Notícias ESG
Brasília, 6/6/2013 – Foi lançado hoje (6/6) em Brasília (DF) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014, com a garantia de R$ 39 bilhões para o setor. Destes, R$ 21 bilhões irão para o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), principal fonte de crédito de custeio e investimento dos produtores e cooperativas. É um aumento de mais de 400% desde a primeira edição do Plano, lançada em 2003.
(Com informações - MDA)
Curitiba, 6/6/2013 - Nessa semana, várias cooperativas estão desenvolvendo atividades voltadas à preservação dos recursos naturais, especialmente nesta quarta-feira (5/6), quando se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente. A questão ambiental é uma preocupação constante do cooperativismo. Por isso, o setor adota práticas sustentáveis em seu processo produtivo e incentiva os cooperados a cuidar do meio ambiente, seja por meio do plantio de árvores, recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos, proteção das nascentes, tratamento de efluentes, combate à poluição do ar, uso de tecnologias mais apropriadas de cultivo e manejo de culturas, como o plantio direto na palha e a integração lavoura, pecuária e floresta, entre outras.
Também promove ações educativas com alunos de escolas espalhadas em todas as regiões do Estado e com seus próprios colaboradores. As cooperativas têm ainda feito o aproveitamento de resíduos, que são utilizados na geração de energia elétrica e térmica. “Dessa forma, as cooperativas conseguem consolidar suas ações de sustentabilidade, transformando problemas ambientais em oportunidades de negócios, aliando a produção e alimentos e a preservação do meio ambiente”, afirma o engenheiro agrônomo do Sistema Ocepar, Sílvio Krinski.
O setor também esteve mobilizado na campanha que promoveu o recolhimento de 600 toneladas de BHC das propriedades rurais paranaenses, evitando a contaminação do produtor, da água e do solo. Trata-se de um produto altamente tóxico e proibido de ser utilizado nas lavouras.
Recursos – A cada ano, o cooperativismo tem aumentado o montante de recursos destinados à conservação ambiental, sendo que os investimentos diretos nessa área somaram R$ 45 milhões em 2012.
São Paulo, 5/6/2013 - Preocupado com a destinação correta de resíduos produzidos, cerca de dez mil quilos por mês, o Unimed Hospital São Domingos (UHSD), localizado em Catanduva (SP), aprimora, constantemente, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Saúde (PGRSS). Ele visa, além da redução de riscos ao trabalhador e à saúde pública, a preservação do Meio Ambiente, tema principal debatido neste Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado hoje, dia 5 de junho.
(Fonte: Unimed Catanduva)
A Certel Energia entregou, na manhã de ontem, o selo Carbono Neutro para duas empresas que participam do projeto Energia Verde em Harmonia Ambiental, que neutraliza os gases de efeito estufa através do plantio de árvores e incentiva a adoção de práticas ecológicas de empresas e órgãos públicos. A Loja Via Esporte, que aderiu ao projeto, e a AFG Engenharia e Arquitetura, que já participava e renovou a parceria ambiental, plantarão um total de 47 árvores para neutralizar 9,13 toneladas de carbono equivalente.
(Fonte: Certel Energia)
"Como parte do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entregou ao ministro da Agricultura, Antônio Andrade, imagens de satélite em alta resolução de todo o território nacional. As imagens estão sendo utilizadas, preferencialmente, como base de informação para a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), permitindo o mapeamento e cadastro único da situação ambiental dos imóveis rurais brasileiros. Mas também serão repassadas a outros órgãos do governo federal.
“Desdobramento do novo Código Florestal, com o CAR será possível montar uma base de dados confiável e transparente, que também servirá de apoio para o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e ao combate ao desmatamento no país”, destacou Izabella. Segundo ela, ao ceder as imagens de satélite para outros órgãos, será possível promover, de forma ampla e unificada, o uso sustentável dos recursos naturais.
No caso do Ministério da Agricultura, os órgãos vinculados utilizarão as imagens para implantar suas respectivas políticas públicas, como é o caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que pretende utilizar esse recurso no auxílio às diversas pesquisas sobre o uso do solo e cultivo de espécies vegetais. Além disso, fazem parte do acordo ações de apoio ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e incentivo para adesão ao Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), ação que busca promover a redução das emissões de gases de efeito estufa por meio de sistemas produtivos sustentáveis, além da redução de áreas desmatadas.
As imagens correspondem a 8,4 milhões de km², o equivalente à cobertura de praticamente todo o território brasileiro. A aproximação é de 5 metros, possibilitando a identificação georreferenciada dos imóveis rurais, áreas de preservação permanente, reserva legal, remanescentes florestais e nascentes de rios.
O Ministério do Meio Ambiente quer regularizar mais de 5,2 milhões de imóveis rurais nos próximos anos com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituído pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e regulamentado pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Os benefícios da regularização são a comprovação de regularidade ambiental, segurança jurídica para produtores rurais, acesso a crédito, acesso aos programas de regularização ambiental e instrumento para planejamento do imóvel rural.
A inscrição no CAR é obrigatória para todas as propriedades rurais. O prazo para adesão será de apenas um ano, renovável por outro, a contar da data de publicação de lançamento do programa, que ocorrerá por meio da edição de instrumento normativo do Ministério do Meio Ambiente.
(Fonte: Mapa)
Manejo adequado e adoção integral de técnicas da agricultura de conservação são essenciais para a preservação do solo. A mensagem foi reforçada pelo consultor e pesquisador Rolf Derpsch, na conferência “Sistemas conservacionistas de produção: como assegurar a sua sustentabilidade?”, que iniciou os trabalhos da 3ª Reunião Paranaense de Ciência do Solo, na última terça-feira (7/5), em Londrina.
Alerta - Amparado por uma vasta experiência como consultor e pesquisador, Rolf Derpsch lançou um alerta sobre a necessidade da adoção adequada das técnicas do sistema de plantio direto. “Em 2011, 88% das áreas no Paraná eram cultivadas no plantio direto. Mas é preciso perguntar: qual a qualidade implementada?”, questiona. Segundo ele, uma das principais ameaças à preservação do solo está sendo observada também em áreas de plantio direto, sistema reconhecido como uma das principais armas para enfrentar a degradação do solo. “A erosão está ocorrendo nessas áreas, o que é preocupante”, afirma.
Métodos inadequados - A situação, como explica, é resultado de métodos inadequados de cultivo e de um manejo insustentável. “Alguns produtores têm preocupação com o lucro rápido e imediato e não pensam nas consequências”, afirma. “Não enxergam os danos que estão provocando e não pensam no futuro dos filhos”, critica. Derpsch afirma que os agricultores se iludem com a erosão, avaliando que o aparecimento em pequenas áreas não é ameaça. O consultor alerta que o processo é lento e os efeitos negativos muitas vezes só serão percebidos depois de uma geração.
Ameaças - Falando a uma atenta plateia, Derpsch enumerou as ameaças à sustentabilidade dos sistemas conservacionistas de produção. A primeira é a utilização unilateral e excessiva do glifosato, que provoca resistência de novas espécies de plantas daninhas ao herbicida. Para enfrentar a questão, o consultor indica a adoção do controle integrado de plantas daninhas, como a rotação de culturas, que implica também na rotação de herbicidas.
Plantio direto - Execução deficiente do sistema de plantio direto também é destacada pelo consultor como prejudicial à agricultura de conservação. Ele cita a monocultura da soja, falta de diversidade adequada, insuficiente cobertura do solo, períodos do ano sem culturas ou com cobertura morta insuficiente, utilização de plantas de cobertura e adubação verde insuficiente.
Outros fatores - Além disso, são citados a distribuição deficiente de resíduos pelas colheitadeiras, eliminação indiscriminada ou a não existência de terraços, excessivo revolvimento do solo no plantio, falta de continuidade pela interrupção periódica do sistema, deficiências no manejo e aplicação do sistema de integração lavoura pecuária, diminuição da fertilidade do solo pela utilização de técnicas inadequadas, aplicação parcial dos princípios da agricultura de conservação e perdas (emissão) em vez de ganhos (sequestro) de carbono no solo.
Medidas - Para o enfrentamento da questão, Derpsch considera imperativo adotar algumas medidas. Primeiro, a eliminação de todo e qualquer preparo do solo e a diminuição do revolvimento do solo no plantio. Também indica a aplicação permanente do plantio direto; evitar a ocorrência de erosão; adição de 8 a 12 toneladas por hectare, pelo menos, de biomassa seca ao solo; eliminação da monocultura de soja; adotar a rotação de culturas com a maior intensidade possível e adotar práticas para aumentar os teores de matéria orgânica no solo por meio do sequestro de carbono, ou manter valores elevados de carbono no solo.
Continuidade - A conferência de João Carlos de Sá deu continuidade ao tema. Ele falou sobre “A qualidade do solo em sistemas conservacionistas de produção”, que foi seguida de debate.
Palestras - No período da tarde, a programação prosseguiu com palestras. Às 14 horas, houve a palestra “O uso do solo em sistemas conservacionistas de produção”, com Augusto de Araújo, diretor técnico-científico adjunto do Iapar. Também às 14 horas, a pesquisadora Tangriani Assmann, da Universidade Técnica Federal do Paraná (UTFPR), de Pato Branco, falou sobre “Uso do solo em sistemas conservacionistas para o cultivo de pastagens”. Assmann destacou a importância das práticas para reduzir o processo de degradação das pastagens, como correção e adubação do solo. A pesquisadora chama a atenção sobre a importância da atividade pecuária e lembra que no máximo 3% dos corretivos utilizados na agropecuária são aplicados no cultivo de forrageiras.
Mais temas - Às 14h40, o pesquisador Pedro Antonio Auler, do Iapar de Paranavaí, abordou o “Uso do solo em sistemas conservacionistas para o cultivo de perenes”. Às 15h50, o pesquisador Volnei Pauletti, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fez a palestra “Uso do solo em sistemas conservacionistas para o cultivo de culturas anuais”.
Promoção - A 3ª Reunião Paranaense de Ciência do Solo é promovida pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Nepar, com organização do Iapar. Apoiam o evento, o Londrina Convention & Visitors Bureau, Emater, Embrapa, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, CAPES, Fundação Araucária, UEL, UEM e UEPG.
(Fonte: Iapar)
Saiba mais sobre a integração Lavoura-Pecuária-Floresta |
A iLPF faz parte dos compromissos ratificados pelo governo brasileiro ao assinar a Política Nacional sobre Mudanças do Clima, que engloba ações como o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Segundo os especialistas, a iLPF possui grande potencial de sequestro de carbono pelos elevados acúmulos de biomassa forrageira e florestal e acúmulo de matéria orgânica no solo, o que reduz a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. O sistema tem sido adotado em todo o Brasil, com maior representatividade nas regiões Centro-Oeste e Sul. Atualmente, aproximadamente 1,6 a 2 milhões de hectares utilizam os diferentes formatos da estratégia iLPF. Para os próximos 20 anos, a estimativa é de que a iLPF possa ser adotada em mais de 20 milhões de hectares. |
Brasília, 15/4/2013 - Quando se trata de práticas sustentáveis no campo, o Sistema Plantio Direto (SPD) destaca-se por conciliar a produção e a conservação da terra, propiciando ganhos ao produtor e ao meio ambiente. “O SPD deve ser considerado um processo de gestão do solo, água e biodiversidade para máxima produção agropecuária econômica com conservação ambiental. Nesta forma de gestão agrícola se busca permanentemente a máxima rentabilidade econômica mediante a cobertura plena e continuada do solo com vegetação diversificada e integração de atividades agrícolas econômicas”, explica o pesquisador Luís Carlos Hernani, da Embrapa Solos, que pesquisa o SPD há mais de duas décadas.
O pesquisador enumera que o SPD traz muitas vantagens econômicas, ambientais e sociais. A produtividade de espécies anuais, por exemplo, melhora em média em torno de 20%, em algumas culturas mais em outras menos. Esses resultados podem variar de região para região. As perdas de solo por erosão são cerca de sete vezes menores do que em áreas onde se faz preparo de solo com grades para o plantio de soja. Já as perdas de água na enxurrada sob o SPD, nessa mesma comparação, diminuem algo em torno de cinco vezes. A matéria orgânica do solo aumenta significativamente em 50% ou mais (depende de solo, clima, arranjo de culturas, entre outros fatores), o que torna o SPD uma forma eficiente de incrementar o carbono no solo.
Para tratar desse e outros temas, no dia 16 de abril, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) promovem o Seminário sobre o Dia Nacional da Conservação do Solo – clique aqui para se inscrever. A data, comemorada no dia 15 de abril, foi instituída pela Lei nº 7.876/1989.
O SPD é uma das práticas financiadas pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, o uso dessa técnica nas lavouras brasileiras tem ampliado a partir das condições facilitadas de crédito oferecidas pelo programa. “É fundamental o fomento dessa prática nos campos brasileiros porque, além de ganhos produtivos, há os ambientais: em apenas uma década, esse sistema pode reduzir a emissão de CO2 equivalentes em até 20 milhões de toneladas”, destacou.
De acordo com Luís Carlos Hernani, o SPD, especialmente nos sistemas integrados de produção, também traz uma série de benefícios ao solo, como a melhoria na agregação e na estabilidade de agregados, na atividade e biodiversidade microbiana, incrementando a fertilidade da terra. “Há redução de gastos com combustíveis fósseis e custos operacionais que podem atingir até 70%, além de menores custos com mão-de-obra. Em suma, a qualidade de vida e do ambiente tem muitos ganhos com esse sistema de manejo”, resume. Para o pesquisador da Embrapa Solos, a taxa de crescimento da área com plantio direto no Brasil deve ser, em média, perto de 10%, ao ano. Clique aqui para saber mais sobre o SPD ou aqui para conhecer estudos do pesquisador Luís Carlos Hernani, da Embrapa Solos.
(Fonte: Mapa)
Popular na mesa das famílias brasileiras, o tomate se tornou o vilão da cesta básica. Símbolo da alta do custo de vida pela qual passa o país, o fruto tem sido vendido, em média, a R$10/kg nos supermercados do Distrito Federal. Em outras unidades da Federação, os valores são ainda mais salgados. No Rio de Janeiro, por exemplo, chega a R$ 14/kg. A surpresa com o alto custo do queridinho da salada chegou às conversas entre amigos e até às redes sociais. E, no que depender dos produtores, o tomate vai dar mais o que falar.
Os agricultores dizem que os recentes aumentos no preço do legume permitiram um fôlego à sustentabilidade dos negócios. Mas, ainda assim, estimam eles, o ideal é que o quilo custasse, ao menos, R$ 12 para que a margem de lucro, de fato, compensasse os investimentos. De acordo com os produtores, além da elevada dependência de fatores climáticos, o cultivo de tomate é refém dos altos gastos com o combate a doenças e da escassez de mão de obra.
O estado de Goiás é o maior polo de tomaticultura do país e um dos mais importantes da América Latina. Mas o plantio do fruto sofreu uma mudança de núcleo nos últimos quatro anos. Em busca de terras mais férteis, os agricultores migraram de Goianápolis para Corumbá de Goiás. Com isso, a antiga capital do tomate perdeu o posto para o município localizado a cerca de 115km de Brasília.
A produção de Corumbá é de, em média, 10,4 mil toneladas ao ano — ante 9,4 mil toneladas de Goianápolis. "É um movimento recente, mas que já tem mostrado que a nova área tem força para continuar", contou o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) Leonardo Machado. As caixas de tomate de Corumbá têm destinos certos: Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins.
O destaque dos últimos anos chamou a atenção até de municípios vizinhos a Corumbá e o transformou também em um grande ponto de distribuição e comercialização do fruto. A 16km dali, Cocalzinho aproveitou o potencial da região e entrou na onda. Um desses exemplos é o negócio de Vander José Luciano, proprietário da Silvander Tomates. Ele cultiva em Cocalzinho, mas concentra a distribuição em Corumbá. "A capital federal é o nosso maior mercado consumidor. Cerca de 60% do que sai daqui vai para Brasília", explicou ao Correio.
Chuvas - Mas, ainda que tenha clientela garantida, conta Luciano, a quantidade produzida não foi suficiente para tornar o negócio autossuficiente: o gasto do cultivo é, hoje, de R$7 mil por cada mil pés. O ideal é que fosse, no máximo, a metade disso: de R$ 3,5 mil por cada mil pés. Uma das principais explicações para isso são as intensas chuvas, que diminuem a produtividade e aumentam a incidência de pragas, segundo Leonardo Machado. O clima ideal para o plantio do tomate é aquele com pouca umidade e bastante intensidade solar.
Em Contagem (MG), por exemplo, onde o volume de precipitações também é elevado nesta época do ano, o tomate produzido está sendo vendido cerca de 40,8% mais caro que no mesmo período do ano passado. "E, como se trata de um produto muito consumido, o barulho pela elevação dos preços acaba sendo ainda maior", disse o coordenador do Setor de Informação de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins. A expectativa dele, porém, é que, a partir do próximo mês, com o início da estiagem, os preços comecem a cair.
A cada entressafra, no entanto, o valor do fruto tem atingido picos mais altos. "Tem a questão sazonal, mas a gente verifica que, de uns quatro anos para cá, sempre nesta época, o preço se eleva demais", disse Machado. No primeiro trimestre de 2013, o tomate acumula alta de 70,9%, e, nos últimos 12 meses, a elevação é de 104,11%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Mão de obra - O gerente da fazenda Silvander, Adelino Alves de Freitas, reclama também da falta de profissionais qualificados para trabalhar no cultivo. "É uma lavoura que precisa de gente que conheça bem o trabalho. Não dá para colocar qualquer um na horta", ressaltou. De acordo com ele, durante a colheita, são contratadas 50 pessoas para trabalhar na propriedade.
Todas essas dificuldades aliadas à baixa rentabilidade da produção têm feito com que, a cada ano, os agricultores dediquem cada vez menos hectares para a tomaticultura. Nos últimos, em todo o país, a área de plantio do fruto teve redução de 16%. Tendência que preocupa toda a cadeia, porque deve elevar ainda mais o preço médio do tomate ao consumidor final.
(Fonte: Correio Braziliense)
Com o objetivo de levar informações do setor aos produtores rurais, divulgando ações, projetos e tecnologias voltadas para o segmento, a Prefeitura Municipal de Três Corações (MG) promoveu o 1º Ciclo de Palestras Técnicas em Agropecuária. Realizado na Câmara Municipal da cidade, o evento contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Alves do Nascimento, e do presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.
Nascimento enalteceu o agronegócio e sua importância para a economia mineira, afirmando que 35% de nosso PIB são oriundos da atividade. "A produção rural é de grande significado para a economia de nosso país, daí a necessidade de ações voltadas para o segmento", afirmou. Nascimento frisou ainda a importância de Três Corações para a agricultura do Estado, por meio da produção de milho e café.
Representando o cooperativismo mineiro, Scucato reforçou a importância do setor para economia de Minas e do Brasil. "Os produtores rurais e as cooperativas agropecuárias têm importância decisiva na produção de alimentos, bem como na preservação dos espaços e culturas rurais, gestão da biodiversidade e superação da pobreza. É um segmento fundamental para o desenvolvimento não apenas regional, mas nacional e mundial, sendo que as cooperativas são importantes para que eles tenham economia de escala, mais acesso a crédito e ao mercado, redução de custos com assistência técnica, compra de insumos e demais serviços".
O evento ainda contou com a palestra "Orientações Básicas sobre o Cooperativismo", ministrada pelo cooperativista e conselheiro do Sistema Ocemg José Aílton Junqueira. Temas como conceito e estrutura de funcionamento das cooperativas, princípios cooperativistas, gestão e participação consciente dos dirigentes, além de uma apresentação do Sistema Ocemg foram abordados durante a apresentação.
O "Programa Estadual da Cadeia Produtiva do Leite " Minas Leite" e a "Agricultura de Baixo Carbono (ABC)" também foram assuntos tratados no evento, que reuniu cerca de 70 produtores rurais e estudantes de Agronomia e Veterinária.
(Fonte: Sistema Ocemg)
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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou nesta segunda-feira (4/3) a Portaria nº 326/2013, com as disposições sobre os pedidos de registro das entidades sindicais de primeiro grau junto ao órgão do Executivo. Conforme divulgado na última quinta-feira (28/2), o ministério optou por endurecer as regras do processo de concessão de registro sindical. “A nova portaria é uma resposta ao movimento sindical e vai dar mais celeridade, mais transparência, mais controle e buscam garantir a legitimidade dos pleitos de registro sindical”, declarou o ministro Brizola Neto quando do anúncio das novas regras.
O normativo está publicado no Diário Oficial da União (DOU) e pode ser acessado aqui.
O Programa ABC apresentou níveis de aplicação de recursos elevados entre os meses de julho de 2012 e janeiro de 2013. Os desembolsos totalizaram no período R$ 1,9 bilhão, 56,1% dos recursos programados de R$ 3,4 bilhões. Assim, o aumento registrado em relação ao mesmo período da safra anterior foi de 377,4%. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A região Sudeste foi a que registrou os maiores volumes de financiamento de investimentos no âmbito do Programa ABC, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. Foram aplicados R$ 874 milhões no período de julho/12 a janeiro/13. O segundo lugar no ranking ficou com o Centro Oeste, com aplicações de R$ 432,4 milhões, seguido pelo Sul, R$ 421,5 milhões.
Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, na medida em que o programa se torna mais conhecido pelos produtores rurais, mais eles procuram as instituições financeiras para a liberação de recursos. A avaliação do secretário é de que até o final do Plano Agrícola e Pecuário, os R$ 3,4 bilhões disponibilizados para a implementação de projetos devem ser contratados pelo produtor rural. “Isso possibilitará a adoção de práticas conservacionistas nestas propriedades que devem resultar em mais produção, maior produtividade e sustentabilidade ambiental”, destacou Rocha.
Saiba mais - O Programa ABC é uma linha de crédito aprovada pelo Banco Central para financiar os produtores que queiram implantar o Plano ABC em suas propriedades.
O Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) é um dos planos setoriais elaborados de acordo com o artigo 3° do Decreto n° 7.390/2010 e tem por finalidade a organização e o planejamento das ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis, com o objetivo de reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) no setor agropecuário no País.
Ele é composto por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação, e ainda um último programa com ações de adaptação às mudanças climáticas: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais; Adaptação às Mudanças Climáticas. A abrangência do Plano ABC é nacional e seu período de vigência é de 2010 a 2020.
(Fonte: Mapa)
A cidade de Cascavel, no Paraná, está recebendo mais uma vez um dos maiores eventos que reúne tecnologia e inovação para o campo: é a 25ª edição do Show Rural, promovido pela cooperativa Coopavel. “Sabemos que o conhecimento é fundamental em todas as áreas em que o desempenho e os resultados influenciam de maneira direta e vital, a sobrevivência e a prosperidade do negócio. É por isso que há 25 anos realizamos o Show Rural Coopavel, objetivando levar às propriedades brasileiras a melhor informação tecnológica para o sucesso dos produtores e do agronegócio”, afirmou o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli, durante os últimos acertos para este grande evento do agronegócio brasileiro e do cooperativismo. “Preparamos esta edição com maior abrangência em número de empresas e em diversificação de tecnologias. Queremos que seja o melhor evento para a comemoração das botas de prata”, acrescentou. O evento, que teve início nesta segunda-feira (4/2), segue até a próxima sexta-feira (8/12), e conta com a presença de dirigentes do Sistema OCB.
(Fonte: Sistema Ocepar)
"Na última quinta-feira (24/1) a Ocepar recebeu a ilustre visita do ex-ministro da Agricultura nos anos de 1970 e atual presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli que mesmo nos seus 76 anos continua lutando de forma incansável na defesa da agricultura brasileira. Ele foi recebido pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, que disse ser uma honra poder conversar com ele sobre diversos temas.
“Paolinelli fez muito pelo cooperativismo paranaense e foi um dos grandes ministros que a agricultura do Brasil teve”, lembrou o líder cooperativista. Paolinelli recordou que no ano de 1975, quando ministro, participou da solenidade de inauguração da sede da Ocepar, juntamente com o então governador Jaime Canet Júnior e do presidente à época Guntolf van Kaick. O motivo da visita foi acertar com o presidente da Ocepar a realização da primeira reunião do ano da Abramilho no Paraná, na segunda quinzena de fevereiro, em Curitiba na sede da entidade.
Entrevista - Durante a visita, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Informe Paraná Cooperativo, quando falou de diversos assuntos, entre os quais do cooperativismo paranaense, de agronegócio, preservação dos recursos naturais e da necessidade do Brasil suprir a necessidade de alimentos no mundo. Clique aqui para acessar a entrevista completa.
(Fonte: Sistema Ocepar)
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou nesta semana o Manual de Declaração da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais – Ano Base 2012. A publicação, considerada um pilar essencial no sistema estatístico do país, compila informações relevantes e essenciais para criação de políticas públicas voltadas aos diversos segmentos empregatícios, dentre elas, as cooperativas brasileiras. Como novidade na edição deste ano, o Diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária do MTE, Valmor Schiochet, destaca a informação sobre Total de Sócios/Proprietários. “Será a primeira vez que teremos a possibilidade de termos o registro deste tipo de informação na RAIS, que é a principal base de informações sobre as cooperativas que temos disponível no país”, pontuou.
Realizado há mais de 30 anos pela Amcham, Câmara America na de Comércio, o prêmio é reconhecido pelo pioneirismo em destacar as empresas que adotam práticas sustentáveis.
Criado em outubro de 2010, o Glass is Good já encaminhou para reciclagem 1,3 mil toneladas de vidro. O programa se apresenta como uma alternativa que contribui para reduzir o impacto ambiental e movimentar a cadeia do setor. "A logística reversa programada é a maneira mais eficaz de garantir que, após o uso, a embalagem não seja descartada no Meio Ambiente, mas retorne ao seu ciclo produtivo, poupando matérias primas e energia elétrica, evitando o descarte indevido no Meio Ambiente e gerando renda aos cooperados", afirma Grazielle Parenti, diretora de relações corporativas da Dia geo Brasil.
O Glass is Good envolve toda a cadeia produtiva do vidro, desde os restaurantes, bares e casas noturnas que antes não possuíam um processo para a destinação ambientalmente correta das garrafas , até os consumidores, fornecedores de embalagens e cooperados.
A O I é parte fundamental da cadeia do projeto Glass Is Good, já que todo o vidro coletado pelas cooperativas é adquirido pela empresa e utilizado e transformado em novas garrafas nas fábricas da O I, demonstrando que o vidro é 100% reciclável.
O movimento Vidro é Vida se baseia em seis pilares: sustentabilidade, sabor, saúde, versatilidade, qualidade e transparência.
(Fonte: Brasil Econômico)
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou nesta segunda-feira, dia 17 de dezembro, proposta de regulação para as aplicações aéreas de produtos agrotóxicos que contêm Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil para as culturas de algodão e de soja. Segundo a proposta, as aplicações serão flexibilizadas de acordo com o ciclo de cada região do País e permitida no período após a floração das culturas, quando não há mais visitação por abelhas.
O texto foi construído conjuntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e os produtores. A regulamentação deverá ser publicada no Diário a Oficial da União (DOU), por meio de Instrução Normativa (IN), assinada pelo Mapa e pelo Ibama, nos próximos dias.
Na semana passada, durante audiência pública no Senado, o assunto foi amplamente discutido. Inclusive estiveram presentes representantes do Ministério, do Ibama, da Embrapa, da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entre outras entidades representativas.
(Fonte: Mapa)
Cooperativas ajudam a construir um mundo melhor. O slogan do Ano Internacional das Cooperativas pode ser verificado na prática durante o I Seminário de Desenvolvimento Humano promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Na ocasião, três estados mostraram o quanto as cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades. No Pará, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé- Açu (CAMTA) ajudou a melhorar a vida não apenas de seus associados, mas de todos os habitantes de Quatro Bocas, localizada a 230 Km de Belém. “Esta cidade só está aqui hoje porque existe a cooperativa. Não tinha nada no entorno, só a sede e as casas dos funcionários. O resto era mato ou pimentais cultivados pelos cooperados”, lembrou o presidente da CAMTA, Ivan Hitoshi Saiki.
O cooperativismo marcou presença e se destacou na entrega do prêmio PAA na Tela, realizada na noite desta quarta-feira (28/11), em Brasília. Promovida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a premiação selecionou os 20 melhores filmes que retratam as experiências de associações, cooperativas e entidades beneficiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pela Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) em todo o país. Entre os 20 trabalhos vencedores estava o da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem), localizada no interior do Amazonas, cuja atividade principal é a extração de juta e malva.
Na opinião do presidente do Sistema OCB/AM, Petrúcio Magalhães Júnior, o prêmio concedido pela Conab à Coomapem é o reconhecimento de uma decisão corajosa e inovadora da diretoria da cooperativa. “A produção de fibras no Amazonas é feita nas áreas de várzeas e, portanto, sujeita à sazonalidade do rio Solimões. Este fato ocasiona um período de entressafra da produção de fibras. Antes do programa, a cooperativa acumulava despesas fixas e pagava com o resultado da produção obtida na safra, culminando em estagnação econômica. Com o lançamento do PAA, a Coomapem, presidida por uma verdadeira mulher de fibra, decidiu diversificar suas as atividades produtivas, fornecendo hortifruti para entidades da região”, celebra o dirigente.
A presidente da Coomapem, Eliana Medeiro, recebeu o prêmio, entregue na sede do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Palácio do Planalto, na presença de cooperativistas, políticos e autoridades ligadas ao agronegócio de todo o país. Além representar o cooperativismo do Amazonas, a presidente também discursou na solenidade sobre a importância do reconhecimento dado à Coomapem. “Representar o Amazonas e a nossa cooperativa nesta premiação nacional é sempre uma grande honra, pois mostra o valor e a força do sistema cooperativista na Região Norte do País. Esse prêmio vem esclarecer ao nosso povo e às autoridades, que o ramo agropecuário permanece forte e em pleno crescimento no Amazonas”, declarou.
A Coomapem foi vencedora na categoria "PAA Doação", com um vídeo que mostra o trabalho feito junto às populações carentes dos municípios de Manacapuru e Iranduba, pelo qual presidiários, associações e escolas são beneficiados por meio da distribuição de alimentos realizados, em parceria com a Conab. Os vídeos foram produzidos pelas próprias entidades beneficiadas e a duração de cada um é de cerca de 5 minutos. Foram premiados vídeos produzidos em todas as regiões brasileiras, sendo a maioria do Nordeste: 14 da categoria "PAA Doação", 3 de "PAA Estoque" e 3 de "PGPM Extrativismo". O prêmio para cada um dos 20 vídeos selecionados foi o valor de 5 mil reais.
Clique aqui para assistir ao vídeo vencedor da Coomapem:
"A forte quebra na produção de soja do verão passado e a crise da avicultura não diminuíram o ímpeto das cooperativas do Paraná. O faturamento das 240 ‘empresas’ do setor neste ano irá ultrapassar os R$ 35 bilhões, crescimento de 10% em relação à temporada passada (R$ 32,1 bilhões). A expansão é seis vezes maior que a última projeção do Produto Interno Bruto (PIB) nacional (1,6%), realizada pelo do Banco Central.
“A receita do primeiro semestre foi de R$ 18,5 bilhões (23% superior ao mesmo período do ano passado – R$ 15 bilhões) por conta das vendas antecipadas de grãos. Teremos uma redução até dezembro. Porém, o crescimento será na ordem de 10%, chegando aos R$ 35 bilhões”, aponta o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski.
A receita cooperativista é superior ao orçamento estadual deste ano (R$ 27 bilhões), recurso utilizado em todas as áreas (saúde, educação, segurança, saneamento, infraestrutura, entre outros). As cooperativas representam 55% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Paraná, geram 1,5 milhão de empregos e recolhem R$ 1,2 bilhão em impostos.
De acordo com o executivo, o faturamento recorde será possível em função dos ótimos preços do complexo soja e do milho e, especialmente, do avanço no processo de industrialização das empresas nos últimos anos. O setor está investindo R$ 1 bilhão em 2012 e planeja ampliar em 30% esse recurso no ano que vem. “Hoje, 44% dos grãos produzidos no estado passam por algum processo de transformação”, diz o presidente da Ocepar. O índice é dois pontos porcentuais a mais em relação ao de 2011.
A industrialização cooperativista ocorre nos mais diversos segmentos – leite, soja, cevada, trigo, aves e suínos – em todas as regiões de produção do estado. A Frimesa, de Medianeira (Oeste), investiu R$ 25 milhões neste ano na ampliação das linhas de produção de carne e leite. Para a próxima temporada, planeja injetar mais R$ 108 milhões no setor de carnes.
“O faturamento foi puxado pelo aumento no consumo interno de alimentos e pela estratégia acertada em investir em produtos de maior valor agregado”, ressalta Elias José Zydek, diretor executivo da empresa, que estreou em 2011 na lista das cooperativas do Paraná que faturam acima de R$ 1 bilhão. A previsão é chegar a R$ 1,3 bilhão neste ano.
Em Castro (Campos Gerais), a Castrolanda também apostou nas agroindústrias para aumentar o faturamento. Nos últimos cinco anos, investiu em processamento de batata, leite e carne de cordeiro. Para 2013, a empresa colocará em funcionamento um frigorífico de suínos e uma nova Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) – esta em parceira com a Batavo, de Carambeí. Cada um desses dois negócios exige investimento de R$ 80 milhões. A cooperativa de Castro prevê receita de R$ 1,4 bilhão neste ano, com crescimento de 8% em relação ao ano passado (1,3 bilhão).
A Batavo, de Carambeí (Campos Gerais), está entrando no seleto grupo das cooperativas agropecuárias que faturam acima de R$ 1 bilhão em 2012 (veja a lista ao lado). Mesmo antes do fechamento do balanço anual, a cooperativa de produção mais antiga do Brasil confirma que a cifra está sendo ultrapassada – a previsão é R$ 1,1 bilhão. A meta será atingida um ano antes do previsto pela própria diretoria da empresa.
A industrialização se tornou estratégia de incremento de receita. Fora do mercado varejista por um intervalo de 15 anos, que começou em 1997, quando a Parmalat se tornou acionista majoritária da indústria de laticínios de Carambeí, a cooperativa de imigrantes holandeses iniciou um projeto agroindustrial no ano passado. O primeiro passo foi a construção de uma planta, em Ponta Grossa (Campos Gerais), no ano passado, para industrializar o leite, produto mais tradicional de seus cooperados. “Antes a gente vendia o leite in natura e passamos a industrializar. Isso proporcionou o salto no faturamento”, afirma o gerente geral, Antônio Carlos Campos.
Os próximos investimentos serão a construção de uma indústria de trigo em Ponta Grossa (R$ 75 milhões), um frigorífico de suíno em Castro (R$ 137 milhões) e uma Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) na cidade de Itapetininga, interior de São Paulo (R$ 80 milhões) – os dois últimos são em parcerias com outras cooperativas. Os três negócios estão previstos para inaugurar no próximo ano. “Vamos agregar valor e dar sustentabilidade a produção dos associados”, diz Campos.
Entre as cooperativas de dez dígitos, a Coamo, de Campo Mourão, região Central do estado, lidera o ranking com receita acima dos R$ 6 bilhões, enquanto a C. Vale , de Palotina, e a Cocamar, de Maringá, têm seus faturamentos na casa dos R$ 2 bilhões. Existe a possibilidade de o grupo ganhar mais um integrante no próximo ano. A Cocari, de Mandaguari, projeta receita de R$ 1,1 bilhão em 2013.
(Fonte: Gazeta do Povo)