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Coops brasileiras apresentam suas demandas para a cooperação técnica com a ONU

O Sistema OCB participou de uma consulta técnica da Organização das Nações Unidas (ONU) para elaboração do planejamento da cooperação nos mais variados segmentos da sociedade. Na última sexta-feira (9), em reunião, a ONU consultou o setor produtivo brasileiro sobre quais temas devem estar presentes neste acordo. O Sistema OCB representou o cooperativismo; a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o agro; e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as fábricas. Também participaram da reunião representantes do setor de serviços.

“Sermos consultados sobre o que faz sentido para o coop nesta parceria técnica, por este órgão internacional que integra 193 países, é um reconhecimento importante do trabalho que temos desempenhado em defesa da pauta cooperativista, dentro da organização econômica da sociedade. A ONU quer mapear nossos interesses para fomentar a troca de experiências em diferentes países. Já temos uma bagagem internacional em captar conhecimento no exterior e trazer para nossas cooperativas. Assim, este acordo vai alavancar ainda mais esses processos de troca e abertura de mercados”, destacou o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Martins.

A Casa do Cooperativismo costuma organizar eventos de trocas de experiências com incentivos da ONU. O Brasil já recebeu três workshops internacionais, que trouxeram dirigentes de cooperativas de 14 países para conhecer mais sobre o cooperativismo e seus impactos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os três eventos receberam fomento da ONU.

A geração e distribuição de energia também foi tema da reunião. Em 2017, a União Europeia (UE) aprovou normativo, entre seus países membros, esclarecendo que a transição energética passará pelo cooperativismo. A ideia de fomentar esse modelo de organização comunitária na geração de energia limpa, já expressiva na Alemanha e na Inglaterra, deverá abarcar o cooperativismo mundial. Atualmente, o bloco conta com 1900 cooperativas, que beneficiam diretamente 1,2 milhões de cooperados.

“Esse é o tipo de modelo que vem sendo defendido. Por isso, o fomento para a criação e fortalecimento desse segmento de cooperativas é extremamente significativo. O Brasil já tem cases impressionantes, tanto de cooperativas voltadas ao social, como também em operações de grande escala por meio da intercooperação”, lembrou Martins.

O acordo firmado terá duração de quatro anos e previsão de investimentos em parceria com o governo do Brasil. O Sistema OCB, por sua vez, dará continuidade as tratativas junto a ONU fornecendo cases e outras informações para que as cooperativas possam ser encaixadas também em outros programas da Organização, como o ONU Mulheres, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ONU Saúde e outros.

Cooperativas levam prosperidade às comunidades em que estão inseridas

As cooperativas podem contribuir, ainda mais, com o governo para prestação de serviços de interesse público com dinamismo e eficiência. É o que destaca o terceiro eixo da publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, produzida pelo Sistema OCB para auxiliar os candidatos à Presidência da República na construção de políticas públicas voltadas para o movimento.

As cooperativas, em seus diversos segmentos, têm como uma das suas principais características o alcance de municípios do interior do país ainda pouco atendidos pelo poder público e que, por muitas vezes, outros grupos econômicos não têm interesse em atuar. Baseadas na união de pessoas, as cooperativas congregam, por meio de atividades econômicas, soluções para a melhoria do bem-estar social da comunidade onde se inserem. Ao invés de concentrar o lucro em uma ou em poucas pessoas, os resultados das cooperativas são distribuídos entre todos os seus associados, impulsionando a geração de renda e a inserção social. Isso acontece pelo vínculo de confiança, efeito multiplicador e desenvolvimento local nas comunidades onde estão inseridas.

Ao longo da crise sanitária da Covid-19, mais uma vez, o cooperativismo esteve presente em benefício da comunidade. As cooperativas médicas, além de estarem na linha de frente da batalha para conter a crise sanitária, por meio do Movimento Saúde e Ação, captaram R$ 4,1 milhões em ações voluntárias, beneficiando 45 instituições e mais de 22 mil famílias (set/2021), em iniciativas de responsabilidade social voltadas para combate à fome, distribuição de kits de proteção individual e apoio psicológico, tanto para a comunidade quanto para profissionais da linha de frente.

 O movimento “Agro Fraterno”, que contou com a participação de produtores rurais e cooperativas de todo o país, registrou doações de 217,8 toneladas de alimentos, mais de 64,9 mil cestas básicas, além de doações em dinheiro, em mais de 100 cidades (set/2021). Exemplos como estes se multiplicaram em todos os segmentos do cooperativismo, inclusive no âmbito das ações voluntárias do “Dia de Cooperar” que, em 2020, contou com 6,7 mil iniciativas, em 2,9 mil municípios em todo o país, com 314 mil voluntários.

O presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, reforça o papel do cooperativismo para gerar prosperidade e desenvolvimento local. “As cooperativas são estratégicas para a ampliação no atendimento de saúde, no acesso à energia elétrica, nos avanços para uma educação mais inclusiva e de qualidade. Isso é desenvolvimento local na prática”, afirma. Ele também destaca a participação ativa das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional por meio de seus serviços.

Desenvolvimento local e regional

Com papel importante para girar a economia local, as cooperativas de crédito têm sido importantes atores na aplicação de políticas voltadas aos produtores rurais e aos pequenos negócios. Exemplo disso tem sido a sua importante contribuição no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), por meio da oferta de microcrédito com juros mais baixos e melhores condições a empreendedores de todo o país, o que reflete diretamente na geração de emprego e renda.

As cooperativas de crédito também se destacam como solução para dar maior eficiência na aplicação dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO). O objetivo é garantir maior previsibilidade no repasse desses recursos, em volumes adequados para fortalecer a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Em mais de 250 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes.

A inclusão do cooperativismo como agente de desenvolvimento do Norte e do Nordeste também está pautada na publicação, que evidencia a relevância do movimento, em especial, na organização das cadeias produtivas destas regiões. É ressaltado ainda o fomento à maior competitividade das cooperativas, nos moldes do acordo de cooperação técnica entre o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Saúde

As parcerias público-privadas (PPPs) no ramo de Saúde seguem como alternativa viável para o acesso da população a estes serviços, em especial, na atenção básica e na medicina preventiva. As cooperativas de saúde têm competência para ser a extensão do Sistema Único de Saúde (SUS) nas três esferas: federal, estadual e municipal. Para isso, o debate junto ao Governo Federal precisa ser ampliado, principalmente quando se trata da Atenção Primária à Saúde (APS), em que as cooperativas podem contribuir de forma significativa na prevenção de doenças.

No âmbito normativo, o texto reflete sobre a regulamentação definitiva da telessaúde e medicina preventiva por cooperativas, para reduzir distâncias e aumentar interações entre especialistas e paciente. Durante a crise sanitária da Covid-19, as cooperativas colaboraram consideravelmente em setores estratégicos para o enfrentamento da doença. Mais de R$ 1 bilhão foram investidos pelo setor em novos hospitais e leitos, aumento no quadro de profissionais, digitalização de processos e inovação em toda a cadeia de atendimento, iniciativas que permanecem à disposição da sociedade.

Energia

Outra perspectiva abordada no terceiro eixo é a relação das cooperativas no ganho de escala na produção de energia renovável.  A sugestão deste item é no sentido de desenvolver políticas que fomentem o crescimento de cooperativas de energia renovável como fotovoltaica, eólica e por biogás. Há inúmeros cases de cooperativas agro que já transformam passivos ambientais em biogás e garantiram autossuficiência energética, por exemplo.

Por sua capilaridade, a publicação demonstra que as cooperativas têm papel fundamental na oferta de energia elétrica no interior do país. Para isso, o texto indica que há de se estipular regras adequadas, respeitando o modelo de negócios cooperativista.

Cooperativas por toda a parte

O documento reforça a importância das cooperativas no alcance de diversos serviços de interesse público, com amplo espaço para se avançar nas políticas de apoio e estímulo à educação inclusiva, equitativa e de qualidade, nas ações de incremento à mobilidade urbana, aproveitamento do potencial turístico e de lazer e de acesso da população à moradia própria.

Sistema OCB patrocinará VI Cúpula Cooperativa das Américas

O Sistema OCB participou, na última sexta-feira (2), de reunião com o diretor regional da ACI Américas, Danilo Salerno, sobre a participação do Brasil na VI Cúpula Cooperativa das Américas. O evento, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de outubro, em Asunción (Paraguai), contará com o patrocínio do Sistema OCB e com a presença de dirigentes da entidade e das cooperativas Unimed, CNU, Uniodonto, Sicredi Pioneira e Comerp.

“Temos muito a contribuir e também a absorver das experiências de outros países. Nossas expectativas são as melhores, ainda mais por ser a primeira cúpula depois da pandemia. Teremos a realização da eleição para o Conselho de Administração e presidência da ACI Américas e já anunciamos o apoio à recondução da presidente Graciela Fernandez, por todo trabalho feito até aqui”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O tema da VI Cúpula será O compromisso cooperativo de reconstruir e cuidar de nossa comunidade local e global. Os painéis magistrais estão divididos em três eixos: Identidade Cooperativista; Reativação e Integração Econômica; e Sustentabilidade e Mudanças Climáticas. Em continuidade à VI Cúpula, ocorrerá também em Asunción, entre 27 e 29 de outubro, o Congresso Cooperativo de Direito com o tema Identidade cooperativa e direito cooperativo no pós-pandemia.

O diretor Danilo Salerno declarou estar com boas expectativas para o encontro. “Estamos muito contentes com os trabalhos e diálogos construídos no âmbito da ACI Américas. As cúpulas são nossos momentos maiores de encontro, pois o que definimos, a cada quatro anos, vai confluir nos anos seguintes. Os painéis magistrais estão muito bem segmentados, mas as atividades paralelas também são importantes, pois vão tratar sobre diversos temas como pesquisa sobre identidade, educação, modelo cooperativos de saúde, empreendedorismo no cooperativismo, entre outros”.

Eleições

Durante a VI Cúpula também será realizado o processo eletivo para o Conselho de Administração e da presidência da ACI Américas. Os procedimentos são diferentes da ACI Mundial, pois os 24 países integrantes nomeiam seus representantes titulares e suplentes para o mandato de 4 anos.

Presidente Márcio prestigia cerimônia de 50 anos da OCB/ES

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou, na sexta-feira (2), da cerimônia em comemoração aos 50 anos do Sistema OCB/ES. O evento homenageou lideranças e cooperativas que compuseram a história da Unidade Estadual com troféus. A cerimônia também contou com a participação do capixaba e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).

“Esta comemoração é um reconhecimento a todos aqueles que ajudaram a construir o coop capixaba. Como disse o presidente do Sistema OCB/ES, 50 anos não são 50 dias. A Unidade completa meio século de atuação. São pelo menos duas gerações de trabalho construído com lideranças expressivas e cooperados comprometidos. Tenho certeza de que farão ainda mais”, parabenizou Márcio.

Segundo o presidente da Unidade Estadual, Pedro Scarpi Melhorim, durante estes 50 anos foram muitos os desafios, mas também reconhecimentos pelo profissionalismo e relacionamento com as coops. “Se pudéssemos definir a história de 50 anos da organização em uma palavra, com certeza, seria trabalho. Trabalhamos até para comemorar esse aniversário, pois esse ano realizamos uma série de eventos para proporcionar às nossas cooperativas inovação e capacitação, marcando esse meio século de jornada com uma das ferramentas mais poderosas que temos, o conhecimento”, classificou.

Os troféus personalizados entregues aos homenageados foram assinados pela artista capixaba Vivian Chiabay. Receberam a premiação as cooperativas mais antigas em atividade, separadas por ramos. A Cooperativa de Laticínios Selita, com 84 anos de atuação, representou o Ramo Agro. No Consumo, a homenageada foi a Cooperativa Educacional de São Mateus, que está em atuação desde 1992.

O Crédito foi representado pela Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Trabalhadores da Vale, fundada em 1961. Já a Cooperativa Habitacional Nosso Lar, que integra o Inocoopes, com atuação desde 1968, foi a homenageada em Infraestrutura. Na Saúde foi a vez da Cooperativa de Trabalho Médico Unimed Vitória, constituída em 1979.

No Ramo Trabalho, Produção, Bens e Serviços, a agraciada foi a Cooperativa Educacional Centro-Serrana, fundada em 1993. Por fim, em Transportes, a premiada foi a Cooperativa de Transporte de Cargas do Estado do Espírito Santo, instituída em 1992. Além das cooperativas antigas também receberam o troféu o Sicoob Central ES e a Unimed Federação Espírito Santo.

OCB/ES – Em 1972, 37 representantes de coops fundaram a Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (Ocees), hoje reconhecida como OCB/ES, que englobou o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo. A motivação da fundação foi o número expressivo de cooperativas capixabas, já na década de 1960. No entanto, desde os  anos 1930 o Espírito Santo já contava com as primeiras experiências cooperativistas.

Sistema OCB participa de evento promovido pela Crediminas sobre a LC 196/22

O Sicoob Central Crediminas promoveu evento para esclarecer as principais alterações no Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), nesta terça-feira (6), previstas na Lei Complementar (LC) 196/22. A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, falou sobre a articulação do Sistema na construção do texto do Projeto de Lei Complementar 27/20, a tramitação da proposta no Congresso Nacional e as medidas para esclarecimento de dúvidas adotadas pela Casa do Cooperativismo para auxiliar as cooperativas e cooperados a compreenderem melhor as mudanças.

“A atualização da lei é fruto de construção conjunta entre o Sistema OCB, as cooperativas de crédito, o Banco Central do Brasil e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Foram muitas as discussões e produzimos 23 versões do texto até chegarmos a um acordo que originou o Projeto de Lei 27/20. Nossa articulação teve expressiva contribuição para a tramitação no Congresso Nacional. Foi uma medida aprovada em menos de dois anos, um tempo recorde, se considerarmos que a média é de dez anos”, considerou.

A proposta foi apresentada em março de 2020, pelo membro da diretoria da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP). Em maio, o presidente da frente, deputado Evair Vieira de Melo (ES), foi designado relator na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), mas o contexto da pandemia não possibilitou que a temática avançasse naquele ano. Em setembro de 2021, a articulação dos parlamentares com auxílio do Sistema OCB deu celeridade na tramitação, levando o texto diretamente para análise do Plenário da Câmara. Acatada a requisição, a medida foi analisada e aprovada por unanimidade pelos deputados em dezembro de 2021.

Em 2022, o Senado recebeu o texto e indicou o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), também membro da diretoria da Frencoop, para relatar a proposta na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O parecer do senador foi aprovado juntamente com o pedido de urgência para apreciação do Plenário da Casa. Em julho, o texto foi confirmado pelos senadores e, em agosto, foi sancionado sem vetos presidenciais, o que também foi fruto de articulação do movimento cooperativista.

Com a Lei Complementar aprovada, Clara lembrou que o Sistema OCB vem disponibilizando conteúdos para esclarecer possíveis dúvidas. Já estão disponíveis na plataforma CapacitaCoop o curso Modernizando a Lei Complementar 130/09 e um quadro comparativo entre a LC 130/09 e LC 196/22.

Ainda segundo a gerente, na próxima sexta-feira (9) será lançada a cartilha: Entendendo a Lei Complementar 196/22 e para novembro está previsto o lançamento do livro: Lei comentada - Modernização da LC 130/09. Além disso, o Sistema está à disposição para esclarecer dúvidas e realizar reuniões técnicas.

A assessora Jurídica do Sicoob Central Crediminas, Maria Rachel Riberio de Oliveira Barbosa, apresentou ponto a ponto da lei e retirou dúvidas a respeito do compartilhamento de recursos e riscos, sobre os quadros sociais, política de remuneração dos conselhos de Administração, Fiscal e Diretoria Executiva.  Os participantes também puderam esclarecer dúvidas em relação à Resolução 4434/15, do Conselho Monetário Nacional (CMN), que dispõe sobre a autorização para funcionamento, alterações estatutárias, mudança de categoria e cancelamento de autorização para funcionamento de cooperativas de crédito.

Durante evento promovido pelo Sistema OCB, no último dia 30, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pontuou os ganhos que norma traz para o segmento. “Essa lei traz relevantes aprimoramentos e garante melhores condições para que as cooperativas atuem em benefício de suas comunidades. Temos constatado o crescimento relevante do setor em ativos, carteiras de crédito e depósitos. Em junho de 2022, por exemplo, o crescimento da carteira de crédito cooperativo foi de 20%, enquanto que o das instituições convencionais foi de 17%. Com a lei sancionada a cooperativa ganha também sua devida relevância como captadora de crédito”, expôs Campos Neto.

As alterações propostas pela Lei Complementar 196/22 podem ser conferidas aqui.

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Sancionada a lei que moderniza Sistema Nacional de Crédito Cooperativo

As cooperativas de crédito estão presentes nos mais diversos municípios brasileiros, através dos seus 7,6 mil pontos físicos, e congregam mais de 15 milhões de associados. É inegável o fundamental papel destas cooperativas, em especial, quando tratamos de inclusão financeira de milhares de pessoas. Por isso, hoje é uma data muito importante para o cooperativismo financeiro.

 Após longos debates e articulação expressiva do Sistema OCB foi sancionada, nesta quarta-feira (24), a Lei Complementar 196/22, que moderniza o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). A medida integra a pauta prioritária da Agenda Institucional do Cooperativismo 2022.

“Esse novo marco regulatório abre caminho para o cooperativismo financeiro assumir cada vez mais protagonismo e responsabilidades na economia brasileira, com o aprimoramento das regras de gestão e governança, assim como de instrumentos inovadores que contribuem para alavancar a inclusão financeira no país”, destaca o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O texto é fruto de colaboração do Sistema OCB, do Banco Central do Brasil e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). A expectativa de crescimento do mercado de crédito no Brasil será ainda mais satisfatória, segundo o presidente da Frencoop, deputado Evair Vieira de Melo (ES), que relatou a matéria na Câmara e foi um dos principais articuladores no Parlamento para a tramitação da proposta.

“Atualmente a participação do cooperativismo de crédito na captação de recursos e empréstimos no SFN está próxima aos 10%, mas, com estas alterações, poderemos chegar a 20%, em poucos anos. Tudo isso, porque as cooperativas estão mais próximas, inclusive das pessoas que moram mais afastadas, entendendo cada necessidade e atendendo cada uma delas de forma diferenciada”, considera o parlamentar.

O texto transformado em norma é oriundo do Projeto de Lei Complementar (PLP) 27/20, que atualiza a Lei Complementar 130/09. O autor da matéria e membro da diretoria da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), considera que a proposta é um ganho salutar para o desenvolvimento econômico e social do país.

“O cooperativismo de crédito cresce de forma significativa, oferece recursos desburocratizados a custos mais adequados e chega aonde interessa, ou seja, na ponta, no empreendedor, na empresa de menor porte. A LC 130 permitiu esse dinamismo, abriu esse caminho. Agora, essa reformulação fará com que o crescimento do setor possa se intensificar ainda mais. É o cooperativismo de crédito irrigando a economia, trazendo desenvolvimento e justiça social”, assevera.

As inovações introduzidas na Lei são divididas em três diferentes blocos de abordagem: governança; conceitual e estrutural; e operacional. Dentro de cada bloco destacaremos alguns pontos relevantes de inovação trazidos pelo texto sancionado.

Conceitual e estrutural

Com a sanção da Lei Complementar, teremos a ampliação/aprimoramento de alguns conceitos da resolução 4.434/15 quanto a constituição e funcionamento das cooperativas de crédito.

De acordo com o texto sancionado, tanto as cooperativas de crédito singulares, quanto centrais de crédito e confederações constituídas exclusivamente por coops centrais de crédito, (que prestam serviços complementares aos realizados pelas cooperativas centrais, exceto em operações de crédito) terão legislação aplicável ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e das competências do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BCB). Desta forma, os órgãos passam a regulamentar sobre governança, estrutura e operacionalização.

A nova lei complementar disciplina também quanto a realização das chamadas operações de assistência e de suporte financeiro realizados com os fundos garantidores das cooperativas de crédito e deixa clara a possibilidade de realização de operações de crédito com as cooperativas centrais, com as confederações de crédito, ou com outros fundos garantidores constituídos pelas cooperativas e que a eles estejam filiadas.

“Essas mudanças vão conferir mais segurança para os cooperados, além de aprimorar a governança nestas instituições. Sobre a captação de recursos e concessão de créditos, as cooperativas poderão realizar operações de assistência e de suporte financeiro com os fundos garantidores das cooperativas de crédito. A Lei também deixa clara nossa participação em outros fundos garantidores constituídos pelas coops em que estejam filiadas”, analisa o presidente Márcio.

Em relação ao conceito de área de atuação das cooperativas, teremos dois “subconceitos”, quais sejam: área de ação (onde estão instaladas as dependências físicas, na forma do estatuto social); e área de admissão de associados (com definição do estatuto social, admissão de novos cooperados em todo o território nacional). Fica assim, assegurada a livre associação em qualquer localidade do Brasil.

Sobre a formação do quadro social, a nova lei deixa expressa a possibilidade de admissão dos chamados entes despersonalizados no quadro social e traz maior segurança jurídica. Hoje, há dois sujeitos de direitos: os entes personalizados (com personalidade jurídica) e os entes despersonalizados, que não têm personalidade jurídica, mas podem ter direitos e deveres, como condomínio, espólio, massa falida e consórcio. A Lei passa, então, a permitir que se associem às cooperativas de crédito os entes despersonalizados desde que previsto no estatuto social da cooperativa.

Ainda se tratando de associação de cooperados, a matéria sancionada impede que uma cooperativa de crédito admita no seu quadro social pessoas jurídicas que exerçam, em suas atividades principais, a efetiva concorrência com as atividades desenvolvidas pelas próprias cooperativas de crédito, como por exemplo, financeiras e sociedades de crédito direto (SDC).

Por outro lado, autoriza a admissão de conselhos de fiscalização de classe como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Regional de Administração (CRA), o Conselho Federal de Medicina (CFM), entre outros. Esse dispositivo amplia o alcance do cooperativismo de crédito na sua relação com pessoas jurídicas que exercem importante papel na regulamentação e fiscalização de profissões no país.

Governança

A nova lei complementar 196/2022 também traz diretrizes de boas práticas de governança para o cooperativismo de crédito, das quais destacamos a possibilidade da contratação de conselheiro de administração independente, desde que se preserve a composição majoritária do conselho de pessoas naturais associadas a cooperativa. A vedação do acúmulo de cargos de presidente, de vice-presidente de conselho de administração e de diretor executivo de cooperativa de crédito ou confederações de serviço nos diferentes níveis de organização sistêmica. A nova lei complementar estabelece também que a estrutura de governança deve ser composta por conselho de administração e diretoria executiva a ele subordinada.

“Essa medida é necessária para não produzir desequilíbrio de poder, de acesso à informação, de capacidade de controle entre membros executivos e não executivos. Essa distinção é um dos fatores de crescimento e da boa governança. Por essa experiência exitosa, essa estrutura administrativa segregada passa a ser a regra geral para as singulares, centrais e confederações.  O objetivo aqui é trazer para as cooperativas uma boa prática de governança e assegurar o profissionalismo na gestão do negócio”, pondera o presidente Márcio.

Para possibilitar a contratação de conselheiros independentes, o Conselho Monetário Nacional (CMN), disciplinará o dispositivo levando em consideração também a previsão no estatuto social da cooperativa de crédito.

Operacional

Dentro desse bloco, a nova lei complementar 196/2022 disciplina os aspectos importantes para o cooperativismo de crédito, destacamos aqui a possibilidade de realização de campanhas para adesão de novos cooperados, bem como a integralização de capital por membros do quadro social, por meio do oferecimento ou distribuição de premiações ou outras vantagens, de maneira isonômica. O objetivo é fortalecer a estrutura de capital destas cooperativas. A definição dessa política ficará a cargo do conselho de administração após regulamentação do CMN.

A nova legislação deixa também expressa a inacessibilidade às quotas-partes das cooperativas de crédito por terceiros. As quotas são impenhoráveis enquanto compuserem a estrutura de capital da coop. Fica estabelecido, ainda, que enquanto não forem exigíveis por questões de adequação dos limites operacionais, as quotas-partes devem permanecer registradas no patrimônio líquido da cooperativa. O texto possibilita a conversão ao fundo de reserva dos recursos não reclamados pelos ex-cooperados como saldos de capital, remuneração ao capital e sobras, após o prazo de 5 (anos) do desligamento do cooperado.

O Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates) terá norma própria e a novidade é a possibilidade de destinação de recurso à comunidade situada na área de ação da cooperativa.  Cabe ressaltar, que as cooperativas já praticam ações neste sentido como apoio a feiras, aquisição de equipamentos hospitalares, mas sempre como despesa, reduzindo as sobras, enquanto há grande volume de recursos no Fates que podem ser usados para esta finalidade.

Outra grande conquista trazida pela nova lei complementar 196/2022 trata-se da chamada operação de crédito sindicalizada. O dispositivo possibilita que duas ou mais cooperativas de um mesmo sistema cooperativo, somem recursos para uma mesma operação de crédito, com o compartilhamento de riscos. Uma norma infralegal deverá regulamentar o dispositivo, prevendo as condições especialmente quanto à garantia da operação.   

Conforme os destaques expostos, a nova lei complementar possibilitará que o cooperativismo de crédito esteja cada dia mais alinhado as boas práticas de governança do mercado e possibilitando um fortalecimento de sua atuação nas comunidades onde estão inseridas e garantindo ainda mais solidez ao sistema. A OCB irá disponibilizar por meio do Capacitacoop vídeo aulas onde as cooperativas poderão ter uma orientação ponto a ponto das alterações da nova lei complementar 196/2022, além de outros materiais orientativos que serão divulgados em nossas redes sociais.

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ESGCoop é lançado na abertura da Semana de Competitividade

“Essa semana é para desenvolver caminhos para o futuro e detalhar as etapas. Precisamos tratar de competitividade para mostrar nossa força dentro das estratégias de ESG.  Vamos manter nossa âncora de princípios e valores no ESGCoop, porque ele já está em nosso DNA. Criaremos juntos métricas e caminhos para avançarmos ainda mais, em especial, nos comitês de mulheres e jovens que são as lideranças para a transformação.”

O anúncio caloroso do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez referência ao lançamento do Programa ESGCoop, programa que reúne estratégias de governança, social e ambiental dentro do modelo de negócios cooperativista. A fala foi proferida durante a abertura da Semana de Competitividade, nesta terça-feira (23), em Brasília. Segundo ele, quatro temas devem balizar o futuro de competitividade do coop: inovação; inteligência e estratégia de mercado; ESG no Coop; e formação de novas lideranças.

O presidente Márcio Lopes de Freitas, na abertura do evento

“Somos uma força econômica e social muito forte que cria caminhos para o futuro. Politicamente, já temos representatividade no Parlamento e devemos ampliá-la para que nossas ideias sejam defendidas e possamos avançar em marcos regulatórios e na elaboração de políticas públicas para nosso movimento”, afirmou o presidente.

Outro ponto destacado por ele foi o leque de oportunidades que podem surgir no mercado exterior. “Minha presença estratégica no Conselho da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), abre caminhos para a internacionalização dos nossos negócios. Por isso, espero que todos saiam daqui entusiasmados com a missão de transformar cada dia mais. Amanhã, vou deixar um desafio a vocês”, instigou.

Em um bate papo descontraído, a chief purpose partner da EB Capital, Tarsila Reis, e o CEO do grupo Anga, José Dario Neto, ressaltaram a importância do cooperativismo para o cenário econômico mundial e reforçaram como ele está alinhado às estratégias de ESG.

“O cooperativismo já tem em sua raiz o ESG. A governança deve ser o primeiro pilar a ser construído porque não é mais uma questão de controle, mas de estratégia. O cooperativismo tem que assumir seu papel e refletir sobre quatro aspectos neste processo de construção: ambiental; inovação e acesso às tecnologias; equidade e diversidade; e liderança e governança para criar métodos e indicadores. O cooperativismo é o que o mundo precisa, porque o social e o econômico são compatíveis. E este meio lucrativo de servir a sociedade é ESG”, analisou Tarsila.

O CEO Dario, por sua vez, afirmou que os conceitos de ESG tendem a evoluir, como aconteceu com os Objetivos do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU), para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Segundo ele, o cooperativismo será o maior protagonista nesta estratégia de negócios, sobretudo, porque as novas gerações estão alinhadas a uma economia mais verde e mais solidária.

“Temos cerca de 50 milhões de jovens brasileiros. Destes, 8 em cada 10 estão associados às questões ambientais e sociais. Estamos falando deum quarto da população brasileira. Os agentes públicos e privados têm se aproximado de organizações que praticam ESG. A América Latina, por sua origem sustentável, tem número crescente de investidores buscando empresas alinhadas à ESG. Estes três motivos reforçam que o Brasil precisa de lideranças competitivas e o cooperativismo é a vanguarda da estratégia ESG. As cooperativas podem fazer ainda mais investindo em ESG”, pontuou.

Na sequência, a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, contou como foi construída a iniciativa para a criação do Programa ESGCoop. “Durante meses ouvimos, por meio de um grupo de trabalho, as Unidades Estaduais e as cooperativas que já estão tratando da pauta, bem como fornecedores e parceiros, para saber o que está sendo feito no mundo. Nesse processo, foram encontradas excelentes e avançadas propostas, que estão contempladas em nosso programa. Nosso projeto está alicerçado em quatro pilares: o mapeamento de ações já realizadas no coop; a definição e organização de indicadores conectados com nossos negócios; a escolha de caminhos coletivos que gerem impactos positivos; e a formação de lideranças ESG”, explicou.

Tânia Zanella discursa sobre o lançamento do ESGCoop

Potencial para liderar

Tânia também falou sobre o potencial do coop para liderar a transformação ESG e as oportunidades que a estratégia pode trazer para o movimento. “A partir deste ano, todas as instituições financeiras do Brasil — incluindo as cooperativas de crédito — serão obrigadas a divulgar informações sobre os riscos sociais, ambientais e climáticos das iniciativas que financiam. É esperada também a abertura de linhas de crédito específicas para projetos que seguem os princípios ESG.  No mercado internacional, cerca de 120 países só importam mercadorias produzidas de forma sustentável. Isso vale para o café, cacau, banana, têxteis e outros 300 produtos. O ESG é um caminho sem volta. Precisamos, portanto, organizar nossos indicadores para demonstrar que nosso modelo é ESG por essência”, asseverou.

Futuro

Para potencializar os negócios coop, Tânia reforçou a necessidade de dar continuidade a programas e projetos que abarquem a promoção da educação, o fomento ao desenvolvimento local, o combate e adaptação à emergência climática e a promoção da diversidade nos ambientes das cooperativas.

Ao final, a superintendente convidou integrantes dos comitês Geração C (jovens) e Elas pelo Coop (mulheres), do Sistema OCB para a leitura do Manifesto ESG Coop. Confira!


 

Elas pelo Coop e Geração C destacam importância da Semana de Competitividade

Os comitês de jovens e mulheres do Sistema OCB, Geração C e Elas Pelo Coop, marcaram presença na Semana de Competitividade 2022. Os integrantes participaram de palestras e laboratórios e demais atividades previstas no evento organizado pelo Sistema OCB. Além disso, os grupos realizaram reuniões específicas para tratar de seus regimentos e da construção do planejamento estratégico e esboçar metodologias para captar mais pessoas por todo o país a aderirem aos movimentos que integram e fortalecem o cooperativismo brasileiro.

Elas pelo no Coop

Carolina Mussolini, da Sicredi Rio-Paraná/Paraná-São Paulo, declarou que encontros como este são especiais para despertar em todas as cooperativas a vontade de transformar e mudar. “Queremos implementar, até o próximo ano, comitês em todas as regiões do Brasil. Precisamos de mais mulheres no cooperativismo não apenas como associadas, mas também empoderadas para cargos de liderança. Como o cooperativismo trabalha o interesse pela comunidade, pretendemos levar nossos valores e princípios para a sociedade crescer. Queremos mais mulheres inseridas na política, nas comunidades, enfim, mais mulheres como líderes. O Elas Pelo Coop vai promover a força da mulher”, salientou.

Sobre a Semana de Competitividade, Carol, como é conhecida pelo grupo, reforçou que os conteúdos tratados foram fundamentais para os avanços em relação aos jovens, mulheres e à inclusão. “Esse fomento da inclusão e da liderança está completamente conectado com o que queremos e a Semana de Competitividade veio para integrar isso, para mostrar que estamos aqui e que queremos participar e ajudar”.

Já Maria Silvana Ramos, da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), disse ter se surpreendido com os esclarecimentos que o evento proporcionou. “Essa semana foi uma surpresa, porque meu entendimento sobre competitividade foi transformado na trilha sobre ESG. Para nós do Ramo Agro era um bicho de sete cabeças e quando as mulheres foram incluídas neste processo, na parte social, percebemos que já fazemos isso há muito tempo. Acho que ficou tudo bem encaixado para que tenhamos novos conhecimentos e pratiquemos essas inovações. Foi perfeito. Um dos melhores eventos que já participei”, frisou.

Sobre o aumento do percentual de mulheres em cargos de liderança, Maria destacou iniciativas em andamento. “Nosso comitê vai disseminar conhecimentos para que as mulheres estejam cada vez mais liderando conselhos e cargos essenciais para o bom andamento das cooperativas.  As Unidades Estaduais serão nossas parceiras fundamentais, que vão nos ajudar nessa disseminação para que todas as cooperativas tenham um núcleo feminino”, avaliou.

Geração C

Daniel Resende, da Cooperativa Sicredi União (MS, TO e Oeste da Bahia), disse que a Semana de Competitividade inspirou os jovens presentes. “Queremos atender o que a cooperativa espera de nossos associados. Aqui criamos um planejamento de como iniciar os trabalhos, a consolidação do regimento e os primeiros passos e regras para que nossos encontros sejam mais frequentes. Tudo isso já está alinhado para levar o núcleo de jovens para todos os estados. Hoje somos 18 jovens e precisamos dessa interconexão para crescermos”, disse.

Para Daniel, é importante que o coop seja reconhecido pela sociedade. “Embora o movimento seja divulgado, a fórmula precisa ser otimizada. Vamos melhorar o formato para atingir o público que a gente espera. E, com isso, o jovem vai levar esse conhecimento para dentro de casa, para suas famílias e dar sequência ao ciclo virtuoso. Queremos ecoar que o cooperativismo é uma filosofia de vida e pode ser inserida em qualquer lugar. Quando enxergamos a amplitude disso e o bem-estar que o coop ocasiona, é possível ver que é simplesmente fazer o bem de forma correta e transparente”.

A Semana de Competitividade também lançou perguntas sobre os conteúdos do evento e os participantes que responderam aos questionários no aplicativo concorreram ao sorteio de um Iphone 13. Daniel foi o ganhador. “Tive pensamento positivo e até comentei com meu colega que eu ia ganhar o celular. Sorrimos e chegamos à conclusão que o ideal seria um de nós ganharmos. Quando vi que tinha sido sorteado não contive meu grito. As palavras têm poder e devem ser proclamadas para o bem, deu certo e agora serei o fotógrafo oficial do Geração C”, comemorou.

Kelyta Brito, da cooperativa Sicoob Primavera (MT), considera que a estratégia de governança, ambiental e social (ESG) é um anseio da juventude que sempre esteve presente no movimento coop. “Essa semana foi importante para nós do comitê, porque falaram sobre as tendências do mercado, que vão ao encontro do que a gente já está pensando, que é o ESG. Nós queremos um negócio que leve em consideração o social, a governança e a sustentabilidade. As questões raciais, de gênero, a inclusão da mulher em cargos altos e a inclusão de nós jovens como voz do cooperativismo onde atuamos”, declarou.

 

Cooperativismo comemora com Banco Central modernização do SNCC

O Sistema OCB e o Banco Central do Brasil promoveram a Live Especial - Modernização da LC 130/2009, nesta terça-feira (30). Com presença expressiva de cooperativistas de todo o país, o encontro virtual comemorou a sanção, na última semana, da Lei Complementar 196/22, que moderniza o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).

O presidente Márcio Lopes de Freitas agradeceu a todos pelo empenho na aprovação da legislação em tempo recorde. De acordo com ele, uma proposta dessa espécie tem tempo médio de tramitação de dez anos e o Projeto de Lei Complementar 27/20, que originou a atualização da LC 130, foi aprovado no Congresso Nacional e sancionado em dois anos.

“Essa é uma conquista que deve ser muito comemorada, porque além da modernização do nosso SNCC, construímos também um ótimo relacionamento entre regulador e regulado. A lei traz avanços importantes para permitir a continuidade e a melhoria de nossas atividades. As atualizações trarão mais profissionalismo e competitividade para o cooperativismo de crédito brasileiro”, salientou.

O cooperativismo financeiro conta com mais de 7,6 mil pontos de atendimento e, segundo o presidente, esta capilaridade está atrelada à inclusão financeira de muitos brasileiros, além da prosperidade gerada para as comunidades onde atua.

Estimulado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre uma maior participação do cooperativismo na oferta de crédito nacional, Márcio foi incisivo. “Na última semana, lançamos o Desafio BRC 1 Tri de Prosperidade. Queremos alcançar a meta de R$ 1 trilhão em movimentação até 2027, e saltar dos atuais 18,8 milhões de cooperados para 30 milhões no mesmo período. Queremos um Brasil mais cooperativo, mais equilibrado. E a nova lei sancionada é uma ferramenta importante para alcançarmos esse objetivo”, considerou.

Em tom amistoso e de satisfação, Roberto Campos Neto agradeceu os esforços e foi preciso ao destacar que “o cooperativismo está no coração do Banco Central do Brasil”. Em detalhamento sobre a atualização da lei das cooperativas de crédito, ele pontuou os ganhos que norma traz para o segmento.

“Essa lei traz relevantes aprimoramentos e é fruto de intenso trabalho conjunto. Estamos em profunda transformação e digitalização e é importante estarmos presentes e preparados para essa nova realidade. O cooperativismo está presente em todos os lados e estas mudanças permitirão melhores condições para que as cooperativas atuem em benefício de suas comunidades. Esse desafio de R$ 1 trilhão é muito importante e é totalmente possível. Temos constatado o crescimento relevante do setor em ativos, carteiras de crédito e depósitos. Em junho de 2022, por exemplo, o crescimento da carteira de crédito cooperativo foi de 20%, enquanto que o das instituições convencionais foi de 17%. Com a lei sancionada a cooperativa ganha também sua devida relevância como captadora de crédito”, expôs.

Campos Neto declarou ainda que a tendência do open finance também deverá ser explorada pelo ramo. “Vamos continuar trabalhando em sintonia para que o cooperativismo continue a crescer, pois é parte essencial nessa revolução digital”. Sobre a regulamentação de dispositivos do texto da norma, ele disse que o Banco Central “vai acelerar ao máximo possível a regulação e o compromisso de traçar debates para fazê-lo de forma mais eficiente para o que já está estabelecido”.

O presidente da Frencoop, deputado Evair Vieira de Melo (ES), que relatou a proposta na Câmara dos Deputados, comemorou a sanção da medida e agradeceu a parceria entre o Sistema OCB, o Banco Central e a Frencoop. “Quero parabenizar todo o movimento cooperativista, que tem capacidade de distribuir riqueza, de capacitar e emancipar os brasileiros pelo conhecimento e participação. Diante da pandemia e da guerra, um desafio global que ninguém tinha dimensão, o cooperativismo cresceu 30%. Isso é extraordinário. As cooperativas têm vocação para se adequarem aos momentos difíceis e avançaram mais que outras instituições financeiras”, declarou.

Membro da diretoria da Frencoop e autor da proposta, o deputado Arnaldo Jardim (SP), frisou que os dispositivos atualizados trarão mais profissionalismo e competitividade para o cooperativismo de crédito. “A 196 cria condições de profissionalização e de conselhos que mantêm o espírito da cooperativa e se abre para os processos de governança. É um orgulho ver o crédito chegar na ponta, ter o menor nível de inadimplência e irrigar a economia de forma diferenciada. Quero dizer que subscrevi a proposta, porque ela é fruto de trabalho alinhado do Banco Central e do Ceco [Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito da OCB]. Queremos agora a regulamentação para que a as normas ajudem a acelerar este crescimento”, analisou Jardim.

A live continuou com a participação do coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB, Thiago Borba, que explanou sobre as principais mudanças que a LC 196 trouxe e que podem ser conferidas clicando aqui.

Sistema OCB debate comercialização do ouro com Banco Central do Brasil

Aprimorar os mecanismos de fiscalização e de controle na comercialização do ouro foram temas tratados pelo Sistema OCB, em reunião com representantes do Banco Central do Brasil, nesta segunda-feira (29). Na abertura da reunião, a superintendente do Sistema, Tânia Zanella, explicou a expressividade do movimento cooperativista dentro da atividade garimpeira e como o movimento pode auxiliar na construção de um novo marco legal.

“Somos 95 cooperativas presentes em 17 unidades da federação, congregando quase 60 mil garimpeiros. Embora saibamos que o segmento atua ainda de forma rudimentar, temos lutado junto às unidades estaduais do Sistema OCB para profissionalizar e melhorar a gestão dessas cooperativas minerais. Temos trabalhos exemplares no que diz respeito a sustentabilidade”, afirmou.

Mais de 60% das cooperativas minerais estão localizadas em estados da Amazônia Legal. Dados preliminares da Agência Nacional de Mineração (ANM) apontam que a produção bruta das cooperativas, em 2020, foi de 31 milhões de toneladas e as coops vinculadas ao Sistema OCB foram responsáveis por 74% de toda essa produção. A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, explicou que, atualmente, as cooperativas atuam em dois modelos de produção e venda.

“No Pará e no Mato Grosso a produção não passa por dentro da cooperativa, porém, são elas que auxiliam na distribuição. Já em Rondônia, a própria cooperativa faz a venda. A questão de fiscalização e controle é o verdadeiro gargalo e queremos contribuir para o processo de legalização do ouro no Brasil, com foco na pequena mineração”, ressaltou.

O analista técnico e econômico do Sistema OCB, Alex dos Santos Macedo, relembrou que, embora as cooperativas atuem em consonância com as legislações ambiental e tributária, a atividade ainda tem um histórico marginalizado.

“É um público que sempre trabalhou à margem da sociedade, então atuamos pela legalização e formalização do empreendimento. As cooperativas têm muito a contribuir junto aos órgãos reguladores neste processo. O Sistema OCB quer garantir dignidade ao trabalho destes garimpeiros e para isso já damos suporte técnico para desenvolverem suas atividades.Temos acordos de cooperação com o Ministério de Minas e Energia no sentido de regulamentar, fiscalizar e profissionalizar esses trabalhadores”, salientou

Alex apresentou, então, algumas sugestões para alavancar o processo de comercialização do ouro. “Precisamos, na perspectiva da comercialização do ouro, de uma nota fiscal padrão; de uma guia de transporte aplicada integralmente na prática; e de um cadastro de quem pode comprar e quem pode vender este minério. Precisamos de padrões mais claros para termos a origem do bem mineral. Outro ponto seria um controle maior das licenças ambientais, que hoje são outorgadas por estados e municípios, enquanto deveríamos ter um padrão nacional”.

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio Neves de Souza, expressou apoio ao trabalho do Sistema OCB e fez algumas ponderações. Segundo o Diretor, o Banco Central está ciente dos pontos que precisam ser aperfeiçoados para avançar no controle e rastreabilidade da origem do ouro. Em suas palavras, o dirigente ponderou que estão de acordo com “os pontos que precisam ser aperfeiçoados” e endossou que o “segmento é muito importante para a economia e da forma com que está estruturado precisa de melhorias. Tanto o presidente do Banco Central como eu e minha equipe nos colocamos à disposição para ajudar”.

Em relação aos aprimoramentos normativos, Tânia Zanella explicou que um texto foi enviado para análise do Congresso Nacional, mas aguarda tramitação. “Infelizmente não avançou. Precisamos novamente unir esforços para resolver estes gargalos, que futuramente podem não ser revertidos. As cooperativas já estão estabelecendo mecanismos de controle e, talvez, o Banco Central possa trabalhar estas questões por meio de normativos”, sugeriu a superintendente.

O coordenador nacional do cooperativismo mineral da OCB e presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado de Mato Grosso, Gilson Camboim, apontou outros embróglios enfrentados pelas cooperativas minerais. “A imagem do setor é um dos grandes problemas também. Se utilizam de palavras equivocadas, especialmente em noticiários, quando falam de garimpo em terras indígenas. Nunca desempenhamos atividades nestas áreas, o que ocorre é uma extração ilegal e as cooperativas não compactuam com isso. Queremos mudar essa imagem do mercado de minérios como um todo”.

Camboim informou que as cooperativas têm oferecido orientação e capacitação aos seus cooperados através de suas equipes técnicas. O representante convidou os dirigentes do Banco Central a conhecerem in loco a atuação dessas cooperativas e acrescentou que elas atuam no pós-atividade. “Nas áreas que vão se exaurindo são feitos processos de recuperação, ou com piscicultura ou lavoura. Já provamos que é possível fazer a extração cumprindo os ritos legais para a comercialização e ao mesmo tempo recuperar áreas com outras atividades. Queremos somar para termos uma atividade mais segura”, finalizou.

O chefe de gabinete do diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, do Banco, Eduardo Ferrari, concordou com as ponderações e disse que o assunto é complexo, mas que estão dispostos a “contribuir com tudo o que for possível para aprimorar a atividade”.

Fique atento as ações do Sistema OCB, que continuará trabalhando para fortalecer a gestão das cooperativas minerais e melhorar seus padrões de controle de produção e comercialização do minério extraído em seus títulos minerários.

Casa do Cooperativismo é recebida na 45ª Expointer

O movimento cooperativista marcou presença na 45ª Exposição Internacional de Animais (Expointer), nesta terça-feira (30), com a palestra Oportunidade e Desafios para o Cooperativismo Agropecuário, apresentada como parte do painel promovido pelo Sistema Ocergs que contou também com a participação do Sistema OCB.

Além disso, o Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS) recebeu também a Casa do Cooperativismo, outra iniciativa do Sistema Ocergs, que conta com apresentações de ações de cooperativas, instituições financeiras e reuniões setoriais com representantes do Sistema OCB Nacional.

“Iniciativas como a da Casa do Cooperativismo promovida pela Ocergs na Expointer permitem que as cooperativas troquem experiências, além de encontrarem formas para fomentar seus negócios e beneficiar seus cooperados, sendo sempre uma oportunidade para acesso as novas tecnologias e produtos que favoreçam nosso modelo de negócios”, salienta João Prieto, coordenador do Ramo Agro do Sistema OCB.

A Expointer, que começou no dia 27 de agosto e segue até 4 de setembro, é uma realização do Governo do Estado do Rio Grande do Sul juntamente com a prefeitura de Esteio, do Sistema Ocergs e de outras instituições do Agro no estado. Além de fóruns, seminários, cursos e palestras, a exposição conta também com mostra de mais de 150 raças de animais, leilões, desfile de campeões, programação cultural, feira de agricultura familiar e feira de artesanatos.

Expointer – A tradicional feira internacional teve início em 1901, mas a denominação Expointer foi adotada em 1972.  Ano após ano reúne mais personalidades, produtos e serviços que contribuem para o crescimento da feira. Em 2019, foram mais de 416 mil visitantes com movimentação de cerca de R$ 2,7 bilhões em comercializações. Para este ano, segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Antonio Velho Lopes, são esperadas mais de 600 mil pessoas e uma movimentação de R$ 4 bilhões em negócios.

Validade indeterminada do RNTRC passa a vigorar nesta quinta

A partir desta quinta-feira (1º), o Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) terá validade indeterminada. A medida já tinha sido divulgada na publicação da Resolução 5.982/22, que regulamenta os procedimentos de inscrição e manutenção de cadastros, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O mecanismo de revalidação tem por objetivos manter a atualidade dos dados cadastrais dos trabalhadores.

O Sistema OCB participou das discussões junto à Agência e repassou as informações para seus cooperados, por meio de suas unidades estaduais. “Este novo modelo na proposta de recadastramento trará medidas de segurança para a validação das informações, que serão efetuadas de forma mais prática via certificado digital”, avalia o coordenador nacional do Conselho Consultivo do Ramo Transporte da OCB, Evaldo Moreira Matos.

O Sistema OCB reforça a informação da ANTT, que permite aos transportadores com registro ativo e com data de vencimento até 31 de agosto a operarem. No entanto, para os transportadores que estiverem com o RNTRC com status vencido, a Agência retirará a validade do registro automaticamente.

Assim, a partir desta quinta-feira (1º), quando a norma entrar em vigor, o transportador que estiver com seu registro vencido deverá realizar a revalidação por meio do RNTRC Digital, ou procurar o ponto de atendimento mais próximo. A ANTT informou ainda que publicará atos complementares sobre procedimentos para inscrição, manutenção, atualização cadastral, reativação, suspensão, cancelamento e revalidação ordinária dos dados cadastrais no RNTRC.

Para consultar a situação, basta clicar aqui.

Live vai esclarecer mudanças na Lei das coops de crédito

A sanção da Lei Complementar 196/22, que moderniza o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) é motivo de muita comemoração para o movimento cooperativista. Para esclarecer as atualizações na Lei Complementar 130/09, sancionada na última semana, o Sistema OCB promoverá uma live, nesta terça-feira (30), em seu canal no Youtube, a partir das 15h.

O encontro contará com a participação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair Vieira de Melo (ES), relator da matéria na Câmara, do deputado Arnaldo Jardim (SP), autor da proposta, e do senador Vanderlan Cardoso, relator da matéria no Senado.

Segundo Márcio Lopes de Freitas, o novo marco regulatório abre caminhos para que o coop financeiro assuma ainda mais seu protagonismo, “com o aprimoramento das regras de gestão e governança, assim como de instrumentos inovadores que contribuem para alavancar a inclusão financeira no país”.

A nova lei em vigor é fruto de extensos debates e expressiva articulação do Sistema OCB em conjunto com o Banco Central do Brasil e a Frencoop.

Além da live, o Sistema OCB também disponibilizará em sua plataforma de aprendizagem (Capacitacoop), vídeo-aulas nas quais as cooperativas poderão ter uma orientação ponto a ponto das alterações da nova lei, além de outros materiais orientativos que serão divulgados nas redes sociais.

As cooperativas de crédito estão distribuídas em 7,6 mil pontos físicos nos mais diversos municípios brasileiros, congregando quase 15 milhões de associados. A relevância destas coops está especialmente atrelada à inclusão e educação financeira de milhares de pessoas.

Acesse o canal e ative a notificação: https://www.youtube.com/sistemaocb

127 anos da ACI: um legado de vitórias e inovação

Uma doutrina universal baseada em valores e princípios exemplares só pode triunfar se estiver permanentemente defendida e estimulada por uma instituição de alcance global que saiba navegar em todos os modelos de desenvolvimento econômico, político, social, cultural e até religioso, praticados ao redor do mundo.

Esta Instituição felizmente existe e completa 127 anos em 2022: trata-se da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), atualmente com sede em Bruxelas- Bélgica.

Durante sua longa trajetória, a ACI aprendeu a conviver com os diferentes regimes e, mais do que isso, conseguiu manter acesa a chama da doutrina em todos eles, de tal forma que a cooperativa, instrumento da doutrina, também é aceita e respeitada por todos.

Não foi sempre assim. Neste mais de um século de existência e duro labor, o cooperativismo teve dificuldades grandes para se impor, sobretudo onde houve regime de exceção ou modelo arbitrário de governo.

Mas, com diplomacia exemplar, a ACI venceu todos os obstáculos e impôs o cooperativismo no mundo inteiro, como um sistema inclusivo e justo, capaz de enfrentar a exclusão social e a concentração da riqueza, que são fatores que trazem risco à paz e à democracia. Por essa razão, o cooperativismo é reconhecido como aliado vigoroso de sistemas democráticos que sabem distribuir a riqueza de forma harmoniosa.

É nesta onda que o cooperativismo deve surfar os agitados mares do futuro próximo e de longo prazo.

As grandes organizações multilaterais, como a própria Organização das Nações Unidas (ONU), se enfraqueceram e assim perderam protagonismo na sua missão de garantir a paz mundial e o desenvolvimento equilibrado das nações. A dupla de conceitos esgrimida pela ONU e que permitiu certa tranquilidade ao mundo após a queda do Muro de Berlim - “colaboração e competição”- foi substituída por um novo período de tensões potencializado pela Covid 19 e, mais recentemente, pela guerra na Ucrânia.

Ora, se as grandes organizações multilaterais não têm mais a capacidade de buscar o entendimento entre as nações -em especial no cenário complexo das mudanças climáticas e das disputas comerciais em que a segurança alimentar e a crise energética assombram o planeta-, é fundamental buscar uma saída para essas questões. Tem que ser uma gestão lastreada em princípios e valores aceitos por toda gente. E o cooperativismo tem essa qualificação.

Está aí a nova, nobre e gigantesca missão do movimento cooperativista: a busca da Paz!

E o Brasil tem grande contribuição a oferecer ao mundo nessa direção. A mais recente prova disso foi a eleição do nosso honrado presidente da OCB para o Conselho da ACI. Márcio de Freitas foi o mais votado entre todos os candidatos, teve mais votos que o próprio presidente eleito.

Mãos à obra, Márcio, OCB e ACI: vamos correr atrás de um mundo mais justo e equitativo, como sonharam os pioneiros de Rochdale e como sonhamos todos os que acreditamos no cooperativismo.

*Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e embaixador Especial da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Foi presidente da ACI entre 1997 e 2001.

Água pode ser elemento chave para garantia da segurança alimentar

“Da mesma maneira que existe o Vale do Silício nos Estados Unidos, que oferece insumo fundamental para a indústria de microprocessadores e gerou a grande indústria de tecnologia da informação, o Brasil é um vale da água e talvez tenha o mais determinante insumo para a segurança alimentar do mundo nos próximos 50 anos". A afirmação é do presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB, em inglês), Marcos Troyjo, que participou, nessa quarta-feira (24), da última etapa do seminário Sustentabilidade e Inovação no Cooperativismo, promovido pelo Sistema OCB em parceria com o Canal Rural.

Com o tema Da COP26 à COP27, o Brasil e o agro sustentável do século 21, o evento fez parte da programação da Semana de Competitividade e reuniu cerca de 130 participantes, entre cooperados, produtores rurais, autoridades e representantes de entidades públicas e privadas do agronegócio brasileiro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília.

Para Troyjo, a consolidação do Brasil como protagonista na manutenção da segurança alimentar mundial passa, obrigatoriamente, pela questão da disponibilidade da água, elemento que o Brasil possui em abundância. “China, Índia e vários países da Europa têm problemas gravíssimos de acesso à água, o que limita a expansão da produção de alimentos e abre novas oportunidades de comércio para os produtores brasileiros. Para isso, o que nos falta é construir a infraestrutura necessária para fazer o uso inteligente e sustentável desse recurso”, afirmou.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que reforçou o papel das cooperativas agro na construção de uma economia verde. “Construímos uma plataforma para continuarmos trabalhando a ideia da sustentabilidade e seus valores reais, que são muito superiores a preservação do meio ambiente. É também a preservação de uma humanidade mais próspera, que respeita o futuro das próximas gerações. Nossas cooperativas já fazem isso e fazem muito bem. A questão é que a parte boa feita pelo setor produtivo ninguém conta. Precisamos ousar mais e nos fazer mais conhecidos e reconhecidos pela sociedade”, ressaltou.

O embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o Brasil é um exemplo com sua agricultura pujante e sustentável. “Temos que mostrar cada vez mais, tanto internamente como no plano internacional, o que temos feito. O Brasil é parte da solução para o combate às emissões de gases e à garantia da segurança alimentar. Não temos do que nos envergonhar, muito pelo contrário”.

“Nossa agricultura é maior agricultura regenerativa do mundo. É uma agricultura convencional, que todo ano melhora o solo para aumentar a produtividade. Estamos novamente com previsão de recorde de produção para este ano, o que significa que o produtor cuidou bem do solo, cuidou bem da natureza e garantiu alimentos em volumes relevantes e acessíveis”, declarou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Já o ministro da Agricultura, Marcos Montes, reforçou que o Brasil já vem adotando técnicas sustentáveis em suas lavouras e também na pecuária. “Como importante player mundial na produção de alimentos, o Brasil tem condições de ampliar a produtividade, com inovação e tecnologia, sem a abertura de novas áreas. O mundo precisa do Brasil para produzir alimentos. Temos essa reponsabilidade, mas também a de preservação, como já fazemos e precisamos aprimorar cada ver mais”.

Semana de Competitividade: site LGPD no Coop será lançado amanhã

O Sistema OCB lança, nesta sexta-feira (26), a partir das 8h10, o site LGPD no Coop, em referência à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/18). A iniciativa é mais um projeto nacional para fortalecer o movimento cooperativista e faz parte da programação da Semana de Competitividade 2022. A plataforma conta com informações sobre como se adequar à LGPD; as bases regulatórias; quem são os agentes responsáveis pelo tratamento destes dados; o que são dados pessoais; além de novidades, esclarecimento de dúvidas e materiais de apoio.

A gerente Jurídica do Sistema, Ana Paula Andrade Ramos, explica que a intenção do site é também alertar sobre as possíveis dificuldades na implementação e sobre as consequências da omissão. “Com o site, as coops poderão buscar informações sobre como se adequar à lei, quais os principais conceitos, cartilhas, vídeos e outros materiais orientativos, que serão mantidos atualizados de acordo com o avanço da regulamentação da LGPD pela ANPD [Autoridade Nacional de Proteção de Dados]”.

 Atuação OCB - Desde a promulgação da LGPD, o Sistema OCB vem desenvolvendo materiais e capacitações para auxiliar as cooperativas a se adequarem a nova norma. Já foram disponibilizados os e-books: Manual Prático de Segurança na Internet e LGPD no Cooperativismo: como se adaptar. Também foram realizadas capacitações via webinários em outubro de 2020 e reunião técnica, em setembro de 2021, quando as penalidades passaram a vigorar. Nas plataformas InovaCoop e CapacitaCoop e no canal do Sistema no Youtube é possível acessar os materiais.

O lançamento do site LGPD no Coop pode ser acompanhado ao vivo pelo link https://www.youtube.com/c/SistemaOCB.

Sistema OCB participa da Seção Plenária da RECM em Montevidéu

O Sistema OCB esteve presente na Seção Plenária da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul, a RECM. A 61ª Seção, realizada nos dias 17 e 18 de agosto, foi organizada pelo Instituto Nacional de Cooperativismo do Uruguai, país que detém a presidência rotativa do Mercosul no segundo semestre deste ano.

A RECM é um organismo internacional vinculado à Secretaria Técnica do Mercosul, que tem como objetivo a integração dos movimentos cooperativistas dos quatro países do Cone Sul. O fórum foi criado em 2001 e conta como membros representantes dos órgãos governamentais de fomento e regulação do cooperativismo, assim como com representantes das organizações representativas das cooperativas.

Participaram do evento delegações dos quatro países do Bloco Econômico. O governo brasileiro contou com a participação do secretário adjunto de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Nelson de Andrade Júnior, e da diretora de Cooperativismo e Acesso a Mercados também do Ministério da Agricultura, Fabiana Durgant Silva.

Durante a reunião, os delegados debateram os impactos da crise econômica da região no setor cooperativista. Discutiram também a implementação de projetos de cooperação técnica e promoção comercial conjunta. Na oportunidade, o coordenador de Relações Internacionais da OCB, João Martins, apresentou o Anuário Coop 2022, publicado recentemente pelo Sistema OCB.

Com vistas a estreitar o relacionamento com os diversos órgãos de interesse e o movimento cooperativista europeu, foi aprovada a proposta uruguaia de realização de uma missão conjunta à Europa. A missão, que acontecerá no próximo mês de novembro, terá o objetivo de discutir parcerias entre as cooperativas do Mercosul e da União Europeia, com vistas ao Acordo de Livre Comércio entre os dois blocos econômicos.

O cooperativismo no Mercosul: o movimento cooperativista cresce nos quatro países do Mercosul. O Uruguai, país com 3,7 milhões de habitantes, conta com 1 milhão de cooperados e mais de 3 mil cooperativas. A maior empresa e exportadora do país, inclusive, é uma cooperativa.

Já no Paraguai, que conta com 7,3 milhões de habitantes, as cooperativas são responsáveis por mais de 20% do mercado financeiro e mais da metade das exportações agrícolas. O número de cooperados do país passa dos 2 milhões de pessoas.

Na Argentina, existem mais de 22 mil cooperativas ativas, que congregam 10 milhões de cooperados em todas as atividades econômicas do país. A estimativa do governo argentino é que o cooperativismo seja responsável por 16% do PIB nacional.

Sistema OCB lança site Cooperativismo e Eleições 2022

O site Cooperativismo e Eleições 2022, foi lançado nesta sexta-feira (15), em reunião com mais de 60 representantes cooperativistas de todo o país. O site congrega todas as informações e materiais do Programa de Educação Política para o Cooperativismo Brasileiro 2022, iniciativa tem por objetivo fomentar o voto consciente e o exercício de cidadania, capacitar e dar voz a grupos de jovens, mulheres e lideranças para que estejam mais presentes na tomada de decisões estratégicas para o movimento e suas comunidades.

A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, explicou que, com cartilhas, cursos à distância, vídeos e outros conteúdos, o programa estimula, de forma isenta, a reflexão sobre a necessidade de maior representatividade do modelo cooperativista, em especial, nos poderes legislativos federal e estaduais.

“Precisamos ter um olhar especial para as políticas públicas, legislações e necessidades do cooperativismo do ponto de vista normativo. Então, elaboramos um material robusto, que servirá para além do processo eleitoral de 2022. Outro produto bastante especial, desenvolvido dentro do Programa, é a cartilha Cooperativismo e Eleições, com informações sobre regras eleitorais do que pode ou não ser feito durante a campanha eleitoral é detalhado de forma dinâmica e responsável. Esse site que lançamos hoje é mais um reforço para que as cooperativas se engajem e estimulem seus cooperados a promoverem cada vez mais o cooperativismo”, frisa a gerente.

O programa é composto por cinco diferentes eixos de atuação. O primeiro trata da formulação das Propostas para um Brasil mais Cooperativo, publicação que apresenta dados sobre como o cooperativismo pode ser um vetor de desenvolvimento para o país e traz propostas de políticas públicas para nortear plataformas de governo. O segundo traz as boas práticas sobre como atuar no processo eleitoral de forma responsiva. Neste eixo, são disponibilizadas uma série de conteúdos informativos, entre eles a cartilha Cooperativismo e Eleições.

O terceiro eixo apresenta um plano de comunicação e mobilização digital para valorizar e compartilhar as ações reais dos parlamentares em defesa do cooperativismo. O eixo conta com vídeos, cards e outros materiais informativos sobre o coop. A prestação de contas da atuação dos parlamentares está disponível no quarto eixo. Em uma plataforma on-line e interativa, é possível encontrar um perfil de atuação dos parlamentares que pode ser visualizado pelas unidades estaduais.

Oficina de Multiplicadores

Engajamento, participação e representação cooperativista compõem o último eixo do Programa. Em 2022, foi realizada a Oficina de Multiplicadores junto de lideranças dos comitês e das unidades estaduais. O conteúdo, com carga horária de 14 horas aplicado em formato virtual, tem por objetivo engajar jovens, mulheres e núcleos organizados de cooperativas para que, de forma voluntária, repliquem ações de participação política em suas comunidades. Todo o material está disponível na plataforma CapacitaCoop.

A oficina que aconteceu entre abril e julho aumentou os conhecimentos dos participantes sobre cidadania e participação; sistema político e eleitoral e papel das políticas públicas. Também ofereceu orientações sobre como dar voz à causa e agir de forma assertiva. Os multiplicadores, como estão sendo denominados os participantes, foram capacitados para elaborar projetos e soluções para os desafios do movimento cooperativista como: fortalecer a imagem do coop; ampliar a participação e representação política do cooperativismo; e criar uma política pública de impacto para as coops.

Expressividade

Em números, o cooperativismo é forte por si só. Atualmente, o Sistema OCB conta com 4,8 mil cooperativas; 17,1 milhões de cooperados, o que representa 8% da população brasileira; ativos totais de R$ 655,5 bilhões; e 455 mil empregos diretos gerados pelas cooperativas.

“Quem está se projetando de forma alinhada ao modelo cooperativista de fazer negócios sairá em vantagem diante dos mais variados cenários. Não há como reverter essa força social que é o cooperativismo. Representamos para o país 53% da produção de grãos, 32% do mercado de saúde suplementar. A Aneel já apontou que as cooperativas são referência em eletrificação. Estamos nas bases movimentando as comunidades onde estamos inseridos, logo somos essenciais na geração de riquezas e de prosperidade”, avalia a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella.

Tânia considera que tamanha expressividade é fruto de trabalho, articulação e sugestões desenvolvidas para auxiliar os Três Poderes, por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).

“Nossa atuação traz ganhos reais para o movimento. Só no último ano, no Executivo, foram 446 reuniões com o governo e 4,7 mil proposições que atingem o setor no Legislativo. No Judiciário, são 12 processos nos quais atuamos como amicus curie, 43 ações diretas de inconstitucionalidade no STF e 816 recursos acompanhados pelos tribunais superiores”, acrescenta.

Entre as prioridades do movimento, a superintendente ressalta o adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo; a modernização da Lei das Cooperativas de Crédito (já encaminhada para sanção); acesso das coops ao mercado de seguros e de telecomunicações; recuperação judicial; mais recursos para o cooperado via crédito rural; e participação das coops de trabalho em processos de licitações.

“O mais importante é que não estamos avaliando cenários apenas sob a perspectiva de Brasília, mas com ações coordenadas com as unidades estaduais do Sistema OCB. Com o reconhecimento adequado do nosso modelo de negócios teremos ainda mais navegabilidade nos mais variados setores da nossa economia”, conclui.

Acesse e conheça o site Cooperativismo e Eleições 2022.

imagem site coop

Representatividade do coop cresce no Legislativo

Um a cada cinco parlamentares do Congresso Nacional é associado a pelo menos uma cooperativa. A representatividade do cooperativismo cresceu 8% entre 2019 e 2022 e atingiu 20% do total de deputados e senadores. Além disso, 89% dos parlamentares tem uma imagem positiva do cooperativismo, o colocando como o 4º setor econômico mais relevante para os seus mandatos.

Os dados fazem parte da A Visão do Legislativo Sobre o Cooperativismo: Pesquisa de Opinião Parlamentar, conduzida entre os dias 10 e 31 de maio pelo Sistema OCB, em conjunto com o Instituto FSB Pesquisa e apontam a força e a importância do cooperativismo na discussão e definição de políticas públicas e marcos regulatórios que incentivem as práticas do modelo de negócios do movimento.

“A expansão do cooperativismo passa, necessariamente, pela definição de normas e leis que sejam positivos para o movimento. Contar, portanto, com uma representação cada vez maior e mais sólida é ter a segurança de que nossas pautas serão ouvidas e analisadas com a atenção e a seriedade necessárias. É fazer valer nossos interesses e ter a certeza de que nossas reinvindicações serão cada vez mais atendidas”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

A atuação do Sistema OCB também é reconhecida e considerada excelente ou boa por 72% dos deputados e senadores entrevistados durante a pesquisa. Os principais pontos apontados pelos parlamentares para essa avaliação são a representatividade da entidade, sua abertura ao diálogo, a qualidade de suas notas técnicas e assessoria parlamentar, bem como sua participação e eficiência nos debates legislativos.

Quando questionados sobre o ramo do cooperativismo com o qual mais se identificam, 54% dos entrevistados apontaram o agropecuário, enquanto 11% indicaram crédito e 8%, saúde. No total, 70% dos parlamentares afirmaram se identificar com algum dos sete ramos de atuação do movimento.

Ainda segundo o presidente, os números são reconhecidamente significativos. Ainda assim, aumentar essa representatividade ainda mais é um dos objetivos para os próximos anos. “Faltam menos de dois meses para as eleições. É fundamental que pensemos no futuro que desejamos e trabalhemos para mantermos nossa força nos processos de decisão política. Por isso, temos investido na formação de novas lideranças e em canais que ampliem e aprimorem a comunicação e o compartilhamento de informações que permitam ao cooperado fazer escolhas de forma consciente”.

Esta é a quinta edição da Pesquisa de Opinião Parlamentar realizada pelo Sistema, sempre a cada dois anos. A primeira foi realizada em 2013. Entre a última aferição, em 2019, e a divulgada agora em 2022, o intervalo foi de três anos em decorrência da pandemia do Corona vírus que impôs o distanciamento social e impediu a aplicação dos questionários presencialmente. Nesta rodada, foram realizadas 246 entrevistas presenciais com 221 deputados e 25 senadores.

Confira os principais resultados da pesquisa em https://in.coop.br/Analise_Politica

Cooperativismo brasileiro comemora 127 anos da ACI

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI), que representa e serve as cooperativas de todo o mundo, está completando 127 anos de atuação.  A entidade congrega mais de 1,2 bilhão de pessoas, por meio de 318 organizações membro. A ACI é considerada a voz global de conhecimento, experiência e ações coordenadas para o reconhecimento das mais de três milhões de cooperativas que representa.

Antiga sede da ACI, em Londres

O cooperativismo brasileiro integra a Aliança desde 1989, quando o Sistema OCB passou a contribuir para a disseminação dos valores e princípios cooperativistas em âmbito mundial.  O presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, que assumiu neste ano uma cadeira no Conselho de Administração da entidade, reforçou que o Brasil continuará contribuindo em amplo aspecto para o reconhecimento do movimento cooperativista.

“É com muita alegria que comemoramos mais um ano da nossa Aliança. O Brasil incentiva toda troca de conhecimentos e experiências para o fortalecimento do nosso movimento, que é sem fronteiras. Nós, cooperativistas brasileiros, já ocupamos importantes cargos dentro da ACI e de seus órgãos setoriais e continuaremos colaborando para o reconhecimento do nosso modelo de negócios, que tem como principal mote a prosperidade da humanidade”, destacou.

O Brasil também foi o primeiro país não europeu a presidir a ACI, entre 1997 e 2001, quando o cooperativista Roberto Rodrigues assumiu a presidência da Aliança. Antes, Rodrigues presidiu também a OCB, entre 1985 e 1991, e a Organização Internacional de Cooperativas Agrícolas, de 1992 a 1997.  Da ACI, recebeu ainda o prêmio Pioneiros de Rochdale, em 2012, durante as comemorações do Ano Internacional do Cooperativismo.

Hoje, Roberto Rodrigues ocupa a cadeira de coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é Embaixador Especial da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no que tange o cooperativismo mundial.

Atuação brasileira: Além do presidente e ex-presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas (atual) e Roberto Rodrigues (1997-2001), respectivamente, outros cooperativistas também ocuparam cargos no Conselho da Aliança como: Americo Utumi (2001-2013), Eudes Aquino (2013-2017) e Onofre Filho (2018-2022). O cooperativista José Alves também integra há 12 anos o Conselho de Administração da ACI Américas (2010-atual).