, não recai sobre os alimentos devido a uma regra do direito internacional que impede qualquer imposição sobre comércio de alimentos. Por isso, a Embaixada do Irã tem se empenhado em apoiar as exportações brasileiras de alimentos ao país persa.
“O Brasil e o Irã tem um comércio bilateral relevante que resulta em mais de U$ 6 bilhões por ano. Eles importam alimentos como soja, açúcar, milho e outros grãos, além de algodão. Nossa conversa foi no sentido de criar conexões para que as cooperativas possam se organizar para fornecer alimentos e fortalecer suas exportações para o Irã. Por outro lado, o Irã é um fornecedor de fertilizantes para o Brasil. O país exporta 1,3 milhões de toneladas de ureia por ano ao nosso país”, pontuou o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins.
O embaixador apresentou ferramentas para fortalecer o comércio bilateral, uma vez que os dois países têm 120 anos de relações diplomáticas e o Brasil, segundo ele, é prioridade para o Irã. Hossein visitará cooperativas e espera abrir novas frentes de parcerias comerciais. Sobre a dificuldade em realizar transações, por conta do boicote econômico, o embaixador ressaltou que há saídas para tais relações com as cooperativas.
O Sistema OCB tem mantido relações de cooperação com o movimento cooperativo iraniano. Em junho deste ano, o presidente da Câmara de Cooperativas, organização par da OCB no Irã, visitou São Paulo e Brasília. O objetivo foi discutir oportunidades comerciais entre cooperativas dos dois países.
Além da intercooperação, o Sistema OCB também tem participado de missões organizadas pelo governo brasileiro. Em fevereiro deste ano, por exemplo, integrou comitiva liderada pela então Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, ao Irã. Em parceria com a Embaixada do Brasil em Teerã, está em divulgação o Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras, publicação que lista os produtos e serviços exportados pelas cooperativas brasileiras e que está disponível em 10 idiomas, inclusive o Farsi, idioma falado no país.
O protagonismo do Sistema OCB em atos de cooperação técnica internacional que resultam em oportunidades de mercado para as coops brasileiras foi a pauta da visita de cortesia do presidente Marcio Lopes de Freitas ao ministro das Relações Exteriores, Carlos França, nesta quarta-feira (5), no Itamaraty. O ministro demonstrou contentamento com as ações do cooperativismo na promoção comercial do país e Marcio compartilhou como as cooperativas brasileiras têm sido auxiliadas pela rede diplomática do país em suas ações de prospecção de novos negócios no exterior.
“Nos últimos dez anos, as delegações cooperativistas apoiadas pelo Sistema OCB foram muito bem recebidas e apoiadas em embaixadas e missões brasileiras em 35 países em todo o mundo. As embaixadas brasileiras no exterior têm sido grandes aliadas na promoção dos nossos produtos e serviços em nível internacional. Elas têm divulgado o Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras e compartilhado informações estratégicas sobre oportunidades de negócios. Recentemente, iniciamos outro grande projeto com esta finalidade em cooperação com a APEX, que é o Programa de Qualificação para Exportação de Cooperativas, o Peiex Coop, que tem sido importante aliado na capacitação dos dirigentes neste processo de internacionalização dos negócios”, frisou Marcio.
A presença presidente Marcio no Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) também foi enfatizada no encontro. “Foi uma eleição histórica, onde o cooperativismo brasileiro recebeu 600 votos de organizações de cerca de 85 países. Fica evidente que nossa participação vai estreitar ainda mais os diálogos e aumentar as parcerias comerciais no ramo agro, tanto com os agricultores europeus, como com o Irã e Índia, além do segmento de seguros”, relatou o presidente.
Por intermédio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Governo Federal, o Sistema OCB vem transferindo conhecimentos técnicos em cooperativismo para os governos de Botsuana, Argélia e Timor Leste. O projeto de cooperação com o Governo de Botsuana, por exemplo, possibilitou a capacitação de produtores rurais, que criaram uma cooperativa reconhecida como modelo para o país. A cooperativa tem prosperado e chegou a vencer uma licitação para fornecer produtos de horticultura para o Exército de Botsuana.
Novos espaços
O presidente Marcio também relatou ao ministro os convites recebidos pelo Sistema OCB para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deste ano (COP 27). A OCB quer ampliar o entendimento dos demais países sobre as ações de sustentabilidade do cooperativismo brasileiro no segmento agropecuário. Iniciativas como a transformação de dejetos e resíduos em ativos ambientais, bem como a geração de biogás e de energia renovável, estão entre as práticas das coops para reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa.
O coop brasileiro quer desmistificar a imagem internacional de que os produtos do agro são oriundos de áreas de desmatamento. O Sistema OCB é favorável ao rastreamento e defende que a atuação dos produtores estão em conformidade com as leis ambientais e, inclusive, são protagonistas em uso de tecnologias que reduzem os impactos e recuperam nascentes e áreas degradadas, entre outros propósitos.
O livre comércio entre os blocos do Mercosul e União Europeia também tem o apoio do Sistema OCB. “Este acordo vai fomentar a cooperação técnica e econômica, além de promover transferências tecnológicas entre os países dos dois continentes. Queremos explorar oportunidades oriundas das parcerias entre as cooperativas dos dois blocos”, concluiu Marcio.
O Conselho Consultivo do Ramo Transporte do Sistema OCB esteve reunido, no Rio de Janeiro, para tratar, dentre outros temas, sobre os desdobramentos dos programas de Governo Roda Bem Caminhoneiro e Auxílio Caminhoneiro no que tange o cooperativismo. A reunião, realizada na sede do Sistema OCB/RJ, na sexta-feira (14), contou com palestra da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O Programa Roda Bem Caminhoneiro foi lançado no final de 2019 com o objetivo de entregar kits, contendo escritório container e tanque de abastecimento para cooperativas de transporte. Com a previsão orçamentária de R$ 18 milhões em investimentos, o programa atende 17 estados. Uma nova versão do programa é um pleito do Ministério da Cidadania para atender aos transportadores cooperados, segundo o coordenador nacional do Ramo Transporte, Evaldo Matos. “Temos realizado reuniões como o Ministério da Cidadania para avaliarmos a participação do Sistema OCB nessa nova versão”, afirmou.
Outro tema fundamental, segundo o coordenador, é a inclusão das Cooperativas de Transportes de Cargas (CTC) no rol de beneficiários do Auxílio Caminhoneiro para garantir tratamento isonômico por parte do Executivo. “Os núcleos jurídicos da OCB e da CNCoop [Confederação Nacional das Cooperativas] estão trabalhando pela inclusão da categoria também junto ao ministro André Mendonça [Supremo Tribunal Federal], que faz a avaliação do mérito do pleito apresentado pelo Sistema OCB em relação à justificativa, análise de impacto e documentos necessários para incluí-los e garantir a isonomia de tratamento”, explicou.
Multas
Tema bastante recorrente nos questionamentos de dirigentes e cooperados, a aplicação das multas que, por vezes, são consideradas confusas também foi abordado. O superintendente de fiscalização da ANTT, Felipe Freitas, falou sobre os processos e sistemáticas adotadas pela agência em relação às penalidades e expandiu o canal de comunicação entre coops e o órgão. Freitas sugeriu a criação de um evento virtual para esclarecimentos de dúvidas sobre como ocorre os processos de aplicação de atos de infração.
Oportunidades
A coordenadora de Desenvolvimento Regional do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Vanessa Gasch, apresentou estudo detalhado sobre as cargas, oferta e produção em Mato Grosso. Segundo ela, a análise do Imea serve como parâmetro para as cooperativas de todo o país perceberem as possibilidades de parcerias em busca de novos clientes e exploração de potencial. “Foi um estudo interessante e precisa ser explorado, uma vez que a demanda existe e precisamos trabalhar de forma mais precisa na profissionalização da gestão e esclarecermos melhor a segurança jurídica que nosso modelo de negócios apresenta”, pontuou Matos.
Evaldo Matos anunciou, também, que está em fase de conclusão a elaboração de um guia de contratação para embarcadores (clientes) de Cooperativas de Transporte. Esse documento servirá para que o mercado acesse o serviço de transporte cooperativista com seus diferenciais de segurança e modelo de gestão.
Na oportunidade, o coordenador divulgou ainda que já está disponível o curso de especialização (MBA) em gestão de fretes, elaborado pela Confederação Nacional das Cooperativas de Transporte (Cntcoop). Este é um dos dois cursos que nasceram após amplos debates no âmbito do Conselho. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), por sua vez, está em fase de avaliação para o desenvolvimento de um curso para monitores de transporte escolar e outro para o transporte coletivo de passageiros, baseado nas exigências do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Outro assunto de destaque foi o aplicativo de gestão de fretes já utilizado pela Federação Nacional das Cooperativas de Transporte (FetransCoop) e que poderá ser utilizado também por todas as cooperativas do ramo para atender o consumidor, promover capilaridade e atuação mais competitiva no mercado. O App fornece mecanismos de identidade, intercooperação, redução de custos e maximização de resultados em nível nacional.
Tornar efetivas todas as metas e estratégias previstas no Código Florestal (Lei 12.651/12) é o objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Sistema OCB e dos demais atores do agro. Embora o código já tenha completado dez anos, os procedimentos de regularização de imóveis em áreas rurais ainda não estão completos.
Para impulsionar as ações de implementação, o Mapa publicou consulta pública, nesta quinta-feira (6), para ouvir a opinião da sociedade e agentes do agro sobre a proposta de revisão do Plano Nacional de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais (RegularizAgro). Por meio do Decreto (11.015/22), um comitê gestor elaborou o plano que agora busca receber opiniões para a efetiva aplicação.
O Sistema OCB frisa que as medidas e estratégias do RegularizAgro contribuem para o combate ao desmatamento ilegal e o cumprimento de acordos nacionais e internacionais sobre proteção ambiental. A consulta em questão, quer melhorar a eficiência, transparência e envolvimento do público neste projeto de grande escala.
Veja matéria completa em: https://cooperacaoambiental.coop.br/fique-por-dentro/consulta-publica-vai-receber-opinioes-sobre-o-regularizagro/
Com diversas palestras, rodas de debates e shows, o Sistema Unimed inicia, nesta terça-feira (4), as comemorações de seu 55º aniversário, durante a 51ª Convenção Nacional Unimed, em Gramado (RS). Com o tema O Futuro do Cooperativismo Médico e o Cooperativismo Médico do Futuro, o evento reúne mais de 500 dirigentes e executivos das coops de saúde. O Sistema OCB é um dos patrocinadores do encontro que segue até sexta-feira (7) e contará ainda com shows da cantora Paula Toller e do conjunto Roupa Nova.
O presidente Marcio Lopes de Freitas enviou mensagem de vídeo saudando a todos os cooperativistas do ramo Saúde. “Quero parabenizar, na figura do presidente Omar Abujamra, os cooperados, os líderes, os dirigentes, os funcionários e toda a família do Sistema Unimed por estes 55 anos de atuação. Vocês vêm desempenhando um trabalho espetacular e durante a pandemia se superaram. Os médicos se desdobraram na linha de frente da Covid salvando muitas vidas, o que demonstra a força do cooperativismo. Vocês fizeram isso de maneira grande e cidadã. Então, em nome do nosso movimento, quero agradecer a cada cooperado pelo esforço que foi feito”.
Nesta quarta-feira (5), o presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Ariel Guarco, fará palestra sobre o Futuro do Cooperativismo Médico e o Coop Médico do Futuro. A futurista Martha Gabriel falará sobre Habilidades para o Futuro. Os Avanços do ESG no Sistema Unimed será tema de mesa redonda, bem como o Futuro da Saúde Suplementar, Novas Tecnologias e Marco Regulatório.
Entre as palestras e debates previstos para quinta-feira (6) estão os Desafios da Operação na Saúde Suplementar no Âmbito Cooperativo; o Papel do Médico e os Pilares para a Eficiência do Sistema de Saúde; e o Fundo de Investimento Imobiliário. Na sexta (7), a roda de conversa será sobre Como se Reinventar na Saúde na Era Digital.
Também em sua mensagem, o presidente Marcio falou sobre os desafios da nova bancada eleita para a próxima legislatura do Congresso Nacional. “Temos muitos desafios, em especial, no sistema cooperativista de saúde. O ramo tem crescido, se tornado robusto e, no entanto, enfrenta dificuldades regulatórias e decisões jurídicas contrárias. Precisamos montar uma frente parlamentar que defenda os interesses do nosso movimento. O Sistema Unimed pode contar conosco e vamos nos ajudar a cumprir nossos objetivos e metas. Por falar em meta, até 2027, vamos bater R$ 1 trilhão de movimentação econômica e prosperidade. Vamos somar 30 milhões de cooperados e pelo menos um milhão de funcionários em nossas cooperativas”, assegurou.
Sistema Unimed: a cooperativa que representa 38% do mercado nacional de planos de saúde nasceu em 1967, em Santos (SP), e atualmente compõe um sistema de 341 cooperativas médicas presentes em 90% das cidades brasileiras. Com 118 mil médicos cooperados e 136 mil empregos diretos gerados, a Unimed é considerada a maior rede assistencial do Brasil com seus 150 hospitais próprios e outros 29 mil hospitais, clínicas e serviços credenciados. A coop atende 19 milhões de pessoas e tem destaque também nos segmentos odontológicos, seguros de saúde e de vida, previdência privada e patrimonial, gestão de recursos financeiros, além da educação voltada à saúde ao cooperado.
O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, participou do Seminário de Energia Fotovoltaica promovido pelo Sistema Ocemg, nesta segunda-feira (26). O encontro debateu o panorama e as perspectivas futuras sobre a captação de energia solar no Brasil e no mundo, bem como o novo marco legal da energia no país. Segundo Morato, o debate foi concentrado em buscar soluções para atender as demandas dos cooperados dentro do contexto de tratamento dado ao setor energético.
O presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, reforçou os benefícios gerados pelas fontes renováveis e afirmou compartilhar a preocupação mundial com as mudanças climáticas. Ele defendeu o cooperativismo como principal ator para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Em especial, os que versam sobre Energia Limpa e Acessível (7º); Cidades e Comunidades Sustentáveis (11º); Consumo e Produção Responsáveis (12º); e Ação Contra a Mudança Global do Clima (13º).
“A origem do cooperativismo é ESG, está no nosso DNA o cuidado com o meio ambiente, a responsabilidade social e a governança adequada. O coop tem papel fundamental para que as pessoas acessem soluções inovadoras com as tecnologias que levam para seus cooperados”, disse Scucato.
Morato destacou o protagonismo dos cooperativistas neste momento de transição energética. “Tudo feito pelo coop é realizado de maneira justa, sustentável e equilibrada. Parabenizamos a Ocemg pela inciativa e à MinasCoop Energia pelo projeto que une as cooperativas e gera energia para autoconsumo, além de fornecer para entidades filantrópicas. É isso que o cooperativismo faz. Traz benefícios reais para as comunidades onde está inserido”, considerou Morato.
Em sua exposição, a MinasCoop Energia detalhou suas ações e também recebeu homenagens. A DGRV, por meio de sua diretora no Brasil, Camila Japp, falou sobre tendências na geração de energia limpa. O subsecretário de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Frederico Amaral, destacou o Programa Sol de Minas. Já a advogada Júlia B. Machado abordou o Marco Legal da Energia Fotovoltaica, em uma revisão jurídica. Finalizando o ciclo de palestras, a fundadora e CEO da Iris, Bruna Resende, expôs sobre como a energia limpa acelera a sustentabilidade no Brasil.
A cultura cooperativista como forma de proteger e promover a educação e o desenvolvimento sustentável foi tema abordado pela gerente geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, nesta segunda-feira (26). A dirigente participou de evento que antecipa a Conferência Mundial da Unesco sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável (Mondiacult-Side Event).
O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), contou com a colaboração da Assembleia Cooperativa Internacional (ACI) para demonstrar como o cooperativismo, patrimônio cultural da humanidade, vem atuando pelo desenvolvimento sustentável e pela educação, além dos outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A gerente fez um apanhado das ações do Sistema OCB junto aos seus 18,8 milhões de cooperados e 4.880 cooperativas para promover o bem ao país. Ela explicou sobre a representação política e institucional da OCB; da representação sindical, da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop); e da promoção da educação, formação e informação, como consta no 5º princípio do cooperativismo, por meio do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
“Mais que um modelo de negócio, o cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, mais feliz, mais equilibrado e com melhores oportunidades para todos”, iniciou Fabíola.
Educação
Fabíola frisou as iniciativas do Sistema que fortalecem a promoção da educação e difusão da cultura cooperativista. Ela ressaltou que ‘Inovação’ tem sido uma das palavras-chave da entidade ao repassar conhecimentos via cursos, metodologias ou estudos. Evidenciou ainda, como a plataforma de ensino à distância CapacitaCoop, que pode ser acessada pelos cooperados ou não, vem promovendo por meio de seus cursos, verdadeiras mudanças sociais.
“Os cursos online vêm fazendo verdadeira diferença para nossas cooperativas no quesito gestão, governança, contabilidade, inovação, tributação e noções básicas do cooperativismo. Além de ensinar, também aprendemos, pois junto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), promovemos a única chamada pública para fomentar pesquisas sobre cooperativas brasileiras. Incentivamos projetos de pesquisadores de universidades e de institutos sobre o movimento no Brasil”, destacou.
Cuidado social
A gerente geral explicitou também as ações do Dia de Cooperar, mais conhecido como Dia C. Comemorado no primeiro sábado de julho de cada ano, o Dia C promove iniciativas que materializam os valores e princípios cooperativistas, especialmente o “interesse pela comunidade”, e está conectado aos ODS da ONU, que versam sobre projetos contínuos de transformação e desenvolvimento sustentável; e visibilidade junto à sociedade do impacto social gerado pelas cooperativas.
“É o nosso Programa de Responsabilidade Socioambiental que incentiva as cooperativas a promoverem projetos estruturados e ações voluntárias em benefício das comunidades. As ações podem envolver projetos educacionais, arrecadação de doações, recuperação de espaços públicos, colaboração com escolas, asilos, hospitais, e tantos outros”, detalhou Fabíola.
Intercooperação
Para ampliar as possibilidades de compra e venda entre cooperativas, em atos de intercooperação, Fabíola destacou a plataforma de comércio eletrônico NegóciosCoop, também criada pelo Sistema OCB. “A NegóciosCoop nasceu durante a pandemia, momento desafiador, para atender as demandas das cooperativas. Hoje, dois anos depois, a plataforma caminha para se consolidar como um grande e-commerce cooperativo”, avaliou a gerente.
O painel
Dividiram o painel com a gerente, o presidente da ACI, Ariel Guarco, e a presidente da ACI-Américas, Graciela Fernández Quintas. Guarco agradeceu a oportunidade de ressaltar a cultura cooperativista de cada nação em um evento desta magnitude. Participaram ainda outros representantes do cooperativismo mundial e de governos, além de delegados vinculados à ONU.
MondiaCult
Em 2016, a Unesco reconheceu o cooperativismo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A Mondiacult volta depois de 25 anos sem ser realizada e, nesta edição, criou o Side Event: Cooperatives are Key Stakeholders in advancing SDGs through Culture and Creative Sectors [Evento-paralelo: As cooperativas são as principais interessadas no avanço dos ODS por meio dos setores culturais e criativos, em livre tradução] para reconhecer a doutrina e prática cooperativista em todo o mundo.
Há outras temáticas em eventos paralelos. Este foi organizado pela ACI com o objetivo de reunir as iniciativas de sucesso do cooperativismo pelo mundo e que contribuem para os títulos de patrimônios culturais imateriais.
As cooperativas de eletrificação catarinenses receberam relevante incentivo do governo do Estado. Na última semana, foi sancionada a Lei 18.516/22, que institui a Política Estadual de Apoio às Cooperativas de Energia Elétrica (Peacesc). A medida, que permite a expansão das redes de 22 coops, beneficiará 260 propriedades e mais de um milhão de catarinenses. Os convênios serão celebrados por meio da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A (Badesc) e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
O coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, Marco Morato, destacou a importância destes novos investimentos e a articulação da Federação das Cooperativas de Energia de Santa Catarina (Fecoerusc) pela celeridade da tramitação da proposta na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e junto ao Governo.
“Além de distribuir energia elétrica, as cooperativas também atuam no mercado de geração de energia por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Então, esse incentivo tem uma importância estratégica das coops devido ao bom serviço prestado para seus consumidores. O processo de sensibilização e acompanhamento feito pela Fecoerusc foi fundamental para a aprovação da Lei”, disse.
Para o presidente Fecoerusc, Walmir Rampinelli, as coops estão preparadas para aumentar sua atuação. “Quando há boa intenção as coisas acontecem. Essa Lei significa muito para a qualidade do nosso trabalho, que será revertido em mais desenvolvimento e em melhora na vida das pessoas e dos produtores”.
O governador de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, frisou que as cooperativas estão há anos contribuindo com o desenvolvimento do Estado, mas não podiam firmar convênio. “Esse é um reconhecimento da força do cooperativismo que vai levar energia, qualidade de vida e dignidade. Com essa medida elas poderão melhorar sua capacidade operacional e todos ganham”, declarou.
Tramitação - O projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em reunião conjunta das Constituição e Justiça; Finanças e Tributação; e de Trabalho, Administração e Serviço Público. No mesmo dia, o texto validado pelos parlamentares também foi aprovado pelo Plenário da Assembleia e sancionado pelo governo estadual.