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A produtividade da agropecuária brasileira é uma das mais altas do mundo, com crescimento médio anual de 3,57% de 1975 a 2009. Uma pesquisa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) analisou o comportamento do setor nos últimos 35 anos e aponta que o Brasil está à frente de outros países com tradição na produção e exportação de alimentos. Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram média de crescimento anual de 1,87%, no período de 1975 a 2008, segundo informações do Departamento de Agricultura daquele país (USDA, sigla em inglês). No Brasil, a avaliação dos últimos dez anos (2000-2009) mostra que esse incremento foi de 5,39% ao ano.
A taxa média de variação anual da produtividade nesse período recente é consideravelmente superior aos 2,85% registrados entre 1990 e 1999 e aos 2,25% observados entre 1980 e 1989. O coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Gasques, um dos autores do estudo, explica que os principais fatores que impulsionaram esse bom desempenho foram a política de crédito e os investimentos na pesquisa agropecuária. “O financiamento para a compra de insumos e capital, como máquinas, fertilizantes e defensivos, além do trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foram essenciais para que o país crescesse em produtividade”, comenta.
Dois momentos importantes no crédito rural foram as décadas de 1970 e 1980, épocas de formação e acumulação de capital, e o período dos anos 2000, durante a criação de programas e linhas de crédito para a modernização do setor, como o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Entre 2000 e 2009, o volume de crédito rural concedido a produtores e cooperativas aumentou 153%, em valores reais.
O desenvolvimento de variedades agrícolas mais produtivas, resistentes às mudanças climáticas e adaptadas ao meio ambiente, além da geração novos métodos de cultivo, foram alguns dos resultados obtidos pela pesquisa agropecuária nos últimos 35 anos. Essas ações também foram decisivas para alavancar o setor agropecuário, em especial a produção de grãos. “O período analisado coincide com a expansão da ocupação do Cerrado e da produção de grãos naquela área, que foram, em grande parte, propiciadas pela Embrapa”, afirma o coordenador.
Vinculada ao Ministério da Agricultura, a empresa conta com mais de três mil pesquisadores, 1,2 mil projetos de investigação e orçamento de R$ 1,8 bilhão. Essa combinação vem contribuindo para que a Embrapa atenda a desafios específicos do setor, a exemplo da produção sustentável para geração de bioenergia, do intercâmbio e disseminação de recursos genéticos em diferentes sistemas de produção e do aumento da eficácia dos fertilizantes.
O estudo corrobora, ainda, que a produtividade brasileira não é influenciada pelo avanço da área, seja de lavouras ou pastagens. Ao longo do período estudado, a área passou de 209 milhões para 219 milhões de hectares. Entre 1975 e 2009, a produção de grãos no Brasil aumentou 240%, enquanto a área foi expandida em 44%. “Esse é um dos exemplos mais notáveis do crescimento da produtividade agrícola”, defende Gasques.
Do mesmo modo, a produção de carne bovina (peso de carcaças) por hectare de pastagem aumentou de 10,8 para 42,3 quilos por hectare nas últimas três décadas. A produção total de carne passou de 2,7 milhões para 19,5 milhões de toneladas entre 1975 e 2009, ou seja, aumentou sete vezes.
O uso de tecnologia também teve grande incremento nesses últimos 35 anos. Gasques destaca que a aplicação de fertilizantes em lavouras permanentes e temporárias, passou de 45,6 para 123,3 quilos por hectare no período estudado, enquanto o número de máquinas agrícolas utilizadas passou de 334,8 mil, em 1975, para 528,65 mil, em 2009. “Esses números ajudam a representar os acréscimos de produtividade agropecuária observados nos últimos anos no Brasil”, avalia.
Foram utilizadas para os cálculos de produtividade informações de 35 produtos das lavouras permanentes, 31 das culturas temporárias e os dados sobre abate divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Fonte: Mapa)
O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, nesta quinta-feira, 30 de setembro, a ampliação do prazo para contratação da linha de crédito emergencial destinada aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. A partir da decisão, a data limite para acessar o financiamento passa de 30 de setembro para 20 de dezembro deste ano.
A medida possibilita a contratação de crédito por maior número de agricultores para recuperação da capacidade produtiva da área danificada pelas enchentes, trombas d’água e enxurradas, ocorridas entre novembro de 2009 e março deste ano. O limite máximo de financiamento por beneficiário é de R$ 600 mil e os juros são diferenciados, de 5,75% ao ano, conforme a Resolução Nº 3.873.
A linha de crédito de R$ 204 milhões foi instituída em maio pelo CMN. Os recursos, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foram direcionados do Programa de Estímulo a Produção Agropecuária (Produsa).
O Conselho aprovou também a reprogramação das dívidas de custeio dos produtores de maçã da região Sul, contratadas na safra 2009/2010. Os débitos poderão ser pagos parceladamente, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2010. Os produtores nessa situação devem solicitar a renegociação até 15 de outubro deste ano. (Fonte: Mapa)
Capacitar os participantes para a utilização da linguagem oral e escrita de forma assertiva e eficaz, visando melhorar a comunicação organizacional. Esse é o objetivo do curso “Redação empresarial”, que o Serviço Nacional do Cooperativismo (Sescoop) e a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) promovem nos dias 29 e 30 de setembro, das 8 às 18 horas, no Hotel Castelmar em Florianópolis.
O coordenador de treinamentos do Sescoop/SC, Ramiro Hensel, explica que o programa do curso envolve temas como as características de uma boa redação, correção, clareza, concisão, originalidade, coesão, elegância, expressividade, naturalidade, exatidão e expressividade.
Outros tópicos estão relacionados à expressividade, naturalidade, exatidão, simplicidade, apresentação gráfica, correspondência comercial, carta, mala direta, e-mail, relatório, ata, aviso, recibo, telegrama, correspondência oficial, atestado, declaração, ofício, procuração, requerimento, gramática, ortografia (regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa), pontuação, acentuação, erros mais graves, metodologia, exposições orais, dinâmicas e interação com participantes.
Fabiana de Paula e Elisandro Oliveira atuarão como instrutores. Fabiana é coordenadora de treinamentos da Neo Labor Consultoria, graduada em direito pela UNICEUB – Brasília; pós-graduada em informática jurídica pela Universidade “La Sapienza” de Roma; cursa MBA em gestão empresarial na FGV-SOCIESC; possui experiência de cinco anos na área de treinamento e desenvolvimento de pessoas; atuou em diversos Estados como instrutora de treinamento em programas técnicos e comportamentais.
Elisandro é administrador de empresas, consultor em recursos humanos; pós-graduado em gestão educacional e metodologia do ensino interdisciplinar, com aperfeiçoamento em metodologia do ensino superior. É mestrando em ciências da educação; professor de capacitação profissional e em pós-graduação na área de gestão de pessoas e palestrante voluntário em diversos projetos sociais.
As inscrições podem ser feitas até o dia 24 de setembro através do site http://www.ocesc.org.br/treinamento. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (48) 3878 8800. (Fonte: Ocesc)
“Visualizar e entender os modelos de cooperativismo que são referência em outros países e desta forma aperfeiçoar o cooperativismo em nosso país”. Essa foi a percepção do gerente geral do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Ryan Carlo, que participou recentemente de uma viagem técnica à Alemanha e à Itália. Ela faz parte do Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas que possibilita aos dirigentes cooperativistas fazer comparativos para a promoção do desenvolvimento equitativo em todo o País.
Ryan Carlo explicou que o primeiro módulo aconteceu em julho deste ano quando eles trabalharam “O sistema cooperativo da Região Emilia-Romagna: marco legal, organização, dinâmica de mercado e governança”. Os participantes também utilizaram estudos de casos, videoconferências e exercícios práticos.
O gerente geral conta mais detalhes em entrevista à RádioCoop.
Coordenadores do programa Cooperjovem participam de um evento para discutir o alinhamento das ações e a readequação da metodologia para os próximos dois anos, na sede da unidade nacional do Sescoop, organizadora do programa e do encontro, em Brasília (DF). A reunião tem a coordenação da Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão (GEADG) do Sescoop e busca realizar um processo de construção participativa, com a contribuição dos técnicos das unidades estaduais envolvidos nas ações.
Estão presentes representantes de 13 dos 15 estados participantes do programa - RN, AL, PE, PI, PB, MS, SP, ES, TO, RO, AP, PA e PR. Na pauta, também estão em debate proposições para os prêmios referentes ao projeto e encaminhamentos quanto à formatação da Semana Nacional do Programa Cooperjovem 2011.
"Trabalho em equipe voltado a resultados" é o tema do workshop que o doutor em Administração, Luciano Salamacha, vai coordenar no Encontro estadual de secretárias das cooperativas do Paraná, nos dias 14 e 15 de outubro, em Londrina.
Em outro workshop, o mestre em Engenharia de Sistemas e Materiais, Marcos Guilherme Heringer, vai orientar as participantes sobre técnicas e ferramentas que contribuem para um melhor gerenciamento das finanças pessoais. Também será abordada a questão da imagem profissional, com Andrea Roque Neiva, especialista em desenvolvimento de pessoas e imagem. O evento é uma promoção da unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR).
Inscrições - As inscrições devem ser feitas até o dia 8 de outubro por meio do agente de Desenvolvimento Humano das cooperativas pelo site www.ocepar.org.br. Na ausência desse profissional, deve-se entrar em contato com Leandro Macioski (
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O Brasil foi citado pelo ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, como bom exemplo no enfrentamento das mudanças climáticas e em ações voltadas ao meio ambiente. “O Brasil gera metade de sua energia por meio de fontes renováveis e limpas, e está enfrentando este desafio”, defendeu Hague em seu discurso sobre o tema, durante reunião do Conselho de Relações Exteriores (CFR, sigla em inglês), em Nova York, nessa segunda-feira, 27 de setembro.
Para o ministro, o país não se encaixa no “dilema” em que se encontram outros países em desenvolvimento, por serem mais vulneráveis aos efeitos do clima. “As economias emergentes enfrentam um dilema. Em geral, são mais vulneráveis aos efeitos diretos das mudanças climáticas, mas se preocupam, também, que ações voltadas ao meio ambiente afetem o desenvolvimento” , completou.
No Brasil, 47% da energia produzida é renovável. A responsável por essa matriz energética limpa é o etanol produzido da cana-açúcar. A previsão da safra de cana-de-açúcar que está sendo moída este ano é de 651 milhões de toneladas.
O CFR é uma organização independente, criada em 1921, e dedicada à promoção de estudos em termas de relações internacionais e que publica a influente revista Foreing Affairs. (Mapa, com informações da Embaixada do Reino Unido)
A sustentabilidade na produção de biocombustíveis será avaliada, entre as próximas quarta, 29 de setembro, e sexta-feiras, 1º de outubro, em Roma (Itália). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) integra a 10ª reunião da Força-Tarefa sobre Sustentabilidade de Produção e Uso da Bioenergia (FTS) da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), representado pelo diretor de Cana-de-Açúcar e Agroenergia, Cid Caldas.
O encontro dá sequência ao trabalho da FTS, que, desde 2008, atua no desenvolvimento de critérios e indicadores voluntários, relevantes, práticos e, sobretudo, com base e argumentação científicas para a sustentabilidade da bioenergia, de modo global, e, em particular, dos biocombustíveis. Essa força-tarefa é parte da estrutura da Parceria Global para Bioenergia (GBEP, sigla em inglês). Caldas explica que, uma vez consolidados, esses indicadores poderão orientar políticas públicas para biocombustíveis, colaborando, inclusive, no norteamento de obrigações multilaterais de comércio. “No encontro, representantes de vários países e organismos internacionais avaliam a viabilidade de passar de um combustível fóssil para outro a partir das condições sustentáveis”, complementa.
A sustentabilidade econômica, social e ambiental, a segurança energética e a emissão de gases de efeito estufa são alguns dos critérios avaliados para cada cultura agrícola destinada à produção de etanol ou biodiesel, por exemplo. Participam do GBEP representante do G8, grupo formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, juntamente com alguns países em desenvolvimento, como Brasil. (Fonte: Mapa)
Cooperativas de consumo, que atuam em sistema de supermercados, assinaram acordo para constituir uma central de negócios. Com a união, a ideia é ganhar força para negociar preços com fornecedores a exemplo do que já fazem as grandes cadeias de supermercados.
A central também quer ganhar escala para alcançar o mercado externo, que as cooperativas de pequeno porte não são capazes de acessar, segundo Marcio do Valle, vice-presidente da maior cooperativa de consumo, a Coop que ocupa o 12º lugar no ranking de supermercados da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados). "Também teremos que oferecer contrapartidas, talvez de logística, aos fornecedores. Mas só de ter escala maior já encontraremos melhores oportunidades de negócios", afirma Valle.
A central, que deve começar a operar no início de 2011, já abrange cooperativas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, que registraram juntas R$ 2 bilhões de faturamento anual em 2009. Outra meta é a integração de projetos de marketing e tecnologia, segundo Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp (Fonte: Organização das cooperativas de São Paulo).
"O Sistema Ocepar está recebendo, nesta segunda-feira (27/09), a visita de um grupo formado por membros das equipes técnicas das Organizações Estaduais das Cooperativas do Rio Grande do Norte, Ceará e Distrito Federal. No início da manhã, eles participaram da reunião gerencial da Ocepar, comandada pelo superintendente José Roberto Ricken. Durante todo o dia, os cooperativistas vão conhecer detalhes sobre o trabalho realizado no Paraná na área de Desenvolvimento e Autogestão (DA), Desenvolvimento Humano (DH), Comunicação e Administração. Também terão acesso a informações sobre as ações desenvolvidas nos setores Jurídico e sindical. Nesta terça-feira (28/09), eles vão visitar a cooperativa Bom Jesus, na Lapa.
Conhecimento - A maior parte do grupo está pela primeira vez no Estado. De acordo com os cooperativistas, a ideia é adquirir conhecimento sobre os procedimentos adotados pelo sistema cooperativista paranaense, numa troca de informações que poderá agregar valor ao trabalho que eles executam em seus estados de origem. Embora as realidades sejam distintas, o grupo pretende adaptar as práticas desenvolvidas pelos paranaenses às necessidades de cada organização.
Integrantes - Estão em visita ao Paraná Maria Lucia de Almeida, Gil Oliveira, Francisco Rubens Lopes, Fernanda Rodrigues G. Ribeiro e Francisco Régio Dias A. Morais, do Sescoop/RN; Paulo Gerino da Silva, da OCDF e Andre Luiz Moreira Fontenelle, do Sescoop/CE. (Fonte: Ocepar)
"Coordenadores dos programas Jovens Lideranças e Cooperjovem do Sescoop irão participar, na próxima semana, de encontros na sede da instituição, em Brasília (DF). As reuniões têm a coordenação da Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão (GEADG) do Sescoop, a partir de uma construção participativa, com a contribuição dos técnicos das unidades estaduais envolvidos nas ações. Alguns objetivos são comuns aos dois eventos, como o alinhamento das ações e a readequação das metodologias para os próximos dois anos.
O primeiro deles, com os envolvidos no Programa Jovens Lideranças Cooperativistas, começa na segunda-feira (27/9) e vai até às 12h de quarta (29/9). A unidade nacional do Sescoop contará com a participação de oito coordenadores estaduais dos nove estados que trabalham com o Programa desde 2007, são eles: RJ, SP, ES, AM, AL, PE, BA e SC.
Já o evento direcionado aos coordenadores do Programa Cooperjovem, tem início às 14h do dia 29 de setembro e termina na sexta-feira (1º/10). Neste, estarão presentes representes de 13 dos 15 estados participantes da iniciativa - RN, AL, PE, PI, PB, MS, SP, ES, TO, RO, AP, PA e PR. Na pauta, também estão previstas proposições para os prêmios referentes ao projeto e encaminhamentos quanto à formatação da Semana Nacional do Programa Cooperjovem 2011.
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de Santa Catariana (Sescoop/SC), órgão vinculado à Organização das Cooperativas do Estado de SC (Ocesc), promove até esta sexta-feira (24/9), o programa “Oficina de Jogos Cooperativos”. A ação, que teve início na última terça-feira (21/9), acontece das 8 às 18h, no Hotel Praiatur, na Praia dos Ingleses, em Florianópolis.
O objetivo é proporcionar conhecimento sobre Jogos Cooperativos, visando incentivar a prática da cooperação no cotidiano das instituições. A atividade é destinada a presidentes, profissionais do setor de comunicação, educadores e gerentes de recursos humanos de cooperativas catarinenses filiadas à Ocesc. “É importante a participação destes profissionais para vivenciarem os Jogos Cooperativos como uma pedagogia da cooperação”, salienta o coordenador de treinamentos do Sescoop/SC, Ramiro Hensel.
O programa faz parte do Projeto Cooperação que, desde 1990, vem desenvolvendo atividades que visam apresentar diferentes maneiras de realizar uma pedagogia da cooperação. A oficina estimula a aprendizagem compartilhada, considerando o processo como um ciclo permanente de convivência, tomada de consciência e transformação através de abordagem dos seguintes módulos: Competir ou Cooperar, qual a melhor jogada?; Se o importante é competir o fundamental é cooperar; Para sair de forma e transbordar a fôrma; Aplicação de jogos cooperativos; O focalizador de jogos cooperativos; e confiando a rede da cooperação.
A oficina está sendo ministrada pelo coordenador do curso de pós-graduação em jogos cooperativos da Unimonte, Fábio Otuzi Brotto, que também atua como focalizador do Projeto Cooperação – Comunidade de Serviços.
O instrutor é facilitador credenciado do “Jogo da Transformação” – InnerLinks (EUA) e replacehorn Foundation (Escócia); mestre em Educação Física – FEF-UNICAMP; licenciado em Educação Física e Bacharel em Psicologia; autor do livro: “Jogos Cooperativos”: se o importante é competir, o fundamental é cooperar”, Jogos Cooperativos: O Jogo e o Esporte como um Exercício de Convivência! e “Jogos Cooperativos nas Organizações”. (Fonte: Ocesc)
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Filhos de cooperados de Colíder, Guarantã do Norte e Terra Nova do Norte (norte mato-grossense), participam de um curso de formação de líderes cooperativistas promovido pelo Sistema OCB-Sescoop/MT. Desenvolvida em quatro módulos que dão uma visão estratégica sobre empreendedorismo, a iniciativa tem como um dos objetivos preparar profissionais para, futuramente, assumirem cargos nas cooperativas, renovando, assim, o quadro de cooperados. Esse primeiro módulo "Cooperativa como empresa geradora de resultados", com o psicólogo Albino Gawlak, especializado em cooperativismo, termina nesta quarta-feira (22/9).
Para Diego Fernando Hermann, 21 anos, estudante de Geografia de Terra Nova do Norte, a iniciativa é excelente, pois ele já atua como secretário do Comitê Educacional da Cooperativa Mista de Terra Nova do Norte (Coopernova). “Os filhos devem aprender mais sobre cooperativismo para dar sequência ao trabalho dos pais”, disse Hermann.
Itamar Martins da Silva, 18, filho de cooperados da Cooperativa Mista Agrícola de Colíder (Comacol), vestibulando de Medicina Veterinária, entende que a realização de novos cursos no interior do estado evita que os estudantes faltem às aulas, ainda mais àqueles que estão se preparando para o vestibular.
Allan Júnior Patel, 21, estudante de Técnicas Agrícolas, nível médio, entre outros estudantes, pediu novos cursos sobre gestão empresarial, tecnologia no campo, porque a cada dia novos equipamentos e técnicas estão surgindo e eles querem ter conhecimento do que acontece no mundo moderno.
O diretor-secretário da Coopernova, Odomeno Painel Franco, ressalta a necessidade do estudante do meio rural ter acesso a diversos cursos para não ficar isolado, evitando o êxodo rural. “Devemos investir na difusão do conhecimento e a cooperativa é a base no campo”, frisou Franco, acrescentando que a maioria dos estudantes já participa das atividades das cooperativas.
A diretoria do Sistema OCB-Sescoop-MT, representada pelo presidente Onofre Cezário de Souza Filho e o superintendente Adair Mazzotti, destacou o compromisso institucional com a gestão do empreendimento cooperativo por meio da difusão do conhecimento, inovações tecnológicas, novas técnicas de comunicação, entre outras áreas.
O módulo II, sobre "Planejamento estratégico com visão de futuro", será de 4 a 6 de outubro ; o III, "Gestão estratégica de negócios para a cooperativa e propriedade agropecuária", de 25 a 27 de outubro, e, de 22 a 24/11, o IV, sobre o tema "Liderança - em busca de um futuro promissor". (Fonte: Sistema OCB-Sescoop/MT)
Debater a importância da certificação de pessoas, estruturada no reconhecimento de competências e tendo como base sistemas de avaliação da conformidade de diversas vertentes praticadas em nível nacional e internacional. Com este objetivo, a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI) organizará o 2º Fórum Internacional de Certificação de Pessoas, nos dias 29 e 30 de setembro, em São Paulo (SP).
O Sescoop faz parte do Comitê de Certificação de Pessoas e vem acompanhando as discussões por meio da Gerência de Apoio ao Desenvolvimento e Gestão (GEADG). Segundo a técnica da GEADG, Edlane Barbosa, é interessante para o Sescoop manter-se atualizado quanto às recomendações, tanto do Ministério do Trabalho e Emprego quanto do Ministério da Educação. “Tratando-se de educação profissional e certificação de pessoas, é importante estar atento aos procedimentos e exemplos que tem dado certo, visando o sucesso do processo que um dia pode vir a fazer parte de nossas atividades”, resume Edlane.
O Fórum é destinado a empresas dos setores industriais e de serviços, governo e organizações públicas, organismos certificadores de pessoas, instituições de ensino e educação profissional, conselhos e associações, centrais e sindicatos de trabalhadores, entidades patronais e profissionais em geral interessados na temática.
Durante a programação serão apresentadas palestras com foco na certificação de pessoas como instrumento de desenvolvimento, inclusão social e crescimento sustentável, com a função de formular políticas e diretrizes, propor base normativa para a certificação e identificar demandas.
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Prestar assistência psicológica e disseminar a importância do cooperativismo nas unidades de todo Estado de Alagoas. Foi com esse objetivo que o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas (OCB/AL) firmou convênio com a Cooperativa de Trabalho em Psicologia (Unipsico/AL). A ideia de promover a intercooperação aconteceu há cerca de cinco meses, quando a diretoria da Unipsico decidiu prestar assistência psicológica aos membros da Cooperativa dos Plantadores de Laranja Lima (Cooplal), vítimas das cheias de Santana do Mundaú.
Um grupo, formado por 14 psicólogos, viaja a cada 15 dias para a área rural de Santana do Mundaú com o objetivo de trabalhar com os cooperados e seus familiares a recuperação emocional das vítimas da enchente. “Somos mais que um grupo de psicólogos prestando um serviço a esses cooperados, somos uma cooperativa ajudando outra cooperativa, esse é o sentido do cooperativismo. Quando chegamos até eles, percebemos uma falta de credibilidade, mas hoje a situação mudou”, relatou Izaura Maria Brito, diretora presidente da Unipsico.
Ainda segundo a psicóloga, a principio, o objetivo era prestar assistência somente aos cooperados, mas, como a maioria são homens, foi proposto estender para as famílias, o que trouxe um retorno muito positivo. “Nosso trabalho com essas famílias ainda não terminou”, afirmou a presidente.
Para a superintende do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de Alagoas (Sescoop/AL), Márcia Tulia, o convênio vai proporcionar maior integração entre as cooperativas do estado e ainda assistência psicológica para as unidades que buscam mais clareza no processo de crescimento.
“A Unipsico desenvolve um trabalho importantíssimo para o crescimento do setor. É mais que uma assistência psicológica, é a conscientização do papel que o cooperativismo deve ter”, enfatizou Márcia Túlia.
Há 12 anos no mercado, a Unipsico é formada por 26 profissionais que atuam no atendimento psicoterapeutico individual e coletivo, na orientação familiar, dependência química, atendimento para crianças e adolescentes, psicopedagogia, psicologia hospitalar, escolar, organizacional, orientação vocacional, cursos, workshops e palestras. (Fonte OCB/AL)
O Fórum Nacional Sucroenergético, integrado por entidades representativas de 14 estados, promove uma reunião ordinária nesta quarta-feira (22/9), a partir das 8h30, no Hotel Deville, em Maringá (PR). Juntos, eles somam 98% da produção brasileira de etanol e açúcar. Entre os nomes confirmados está o do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) de São Paulo, Marcos Sawaya Jank.
Temas relacionados ao momento do setor, como a evolução da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul e no Nordeste do País, abastecimento e mercado externo estão na pauta. Os participantes pretendem, ainda, prestar uma homenagem ao ex-coordenador e um dos fundadores do Fórum, o paranaense Anísio Tormena, falecido em maio.
A reunião prossegue durante toda a manhã e, na parte da tarde, o grupo visita a estrutura da CPA Armazéns Gerais, na divisa dos municípios de Sarandi e Marialva, região de Maringá.
O Fórum é presidido pelo mineiro Luiz Custódio Cotta Martins. Segundo o secretário executivo Pedro Luciano Oliveira, a atividade sucroenergética vive um momento importante, de reta final da safra no Centro-Sul e de início do corte da cana no Nordeste. O clima seco no Centro-Sul, no entanto, deve afetar os canaviais ainda nesta safra e ter reflexos no ciclo 2011/12, que começa em março do ano que vem. Só São Paulo detém metade da área cultivada com cana no Brasil - 4,4 milhões de hectares -, seguido de Minas Gerais (706 mil) e Paraná (613,7 mil). A safra brasileira do ciclo 2010/11, cujos números foram divulgados no início do mês, é prevista em 630 milhões de toneladas de cana, um recorde.
Oliveira acrescentou que, atualmente, de 10 a 20% da produção total de etanol e 65% de açúcar seguem para o mercado externo. O Brasil é o maior produtor de cana e de açúcar e o segundo de etanol (só perdendo para os EUA). De acordo com ele, o setor trabalha com a perspectiva de que 2011 seja um ano de recuperação, após dois ou três anos de dificuldades.
Paraná - Ao todo, o Paraná conta com 30 indústrias localizadas nas regiões Norte e Noroeste e, segundo a Associação Paranaense de Bioenergia (Alcopar), a safra de cana, com previsão de terminar em novembro, deve ficar ao redor de 50 milhões de toneladas. (Fonte: Flamma Comunicação)
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O Ministério do Meio Ambiente vai lançar em meados de novembro o Plano de Ação para Produção de Consumo Sustentáveis (PPCS) - uma plataforma em que o setor privado, o governo e a sociedade poderão compartilhar um conjunto de instrumentos que ajude a disseminar práticas mais verdes entre os brasileiros.
"Discussão de meio ambiente não é prerrogativa de ambientalistas, é prerrogativa de todos nós", afirma Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, que está à frente da iniciativa. O plano, explica, pretende favorecer o diálogo e construir pontes com outros planos e programas, como o Plano Nacional do Clima, o Plano Nacional de Educação Ambiental, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cuja regulamentação deve ficar pronta na mesma época.
O objetivo é ambicioso: mudar os níveis de produção e consumo no país, colocar impactos sociais e ambientais como critério de escolha dos consumidores, fazer a preocupação com o uso racional de recursos uma constante no planejamento corporativo, fomentar a economia verde. Mas, ressalta a ministra, "dentro de um patamar realista".
Para os próximos três anos, foram definidos seis pontos prioritários de articulação de iniciativas, muitas delas já em curso: educação para o consumo sustentável, compras públicas sustentáveis, agenda ambiental na gestão pública, aumento da reciclagem de resíduos sólidos, promoção da construção sustentável, varejo e consumo sustentáveis.
Um dos grandes trunfos para a evolução do plano está nas mãos do governo: as compras públicas. "Elas são um indutor extremamente importante", explica Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional do ministério. A adoção de critérios de sustentabilidade nesse processo, já prevista em algumas instâncias federais e também já realizada com sucesso em alguns Estados, deve ter forte impacto no mercado. Dados do Ipea, explica, indicam que as compras nas três esferas de governo respondem por 12% a 17% do PIB.
Além de ampliar a oferta de produtos e serviços em padrões mais verdes, o estímulo às compras sustentáveis no setor público também se traduz em crescimento da chamada economia de baixo carbono, em que as alternativas de baixo impacto ambiental são privilegiadas nos negócios. O conjunto de instrumentos previsto para estimular esse processo inclui estabelecimento de leis, criação ou supressão de tributos, oferta de subsídios para determinados materiais e até estabelecimento de uma série de produtos que seriam prioritários em licitações públicas.
Para isso, porém, é preciso superar um problema constante nesse campo, a chamada "judicialização das licitações públicas", em que a adoção de critérios adicionais à qualidade e preço é questionada por potenciais concorrentes e onera, além de tornar mais lento, os processos. Assim, experiências estaduais bem-sucedidas, como as realizadas em São Paulo e Minas, podem ajudar a consolidar um amparo jurídico para que as práticas sustentáveis nas licitações se avolumem em outras esferas de governo.
O quadro começou a ganhar novos contornos em janeiro, quando o Ministério do Planejamento publicou a Instrução Normativa nº 1, de 19 de janeiro de 2010 - que estabelece critérios de sustentabilidade ambiental para aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela administração pública federal direta, autarquias e fundações -, e lançou o portal de contratações públicas sustentáveis, com modelos para contratos. A regra prevê, por exemplo, que processos de extração ou fabricação, utilização e descarte de produtos e matérias-primas devem ser contemplados na escolha de fornecedores.
Até o fim do ano, cerca de 400 gestores públicos serão capacitados para aplicar as novas legislações, uma prática que, segundo Samyra, ainda costuma ser evitada pelo risco de o processo acabar na Justiça por conta da "adicionalidade". A adoção desses critérios de forma consistente nas obras para a Copa de 2014 e Olimpíada de 2016 é um dos focos do plano.
A proposta do PPCS, resultado de um trabalho conjunto de oito ministérios - Ciência e Tecnologia, Educação, Desenvolvimento, Cidades, Planejamento, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social, além do Meio Ambiente - , entidades representativas do setor produtivo, como CNI e CNT, além de organizações como o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, está disponível para consulta pública até 5 de novembro no site do Ministério do Meio Ambiente.
"É uma obra em andamento", diz a ministra. De grande porte: o plano costura boa parte das iniciativas de sustentabilidade que governo, empresas e sociedade desenvolveram na"
Como foi grande a procura para o curso de Análise de Balanço de Cooperativas, cuja primeira turma encerrou as atividades na semana passada, o Sistema OCB-Sescoop/GO já abriu inscrições para formar uma segunda turma. As aulas da nova turma serão entre os dias 21 e 22 de outubro e as inscrições podem ser feitas até o dia 18 de outubro pelo site do Sistema.
A exemplo da primeira turma, serão oferecidas 30 vagas voltadas a contadores, auxiliares de contabilidade e profissionais ligados a departamento financeiro, além de gerentes e dirigentes das cooperativas de todos os ramos. Com carga horária de 16 horas, o curso será novamente realizado na sede do Sistema, em Goiânia, e seguirá com o instrutor Brício dos Santos Reis, professor-doutor pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Atualmente, Reis é chefe do departamento de Economia Rural da UFV e leciona a disciplina “Análise de Balanço” no curso de pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Cooperativas na mesma universidade. Entre os principais tópicos estudados estão contabilidade e administração financeira, estrutura das demonstrações contábeis, análises de indicadores sócio-financeiros e estudo de casos. (Fonte: OCB/GO)
Tem início hoje (17/9) o IV Encontro de Jovens Lideranças Cooperativistas do Amazonas, na Pousada Amazônia, no município de Manacapuru (AM).
São esperadas cerca de 100 pessoas, entre alunos, coordenadores e a equipe do Sistema OCB-Sescoop/AM. A abertura será às 19h30, com um jantar de confraternização e apresentação da metodologia a ser aplicada durante o encontro, que termina no próximo domingo.
Amanhã serão apresentados os projetos idealizados em encontros anteriores e que já são desenvolvidos nas comunidades. Também serão eleitos os líderes responsáveis pelos relatórios das atividades.
A programação inclui ainda exposições interativas, elaboração de planos de ações, realização de jogos cooperativos, momentos de integração e avaliações. As atividades serão orientadas pela moderadora Vera Lúcia de Oliveira, técnica contratada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Amazonas (Sescoop/AM), para realização desse trabalho com os jovens.
Segundo Ailton Ribeiro, Gerente de Capacitação do Sescoop/AM, a seleção dos novos participantes do programa no Amazonas, na edição 2011, ocorreu nos 18 e 19 de agosto, nos municípios de Autazes e Manacapuru. “Oitenta e quatro pessoas entre 16 e 24 anos participaram do processo seletivo”, disse.
Os aprovados na seleção realizada pelas técnicas da Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão do Sescoop Nacional, Sheila Reis e Edlane Resende, e pelos funcionários do Sescoop/AM, Ailton Ribeiro e a assistente de Capacitação, Cleonice Lima, já vão participar do IV Encontro de Jovens Lideranças Cooperativistas. “Ao todo temos 53 novos alunos, sendo 22 de Manacapuru e 31 de Altazes”, declarou Ailton.
Para o presidente da OCB/AM, Petrucio Magalhães Júnior, o jovem é o combustível que renova as organizações, daí a importância dos investimentos na formação de novos líderes. “Nossa meta é formamos 200 jovens líderes, no Estado, em quatro anos”, anunciou.
Petrucio enfatizou ainda que as ações voltadas para os jovens são prioritárias na atual gestão da OCB/AM. “Acreditamos que esses jovens, no futuro, vão assumir a sucessão familiar e de gestão nas cooperativas amazonenses, e para isso precisam estar preparados e com conhecimento suficiente para alcançar seus objetivos pessoais e das organizações”, declarou.
A OCB/AM também não tem medido esforços para oportunizar condições de aprendizagem e crescimento aos jovens e, para isso um convênio foi firmado com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e com Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM), para enviar em cinco anos, 25 aprendizes para estágio em cooperativas da Itália.
O IV Encontro de Jovens Lideranças Cooperativistas do Amazonas encerra no domingo (19) com aula inaugural, ministrada por Marcos Noggerini, consultor contrato pelo Sescoop/AM, para os novos alunos do programa.(Fonte: OCB/AM)
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Duas negociações atualmente em curso podem concentrar de vez o setor de lácteos no país, num movimento comparável ao que já se verificou no de frigoríficos de carne bovina. Se concretizadas, a fusão entre Leitbom e Bom Gosto e a união de quatro grandes cooperativas de laticínios nacionais - entre elas a Itambé - levarão à criação de duas empresas com captação de leite em níveis semelhantes aos de Nestlé e Brasil Foods (resultado da união entre Perdigão e Sadia), hoje as líderes nesse quesito no mercado brasileiro.
Serão então, segundo especialistas, quatro grandes empresas com captação, cada uma, na casa dos dois bilhões de litros de leite por ano. Isso significa que cada companhia captará 10% do mercado de leite formal do Brasil. Esse mercado é estimado em 20 bilhões de litros por ano pela Leite Brasil, associação que reúne produtores de leite.
Bem distantes dessas "gigantes" no ranking estarão os laticínios de porte médio, com captação entre 300 milhões e 400 milhões de litros de leite por ano.
As negociações entre a gaúcha Bom Gosto e a GP Investimentos, controladora da Monticiano (dona da marca Leitbom), começaram no fim do primeiro semestre, meses depois de a Monticiano formar consórcio com a Laep Investments, controladora da Parmalat. De acordo com fontes do setor, o BNDES também participa das conversas entre Leitbom e Bom Gosto. O braço de participações do banco de fomento, o BNDESPar, tem hoje 34,6% do capital da Bom Gosto.
Nem a GP nem o BNDES comentam as informações, mas segundo uma fonte ouvida pelo Valor, numa união entre Bom Gosto e Leitbom, o banco poderia ampliar a sua participação no capital da nova empresa. Consultada, a Bom Gosto também não quis comentar o assunto.
Uma fonte próxima à Bom Gosto disse que nos últimos meses a empresa conversou várias vezes com a GP, discutindo uma fusão, mas ainda "não haveria papéis na mesa". A fonte admitiu, contudo, que no futuro as negociações podem evoluir com a GP ou com "qualquer outro", pois a Bom Gosto também tem conversado com outras empresas com vistas a uma eventual fusão ou aquisição.
A companhia gaúcha cresceu nos últimos anos graças a aquisições, que tiveram o apoio do BNDES. O movimento agressivo fez a receita da Bom Gosto crescer, mas também provocou um aumento de 133% no endividamento financeiro líquido da companhia em 2009, para R$ 347 milhões.
Mais longa tem sido a negociação entre cooperativas brasileiras de lácteos para uma fusão que criaria a maior central de laticínios da América Latina. Há um ano, as mineiras Itambé, Minas Leite e Cemil, a Centroleite, de Goiás, e a Confepar, do Paraná, começaram a negociar uma fusão. Em agosto, a Cemil, que teria um peso pequeno na cooperativa resultante da fusão, retirou-se do projeto. Alguns céticos consideram que a fusão das centrais é um objetivo difícil de ser alcançado, mas a maioria dos analistas do setor vê uma eventual união como positiva pois fortalecerá as cooperativas de leite.
Assim como outros segmentos do agronegócios, o de lácteos também sofreu os efeitos da crise internacional a partir do fim de 2008, o que precipitou um movimento de consolidação. Empresas que já enfrentavam dificuldades, como a Laep, não tiveram outra alternativa senão buscar um sócio.
A Laep fechou acordo com a Monticiano, controlada pela GP, no qual aportou fábricas e marcas das empresas Glória e Ibituruna e recebeu ações ordinárias da Monticiano. O negócio também incluiu a transferência para a Monticiano do licenciamento da marca Parmalat até 2017.
A própria Monticiano, que entrou em lácteos em 2008 com a compra da Morrinhos, de Goiás, vinha trabalhando com prejuízo e viu no consórcio com a Laep uma forma de ampliar suas receitas e ganhar espaço no varejo nacional com uma marca reconhecida.
Num setor de alta volatilidade de preços da matéria-prima e margens baixas, os laticínios buscam, com a consolidação ganho de escala e maior poder de barganha com o varejo e com fornecedores.
Analistas e fontes de indústrias acreditam que a consolidação em lácteos, vista há anos em outros países, deve gerar uma maior disputa por leite no mercado e um maior equilíbrio nos preços de venda no varejo, além de ampliar a profissionalização.
Presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, não teme um efeito negativo da concentração sobre o mercado de leite ao produtor, mas defende que as empresas paguem por qualidade ao pecuarista. "O maior problema é a volatilidade do leite", afirma.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 16/09/2010