Notícias representação
Clique aqui para ler todas as notícias do clipping
O gerente de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Evandro Ninaut, avalia que a expectativa de uma safra recorde de até 147 milhões de toneladas traz à tona alguns questionamentos importantes.
— Ter uma produção tão expressiva é certamente um ponto positivo, mas é preciso pensar também em questões como preço, escoamento e armazenagem — diz ele.
Ninaut ressalta que os custos de produção têm crescido, ao contrário dos preços de grande parte dos produtos. Há também o questionamento sobre como escoar o excedente que, no caso da soja, por exemplo, chega a 20%.
— Onde vamos armazenar essa quantidade de grãos? Será que os nossos armazéns estão preparados para receber esse estoque — questiona o gerente de Mercados da OCB.
A expectativa, segundo Evandro Ninaut, quando avaliadas as produções de soja e milho, não é tão boa quanto o cenário previsto para café e algodão.
— As negociações de café na bolsa de Nova York, por exemplo, poderão contribuir para a melhoria dos preços do produto, inclusive no mercado interno — diz Ninaut.
Veículo: Site Canal Rural
Publicado em: 10/05/2010
“Nosso objetivo neste encontro é construir, esboçar um desenho do futuro do Sescoop”. Com essa definição, Márcio Lopes de Freitas, presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) fez a abertura das oficinas de cenários para o Plano Estratégico da instituição, nesta segunda-feira (10/5), em Brasília (DF). O evento que acontece até esta terça-feira (11/5), conta com a participação do Conselho Nacional do Sescoop, além de dois convidados: Marco Aurélio Borges de Almada Abreu, presidente do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), e Benedito Roberto Zurita, consultor e especialista em associativismo do Sebrae/SP.
Nestas oficinas serão apresentados, debatidos e validados os cenários focalizados do ambiente de atuação do Sescoop, resultando num conjunto de diretrizes para referenciar a elaboração do Plano Estratégico 2010-2013.
Segundo Lopes de Freitas, se as cooperativas são uma forma de associar pessoas que buscam interesses comuns, o Sescoop é a ferramenta que valoriza estes cooperados. Esta valorização se dá por meio das linhas de atuação da instituição que são a capacitação, a promoção social e o monitoramento. E no momento em que o Sescoop acaba de completar dez anos sua diretoria, alicerçada nas decisões do Conselho Nacional, decidiu rever os objetivos atenta ao futuro do cooperativismo.
"A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estará presente no Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à fome e Desenvolvimento Rural, evento realizado pelo governo federal, que teve início hoje (10/5) e vai até esta quarta-feira (12/5), em Brasília (DF). O encontro vai reunir mais de 40 ministros africanos de Agricultura, Desenvolvimento Rural e pastas afins que irão debater temas como combate à fome, extensão, pesquisa e desenvolvimento rural, cooperação e cooperativismo.
O gerente de Mercados da OCB, Evandro Ninaut, apresentará um panorama geral do cooperativismo brasileiro, com ênfase no Ramo Agropecuário, às 10h desta terça-feira (11/5), na sede do Palácio do Itamaraty, onde acontece parte da programação oficial. Ninaut vai falar sobre a presença do cooperativismo em todo o País, de sua participação na economia brasileira e nos mercados externos, destacando os indicadores das cooperativas agropecuárias.
Na quarta-feira (12/5), a Organização participará do painel “Instituições, Cooperação, Financiamento e Cooperativismo”, às 9h, também na sede do Itamaraty. Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Banco Mundial também participam dos debates sobre o tema.
Cooperativismo – O Sistema Cooperativista Brasileiro, atuante em 13 ramos de atividades econômicas, é formado por 7.261 cooperativas, 8.252.410 associados e 274.190 empregados. O setor responde por 5,39% do PIB brasileiro e tem uma movimentação econômico-financeira de R$ 88,5 bilhões.
Cooperativas Agropecuárias – As 1.615 cooperativas agropecuárias ligadas ao Sistema OCB reúnem 942.147 associados e 138.829 empregados. O ramo é responsável por 37,19% do PIB agropecuário brasileiro, cerca de 71,38% da movimentação econômico-financeira e 98% das exportações das cooperativas brasileiras, que, em 2009, registraram US$ 3,63 bilhões em exportações.
Dar continuidade à convergência dos processos contábeis realizados no âmbito das cooperativas às normas internacionais. Com este objetivo, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), por meio do seu Comitê Contábil Tributário, realiza nos dias 12 e 13 de maio reuniões para tratar do tema juntamente com representantes dos 13 ramos de atividades econômicas nos quais atua o cooperativismo. O encontro ocorrerá na se da OCB, a partir das 8h, em Brasília (DF).
A ideia é mapear os impactos específicos para cada um dos ramos, propor soluções, e ainda, criar material de consulta e orientação para as cooperativas. No dia 12, serão atendidos os ramos Agropecuário, Consumo, Crédito, Habitacional, Infraestrutura, Saúde e Mineral. Na quinta-feira (13/5), será a vez dos ramos Especial, Educação, Produção, Trabalho, Transporte, e Turismo e Lazer.
Está programada outra reunião do Comitê Contábil Tributário da OCB para os dias 08 e 09 de junho, quando será concluído o trabalho.
Presidentes, dirigentes, líderes, cooperados e funcionários das cooperativas de todas as regiões do Paraná vão se reunir nos Encontros de Núcleos Cooperativos, promovidos pelo Sistema Ocepar a partir desta terça-feira (11/5). Neste ano, os eventos serão preparatórios ao XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) promove de 9 a 11 de setembro de 2010, em Brasília (DF).
De acordo com o superintendente da Organização das Cooperativas do Estado Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, a participação dos cooperativistas paranaenses nos Encontros de Núcleos é fundamental, pois, na oportunidade, serão coletadas as sugestões do Estado para a formatação de uma proposta que será apresentada no Congresso. "No 13º CBC estarão sendo discutidos os rumos do cooperativismo e é importante a contribuição do Paraná nesse processo", ressaltou. Ainda de acordo com ele, nos eventos preparatórios serão definidos os 39 delegados que vão representar as cooperativas paranaenses no CBC. No primeiro encontro estará presente o coordenador geral do XIII CBC, Mauricio Landi, que vai fazer a apresentação dos temas e da metodologia que deverá ser utilizada para a elaboração e aprovação do documento base que será levado ao Congresso Brasileiro.
Cronograma - Os Encontros de Núcleos Cooperativos estão programados para o dia 11, em Curitiba (PR), no auditório da Ocepar, reunindo cooperativistas das regiões Centro e Sul; dia 12, em Francisco Beltrão, no auditório da Unimed, com representantes do Sudoeste; dia 13, em Cascavel, na Associação Atlética Coopavel, com as cooperativas do Oeste e dia 14, em Astorga, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), com a presença dos cooperativistas do Norte e Noroeste do Estado.
Sustentabilidade - O XIII CBC terá como tema "Cooperativismo é sustentabilidade: o desafio da inovação". Durante o evento, a OCB pretende promover ampla mobilização e participação ativa dos associados das cooperativas brasileiras, para que, por meio da representatividade de sua Organização Cooperativa Estadual, alcancem os objetivos de buscar formas de aprimorar as diretrizes e horizontes da relação política e institucional do sistema cooperativista; aprimorar mecanismos que fortaleçam e promovam a sustentabilidade do Sistema OCB e da representação política do cooperativismo; identificar, à luz do futuro e frente à sustentabilidade, novos modelos de gestão das organizações cooperativas; e definir propostas para o fortalecimento, conformidade e sustentação econômica-financeira das cooperativas e das organizações das cooperativas nos estados e no Distrito Federal. (Fonte: OCB e Ocepar)
"
O Estado do Mato Grosso conta com uma nova cooperativa, a Cooperativa de Desenvolvimento Rural Sustentável de Jaciara e Vale do São Lourenço. A constituição ocorreu na última sexta-feira (7/5), em assembleia geral, com orientação técnica da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB-MT).
A cooperativa é formada por produtores dos municípios de Jaciara, Juscimeira, São Pedro da Cipa e Dom Aquino. Seus objetivos sociais são o estímulo, o desenvolvimento progressivo e a defesa de suas atividades sociais e econômicas. A organização também tem como meta a venda dos produtos dos seus associados nos mercados locais, nacionais e internacionais, visando proporcionar renda e qualidade de vida às atuais e futuras gerações. Nesta relação estão incluídas a produção e o extrativismo agrícola e pecuário (ovinocultura, caprinocultura, suinocultura, bovinocultura de leite, piscicultura, avicultura e apicultura), hortifrutigranjeiros, demais culturas e produções correlatas.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Jaciara, Milton Ferreira Júnior, acredita que o objetivo foi alcançado no sentido de mostrar a toda comunidade como funciona uma cooperativa, agradecendo o apoio da OCB-MT, representada pelo presidente Onofre Cezário de Souza Filho e o superintendente Adair Mazzotti. Para Ferreira Júnior, a cooperativa vai contribuir diretamente para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares.
Na oportunidade, Adair Mazzotti, com a assessora jurídica Analú Ibanhes Paes, explicou as particularidades do Estatuto Social da cooperativa: ingresso de associados, direitos, deveres, capital social, relações fiscais, família, sócio, cooperativa, entre outros pontos.
“Trabalhar a qualidade é importante”, disse o produtor de coco anão verde Rafael Vilela, que atua há 9 anos no ramo. “Eu quero dar um grande passo em 2011, investindo para liderar cada vez mais nesse segmento, que tem mercado em MT, MS, GO e São Paulo, mas precisa estruturar a produção", disse. (Fonte: OCB-MT)
Despertar nos jovens o interesse pelo negócio cooperativo e capacitá-los, trabalhando com foco na sucessão das cooperativas e no crescimento do movimento cooperativista. Estes são os principais objetivos do Programa Formação de Jovens Lideranças Cooperativistas, que abre duas novas turmas no Estado do Espírito Santo, desta vez, em Cachoeiro de Itapemirim e Venda Nova do Imigrante. O programa é uma iniciativa da unidade nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e, no Espírito Santo, conjuntamente com o Sistema OCB-Sescoop/ES.
Com uma turma já formada em São Gabriel da Palha e outra em andamento em Santa Maria de Jetibá, regiões noroeste e centro serrana do estado, o Jovens Lideranças avança no Espírito Santo, atendendo as regiões sul e sul serrana. As turmas de Cachoeiro e Venda Nova do Imigrante serão formadas por 40 alunos, totalizando 80 futuros novos líderes.
Jovens de 16 a 24 anos, vinculados a alguma cooperativa registrada no Sistema (cooperado, filho de cooperado, colaborador ou filho de colaborador), com ensino médio completo ou em curso, podem participar do processo de seleção para o programa. As inscrições devem ser feitas nas cooperativas parceiras com as quais os jovens têm ligação.
No estado, o programa conta com a parceria de cooperativas locais. Na região sul do estado, atuam como apoiadoras as cooperativas: Coopjem, Cacal, Cacj, Selita, Coomita, Usimed Sul Capixaba, Coafocana, Uniodonto Sul Capixaba, Coopem, Credsul, Coteci, Sicoob Sul, Coop Ativa, Unimed Sul Capixaba, Cred-Pan e Coope Serrana. Já em Venda Nova do Imigrante, fazem parte as cooperativas: Sicoob Sul Serrano, Pronova, Coopeducar, Unimed Sul, Uniodonto Sul Capixaba, Coopeavi e Coope Serrana. (Fonte: Sistema OCB-Sescoop/ES)
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estará presente no Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à fome e Desenvolvimento Rural, evento realizado pelo governo federal, que tem início nesta segunda-feira (10/5) e vai até esta quarta (12/5), em Brasília (DF). O encontro vai reunir mais de 40 ministros africanos de Agricultura, Desenvolvimento Rural e pastas afins que irão debater temas como combate à fome, extensão, pesquisa e desenvolvimento rural, cooperação e cooperativismo.
O gerente de Mercados da OCB, Evandro Ninaut, apresentará um panorama geral do cooperativismo brasileiro, com ênfase no Ramo Agropecuário, às 10h desta terça-feira (11/5), na sede do Palácio do Itamaraty, onde acontece parte da programação oficial. Ninaut vai falar sobre a presença do cooperativismo em todo o País, de sua participação na economia brasileira e nos mercados externos, destacando os indicadores das cooperativas agropecuárias.
Na quarta-feira (12/5), a Organização participará do painel “Instituições, Cooperação, Financiamento e Cooperativismo”, às 9h, também na sede do Itamaraty. Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Banco Mundial também participam dos debates sobre o tema.
Cooperativismo – O Sistema Cooperativista Brasileiro, atuante em 13 ramos de atividades econômicas, é formado por 7.261 cooperativas, 8.252.410 associados e 274.190 empregados. O setor responde por 5,39% do PIB brasileiro e tem uma movimentação econômico-financeira de R$ 88,5 bilhões.
Cooperativas Agropecuárias – As 1.615 cooperativas agropecuárias ligadas ao Sistema OCB reúnem 942.147 associados e 138.829 empregados. O ramo é responsável por 37,19% do PIB agropecuário brasileiro, cerca de 71,38%% da movimentação econômico-financeira e 98% das exportações das cooperativas brasileiras, que, em 2009, registraram US$ 3,63 bilhões e 7.09 milhões em exportações.
Exportações para países africanos – As cooperativas brasileiras exportaram, em 2009, um total de US$ 235,9 milhões e 566.8 mil de toneladas para os países africanos.
Contato:
Gabriela Prado
Gerência de Comunicação – Sistema OCB
Tel: (61) 3217-2138 / Cel: (61) 8158-7771
www.brasilcooperativo.coop.br
Clique aqui para ler todas as notícias do clipping
Por Guilherme Queiroz
Ao atracar no porto japonês de Yokohama, em janeiro de 2005, um navio carregado de mangas do Vale do São Francisco marcava o fim de uma das mais longas disputas do comércio mundial. A fruta brasileira, que durante 32 anos esbarrou no embargo imposto por uma intransponível barreira sanitária, voltava a aportar no mercado asiático.
Agora, escolado por intermináveis pendengas comerciais, o governo colocará em campo uma arma há tempos reivindicada pelos exportadores do agronegócio. Até 31 de maio, embarcam para oito países espalhados pelo globo os primeiros adidos agrícolas brasileiros, um time montado para defender os interesses da segunda maior potência rural do mundo.
Sua tarefa pode ser dimensionada numa cifra: US$ 65,8 bilhões em bens agropecuários, ou 42% de tudo que o País exportou em 2009. Um valor com potencial para chegar à casa dos US$ 80 bilhões, com a valorização das commodities e a reabertura de antigos mercados, mas que pode ser ainda maior se os novos embaixadores do agronegócio tiverem sucesso.
Os países onde eles atuarão representam mercados ou foros de negociação estratégicos para as exportações brasileiras. Nesta segunda categoria, estão Bélgica e Suíça, respectivamente, sedes da União Europeia e da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os demais têm importância que variam de acordo com o produto em questão. A Rússia é o principal importador da carne brasileira.
Na Ásia, a China importou US$ 6,3 bilhões em soja plantada no Brasil no ano passado, e o Japão é o país que mais depende de importações agrícolas em relação à produção própria.
Os Estados Unidos são um forte concorrente no comércio de cereais e palco de disputas comerciais com o Brasil. A África do Sul é um mercado com grande potencial de crescimento.
A Argentina, único país com balança superavitária no comércio agrícola com o Brasil, abriga gigantes como os frigoríficos Bertin e JBS Friboi. “A ideia foi trabalhar com os mercados mais relevantes. Cresce a importância do Brasil no comércio internacional e a participação do agronegócio na balança comercial”, disse à DINHEIRO Célio Porto, secretário de relações internacionais do Ministério da Agricultura e coordenador da equipe de adidos.
O cargo de adido é um antigo e importante apêndice da diplomacia internacional. Nas embaixadas brasileiras, há adidos encarregados de assuntos militares, culturais e de inteligência.
Mas a área comercial ficava a cargo de diplomatas de carreira, nem sempre familiarizados com as motivações de barreiras tarifárias e sanitárias. “Os adidos poderão auxiliar no entendimento correto de questões muito complexas”, avalia o ex-ministro da Agricultura Roberto Pratini de Moraes.
O Brasil é a última das potências agrícolas a enxergar o papel estratégico da função. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, por exemplo, mantém um batalhão de analistas ao redor do mundo. “Os americanos sabem o que se passa no campo, como serão as safras”, observa Otávio Cançado, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne.
Os enviados também terão como tarefa prospectar novas oportunidades para o agronegócio. Eles foram selecionados entre 195 funcionários de carreira do Ministério da Agricultura ou de órgãos vinculados, como Embrapa e Companhia Nacional de Abastecimento, que se candidataram ao posto. Dentre os escolhidos, Odilson Luiz Ribeiro e Silva vai para Bruxelas; Guilherme Antônio da Costa Júnior, para Genebra; e Gutemberg Barone de Araújo, para Tóquio (veja destaques).
Nos últimos dois meses, o grupo tem se reunido com representantes dos principais exportadores agrícolas. As expectativas são grandes. “Exportamos 600 mil toneladas porque há mercados que ainda estão fechados. É possível triplicar”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Se a experiência der certo, Índia, Coreia do Sul, México e Dubai devem receber os próximos adidos brasileiros.
Veículo: Isto É Dinheiro
Publicado em: 10/05/2010
Em discursos proferidos no Plenário da Câmara dos Deputados na última terça-feira (4/5), os parlamentares integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Celso Maldaner e Valdir Colatto, elogiaram a realização de mais uma Festa Estadual do Milho (FEMI) que acontece desde o início do mês no município de Xanxerê (SC).
De acordo com Maldaner, o evento representa a história de anos de trabalho, de crescimento, de consolidação e de sucesso da cultura do milho e do agronegócio da região. O deputado ainda exaltou a FEMI como uma das principais exposições-feiras do sul do Brasil e disse que a cada edição esta se consolida ainda mais como uma grande feira de negócios, gastronomia, exposições e entretenimento, o que enaltece e orgulha o povo catarinense.
Já Valdir Colatto, destacou a grandeza do evento, que contou com a presença maciça de indústria, comércio e setor de serviços, e com participação pujante de agropecuária, suinocultura, avicultura e bovinocultura. Segundo Colatto, a festa representou uma homenagem merecida ao milho, que o deputado se referiu como “cereal rei”. O parlamentar também indicou a base de proteína animal do frango e do suíno como fator importante para o desenvolvimento da região do oeste de Santa Catarina.
A Festa Estadual do Milho, que acontece em Xanxerê desde 1982, tem o intuito de ampliar as redes inter-pessoais e de apresentar inovações em todos os segmentos, como agricultura, comércio e indústria. Além de shows e exposições, este ano a feira proporciona aos visitantes inúmeras oportunidades de concretização de bons negócios no âmbito do setor agropecuário.
"A produção de grãos no Brasil deve seguir os resultados da última safra e atingir números recordes. É o que indica o oitavo levantamento do ciclo 2009/10, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (6/5). Para o gerente de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Evandro Ninaut, a expectativa de uma safra recorde traz à tona alguns questionamentos importantes. “Ter uma produção tão expressiva é certamente um ponto positivo, mas é preciso pensar também em questões como preço, escoamento e armazenagem”, avalia.
Ninaut ressalta que os custos de produção tem crescido, já os preços de grande parte dos produtos, não. “Há também o questionamento sobre como escoar o excedente que, no caso da soja, por exemplo, chega a 20%. Onde vamos armazenar essa quantidade de grãos? Será que os nossos armazéns estão preparados para receber esse estoque?”, questiona o gerente de Mercados da OCB.
A expectativa, segundo Evandro Ninaut, quando avaliadas as produções de soja e milho, não é tão boa quanto o cenário previsto para café e algodão. “As negociações de café na bolsa de Nova York, por exemplo, poderão contribuir para a melhoria dos preços do produto, inclusive no mercado interno”, diz.
Conab indica safra 8,7% superior a 2008/09
Segundo a Conab, esta é a maior colheita da história, 8,7% superior às 135,13 milhões t da última safra. Com relação ao mês passado (146,31 milhões t), o desempenho é 0,4% maior.
As variáveis responsáveis por isso são o bom regime de chuvas nas áreas de maior produção, a manutenção da boa produtividade do milho dos estados do Paraná e Goiás e a evolução na área do milho segunda safra e de plantio da soja em Mato Grosso. A soja deve alcançar 67,86 milhões t, 18,7% ou 10,70 milhões t a mais que na safra anterior. Já o milho segunda safra cresceu 16,8%, totalizando 20,26 milhões t. Somadas a primeira e a segunda safras do cereal, a produção deverá atingir 54,18 milhões t, com ganho de 6,2% em relação ao período passado. O percentual representa 3,18 milhões t a mais.
Quase todo o milho já foi colhido, ou seja, cerca de 97%. Em todo o País, a situação da colheita é de 60% para o milho primeira safra e de 76% para o arroz. O feijão primeira safra está com a colheita encerrada, enquanto que o de segunda está ainda no início.
Área – Com a contribuição de algumas culturas para ampliação da área, o total plantado é de 47,5 milhões de hectares, inferior em 0,4% (172,1 mil ha) ao ciclo 2008/09. A área total de milho deve chegar a 13,03 milhões de ha, com redução de 8,1% sobre o último período (14,2 milhões de ha) e de 15,9% na produtividade. O milho segunda safra registrou aumento de 19,1% (288 mil ha), em Mato Grosso, e de 13,8% (51,3 mil ha), em Goiás. A soja também teve elevação de área de 6,9% (1,49 milhão ha). Outros grãos não tiveram o mesmo desempenho, como o arroz (- 115,4 mil ha), o milho primeira safra (-1,23 milhão ha), o feijão segunda safra (- 287 mil ha) e o algodão (- 7,2 mil ha).
Safra de inverno – Pesquisa preliminar sobre a safra de inverno indica que haverá redução na área semeada com trigo. Os estados do Rio Grande do Sul e Paraná respondem por 89% do total nacional. A previsão é de que serão produzidos 4,43 milhões de t, ou seja, 86,4% da totalidade no País (5,14 milhões de t). Estão em fase inicial de plantio, além do trigo, as outras culturas de inverno - aveia, cevada, centeio, canola e triticale.
Os técnicos da Conab ouviram representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados em todos os estados, no período de 22 a 28 de abril. (Com informações do Mapa)
"
Clique aqui para ler todas as notícias do clipping
Fernando Lopes, de São Paulo
A área plantada de trigo deverá sofrer uma "diminuição considerável" na temporada 2010/11, que para o cereal, uma das principais culturas de inverno do país, já começou. Em novo levantamento sobre a produção brasileira de grãos na safra 2009/10 divulgado na quinta-feira, a Conab alerta para a tendência, mas ressalva que ainda é difícil calcular o tamanho da queda porque a semeadura está em sua fase inicial.
Há algumas semanas, quando os técnicos da Conab foram a campo para o levantamento, o plantio de trigo já havia começado no Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Para o Estado do Centro-Oeste e para o Distrito Federal, a Conab projeta incrementos das áreas plantadas. E só. Em Santa Catarina, os sinais são de estabilidade, e para os demais Estados a expectativa é de queda.
Em 2009/10, o plantio de trigo ocupou 2,428 milhões de hectares no Brasil, 1,3% mais que em 2008/09, e a produção alcançou 5,026 milhões de toneladas, queda de 14,6%, por causa de adversidades climáticas. Conforme a Conab, ainda há produto colhido nas duas últimas temporadas à venda no mercado. O da safra 2009/10, particularmente, foi marcado pela baixa qualidade. Tanto que o país, um dos maiores importadores do cereal do planeta, até ampliou as exportações do produto ruim para a fabricação de rações em outros países.
Para a safrinha de inverno de milho de 2009/10, o relatório da Conab foi frio. A produção foi ajustada para 20,265 milhões de toneladas, pouco mais do que o estimado em abril e quase 17% acima de 2008/09. Uma safrinha "gorda" e também dependente dos instrumentos de apoio à comercialização do governo, já que o mercado segue adverso com a boa oferta.
No mais, tudo praticamente como antes. No total, a produção de grãos do país caminha a passos largos para confirmar seu novo recorde histórico, puxado pela forte ampliação da colheita de soja, que também será a maior da história. A soja é a cultura de maior valor bruto da produção (VBP) agrícola do Brasil e encabeça as exportações do agronegócio.
Mais em www.conab.gov.br
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 07/05/2010
A Agrishow se destaca pela reunião do que há de mais moderno em máquinas agrícolas. É a segunda maior feira agropecuária do mundo. Entre os 730 expositores do evento, que ocorreu em Ribeirão Preto, de 26 a 30 de abril, estava o estande da Ocesp/OCB.
Nesse estande, especificamente, não havia trator nem qualquer tipo de máquina para demonstrar aos visitantes - produtores rurais do Brasil inteiro e de vários cantos do mundo. A Ocesp e a OCB, parceiras na iniciativa de participar da Agrishow, levaram a intenção de divulgar o cooperativismo e a de intensificar o relacionamento com dirigentes cooperativistas e políticos, para melhorar as ações de representação do setor.
“O resultado de nossa participação foi excelente”, avalia o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, referindo-se, principalmente, aos contatos realizados na feira.
Enquanto os expositores de máquinas e implementos faturaram perto de R$ 840 milhões (cálculos preliminares), a Ocesp e a OCB receberam gestores e produtores cooperados de 23 cooperativas. Na segunda-feira (26), dia da abertura da feira, e na quinta-feira (29), quando a Agrishow foi visitada pelos presidenciáveis Dilma e Serra, o estande da Ocesp/OCB, batizado de Casa do Cooperativismo, foi visitado pelos deputados Aldo Rebelo, Arnaldo Jardim, Davi Zaia (estadual) e Duarte Nogueira. Del Grande teve a oportunidade, ainda, de falar com o pré-candidato ao governo paulista, Geraldo Alckmin.
Os contatos, em geral, serviram para aproximar as entidades da realidade e necessidades das cooperativas, assim como para traçar estratégias com os políticos. Na quinta-feira, líderes cooperativistas se reuniram com o deputado Aldo Rebelo na Casa do Cooperativismo (foto) para uma conversa sobre o Código Florestal, que vem assustando o setor agropecuário por sua rigidez ambiental. Rebelo é relator da Comissão Especial da Câmara que estuda mudanças no Código Florestal brasileiro.
Mídia – Outro resultado significativo da participação da Ocesp e da OCB na Agrishow 2010 foi a exposição na mídia. Del Grande divulgou a importância do cooperativismo em entrevistas para a TV Record, TV Bandeirantes, Canal Rural e Canal Terra Viva, e também para um canal de televisão francês.
Visitaram o estande da Ocesp/OCB as cooperativas Camda, Cami, Canacap, Casul, CLG, Coacavo, Cocapec, Cocecrer, Colaso, Coocerqui, Coonai, Coopercitrus, Coopermota, Cooperpak, Coopertril, Coopinhal, Cooprolermo, Copamribo, Copercana, Coplacana, Coplana, Credicoonai e Holambra. Entre as instituições que se fizeram representar na Casa do Cooperativismo estavam Abag, Fetaesp, Banco do Brasil, Assoc. Paulista de Suinocultores, Prefeitura de Jaboticabal, Esalq, Sebrae e empresas de prestação de serviços para cooperativas. (Fonte: Ocesp)
"
Expandindo o número de ações cooperativistas em 2010, a Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL), desembarca neste sábado (8/5), na Cooperativa Educacional de Xingo (Coopex), instalada no município de Piranhas, a 280 km de Maceió. A segunda Ação Cooperativista de 2010 deve atender mais de 800 pessoas da Coopex e da comunidade.
Todas as ações cooperativistas têm como objetivo promover a cidadania por meio da oferta de serviços básicos as pessoas. E neste sábado não vai ser diferente. Uma equipe do Instituto de Identificação irá emitir carteira de identidade, outra irá fazer cadastro para emissão de CPFs e outra equipe da Delegacia Regional do Trabalho ficará responsável pela emissão de Carteiras Profissionais.
O bem estar das cooperativas e a promoção de qualidade de vida é uma das preocupações da OCB/AL. Por isso que em todas as ações a participação da Cooperativa de Enfermagem de Alagoas (Coopeal) é necessária. “Todas as ações que promovemos leva uma satisfação muito grande para nossos cooperativados. O nosso objetivo é promover a cidadania e levar desenvolvimento para Cooperativas, cooperados e comunidade”, disse a superintendente do Sescoop/AL, Márcia Túlia Pessoa.
A parceria com a Coopeal garante que cooperados e a comunidade fique vigilante a saúde. Serão oferecidos serviços de verificação da pressão arterial, verificação de peso, glicemia capilar. Outra parceria da OCB/AL que movimenta ainda mais as ações promovidas pela organização de Alagoas é com o Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal). Uma equipe médica vai atender adultos acima de 40 anos para realização de exames no intuito de diagnosticar glaucoma e catarata.
Segundo Arleide Gomes, presidente da Coopex, a expectativa para receber esse dia de ações é muito grande. “Nossa cooperativa possui 244 alunos e todos junto com os pais foram convidados. A data é muito especial, um dia antes do dias das mães. Queremos presentear todas as mães da cooperativa e da comunidade”, ressaltou Arleide Gomes.
A comunidade vai receber ainda uma equipe do Instituto Embeleze, que oferecerá corte de cabelos gratuitamente. A Coopex comanda a Escola Convivendo, que fica na Rua Palmares, nº 07, Bairro Xingo, próximo a 11ª CRE, e reúne 120 cooperados. (OCB/AL)
O governo federal acaba de liberar R$ 51 milhões para pagamento de contratos firmados com produtores rurais do Paraná, por meio das cooperativas, em operações de compra de feijão, milho e trigo, realizadas em março, na modalidade Aquisições do Governo Federal (AGF), dentro da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
A informação foi repassada nesta quarta-feira (5/5) pelo deputado federal Reinhold Stephanes ao presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. De acordo com a superintendência regional da Conab no Paraná, do total liberado, R$ 27,4 milhões são para quitar os contratos de trigo; R$ 12 milhões, de milho, e R$ 11,6 milhões de feijão. O pagamento deve começar a ser efetuado aos produtores na próxima segunda-feira (10/5). (Fonte: Ocepar)
O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras foi o tema tratado nesta quinta-feira (6/5) por representantes de cooperativas, em Brasília (DF). O objetivo da reunião foi disseminar conhecimentos sobre o Sistema e nivelar iniciativas desenvolvidas por alguns estados, adequando-as à Instrução Normativa (IN) nº03/2010 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O secretário executivo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, fez a abertura da reunião, enfatizando a importância da participação dos estados. “O sistema de certificação merece um destaque especial, principalmente porque é o instrumento que dá qualidade aos produtos dos nossos cooperados, no entanto é preciso ter cautela para não inviabilizar as cooperativas”, disse Nobile.
Na reunião, os representantes apresentaram as iniciativas de cada estado para adequação à IN 03, bem como as dificuldades vivenciadas pelas cooperativas de se adequarem aos requisitos propostos, em especial as cooperativas com armazéns mais antigos que necessitam de grandes investimentos.
Em janeiro deste ano, o Mapa ampliou o prazo de implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras, antes previsto para terminar em 31 de dezembro de 2009. Os armazéns devem apresentar o Plano de Implementação de Certificação de Unidades Armazenadoras, sendo que cada unidade deve estar totalmente adequada ao sistema até dezembro de 2013. Até lá, essa adaptação será feita de forma gradativa.
A certificação garante competência técnica na prestação de serviços de armazenagem em mais de 17 mil unidades e capacidade estática de 133 mil toneladas no País. A flexibilidade do prazo atendeu a reivindicações da OCB e de instituições que representam o setor produtivo
Participaram da reunião representantes do Mapa, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Comissão Técnica Consultiva do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras.
Sobre as exigências e efeitos da Instrução Normativa nº 3, de 8/1/10, que estabelece procedimentos a serem adotados por unidades armazenadoras, a RádioCoop entrevistou Pedro Sérgio Beskow, assessor da diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Clique aqui para ouvir a entrevista
Estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que a colheita de culturas como algodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo deverá alcançar 146,87 milhões de toneladas. Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que anunciou o oitavo levantamento 2009/2010, nesta quinta-feira (6), a safra de grãos poderá chegar a 147 milhões de toneladas.
Na opinião de Wagner Rossi, os números da safra, os maiores da história, são resultados das condições climáticas favoráveis, da disposição e resistência do agricultor brasileiro e da sintonia entre governo e produtores rurais. “Além disso, o aumento da produção é mais do que proporcional à expansão de área, ou seja, temos boa produtividade”, acrescentou.
Comercialização - O ministro garantiu apoio ao produtor de milho na comercialização desta safra. Ele informou que, uma vez assinada a portaria interministerial que garante a retomada da aplicação dos instrumentos de apoio à comercialização, o governo poderá realizar leilões semanais. A ideia é começar com um milhão de toneladas a cada leilão. “Isso permitirá o escoamento da produção dos estados, em especial de Mato Grosso, de maneira a aliviar a pressão gerada por questões logísticas, como transporte e armazenagem”, concluiu. (Eline Santos)
"A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados instalou na última semana subcomissão para avaliar as relações de integração entre indústrias e produtores. Os deputados integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Assis do Couto e Valdir Colatto, foram eleitos presidente e relator da subcomissão, respectivamente.
Ontem (5/5), a subcomissão realizou sua primeira reunião, que contou com a participação do Secretário Executivo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile. Estavam presentes também representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (Contag), Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além dos deputados que compõem a subcomissão.
Na ocasião, a OCB foi convidada a entregar um diagnóstico sobre os diversos problemas que afligem o sistema de integração entre indústrias e produtores, juntamente com propostas de soluções e encaminhamentos a serem sugeridas para compor o relatório final, que, de acordo com o relator, ficará pronto em junho deste ano. (Com informações Assessoria Parlamentar da OCB)
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) reúne as cooperativas agropecuárias nesta sexta-feira, dia 7, às 9 horas da manhã, no auditório da Coopercentral Aurora, em Chapecó, em seminário preparatório ao Congresso Brasileiro de Cooperativismo.
O seminário será coordenado pelo presidente da Ocesc, Marcos Antonio Zordan e pelo superintendente Geci Pungan e discutirá quatro temas: diretrizes e horizontes da relação política e institucional do sistema cooperativista; a sustentabilidade do sistema e da representação política do cooperativismo; o futuro e os novos modelos de gestão das organizações cooperativistas e a competitividade das cooperativas.
Zordan realça que é essencial ouvir as cooperativas, através de seus dirigentes, para que se obtenha como resultado as propostas em relação a cada tema. Os trabalhos serão acompanhados pelo assessor da presidência da OCB, Mauricio Landi, e pelo coordenador geral do XIII Congresso Brasileiro de Cooperativismo, Gabriel Pesce.
O congresso discutirá o cooperativismo em função da sustentabilidade, possibilitando ao sistema OCB o desafio da inovação, por meio de ampla mobilização com participação ativa dos associados das cooperativas registradas na OCB e de suas organizações das cooperativas nos estados e no Distrito Federal.
O nível de atividade das cooperativas cresceu exemplarmente nos últimos anos – aumento de 207% de 1990 para 2008 em número de cooperativas - gerando novas expectativas e demandas sobre seu sistema de representação. Essa expansão, associada à necessidade de ordenamento das prioridades, superação de desafios, conquista de posições e apresentação de resultados, levou a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a programar a realização do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo.
O presidente da Ocesc mostra que há uma série de questões que preocupam os cooperativistas brasileiros, como o risco de quebra da unicidade, a imagem pouco precisa do cooperativismo perante a sociedade e o governo e risco de alteração desfavorável das leis relacionadas ao cooperativismo.
Marcos Zordan aponta outras preocupações que também estão na pauta, como o cenário econômico mundial e aumento da carga tributária, o risco de redução de espaço de interlocução com o governo, o risco da perda da representação sindical, impossibilitando a estruturação de um sistema sindical cooperativo, a ampliação (de modo desarticulado e pouco integrado) das representações associativistas e a heterogeneidade do cooperativismo.
A Frencoop Paulistana (Frente Parlamentar do Cooperativismo Paulistano) foi lançada oficialmente na manhã desta quarta-feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, diante de 170 pessoas. Presidida pelo vereador Claudio Fonseca, autor do Projeto de Lei que propôs a criação da frente, a mesa que conduziu a sessão contou com a presença do coordenador da Frencoop/SP, deputado Davi Zaia, do presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, do diretor da ACI, Américo Utumi, e da presidente da Cooperart Butantan e suplente do Conselho Fiscal da Ocesp, Marina Prudente Toledo.
Apartidária, a Frencoop Paulistana já conta com a adesão espontânea de 25 vereadores de diferentes partidos políticos para defender o interesse das cooperativas do município de São Paulo.
Segundo o vereador Claudio Fonseca, a frente atuará em sintonia com a Ocesp e outros órgãos representativos das cooperativas por meio da elaboração de projetos de lei e diálogo constante com o Poder Executivo. “Eu não tenho dúvida de que o êxito das ações da Frencoop Paulistana depende essencialmente daqueles que vivem a realidade do cooperativismo. Estamos dispostos a trabalhar e a dar voz para que os cooperativistas possam falar de suas dificuldades. Nossas reuniões serão abertas a participação de todos”, afirmou.
O vereador citou como primeira preocupação a incidência de tributos, a qual pretende tratar em conjunto com a Frencoop Paulista, que funciona na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. “Sabemos que há anos o cooperativismo sofre com lançamentos de tributos que oneram injustamente o setor. Existem distorções que precisam ser sanadas e conto com o deputado Davi Zaia para nos empenhar e chegarmos a um bom termo".
Fonseca informou ainda que a Frencoop realizará seminários e reuniões dos diferentes segmentos e abrirá espaço para que participem da programação da TV Câmara, como meio de dar maior visibilidade ao cooperativismo. Na próxima reunião, ainda sem data marcada, serão eleitos o coordenador e o secretário da Frente.
Del Grande falou da importância da criação da Frencoop Paulistana. “É uma honra participar desse momento histórico, que deve ser o marco para ações concretas. Não podemos mais suportar a incidência dupla do ISS em nossas operações. O cooperativismo não precisa de benesses, mas de justiça. Se formos tratados de forma justa, aí sim poderemos mostrar a força do nosso sistema, que favorece não somente o trabalhador, mas toda a comunidade que com a cooperativa se relaciona. Já foi comprovado por uma pesquisa realizada pela USP de Ribeirão Preto que o IDH das comunidades em torno de cooperativas é superior. Portanto, não é só o cooperado que se beneficia, mas toda a sociedade”, finalizou.
O diretor da ACI destacou o espaço existente para o crescimento do cooperativismo em São Paulo e no Brasil. “Falo em nome dos 800 milhões de cooperativistas do mundo inteiro. O Brasil não sabe o que é cooperativa; os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não o conhecem. E quando vemos parlamentares dispostos a defender a nossa causa, começamos a acreditar que o cooperativismo vai finalmente ser um sistema vencedor em nosso país. O cooperativismo organiza a sociedade e na medida em que a sociedade se organiza, ela ganha força política. Nos EUA, um terço da população é cooperada. Um parlamentar que trabalhe contra o cooperativismo não é reeleito. O trabalho da Ocesp é mostrar a importância do voto. Temos que eleger gente que esteja ao lado do cooperativismo. E, na medida em que os elegermos, seguramente teremos um Brasil melhor.”
Para Davi Zaia, a criação da Frencoop Paulistana é a coroação de um trabalho intenso que a Frencoop Paulista juntamente com a Ocesp vem desempenhando. “Temos nos empenhado em promover a criação das frentes municipais pelo interior do estado e ter São Paulo, que é o mais importante município do Brasil, criando a sua Frencoop é um incentivo muito grande”. Segundo ele, o capitalismo tem a tendência a concentrar o capital e o cooperativismo faz diferente: “o cooperativismo descentraliza e distribui a renda. E isso precisa ser fortalecido. Nós, parlamentares, não fazemos as leis, mas podemos mobilizar forças políticas para que o Executivo se sensibilize às demandas culminando com o envio de projetos que beneficiem o setor para serem votados na Assembleia”.
Após os pronunciamentos dos membros da mesa, o vereador Claudio Fonseca abriu a palavra à plateia. Entre as lideranças cooperativistas que fizeram uso do microfone, para cumprimentar a iniciativa do lançamento da Frencoop Paulistana, estavam o presidente da Cootraesp (Central de Cooperativas de Trabalho e Serviços do Estado de São Paulo), Marcelo Cypriano, e o presidente da Cenacope (Central Nacional de Cooperativas dos Profissionais da Educação), Inácio Junqueira Moraes Jr. (Fonte: Ocesp)