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O Ministério do Meio Ambiente (MMA) oficializou, na última sexta-feira (9/11), a aquisição das imagens de satélite em alta resolução, que serão utilizadas como base de informação para o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A ferramenta será fundamental para o cadastramento dos mais de cinco milhões de imóveis rurais brasileiros. De acordo com o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato, o setor cooperativista está apostando, e investindo, na implementação do CAR. “Precisamos contribuir para o fortalecimento do MMA e dos órgãos ambientais para que sejam ágeis no atendimento às demandas que vão surgir em decorrência do novo Código Florestal, e sua regulação, pelo qual tanto lutamos, afirmou.
(Com informações - MMA)
A Rede de Cooperativas Ascooper lançará durante a Mercoláctea 2012, no período de 08 a 11 de novembro, no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves em Chapecó (SC), o leite orgânico ECOLAT. Trata-se do primeiro registro de industrialização do produto autorizado pelo Ministério da Agricultura.
O coordenador do núcleo Noroeste catarinense de agroecologia, Eliandro Comin, ressalta que serão produzidos cerca de 90 mil litros de leite certificados por mês. Com qualidade nutricional garantida, livre de resíduos de agrotóxicos, sustentável, economicamente viável e ambientalmente correto, o leite orgânico teve o suporte do Sebrae/SC através do Arranjo Produtivo Local (APL) de Leite e Derivados do Oeste Catarinense. “O trabalho do Sebrae teve foco para a elaboração de Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para indústria e para a fábrica de rações, além de diagnósticos e consultorias de preparação, cadastro para cumprimento dos requisitos de certificação dos produtores e orientações técnicas”, destaca o coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani.
Tudo começou quando os trabalhos feitos por meio do pastoreio Voisin por produtores de Novo Horizonte, associados a Cooperal, e Formosa do Sul, associados a Cooperforsul, resultaram na produção de leite com características muito próximas ao sistema orgânico de produção, o que motivou a formação do grupo de agricultores “Leite Orgânico” para atender as normas de certificação participativa REDE ECOVIDA. A Cooperativa de Crédito Cressol, vinculada aos municípios de abrangência do projeto asseguraram o apoio financeiro para os serviços de assistência técnica e o Sebrae elaborou os Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica.
A implantação de inúmeras propriedades familiares, com produção de leite pelo sistema Voisin foi viabilizada por meio de uma parceria entre Rede Ascooper, Núcleo Pastoreio Racional Voisin (UFSC), LETA (UFSC), EPAGRI, CESAP, Secretaria de Agricultura, Sebrae/SC, Instituto Saga, MAPA, MDA, Rede Ecovida de Certificação Participativa, Cooperoeste Terra Viva, Ideia em Ação, Milk Suck, e prefeituras da região oeste catarinense. A industrialização será feita pela Coopleite que prestará serviço para a Ascoop. Para permanecer no mercado, sentimos a necessidade de trocarmos a produção em escala para uma produção diferenciada e de grande importância para a saúde do consumidor, o que torna o produto valorizado e competitivo.
PRODUÇÃO
Para produção do leite orgânico, os animais são manejados em piquetes, onde recebem pasto, água, mineralização e sombra, proporcionando o bem-estar dos animais. A adubação das pastagens é feita pelos próprios animais e a sanidade é realizada de modo preventivo com homeopatia, fitoterapia e, em caso de enfermidades, são utilizados procedimentos permitidos pela legislação de produção orgânica. A água, o solo e toda a biodiversidade animal/vegetal são protegidas para o equilíbrio no ambiente produtivo.
Promover a cultura da inovação, a difusão e a transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos coerentes com a sustentabilidade do bioma amazônico. Gerar negócios, conquistando novos mercados, visando ao desenvolvimento sustentável da Região. Esses são os objetivos da Amazontech – a maior feira da Amazônia Legal, que o estado do Amapá sedia, no período de 13 a 17 de novembro.
A primeira edição foi realizada no ano de 2001, em Roraima, após iniciativa das unidades do Sistema Sebrae em parceria com a Embrapa e Universidades da Amazônia. O evento abriu as portas para a discussão de um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, com foco na inovação tecnológica e na ciência empresarial.
As contratações do crédito rural para a agricultura superaram a marca dos R$ 20 bilhões nos meses de julho e agosto deste ano. Os números mostram que os financiamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 superaram em 21,3% o volume contratado em igual período no ano passado (R$ 16,5 bilhões).
O desembolso representa 15,1% do montante programado para o ano-safra 2012/2013. Nos dois meses, os produtores contrataram R$ 17,4 bilhões dos R$ 115,2 previstos para a agricultura empresarial. O montante é 19,9% superior ao alcançado em julho e agosto de 2011.
“As condições favoráveis do mercado de produtos agrícolas somadas a taxas de juros menores, limites de financiamento mais amplos e uma oferta de recursos maior em comparação com a safra passada foram decisivos para esse aumento das liberações de crédito”, analisa o diretor do Departamento de Economia Agrícola, Wilson Vaz de Araújo.
Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 14,2 bilhões, o que representa 16,4% do valor previsto para safra atual (R$ 86,9 bilhões) e um aumento de mais de 30% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Os desembolsos dos programas de investimento chegam a R$ 1,8 bilhão. Nas linhas especiais de crédito, o destaque é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), voltado à compra de máquinas de equipamentos agrícolas. Até agosto, 21,7% do programado já estavam nas mãos dos produtores, o que significa R$ 1,3 bilhão dos R$ 6 bilhões direcionados a essa linha de financiamento.
Do crédito rural destinado ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) já foram liberados R$ 398,8 milhões – ou 11,7% – dos R$ 3,4 bilhões disponibilizados pelo PAP 2012/2013. O volume é 357% superior ante ao contratado nos mesmos meses de 2011 (R$ 87,3 milhões).
Já para o custeio e comercialização do médio produtor foi liberado – por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) –, em julho e agosto desse ano, R$ 1,3 bilhão dos R$ 7,1 bilhões previstos. No segmento de investimento, as contratações alcançaram R$ 231,8 milhões, ou 5,8% dos R$ 4 bilhões programados.
(Fonte: Mapa)
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretende aproveitar a Copa do Mundo de 2014 para divulgar a riqueza da produção agrícola e do patrimônio alimentar do país. A mandioca foi escolhida como um dos alimentos que representam a biodiversidade nacional. A proposta foi apresentada na última quarta-feira (19/9) ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em reunião com a superintendete do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL), Marcia Túlia Pessoa, e os representantes da Embrapa Alberto Vilarinhos e Arnoldo Medeiros (chefes de Transferência de Tecnologia) e Joselito Mota (pesquisador).
Os idealizadores do projeto estudam a realização de festivais gastronômicos, para demonstrar a viabilidade da produção e do consumo, e de exposições com material de divulgação sobre os produtos derivados da raiz. “A ideia é também produzir avanços na pesquisa para serem apresentados durante o megaevento esportivo”, explicou Joselito Motta.
Para Eloízio Lopes Júnior, Gerente de Negócios da Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro), essa iniciativa mostra a importância da raiz para os brasileiros. "A intenção é montar em cada arena dos jogos da copa um polo gastronômico com produtos da mandioca". Destacou Eloízio.
Os pesquisadores apresentaram ao ministro um copo biodegradável feito de fécula de mandioca. Aldo Rebelo também foi presenteado com uma placa de reconhecimento ao apoio à produção agrícola. “O preconceito e a má informação de gente inculta, não em relação ao sabor, e sim ao produto, porque está associado a comida de pobre, fizeram com que sua cadeia produtiva fosse quebrada. Podemos gerar um novo mercado com esse alimento rico em carboidratos”, disse o ministro, acrescentando que a mandioca é um item importante na alimentação balanceada dos atletas.
(Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AL)
"O representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Hélder Muteia, foi recebido nesta terça-feira (5/9) pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Muteia tem chamado a atenção para a necessidade de adequação da produção alimentar ao crescimento populacional. Em sua conversa com o presidente Freitas, ele destacou que as cooperativas tem um importante papel na produção de alimentos.
Nesta quinta-feira, 30 de agosto, foi lançado o Grupo Gestor Estadual (GGE) do Rio Grande do Sul do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal. O evento foi uma iniciativa da Secretaria de Agricultura do Estado com a Superintendência Federal de Agricultura (SFA-RS), além da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), que coordena as ações dos GGEs nos estados.
Para a construção dos projetos nos estados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trabalha na criação dos Grupos Gestores Estaduais (19 ao todo), com o objetivo de auxiliar na divulgação e implementação do ABC nas unidades da Federação. “O principal desafio para que o produtor tenha acesso ao crédito oferecido pelo Programa ABC é a elaboração dos projetos, principalmente devido à falta de assistência técnica. Para isso, o Mapa está trabalhando em parceira com os estados e os municípios na capacitação dos técnicos para levar as informações ao produtor”, disse o coordenador do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade, Elvison Ramos.
Os grupos gestores também têm o objetivo de definir as metas estaduais para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira. O Governo Federal espera, inclusive, ter resultados ainda mais expressivos que a meta de reduzir, até 2020, entre 125 e 133 milhões de toneladas de CO2.
Saiba mais - A linha de crédito oferecida aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis é conhecida como Programa ABC. Entre as práticas financiadas, estão sistema de plantio direto, tratamento de resíduos animais, integração lavoura-pecuária-floresta, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e recuperação de áreas degradadas.
Para a safra 2012/2013, o programa terá R$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito. A taxa de juros para o período diminui em relação à safra anterior, de 5,5% para 5% ao ano, a menor fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial praticados pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O prazo para pagamento é de 5 a 15 anos, e o limite de financiamento é de R$ 1 milhão.
(Fonte: Mapa)
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, ministrou, no estande do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, nesta quarta-feira (29), uma palestra sobre a Expressão do Cooperativismo Gaúcho. A palestra fez parte do Painel sobre Cooperativismo e Sustentabilidade, dentro do Ciclo de Palestras e Reuniões Setoriais, organizado pelo Denacoop, em parceria com as câmaras setoriais, que aconteceu de 27 a 29 de agosto, na 35ª Expointer.
Após apresentar o IDH e os municípios com sede de cooperativas no Estado e falar sobre a origem do cooperativismo em Rochdale, na Inglaterra, o presidente apresentou e enfatizou a importância da resolução 64/136 da ONU, que reconhece a inclusão dos jovens e mulheres nas cooperativas. A exemplo da importância a ser dada aos jovens, ele convidou os ouvintes a participarem do evento Mundo Cooperativo Jovem, que ocorrerá em dezembro, em Porto Alegre, e ainda, apresentou a plataforma virtual criada pelo Sistema, direcionada aos jovens, o Geração Cooperação.
Além disso, foram discutidas as expressões financeira e econômica e evolução do faturamento das cooperativas gaúchas, a questão da integração agroindustrial e expressão do cooperativismo de Crédito. A Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), os programas Jovem Aprendiz, Rabobank e a parceria com a Confederação Nacional das Cooperativas Alemãs do Sistema também foram apresentados.
O painel sobre Cooperativismo e Sustentabilidade estendeu-se durante toda tarde, incluindo também palestra com o coordenador do Denacoop/SDC/Mapa, Kleber dos Santos, com o tema “Cooperativismo e Agropecuária Sustentável”. E ainda, palestra do técnico da Utra/Mapa/Passo Fundo, Ademar Bianchi, sobre o tema “Atividades de Desenvolvimento Rural/Cooperativismo Agropecuário”.
(Fonte: Ocergs)
Como forma de comemorar o Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Central do Brasil (BC) lançará, no mês de outubro, uma moeda especial. Cunhada em prata, a peça trará a logomarca oficial do Ano e o slogan: “Cooperativas constroem um mundo melhor”.
Marcado como o Dia de Proteção às Florestas, 17 de julho remete à atuação de governo e sociedade civil em defesa de um dos seus bens mais importantes. Nesse sentido, ações com fins conservacionistas como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal, são primordiais para colocar em prática essa conscientização. Além de preservar espécies florestais nativas, o produtor que opta por adotar práticas financiadas pelo programa ainda obtém lucros, a partir da plantação de espécies arbóreas como paricá, guanandi, sabiá, erva-mate e seringueira.
O Programa ABC oferece crédito aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. O principal objetivo é fazer frente aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, com a meta de reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2. É uma das iniciativas do Governo brasileiro para diminuir o desmatamento e fomentar o aumento de espécies exóticas plantadas em biomas como a Amazônia. Em junho, o Governo Federal anunciou que 81,2% da Amazônia Legal encontra-se integralmente preservada e que o Brasil acaba de conquistar a menor taxa de desmatamento desde que a medição começou a ser feita, em 1998.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2010 a julho de 2011, foram desmatados 6,4 mil quilômetros quadrados da região e, de 2004 a 2011, o desmatamento na Amazônia Legal sofreu uma queda de 78%.
O Sistema OCB, que participou da formatação do programa, a convite da Casa Civil e do Ministério da Agricultura (Mapa), apoia a sua aplicação e realiza ações para incentivar as cooperativas a promoverem o desenvolvimento sustentável. “O desafio de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável está entre os princípios do cooperativismo brasileiro. A busca pela sustentabilidade é, na verdade, parte do nosso DNA”, afirma o presidente da instituição, Márcio Lopes de Freitas.
Refletindo o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáricas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados por alguns setores produtivos, o Programa ABC é também um caminho para tornar a produção brasileira mais competitiva, inclusive diante de barreiras ambientais. Para somar, estão previstos repasse de tecnologias e assistência técnica que irão fomentar a redução e o sequestro de carbono.
Nesse contexto, Freitas ressalta o papel desempenhado pelo setor cooperativista. “Nossas cooperativas trabalham constantemente com foco na sustentabilidade dos seus produtos e processos, com a adoção de técnicas que conciliem eficiência na produção e proteção dos recursos naturais. E, como elas são formadas justamente pelos produtores, estão muito próximas a eles e têm um grande poder de disseminar as boas práticas”, comenta.
Financiamento pelo ABC - Os produtores interessados em adotar práticas financiadas pelo programa devem entrar em contato com sua agência bancária para obter informações quanto à aptidão ao crédito, documentação necessária para o encaminhamento da proposta e garantias.
Para a safra 2012/2013, o programa terá R$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito. A taxa de juros para o período diminui em relação à safra anterior, de 5,5% para 5% ao ano, a menor fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial.
(Fonte: Mapa)
Segurança alimentar e sustentabilidade no agronegócio. O assunto foi discutido na manhã desta terça-feira (19/6) por representantes da indústria e de outros setores, entre estes o cooperativismo, governo e pesquisadores, no Espaço Humanidade 2012, durante a Rio+20. A mesa de abertura foi composta pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o diretor do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp), Benedito da Silva Ferreira, e o presidente da Representação Regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no Norte Fluminense, Geraldo Coutinho. O superintendente e o gerente de Desenvolvimento de Ramos e Mercado da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile e Gregory Honczar, respectivamente, também estavam presentes no evento.
Na abertura dos trabalhos, o ministro destacou a capacidade do Brasil em cumprir metas de sustentabilidade e de se comprometer com a erradicação da pobreza no campo e nas cidades, fruto da estabilidade econômica atual. “Estamos perseguindo um modelo de agropecuária que conserve a biodiversidade, proteja a qualidade do solo e da água, e que seja capaz de favorecer a inclusão produtiva e promover a erradicação da pobreza”, afirmou.
O presidente do Sistema OCB ressaltou que o cooperativismo já tem trabalhado nesse sentido, inserindo os agropecuaristas tanto econômica quanto socialmente, e contribuindo diretamente para a produção de alimentos a partir de práticas sustentáveis. “Nosso movimento gera trabalho e renda para o homem do campo, e tem a promoção do desenvolvimento sustentável como um de seus compromissos prioritários”, disse.
O líder cooperativista também enfatizou o caráter empreendedor do movimento como um caminho para fazer de situações adversas, oportunidades. Para exemplificar de que maneira isso ocorre, o presidente Freitas fez referência à crise de 2008. “Enquanto o mundo vivia uma crise financeira e, mais ainda de credibilidade, o cooperativismo mostrou sua força e fez dos momentos difíceis, oportunidades de crescimento. Exemplo disso, foram as cooperativas de crédito, que, com a saída das tradings, se mobilizaram e viabilizaram a produção do seus associados”, comentou.
Nesse contexto, Freitas ainda frisou o reconhecimento do importante papel desempenhado pelo setor na redução das desigualdades sociais pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Justamente por isso, a ONU declarou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. Vale ressaltar também a nomeação do líder cooperativista Roberto Rodrigues como embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial", destacou.
O Espaço Humanidade 2012 é uma iniciativa conjunta da Fiesp, Firjan, Sesi e Senai – SP, Sesi e Senai – RJ e Fundação Roberto Marinho, e está montado no Forte de Copacabana. (Com informações do site Humanidade 2012)
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“Chegou a hora de colocarmos efetivamente em prática medidas que promovam o desenvolvimento sustentável, e não há dúvida de que a prática cooperativista se destaca nesse contexto. Estamos falando de um modelo de organização que tem um grande poder de inclusão em todos os pilares da sustentabilidade – econômico, social e ambiental”. Assim, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, deu início à programação do Dia do Cooperativismo na Rio+20, na manhã deste sábado (16/6), no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. O evento, promovido com conjunto com a organização estadual no Rio de Janeiro, o Sistema OCB/RJ, se estenderá até as 19h, no Espaço AgroBrasil, coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em seguida, Freitas destacou a inserção do tema “Cooperativismo” na pauta oficial da conferência. “Teremos aqui a oportunidade de ressaltar aos chefes de governo e à sociedade de que forma já contribuímos para o crescimento global e podemos somar ainda mais, como uma ferramenta efetiva de promoção do desenvolvimento sustentável. Nesse processo, temos de ressaltar a participação direta do Ministério da Agricultura, como interlocutor no governo brasileiro e na Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse. Da mesma forma, ressaltou a importância de alianças estratégicas com outras entidades para a consolidação do setor, destacando a parceria com a CNA.
O presidente do Sistema OCB citou alguns indicadores que mostram o espaço conquistado pelo movimento no cenário econômico nacional. “Para se ter uma ideia, a previsão é de que, em 2012, 48% de tudo que é produzido no país passe de alguma forma por uma cooperativa. E, vale frisar, que essa produção ocorre de maneira sustentável, visando ao aumento da produtividade, mas trabalhando também pela preservação dos recursos naturais”, comentou.
Freitas também chamou a atenção dos presentes para a iniciativa da ONU, de instituir 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, ressaltando o tema escolhido pela instituição – Cooperativas constroem um mundo melhor. “Nosso movimento realmente tem atuado para construir um mundo melhor, e isso não ocorre apenas no campo, mas também nas cidades. A declaração feita pela ONU vem confirmar a relevante participação do segmento na geração de trabalho e renda, e redução das desigualdades sociais”, reafirmou o presidente do Sistema OCB.
Faleceu nesta terça-feira (12/6) a norte-americana Elinor Ostrom, primeira mulher a receber o Prêmio Nobel da Economia. Foram os estudos sobre o uso cooperativo de bens comuns realizados pela economista política e cientista social que fizeram com que ganhasse o prêmio pioneiro.
Desafiando a teoria tradicional de que as propriedades comuns, como os recursos naturais, são mal administradas e deveriam ser ou reguladas por autoridades centrais ou privatizadas, a pesquisadora demonstrou como as propriedades comuns podem ser gerenciadas com sucesso por associações de usuários.
O estudo premiado teve como base as cooperativas madeireiras e de pesca dos Estados Unidos. Considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Times de abril deste ano, Elinor era professora da Universidade de Indiana deste 1965. Elinor Ostrom morreu aos 78 anos, de câncer no pâncreas.
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) está promovendo a reformulação de um de seus programas – o Formação de Jovens Lideranças Cooperativistas (JLC) – para atender de forma mais abrangente e consistente a premissa de manutenção e renovação do quadro social das cooperativas. Para isso, o grupo de trabalho responsável pela reestruturação está reunido hoje (11/6) e amanhã (12/6), pela segunda vez, na sede do Sescoop, em Brasília (DF), para validar as etapas e conteúdos do programa.
XICO GRAZIANO
Entre tantas dúvidas sobre o Código Florestal, uma certeza o agricultor José Batistela carrega: ele não precisa, nem quer, ser anistiado. Ninguém jamais o convencerá de que incorreu em crime ambiental ao abrir as fronteiras agrícolas do Brasil. Julga tal suposição uma afronta ao seu caráter.
Descendente de italianos, cheio de bisnetos, seu José anda meio depressivo pelo que escutou no rádio e na televisão. Sente-se desprestigiado na sociedade urbanizada que ajudou a erigir e agora lhe vira as costas, não lhe reconhecendo nas mãos os calos ganhos no árduo trabalho da roça. Esquecem-se os citadinos de sua saga familiar, há mais de século iniciada com a abertura daquelas terras roxas na região de Araras, destinadas a plantar os cafezais que forjaram a pujança paulista. O machado, sim, e a maleita, também, fazem parte de sua história. Renegada no presente.
A mistura entre desmatadores e pioneiros representou a pior desgraça gerada nessa infeliz polêmica sobre a legislação ambiental do campo. Uns, condenáveis, outros, elogiáveis,ambos se misturaram no discurso exagerado, enganoso mesmo, brandido pelos radicais do ambientalismo. Em nome de nobre causa - a defesa ecológica -, cometeram uma tremenda injustiça com os nossos antepassados, equiparando-os aos criminosos da floresta. Cuspiram em suas origens.
Semelhantes a qualquer outro povo espalhado no planeta, os pioneiros da Nação brasileira, certamente, suprimiram muitas florestas virgens. Começaram pela Zona da Mata nordestina, onde o latifúndio açucareiro se instalou ocupando a faixa úmida e ondulada que acompanha a costa atlântica. Depois, durante a corrida para a mineração, chegou a vez de o montanhoso solo mineiro ser desbravado. O mesmo ciclo de progresso estimulou a exploração pecuária nos pampas gaúchos. Pedaços da vida selvagem cediam espaço para a civilização humana crescer.
Mais tarde, a frente de expansão adentrou a Mata Atlântica do Sudeste, buscando a excelente fertilidade das terras roxas. São Paulo, por intermédio dos bandeirantes e, depois, dos imigrantes, assumia a dianteira econômica, e política, do País antes mesmo do fim da escravatura. Nessa época, o navio trazendo o pai de José Batistela aportava no Porto de Santos. O que o movia era o sonho da prosperidade no além-mar.
O tempo passou. Somente quando a agronomia realizou uma de suas maiores façanhas tecnológicas - a conquista do Cerrado no Centro-Oeste-a última fronteira se efetivou. Há 40 anos se iniciava a interiorização do desenvolvimento nacional, processo que ainda receberá da historiografia o devido reconhecimento na consolidação do País. Confundir essa ocupação histórica do território com o dano ecológico causado pelos devastadores do presente significa tola, ou mal-intencionada, visão.
Nossos avós, definitivamente, não são criminosos ambientais, tampouco criaram "passivos" a serem recuperados. Ao contrário, eles geraram ativos produtivos para a civilização. Como se teriam erguido, e abastecido, as cidades sem a lavra do solo virgem? Impossível. Derrubar árvores, drenar várzeas, combater peçonha foram exigências do progresso material da sociedade, aqui como alhures, turbinado pela explosão populacional.
Haverá, com certeza, um limite para a exploração planetária. O que permite tal hipótese é o avanço tecnológico. Quanto mais as modernas técnicas garantem, no campo, maior produtividade por área explorada, mais se facilita a preservação de espaços naturais. Boa comprovação disso se encontra na pecuária brasileira. O volume de carne produzido hoje no Brasil exigiria, se mantido o nível de tecnologia de 30 anos atrás, um assustador acréscimo de 535 milhões de hectares nas pastagens. Economizou- se uma Amazônia.
No patamar de conhecimento atual, estima-se que as áreas já exploradas do território nacional seriam suficientes para atender à demanda de mercado por alimentos e matérias-primas. Ou seja, após séculos de expansão sobre os biomas naturais, vislumbra-se um ponto de equilíbrio entre derrubar e produzir. Mais que utopia, o desmatamento zero torna- se uma possibilidade real.
Seu José Batistela, agricultor da velha guarda, tem dificuldade para entender esse assunto da "pegada ecológica" da humanidade. Mas concorda com a punição dos picaretas que, na Amazônia ou onde mais, zunem a motosserra afrontando conscientemente a lei florestal. Sabe que os tempos mudaram.
Aqui está o xis da questão: como consolidar, e regularizar, as áreas produtivas da agropecuária nacional sem facilitar a vida para os bandidos da floresta. Infelizmente, no debate polarizado sobre o novo Código Florestal, tudo virou um só dilema: anistiar, ou não, os desmatadores, colocando todos no mesmo saco. Desserviço à inteligência.
Chegou a hora de passar a limpo essa encrenca entre ruralistas e ambientalistas. Má interpretação, exageros, preconceitos confundiram a opinião pública, até no exterior. Na Europa, especialmente, ecoterroristas venderam a ideia de que o Código Florestal acabaria com a Amazônia. Mentira deslavada. Abaixada a bola com a (correta) promulgação da Lei 12.651/2012, com vetos, seguida da imediata publicação da Medida Provisória 571, há que retomar a capacidade de interlocução.
Doravante valeria a pena ouvir a voz da sensatez. Recuperar a biodiversidade não se sobrepõe à proteção humana. Não faz nenhum sentido regredir, salvo o imprescindível nas matas ciliares, o território produtivo do País. Muito menos facilitar os desmatamentos.
Código Florestal, o Retorno. Assim se poderia chamar o filme. Só que, nesse novo enredo, José Batistela ocupará um papel honrado.
AGRÔNOMO, FOI SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E SECRETÁRIO DO Meio Ambiente DO ESTADO DE SÃO PAULO. E-MAIL:
*Fonte: O Estado de S.Paulo
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A capital carioca sedia, neste mês, a Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), Rio + 20. O tema central será “economia verde”. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) define economia verde como aquela que resulte em melhoria do bem-estar humano e da inclusão social, ao mesmo tempo em que reduz, de forma significativa, os riscos ambientais e a escassez ecológica. É muito atrelada à questão das emissões de carbono, mas também refere-se ao uso eficiente dos recursos e inclusão social. Consumir produtos que degradem menos o ambiente é a faceta mais popular, mas mudar o consumo também está incluído no conceito. No dia mundial do meio ambiente, 5 de junho, a Copercampos, incentivadora destas ações, enumera algumas das atividades que realiza visando a promoção e a manutenção dos recursos existentes no meio ambiente, como forma de incentivar e servir de modelo para que outras empresas também atuem com este foco.
O biofertilizante BioCoper (produzido com matéria orgânica), áreas de reflorestamento, instalação de equipamentos para captação de películas de milho e soja, o uso da energia sustentável nas granjas de suínos (produzida através do gás gerado pelos dejetos de suínos) e a sensibilização a favor do meio ambiente, como a instalação de lixeiras para coleta seletiva em todas as unidades da cooperativa são ações simples, mas que garantem o crescimento econômico sem agredir o meio ambiente. A recuperação e reutilização da água nas granjas de suínos também se incluem no uso consciente e eficiente dos recursos naturais e são apontadas como fundamentais para a preservação do meio ambiente.
Na cidade ou no campo, o tema é sempre debatido pela Copercampos. O Diretor Presidente Luiz Carlos Chiocca destaca que projetos sociais são realizados com crianças e jovens para que estes sejam multiplicadores destas ações. “Do produtor rural, até os filhos, o trabalho é contínuo. Desde a coleta de embalagens de agrotóxicos e da sensibilização por meio de projetos e treinamentos, até a montagem de peças teatrais para as crianças, estamos auxiliando a comunidade a ter um olhar diferente sobre o meio ambiente. Nós precisamos da terra, da água, do ar. E para que a vida exista, o meio ambiente deve ser preservado”, enfatiza.
Outras ações da Copercampos estão pontuadas na utilização de veículos alternativos. Os funcionários obtêm, pelos informativos internos, noções básicas sobre a utilização de bicicletas para se dirigir ao local de trabalho, leis de trânsito e ações para a promoção de melhorias no meio ambiente urbano. “A diminuição da emissão de carbono, a não produção de ruídos, a promoção do bem estar físico e a melhoria na qualidade de vida são fatores destacados diariamente para que estas ações iniciem com nossos funcionários e tenham continuidade na sociedade”, resume Chiocca.
Dia mundial do meio ambiente – Foi instituído no ano de 1972, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo, na Suécia. Celebrado anualmente desde então no dia 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental. Os principais objetivos das comemorações são:
mostrar o lado humano das questões ambientais; capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável; promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais; e advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero.
(Fonte: Coopercampos)
Por Marcos Fava Neves, professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto, Chefe do Departamento de Administração e coordenador científico do Markestrat.
O Código Florestal vem sendo discutido em muitas audiências há anos e foi finalmente aprovado pela sociedade, representada por seu Congresso. Muitos brasileiros e parte da imprensa aproveitaram o momento para contrapor a agricultura com o ambiente, gerando um grave dano à imagem da agricultura e promovendo a discórdia.
O mais recente caso, estimulador deste texto, é o debate editado pelo respeitável jornal Valor Econômico (04/05/12), consolidado por três jornalistas. Explicando ao leitor que não teve acesso ao conteúdo, é feita uma chamada na capa com o título “empresários defendem veto a Código Florestal” e a matéria é um debate de respeitáveis executivos e cientistas com trabalhos na área econômica, social e ambiental, advindos de uma Fundação de preservação de matas, uma empresa de cosméticos, de embalagens cartonadas, uma produtora de papel e uma telefônica, além de um cientista da USP.
Sintetizo minha análise em 4 blocos: as principais proposições vindas deste debate; os principais aprimoramentos necessários às visões; as contribuições à imprensa e as considerações finais.
Entre as principais proposicões, temos interessantes ideias. Destacam-se as oportunidades que se abrem ao Brasil de liderar uma nova pauta da economia verde, do menor carbono, de certificações e pagamentos por serviços ambientais. Levantam a ideia de que é necessário produzir mais com menos recursos, reduzir as perdas (estimadas em mais de 20% da produção) e acreditam que com gestão a produtividade pode aumentar. Temos que pensar 100 anos à frente.
Também aparecem a importância de se recompor o orçamento da EMBRAPA e de outros órgãos de pesquisa, sair da clivagem “desenvolvimento x sustentabilidade” e “natureza x urbano”. Chamam a atenção para os gargalos de infraestrutura, para a necessidade de incentivos na correção do que foi feito de errado em desmatamento.
Utilizar a Amazônia como uma fonte de riquezas da biodiversidade lembrando do direito de pessoas que vivem nestas regiões terem atividades econômicas e desenvolvimento.
Lembram também da necessidade de se votar medida provisória que dá acesso a patrimônio genético, a necessidade de se extrair mais renda da visitação das áreas preservadas, se recuperar mais as áreas degradadas e investir no turismo. Destacam-se também as iniciativas de criação dos corredores de biodiversidade entre áreas de reserva legal e APPs.
A segunda parte deste meu texto são os aprimoramentos de visão necessários, por aparecer, em alguns momentos, um desconhecimento do que é o agro brasileiro. Serão apresentadas aqui as frases colocadas no debate, em itálico, sendo algumas agrupadas, e as minhas observações logo após.
“...O código deixou o Brasil na era medieval...”, “...o texto que foi votado é terrível...”.
Esta visão é parcial. Existem melhorias reconhecidas por cientistas no documento e ele tem benefícios de eliminar uma grave insegurança jurídica que assola as propriedades.
“...A expansão da área agrícola é única solução proposta e não se fala uma palavra de produtividade...”; “...O Brasil vai perder o jogo da produtividade, da tecnologia e da inovação e aí vem a solução fácil: derruba mais um pouco de floresta e aumenta a área plantada...”; “...não precisa derrubar mais nada... tem muita área já derrubada...”.
Estas colocações não estão bem feitas. Os cientistas e agricultores brasileiros vêm lutando ferozmente pelo aumento da produtividade. Enquanto no mundo cai a produtividade, no Brasil ela cresce quase 4% ao ano e 50 milhões de hectares foram poupados graças a este esforço. Também é um equivoco achar que precisamos derrubar mais árvores para expansão da produção. Existe parte dos 200 milhões de hectares de pastagens que podem ser usados para futuras áreas agrícolas.
“...A questão dos alimentos não é de produção, é de escoamento...”.
Sem dúvida há muita perda na logística, mas aqui também existe um desconhecimento do que acontece no mundo asiático e africano que cresce a mais de 6% ao ano. A FAO estima que teremos que dobrar a produção em 30 anos, graças ao aumento da população, urbanização (90 milhões de pessoas por ano vão para as cidades), distribuição de renda, biocombustíveis (nos EUA usam 130 milhões de toneladas de milho) e outros fatores. O Brasil é primordial para isto, dito pela UNCTAD e FAO (ONU).
“...Vamos para a Rio + 20 com cara de vergonha...”.
Como já escrevi em outros textos, a vergonha dos cientistas e participantes brasileiros na Rio + 20 não será com o Código Florestal, mas sim em explicar ao mundo porque destruímos o combustível renovável mais respeitado, que é o etanol de cana, aqui dentro do Brasil. É a pergunta que me fazem cientistas internacionais.
“...Estamos exportando commodities de baixíssimo valor agregado...”.
Nesta colocação temos um grave equívoco, até uma ofensa aos produtores e industriais brasileiros. Existe enorme conteúdo tecnológico trazido pelos nossos cientistas dentro de um grão de soja, de café, de um litro de etanol, de suco de laranja, de celulose, de açúcar, de carne bovina. Fora isto, estamos cada vez mais exportando comidas prontas e embaladas.
Os termos de troca são cada vez mais favoráveis as commodities. Vivemos a era das commodities, e chamar nossa pauta de baixo valor agregado chega a ser ingênuo.
“...O projeto votado agora vai contra a maioria da população, que não quer hoje o desmatamento, não quer a redução da floresta nas margens dos rios...”; “...tem quatro brasileiros de cada cinco que estão a favor da Presidente para o veto...”.
Eu desconheço estas pesquisas, e também não creio que foi aprovado um Código Florestal que estimula o desmatamento de novas áreas. É uma mensagem errada que está se passando a população. O agro para se desenvolver, não precisa desmatar.
Na terceira parte deste meu texto tenho algumas contribuições a apontar à imprensa. A primeira vai no sentido de, em debates, equilibrar as opiniões. Neste caso, chamar pessoas que acham que o Código Florestal, com todos os seus problemas, representou avanços ao Brasil. Poderiam ter sido convidados representantes da ABAG, do ICONE, da Cooxupé, da Coamo, da Cosan, da Bunge, da BRF, do Congresso (Deputados Aldo Rebello ou Paulo Piau), de Sindicatos de Produtores, de Trabalhadores.
A segunda é que a manchete dada reflete uma generalização de algo que não é generalizável. Uma pessoa que apenas lê “empresários defendem veto a código florestal”, e boa parte do Brasil lê apenas manchetes, é levada a pensar que houve ampla pesquisa quantitativa e que o setor empresarial brasileiro é contra o Código, quando na verdade isto é fruto do debate de apenas 6 pessoas. Isto as vezes acontece na imprensa, um título (manchete) que tenta generalizar algo que não é generalizável. É preciso cuidado nisto.
A ilustração principal da matéria é uma árvore sendo cortada com uma motosserra. Para sermos mais equilibrados, melhor contribuição seria se a matéria tivesse o título de “sugestões de aprimoramentos ao código” e a imagem fosse propositiva, com equilíbrio de produção e lindas matas, e são inúmeras as imagens no Brasil de propriedades agrícolas certificadas internacionalmente. Apresentar uma mortal imagem de árvore com motosserra foi danoso ao agro. É necessário parar com o “ruralistas x ambientalistas”, esta contraposição é danosa ao desenvolvimento equilibrado do Brasil e é estimulada pela própria imprensa.
Como conclusões, por mais que este processo seja criticado, o código foi democraticamente aprovado pela sociedade brasileira e seus representantes, no Senado e na Câmara.
Na minha singela opinião, pressionar a Presidente para vetar este Código é uma afronta à sua pessoa e à democracia. Dizer que é a principal decisão de seu Governo, ou frases do tipo “vou cair da cadeira se a presidente Dilma não vetar” ou “Dilma escreve o nome dela na história de uma maneira ou de outra: com tintas vermelhas ou tintas azuis” não contribuem.
Este código deve ser aprovado e iniciarmos já os debates para uma próxima versão mais moderna e contemporânea, para ser novamente aprovada daqui 5 ou 10 anos. É preciso avançar sempre, debater sempre e respeitar sempre.
Finalizo dizendo que tenho oportunidade de viajar uma vez por semana e fazer pesquisa com produtores e industriais do setor agro em todos os cantos do Brasil. É necessário sairmos dos nossos escritórios seguros e refrigerados dos grandes centros urbanos, ir ao campo e ouvir esta gente. É destas viagens e pesquisas que vêm nossos textos e livros propositivos.
Conversar, principalmente escutar e sentir a luta do nosso produtor contra o arcaico sistema trabalhista, tributário, logístico, ambiental, sua luta contra a taxa de juros, a falta de crédito, o câmbio, as intempéries climáticas, sua luta contra as pragas e doenças e ouvir atentamente os casos de assaltos e violência aterrorizando as famílias do campo.
Lembrar que o jornal Valor do mesmo dia coloca em seu editorial a preocupação com a rápida deterioração da balança comercial brasileira. Vale ressaltar que esta gente da agricultura vai exportar, em 2012, US$ 100 bilhões e importar US$ 20 bilhões, deixando um saldo de US$ 80 bilhões ao Brasil.
Em 2000 exportávamos US$ 20 bilhões no agro. A exportação cresceu 5 vezes em 10 anos. Renomadas revistas mundiais com a Economist, a Time, Chicago Tribune, Le Monde deram enorme destaque e chamaram isto de silenciosa revolução do campo brasileiro. Quem viaja sabe que temos muito poucos setores admirados lá fora, e este é um setor que joga na primeira divisão mundial.
Se o Brasil vai fechar 2012 com um saldo de apenas US$ 15 bilhões, uma conta simples mostra que sem esta gente do campo, a balança brasileira pularia do saldo de US$ 15 bilhões para um deficit de US$ 65 bilhões. Cairia por terra o Real, voltaria a inflação, cairia a arrecadação de impostos e desapareceriam milhares de postos de trabalho. E também precisaremos devolver nossos microcomputadores, tablets, carros, e todos os outros 25% dos produtos que consumimos, que são importados. Vai também faltar dinheiro para usar perfumes, telefones, cadernos, livros e produtos com embalagens cartonadas.
É preciso respeitar quem traz o caixa do Brasil, quem traz a renda do Brasil, que depois é distribuída fartamente em todos os cantos. É injusto associar esta gente a desmatamento, a motosserra, a destruição, com opiniões dadas sem maior fundamento.
O Brasil terá nos próximos 20 anos a maior e melhor agricultura do mundo, trabalhando dia e noite para ser a mais sustentável nos pilares econômico, ambiental e social. O mundo implora ao Brasil para atender à explosão de demanda por alimentos e bioenergia. Podemos tranquilamente exportar US$ 200 bilhões em 2020 e US$ 300 a 400 bilhões em 2030. Vamos deixar esta gente do campo trabalhar e tentar ajudar.
Temos que aumentar a produtividade, plantar em novas áreas de maneira sustentável, investir em pesquisa, ciência e inovação e caminhar para construir esta agricultura, este “agro-ambiental”, com ideias, nos desenvolvendo com preservação e, com isto, preservando nosso desenvolvimento.
O verdadeiro e mais forte “código” será cada vez mais dado pelo mercado consumidor, fortalecido pelas novas mídias sociais e que caminha rapidamente para não aceitar produtos que não obedeçam certificações respeitadas internacionalmente.
Gerar a discórdia e desrespeitar o agricultor, que é quem coloca a comida na mesa e enche o nosso bolso de dinheiro não deve ser um objetivo dos verdadeiros brasileiros.
"O município de Santo Antônio de Posse, na Regional Centro Paulista (SP), é o mais novo executor do programa Cooperjovem, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Desenvolvido pela unidade estadual do Sescoop (Sescoop/SP) em parceria com a cooperativa de produtores de flores Veiling Holambra e a Secretaria de Educação de Santo Antônio de Posse, o programa formará, a partir de hoje (15/3), 95 professores de sete escolas do município em temas relacionados a cooperação e cooperativismo.
O secretário de Educação, Achille Fosco, declarou ter as melhores expectativas em relação aos resultados do programa no município. “Temos carência de informações sobre o cooperativismo e também a necessidade de formar nossos jovens adolescentes para um programa de trabalho competitivo”, afirmou. Fosco acredita que o Cooperjovem irá contribuir, também, para o crescimento da cidade: “Está claro para nós que o cooperativismo funciona como uma política social para o Brasil”.
A gestora do programa pela Veiling Holambra destaca que desde a instalação da cooperativa no município de Santo Antônio de Posse, há cerca de dois anos e meio, era ideal da instituição investir na cidade que os acolheu. “O Cooperjovem casou com nossa necessidade. É um programa que investe em sustentabilidade e nos jovens. Acreditamos que aderir ao programa é a forma mais viável de contribuir com o município”, ressalta Angélica Lazaroto.
O curso “Educar na cooperação, para a cooperação e o cooperativismo” será realizado uma vez por mês, às quintas-feiras, no período noturno, e vai oferecer um instrumental pedagógico, teórico e metodológico para que os educadores possam vivenciar nos encontros de formação o agir de forma cooperativa. “Ao final do curso de formação, os professores estarão aptos a desenvolver Projetos Educacionais Cooperativos,a partir das disciplinas que ministram, amparados nos princípios e valores do cooperativismo que subsidiarão uma prática cooperativa nas escolas”, avalia a analista de projetos do Sescoop/SP, Marina Capusso. A expectativa é que mais de dois mil alunos do município sejam beneficiados.
Dia 30 de abril é o prazo final para as unidades estaduais do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) entregarem o relatório de gestão 2011. Após análise e consolidação pela unidade nacional, o documento segue para o Tribunal de Contas da União (TCU). Para apresentar o modelo de relatório para 2011, orientar os técnicos responsáveis pelo preenchimento e divulgar prazos e fluxo documental, a assessoria de Gestão Estratégica (Agest) e a Auditoria do Sescoop promoveram nesta segunda-feira (12/3) um encontro na sede da instituição, em Brasília (DF). Estiveram presentes membros de todas as unidades estaduais, além da unidade nacional, representada pela gerência de Planejamento e Controle (Geplan).
“O encontro oportunizou o esclarecimento de dúvidas e questionamentos dos técnicos e viabilizou a troca de experiências entre eles. Esperamos que eles estejam em plenas condições de elaborar os relatórios de suas unidades, observando o cumprimento dos prazos estabelecidos e do processo de envio”, destacou o analista em Gestão Estratégica, Antônio Luiz Feitosa.
Com relação aos prazos, Feitosa destaca a evolução ocorrida ao longo dos últimos anos: “Subiu de 10 (em 2009) para 24 (em 2011) o número de unidades estaduais que entregaram seus relatórios dentro do prazo estipulado, evitando retrabalhos e otimizando resultados”. O analista ressalta, ainda, que o cumprimento do cronograma traz benefícios tanto à unidade nacional, responsável pela análise dos relatórios, quanto para as unidades estaduais. “Um dos quesitos para obtenção de recursos via Fundecoop suplementar diz respeito a cumprimento de prazos. Entre eles, está o da entrega do Relatório de Gestão”, afirmou.
O relatório de gestão do Sescoop observa as recomendações e exigências do TCU e da Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, traz como diferencial nesta edição a sintonia com o enfoque na sustentabilidade, com base nas diretrizes GRI – Global Reporting Iniciative, conforme explica a gerente da Agest, Karla Tadeu Oliveira. “A inclusão do enfoque da sustentabilidade, observando as diretrizes GRI, é um avanço em relação ao modelo do ano anterior. Além de estar previsto no planejamento estratégico do Sescoop como indicador de um dos objetivos, o padrão GRI segue uma tendência observada na maioria das organizações de incluir em seus modelos de gestão o equilíbrio entre os aspectos econômicos, ambientais e sociais”, disse.
Segundo Karla, o modelo de relatório de gestão utilizado pelo Sescoop está se tornando referência, já tendo sido inclusive solicitado como modelo por outras instituições pertencentes ao Sistema “S”. A gestora pontua que com as novidades acrescidas este ano, será possível a confecção posterior de um material consolidado, proporcionando uma visão sistêmica do trabalho realizado pelo Sescoop.
O novo Código Florestal, como aprovado no plenário do Senado Federal nesta terça-feira (6/12), não irá impactar nas metas de redução das emissões dos gases de efeito estufa, assumidas pelo Brasil em Copenhagen, na Dinamarca, de 38%. A afirmação é de pesquisadores do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), que divulgaram um artigo sobre o tema nesta quarta-feira (7/12), com o objetivo de desmistificar percepções equivocadas sobre a questão.
No texto, eles ressaltam que os instrumentos da nova legislação são majoritariamente para recuperação de áreas já desmatadas e, por isso, não teriam influência sobre as metas. Os pesquisadores destacam ainda que o Código Florestal, na verdade, ampliará as possibilidades de recuperação da mata nativa, aumentando assim o seqüestro de carbono.
O artigo foi assinado por Rodrigo Lima, André Nassar, Laura Antoniazzi, e Simone Gonçalves. Acesse o texto na íntegra.
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