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Brasília (27/11/18) – Os preparativos para o Encontro Estadual de Comunicação Cooperativista, realizado pelo Sistema Ocergs, já estão sendo finalizados. O evento ocorre nesta quinta-feira, dia 29, a partir das 9h30, na Casa do Cooperativismo Gaúcho, no Parque Assis Brasil, em Esteio, e é destinado a assessores de imprensa, jornalistas, publicitários, relações públicas e demais profissionais ligados à área de comunicação e marketing que atuam no movimento cooperativista do Rio Grande do Sul.
O Encontro traz como tema central a “Comunicação Transmídia: A Era da Interatividade entre os Canais”, com a proposta de debater o conceito de narrativas transmídias e a aplicação prática na comunicação de empresas e cooperativas. A escolha do tema está alinhada a um conceito contemporâneo que faz parte do cenário da Comunicação no século XXI. As cooperativas realizam trabalhos de marketing digital e mídias sociais, e cada vez mais os profissionais da área necessitam aprofundar conhecimentos e competências para desenvolver e gerir estratégias de audiovisual e convergência com as novas mídias.
NOVAS EXPERIÊNCIAS
O contexto atual apresenta um universo atravessado por telas eletrônicas e em constante desenvolvimento. Com a disseminação das tecnologias móveis e interativas, muda-se radicalmente a experiência dos usuários com as mídias. Aparecem novos modelos de negócio, como apps, redes sociais, conteúdos on demand e para segunda tela (second screen), mostrando que a indústria audiovisual tem demandas sempre novas e cada vez mais desafiadoras.
TRANSMÍDIA
E toda essa evolução na forma das cooperativas se comunicarem com seus respectivos públicos-alvo está diretamente relacionada à escolha do tema. Transmídia, do inglês transmedia, significa conteúdo que se sobressai a uma mídia única. Na prática, significa que as diferentes mídias transmitirão variados conteúdos para o público de forma que os meios se complementem, pois se o público utilizar apenas um canal terá apenas a mensagem parcial do assunto em questão, já que a transmídia induz ao ato de contar histórias através de várias mídias, com um conteúdo específico para cada uma.
DESAFIO
Além dos meios de comunicação tradicionais (mídia out of home, jornal, revista, rádio e televisão), a consolidação da internet e das mídias sociais como ferramentas de comunicação e interação com os públicos-alvo torna as narrativas transmídia um desafio para os profissionais de Comunicação Social. Cada tipo de mídia transmitindo conteúdos específicos diversos, com um objetivo em comum: complementação da comunicação utilizando vários meios.
HISTÓRICO
Desde 2014 até 2017, o Encontro Estadual de Comunicação Cooperativista debate temas relevantes que impactam a rotina dos profissionais de Comunicação Social. Comunicação digital, estratégias de relacionamento com a imprensa, inovação, gerenciamento de riscos e crises e outros temas importantes no âmbito da Comunicação Social. Em 2018, a proposta é justamente conciliar diversas discussões sobre meios impressos, eletrônicos, digitais e a convergência de mídias a partir da Comunicação Transmídia. (Com informações do Sistema Ocergs)
Brasília (20/11/18) - Mais de 9,5 milhões de pessoas em todo o país já conhecem as vantagens de se fazer parte de uma cooperativa de crédito. O número é da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que estará em Florianópolis (SC) entre os dias 21 e 23 de novembro, participando da 12ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred). O evento é promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras).
O evento tem como tema central Cooperativismo de Crédito: Protagonismo e Sinergia em Cenários de Mudança e servirá de cenário para debates que envolvem todos os integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Atualmente, o país conta com 929 cooperativas de crédito.
O Concred celebrará, ainda, a força do cooperativismo de crédito. Segundo dados do Banco Central, a adesão de pessoas físicas ao SNCC aumentou 76% entre 2010 e 2017. A procura foi ainda maior por pequenas e microempresas. O crescimento da carteira de pessoas jurídicas, verificado no mesmo período, foi de 120%.
“As cooperativas de crédito representam a segunda maior rede de atendimento financeiro no Brasil. São mais de 5.800 pontos em todo o país, sendo que em 620 municípios a cooperativa é a única instituição com presença física. Além disso, são responsáveis pela inclusão financeira de milhões de pessoas, uma vez que 70% de seus empréstimos têm valores abaixo de R$ 5 mil, demonstrando o foco das cooperativas no microcrédito”, comenta o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.
Para ele, a confiança e a credibilidade dos serviços são os principais motivos para que esse modelo de negócio seja bem percebido pela sociedade, formada por pessoas cada vez mais preocupadas com o impacto de seu consumo.
Um dos fatores que impulsionou, ainda mais, a solidez da atividade foi a criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), em 2014, e que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos nas cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos, até o valor de R$ 250 mil, em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial.
Além do sistema de garantias e da própria regulação do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, as cooperativas de crédito facilitam o acesso de pequenos e microempreendedores. Ao optar por esse modelo, o cliente torna-se um cooperado ou, em outras palavras, dono do negócio.
Vale destacar que o SNCC possui um portfólio completo e compatível com as demandas de seus cooperados, ou seja, as cooperativas de crédito atuam com todos os produtos e serviços dos grandes bancos de varejo, mas com uma precificação bem mais justa.
PALESTRA
O superintendente Renato Nobile apresentará a palestra “O futuro do cooperativismo começa hoje”, na sexta-feira, dia 23/11, durante o Concred. O Sistema OCB terá um estande no evento para promover o Movimento SomosCoop.
Nobile vai abordar as perspectivas do movimento para os próximos anos. “Nosso foco sempre será o cooperado. Queremos acompanhar o mercado para ampliar os negócios, com custo adequados e juros reduzidos, para entregar os melhores produtos com o viés digital sem, no entanto, deixar de lado o atendimento presencial”, afirma.
Dentro do cenário que discute os novos rumos das cooperativas diante do perfil mais arrojado do consumidor brasileiro, fica claro que a inovação é um pilar importante já que o cooperativismo tem buscado soluções para atingir também um público empreendedor mais jovem.
PARTICIPAÇÃO CATARINENSE
Dados do Banco Central também revelam que Santa Catarina apresenta a mais expressiva participação no cooperativismo de crédito de todo o país. “Considerando o volume de crédito, dentro da modalidade de empréstimo sem consignação, a atividade cooperativista representa 56% das operações”, afirma Renato Nobile. Para ele, a pujança do modelo do estado de Santa Catarina se deve à tradição do movimento do cooperativismo na região.
Outro dado bastante relevante, segundo a liderança cooperativista, diz respeito à captação de depósitos, indicador que traz SC para o topo da lista com 24,4% do market share. “Acredito que a própria história de Santa Catarina possa explicar essa conjuntura. É algo que está fortemente presente no dia a dia das pessoas que vivenciam, na prática, o valor de cooperar uns com os outros”, afirmou.
SISTEMA OCB
Somos um Sistema composto por três instituições: OCB, Sescoop e CNCoop. Temos uma unidade em cada estado do Brasil e, também, no Distrito Federal. Nosso papel? Trabalhar pelo fortalecimento do cooperativismo brasileiro. A OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) cuida da representação institucional junto aos Três Poderes. O Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) é responsável pelas ações de desenvolvimento das cooperativas, cooperados e empregados, com foco em formação profissional, promoção social e monitoramento. E a CNCoop (Confederação Nacional das Cooperativas) completa o tripé, com a representação sindical patronal do movimento. Focos distintos e complementares, que fazem a soma dessas forças resultarem na potencialização de um setor essencial para a economia e a sociedade brasileiras.
MAIS INFORMAÇÕES
Sistema OCB
Adriana Moreira - InPress Porter Novelli
(11) 97629-6306 ou (61) 3217-2138
Brasília (14/11/18) – O último módulo do projeto Conhecer para Cooperar foi concluído nesta terça-feira (13), em Brasília, com a participação dos representantes do governo federal, de agentes financeiros e, também, de cooperativas médicas e odontológicas, focos dessa edição do projeto, que contou com uma etapa teórica, duas, práticas e uma de finalização.
Um dos destaques da programação do último módulo foi a participação do diretor executivo do Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empresas Sociais (Euricse, na sigla em inglês), Gianluca Salvatori. Ele discorreu sobre as experiências de cooperativas de saúde ao redor do mundo e, também, sobre inovação.
Confira na entrevista abaixo, o que ele pensa sobre o papel do cooperativismo na nova economia global, pautada em um consumo mais ético e responsável.
Como o senhor vê o movimento cooperativista em nível global?
Nos países da Europa, claro que, dependendo do lugar e dos efeitos da crise de 2008, o paradigma do desenvolvimento econômico que dirigia nossas economias há cerca de 30 anos passou por profundas mudanças em função dos desafios gerados por essa crise, afetando, inclusive, os lucros das grandes corporações.
Então, depois de 30 anos tivemos de repensar muita coisa e foi um processo que envolveu as universidades, as políticas públicas e os próprios atores da arena econômica, dominada pelo lucro das empresas. O que vemos hoje em dia é uma mudança de atitude que valoriza o trabalho coletivo.
E é aí que as cooperativas entram. Elas têm, atualmente, mais atenção da opinião pública, porque há mais sensibilidade para ver essa nova forma de organização econômica. Então, o que temos observado desde a crise de 2008, é que que as corporações tradicionais como grandes empregadoras não estimulam valores nas pessoas, apenas competição.
E ao mesmo tempo, ao longo desse período precedido pela crise, as organizações cooperativas cresceram em termos de geração de emprego, em indicadores como o índice de retenção e, sobretudo, as organizações cooperativas passaram a ter um papel essencial como resposta das questões sociais exatamente por mostrarem que é possível produzir com respeito aos recursos naturais e às pessoas.
Vejo, pelo menos nos países europeus, um fenômeno comum, que é o cruzamento de duas linhas: uma é a economia tradicional em ritmo de desaceleração; a outra é a economia cooperativista, crescendo rapidamente em termos de capacidade de reação nos mercados onde atuam para enfrentar os desafios que vão surgindo todos os dias.
O momento das cooperativas é agora. Elas precisam continuar mantendo sua dinâmica de valorizar a atitude favorável das pessoas em direção a seus ideais, seus projetos, sempre de um jeito cooperativo de fazer as coisas. Nós acreditamos que as cooperativas têm a chance de crescer muito mais, bastando, para isso, ampliar sua capacidade de reação frente às novas demandas sociais.
Na sua opinião, quais necessidades são ou poderão ser tendências?
Todos os tipos de necessidades que envolvem a segurança das pessoas, de forma mais abrangente. Todo mundo precisa se sentir seguro em termos de saneamento básico, emprego e estabilidades diversas.
Nós acreditamos em conexões sociais, que, em função da crise, estão mais e mais desafiadoras. Quero dizer o seguinte: as pessoas nos últimos 50, 60 anos se sentiam protegidas pelo governo. Era como um poder superior, cuidando das nossas vidas, nossa saúde, nossa segurança. Mas, hoje em dia, isso mudou devido à diminuição do poder do governo, por conta da limitação de recursos financeiros, e, acima disso, por causa das questões ligadas à sua legitimidade.
As pessoas não acreditam mais em seus governos e sentem as instituições públicas mais distantes do que nunca. O povo já não acredita que as instituições públicas sabem o que é melhor para ele. As pessoas perderam a confiança nos políticos e na possibilidade de os governos serem ser a chave para resolver qualquer um de seus problemas.
Então, encarando essa falta de confiança que a sociedade tem em relação aos seus governos, o cooperativismo tem uma grande oportunidade diante de si, pois tem a habilidade de recriar os links entre pessoas e as instituições, ampliando as relações de confiança. Além disso, as cooperativas também têm nas mãos os mecanismos de atuar como agentes de desenvolvimento social, com base no desenvolvimento econômico dos cooperados e demais envolvidos no processo produtivo, por exemplo.
Vale ressaltar que o movimento cooperativista não é somente sobre economia. É sobre coesão social, confiança, visão de futuro. O cooperativismo é um modelo econômico que valoriza o lado econômico e o lado social.
E como as cooperativas podem fazer isso?
O movimento cooperativista tem a responsabilidade de dar algumas repostas à sociedade, não diretamente as de cunho político, mas associadas ao desenvolvimento, ao crescimento, à transformação. As cooperativas produzem ideias, visões e estratégias para o futuro. Uma das questões que surge naturalmente nos dias atuais, está relacionada à forma de como nós consideramos a escala do tempo, por exemplo.
As organizações políticas têm uma escala de tempo muito curta. Nossos representantes políticos têm de reagir, de acordo com as eleições. Eles não conseguem cuidar do futuro. Eles apenas olham o que pode ser feito entre o fim de uma eleição e o início da outra. Então, esse é um prazo muito curto para se produzir alguma coisa com comprovada eficácia.
Então, considerando esse cenário, quem tem a capacidade de olhar para o futuro? Eu acredito que o DNA do movimento cooperativista tem muito a contribuir. As cooperativas estão entre os poucos, repito, poucos, sujeitos em nossa sociedade e também no cenário econômico que projetam e planejam os próximos 20, 30 anos, mirando as próximas gerações. Então, o trabalho das cooperativas envolve uma aproximação entre uma geração e outra e isso é uma das forças invisíveis, mas reais, do movimento cooperativista.
Essa é uma das formas de responder às inseguranças do nosso tempo, porque as pessoas sentem que elas não têm como saber o que vai acontecer daqui a cinco anos. Elas não sabem o que vai acontecer com seus filhos, nem mesmo com elas quando envelhecerem... quem cuidará delas? Então, muitas das questões problemáticas da nossa sociedade está relacionada ao futuro. Não é sobre o presente.
Quer um exemplo? Nós estamos preocupados com os imigrantes, mas não com aquilo que eles significam hoje e, sim, com o risco que eles podem representar nos próximos anos. A gente sempre pensa: eles vão roubar os nossos empregos? Será que eles vão criar uma pressão social que reduzirá meu bem-estar? Então, muitas dessas questões se relacionam com situações do futuro, entretanto, ninguém, além do movimento cooperativista que tem a cultura e a habilidade de olhar para o futuro, fala do futuro.
Então você considera que as cooperativas têm, diante de si, a oportunidade de ocupar os espaços que vão surgir com base na economia do futuro?
Não só a oportunidade, mas a responsabilidade. Nós estamos numa situação ideal para recriar um novo tecido social, uma nova densidade. Nossa sociedade está perdendo a cola que junta as pessoas. Elas estão perdendo seus ideais, sua vontade de trabalhar por um ideal comum. E as cooperativas podem mudar isso, independentemente do setor econômico em que elas se localizem. Em todos esses setores elas podem propor um futuro ideal e o ideal de um coletivo de recursos humanos para que tenhamos um futuro mais promissor para todos.
Então, não há uma área ou setor especificamente que eu vislumbre oportunidades para as cooperativas. Na verdade, essas oportunidades estão em todos os lugares, em todos as áreas. Onde quer que as pessoas precisem de respostas para suas necessidades, ali as cooperativas terão condições de se fortalecerem.
E como as cooperativas de saúde, por exemplo, podem ser preparar para o futuro?
Para mim, um dos exemplos de como as cooperativas podem se beneficiar, agora, do futuro, está na área da saúde. Há um processo de mudança na nossa sociedade, em todos os lugares. As pessoas estão envelhecendo, vivendo mais do que no passado e de uma maneira mais problemática do que nos anos 80, 90. Então, a gente precisa pensar em como as cooperativas médicas poderão continuar atendendo seus clientes. Esse é bom cenário sobre o qual as cooperativas médicas podem refletir.
Brasília (21/11/18) – No Brasil, mesmo com a instabilidade global e a maior recessão econômica de sua história, o cooperativismo pôde mostrar a força de um modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade, visando ao bem-estar de seus cooperados e das comunidades.
A opinião acima é de Edvaldo Del Grande – presidente do Sistema Ocesp e diretor da OCB na região Sudeste – e faz parte de artigo publicado nesta terça-feira (20/11) no jornal Estadão. No texto, a liderança cooperativista também apresenta um breve resumo do passado, do presente e do futuro do cooperativismo. Confira a íntegra do artigo, abaixo:
O cooperativismo contra a crise
Edivaldo Del Grande*
O cooperativismo nasceu como resposta a uma crise: a desvalorização do preço da mão de obra causada pela Revolução Industrial (século 18). Diante dos baixos salários e do aumento brutal da jornada de trabalho, em meio a busca por soluções, líderes trabalhadores tiveram a ideia de criar empreendimentos econômicos baseados na ajuda mútua, sendo que a pioneira delas foi estabelecida em Rochdale (Inglaterra), em 1844. A iniciativa, voltada à compra comum de alimentos para a distribuição entre os associados a preços justos, se revelou um grande sucesso e o cooperativismo se espalhou por todo o mundo como a expressão de uma forma solidária de aquisição de bens, produção e distribuição de riquezas.
Mais de 170 anos depois, o cooperativismo está mostrando que pode ser um antídoto eficaz a outro tipo de crise, essa bem mais grave do que aquela provocada pela Revolução Industrial. Neste ano completamos 10 anos de um dos maiores terremotos econômicos da história, que teve início nos EUA com uma “bolha” no mercado imobiliário – os chamados subprimes –, cujo alarme soou quando o banco Lehman Brothers quebrou. A crise se espalhou para a Europa, a China e o resto do mundo, inclusive o Brasil. E até hoje não nos livramos completamente das ondas de choque deste terremoto.
Nos Estados Unidos, em meio ao colapso do sistema financeiro, as cooperativas tiveram atuação destacada, conseguindo, inclusive, expandir seus negócios. Ancoradas em investimentos mais seguros, com atuação voltada aos interesses dos associados e não na busca pelo lucro fácil, os empreendimentos cooperativistas mantêm solidez invejável no país líder da economia global.
No Brasil, mesmo com a instabilidade global e a maior recessão econômica de sua história, o cooperativismo pôde mostrar a força de um modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade, visando ao bem-estar de seus cooperados e das comunidades. Os números são uma prova disso: as 6.665 cooperativas brasileiras beneficiam, direta e indiretamente, cerca de 52 milhões de pessoas. São mais de 13 milhões de cooperados, em empreendimentos econômicos que geram 370 mil empregos diretos em 13 ramos econômicos.
Quando examinamos as cooperativas brasileiras nesses diferentes ramos, os números revelam enorme consistência. As cooperativas de crédito, por exemplo, são as únicas instituições financeiras existentes em mais de 560 municípios brasileiros. Imagine a importância desse fato para municípios de pequeno porte e com parcos recursos financeiros, onde o acesso ao crédito é bem mais difícil do que nos grandes centros urbanos. Em todo o país, o cooperativismo de crédito tem crescido 20% ao ano.
Já as cooperativas ligadas ao agronegócio – uma das atividades mais pujantes da economia do país – respondem por quase 50% de toda a produção agrícola brasileira, sempre buscando agregar mais valor aos produtos de seus associados. Cooperativas de eletrificação, por outro lado, atendem mais de 800 cidades em todo o território nacional. Na área da Saúde, quase 40% dos brasileiros que dispõem de assistência médica são atendidos por cooperativas. E o segmento transporte então? Nossas cooperativas transportam cerca de 430 milhões de toneladas de produtos; e as cooperativas de táxi, por sua vez, transportam cerca de 2 bilhões de passageiros por ano – média de 5,5 mil pessoas por dia.
E o cooperativismo também colabora com o esforço exportador do Brasil: em 2017, cerca de 240 cooperativas brasileiras exportaram produtos para 147 países no valor de US$ 5 bilhões. Além dos indicadores econômicos diretos, é preciso destacar ainda a contribuição das cooperativas para a distribuição mais justa da renda – uma vez que os resultados são distribuídos de acordo com a participação dos associados. Pesquisa realizada pela FEA-USP Ribeirão Preto já comprovou que onde tem cooperativas o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é, em média, superior aos demais municípios. Isso porque os recursos econômicos circulam na própria região, fazendo girar a economia local e melhorando a qualidade de vida na comunidade.
É atribuída ao naturalista britânico Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução das Espécies, a afirmação de que, na história da humanidade, assim como no reino animal, aqueles que aprenderam a colaborar e a improvisar foram os que sobreviveram. Creio que o cooperativismo, que representa o ápice da colaboração no trabalho, está mostrando mais do que o caminho para sobrevivermos à crise; ele está mostrando o caminho para construirmos as bases de uma sociedade mais solidária, mais sustentável e, por isso mesmo, mais eficiente e menos instável.
*Edivaldo Del Grande, presidente do Sistema Ocesp
Brasília (12/11/18) – A experiência das cooperativas de saúde, acumuladas ao longo de meio século de atuação no Brasil, tem sido apresentada a formuladores de políticas públicas e representantes de agentes financeiros desde o final do ano passado, por meio do projeto Conhecer para Cooperar – Ramo Saúde.
E, nesta terça-feira (13), o Sistema OCB e a Faculdade Unimed realizam o último módulo da iniciativa que mostrou, in loco, como as cooperativas contribuem com a melhoria dos indicadores da saúde brasileira, graças à pilares como governança, estratégia e gestão. O evento será realizado na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília.
O grupo composto por representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Ministério da Saúde, do BNDES, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) visitou diferentes modelos de cooperativas de saúde, desde operadoras médicas, odontológicas, cooperativas de especialidades e de trabalho médico, federações, confederações e Fundação Unimed.
COOPERAÇÃO
O projeto realizado pelo Sistema OCB, suas unidades nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará, Paraná e Santa Catarina e, ainda, pela Faculdade Unimed contou com a parceria da Confemed, da Unimed do Brasil e da Uniodonto do Brasil.
PROGRAMAÇÃO
Um dos destaques da programação desta terça-feira é a palestra do diretor executivo do Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empresas Sociais (Euricse, na sigla em inglês), Gianluca Salvatori. Na parte da manhã, ele falará sobre as experiências de cooperativas de saúde ao redor do mundo e, à tarde, falará sobre inovação.
Haverá, ainda, uma mesa redonda para debater a regulação do poder público sobre o cooperativismo e, também, apresentações sobre linhas de crédito e financiamentos e os pleitos do cooperativismo de saúde para os Três Poderes.
SOBRE O PROJETO
O módulo teórico ocorreu em Brasília, em dezembro do ano passado. Os módulos seguintes ocorreram em Minas Gerais, Goiás e Ceará, entre os meses de fevereiro e março, e, ainda, em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, em maio.
Dentre os resultados esperados estão: ampliar o conhecimento e a integração entre os diferentes modelos cooperativos que compõem o Ramo Saúde, aumentar a interlocução do sistema cooperativo de saúde com formuladores de políticas públicas e demonstrar o papel central que essas cooperativas podem desempenhar na saúde brasileira.
SOBRE O RAMO
- Presente em 85% do território brasileiro;
- Mais de 22 milhões de brasileiros são atendidos pelas operadoras cooperativas;
- Mais de 50 anos de atuação no país;
- Destaques em avaliações (como o IDSS, da ANS);
- Importante ator no atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS);
- Tem desenvolvido, de forma cada vez mais estruturada, políticas de compliance;
- 805 cooperativas;
- 240 mil cooperados;
- Mais de 103 mil empregados;
- Modelo estruturado em sólidas Confederações, Federações e Singulares.
Brasília (12/11/18) – A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) assinaram nesta quinta-feira (8), um acordo de cooperação para estimular a comercialização direta da agricultura familiar nas redes supermercadistas. A colaboração visa o fornecimento de alimentos para o varejo, com produtos mais frescos, com maior qualidade e melhor preço. O processo que envolve cooperativas será possível a partir da oferta gratuita de assistência técnica específica e continuada, entre outras ações.
Na prática, o agricultor poderá comercializar diretamente com as empresas, evitando o trabalho de intermediadores. “O comprador vai poder colocar na estante um produto de melhor qualidade e com procedência. Além de proporcionar melhor qualidade dos produtos, gera-se maior renda para quem está no campo”, comentou o secretário especial, Jefferson Coriteac.
GANHA-GANHA
Em maio deste ano, a Sead havia assinado um protocolo de intenções que resultou na parceria. Para o dirigente da pasta, a reformulação já se mostrou eficaz. “Será um acordo benéfico para ambos os lados. Não podemos nos esquecer que 27 milhões de pessoas passam todos os dias pelos mercados do país”, completou. O contrato terá validade de 24 meses.
COOPERATIVAS
As cooperativas selecionadas para participar são: Cooperativa dos Agricultores Familiares no Município de Bananeiras (Coopafab), Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), Vinícola de Cezaro, Cooperativa Agropecuária de Produção e Comercialização Vida Natural (Coopernatural), Cooperativa dos Produtores do Leite do Norte de Minas (Coopnorte), Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curuçá (Coopercuc). (Fonte: Sead
Brasília (24/10/18) – O Banco Central realizará entre os dias 7 e 8 de novembro, a quarta edição do Fórum de Cidadania Financeira e o Sistema OCB, apoiador desde a primeira edição, não poderia ficar de fora. Por isso, no segundo dia do evento, a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas, Geâne Ferreira, participará do painel Educação Empreendedora, Cooperativista e Financeira como instrumento de desenvolvimento local: um estudo de caso.
O objetivo é analisar e discutir o contexto e as razões que possibilitaram o alcance dos resultados obtidos com as iniciativas de Educação Empreendedora, Cooperativista e Financeira no município de Chapada Gaúcha/MG, identificando fatores replicáveis de sucesso e pensando nos próximos passos e oportunidades a serem exploradas.
Além da representante do Sistema OCB, também participam do painel: Angela Silva de Paula, analista do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, Marcos Aurélio Maier, presidente da Cooperativa de Crédito da Chapada Gaúcha (Credichapada) e, ainda, Marcos Geraldo Alves da Silva, gerente regional do Sebrae-MG.
SOBRE O EVENTO
O IV Fórum de Cidadania Financeira tem por objetivo discutir o desenvolvimento e a oferta de serviços financeiros responsáveis, que sejam não apenas economicamente viáveis, mas também atentem a princípios como transparência, ética e equidade no relacionamento entre cliente e provedor, levando em conta o presente cenário globalizado e de alta digitalização, bem como a realidade brasileira.
Brasília (6/11/18) – Representantes do cooperativismo brasileiro participam nesta quarta-feira (7/11), em Brasília, da quarta edição do Fórum de Cidadania Financeira, realizado pelo Banco Central, com apoio do Sistema OCB e outros parceiros. O evento que durará dois dias ocorre na sede da instituição.
O objetivo do fórum é discutir o desenvolvimento e a oferta de serviços financeiros responsáveis, que sejam não apenas economicamente viáveis, mas também atentem a princípios como transparência, ética e equidade no relacionamento entre cliente e provedor, levando em conta o presente cenário globalizado e de alta digitalização, bem como a realidade brasileira.
COOPERATIVISMO
A gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sescoop, Geâne Ferreira, participará na quinta-feira (8/11) do painel Educação Empreendedora, Cooperativista e Financeira como instrumento de desenvolvimento local: um estudo de caso. A intenção é analisar e discutir o contexto e as razões que possibilitaram o alcance dos resultados obtidos com as iniciativas de Educação Empreendedora, Cooperativista e Financeira no município de Chapada Gaúcha/MG, identificando fatores replicáveis de sucesso e pensando nos próximos passos e oportunidades a serem exploradas.
Além da representante do Sistema OCB, também participam do painel: Angela Silva de Paula, analista do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do Banco Central, Marcos Aurélio Maier, presidente da Cooperativa de Crédito da Chapada Gaúcha (Credichapada) e, ainda, Marcos Geraldo Alves da Silva, gerente regional do Sebrae-MG.
AO VIVO
A programação pode ser acompanhada, ao vivo, por meio do canal do Banco Central no Youtube. A lista de atividades dos dois dias está disponível aqui.
Brasília (26/10/18) – O Cooperativismo frente aos desafios globais. Esse foi o tema da quinta edição da Cúpula de Cooperativas das Américas, que terminou hoje, em Buenos Aires, na Argentina. O evento é realizado pelo pela Aliança Cooperativa Internacional para as Américas e reuniu mais de 1,5 mil cooperativistas de 26 países, incluindo do Brasil.
A ACI-Américas é um organismo internacional que congrega as organizações cooperativistas no continente americano. Durante quatro dias de trabalho, 28 atividades foram organizadas no âmbito da cúpula. Os delegados puderam participar de debates divididos em três eixos: defesa do planeta, serviços financeiros e cooperativismo e os desafios globais. Além dos debates nos três eixos, foram organizadas reuniões com os ramos e os comitês de jovens e de gênero.
Durante a V Cúpula, também foi realizada a Assembleia Geral da ACI-Américas, que elegeu a nova presidente e ratificou os membros do Conselho de Administração. Pela primeira vez na história, a organização será liderada por uma mulher. Graciela Fernandez, presidente da Confederação Uruguaia de Cooperativas foi aclamada unanimemente presidente da ACI-Américas.
A Assembleia Geral também aprovou a indicação dos membros do Conselho de Administração. Formado por um representante de cada um dos 23 países membros da ACI nas Américas, o Conselho tem a responsabilidade de desenvolver o planejamento estratégico e financeiro, assim como auditar as atividades do escritório regional. O representante do Brasil no Conselho será José Alves Souza, presidente da Uniodonto do Brasil, indicado das oito organizações membros da ACI no Brasil.
Ao final do evento, os delegados renovaram o compromisso do movimento cooperativista com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que integram a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidades e que preveem a erradicação da pobreza extrema no mundo nos próximos 12 anos. A Cúpula também resultou em uma carta de compromisso em que os dirigentes cooperativistas se comprometem a trabalhar em prol da integração do movimento nas Américas, assim como coordenar esforços para o cumprimento da Agenda 2030.
Os agricultores familiares, por meio das suas organizações, que desejam participar do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na modalidade Formação de Estoques devem estar atentos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) abre o prazo para inscrição da proposta a partir de 15 de outubro. As cooperativas e associações interessadas podem apresentar propostas por meio do sistema PAANet até o dia 5 de novembro. A expectativa é que a contratação dos projetos inicie a partir de 12 de novembro.
A Conab analisará as propostas considerando os seguintes critérios de participação: mulheres rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados(as) e produtores(as) de alimentos orgânicos ou agroecológicos. Projetos de organizações que não operaram nesta modalidade com a Conab nos últimos cinco anos também serão pontuados. Em caso de empate, serão utilizados como parâmetros o cumprimento das obrigações financeiras previstas na contratação, projetos de menor valor e a ordem de apresentação das propostas. O detalhamento dos critérios está disponível na página da Conab.
As propostas devem ser apresentadas por meio de associações ou cooperativas com DAP jurídica e têm como limite R$ 100 mil. Outras informações sobre a elaboração e a inscrição de propostas podem ser obtidas nas superintendências regionais da Conab nos estados.
Os recursos para execução da modalidade são disponibilizados pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).
A modalidade tem como finalidade apoiar financeiramente a constituição de estoques de alimentos por organizações da agricultura familiar, visando agregação de valor à produção e sustentação de preços. Posteriormente, esses alimentos serão comercializados pela organização de agricultores para devolução dos recursos financeiros ao Poder Público.
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Brasília (26/9/18) – A praia de Porto de Galinhas, localizada na região metropolitana de Recife (PE), é um dos lugares mais bonitos do país, despertando o interesse de turistas de dentro e de fora do Brasil. E, desde ontem, esse cenário paradisíaco é o endereço de diretores e dirigentes das Unimeds, que participam da 48ª edição Convenção Nacional Unimed. Representantes do cooperativismo brasileiro, como o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e embaixador especial da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) para o cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues, também participam do evento, realizado pela Central Nacional Unimed e Seguros Unimed.
A convenção, na qual estão sendo debatidas questões como inovação, soluções em saúde suplementar, o cenário econômico brasileiro, e perspectivas para o cooperativismo médico, começou nesta terça-feira (25) e termina na quinta, dia 27/9. Neste ano, o tema do evento é Somos Unimed. SomosCoop.
Segundo o presidente da Unimed do Brasil, Orestes Pullin, o Sistema OCB tem sido um parceiro muito forte da Unimed, do ramo saúde como um todo. “Temos tido um apoio muito importante do Sescoop, por meio dos seus vários programas, ao longo dos últimos anos. É um grande trabalho de aprimoramento, de capacitação, garantindo qualidade à gestão das nossas cooperativas”, avalia a liderança.
Hoje de manhã, Renato Nobile e Roberto Rodrigues participaram do painel que apresentou aos presentes o Movimento SomosCoop, iniciativa do Sistema OCB que estimula a valorização do orgulho de fazer parte do cooperativismo e a sensibilização da sociedade brasileira sobre a importância de se reconhecer a contribuição social e econômica das cooperativas do país, bem como sua capacidade de transformação, por meio da geração de trabalho, emprego renda.
“O Sistema OCB criou o movimento SomosCoop para reforçar o conceito do cooperativismo e os benefícios do nosso modelo econômico. Temos como prioridade vidas humanas. Esse é o nosso maior diferencial, nosso maior patrimônio!”, define Orestes Pullin.
Para o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, o SomosCoop é um movimento que vem para dar força ao que as cooperativas já realizam, com o objetivo claro de dar visibilidade às iniciativas transformadoras e, acima de tudo, aos benefícios que o cooperativismo é capaz de apresentar. “O Sistema Unimed tem sido um apoiador importantíssimo, abraçando a causa, levando o SomosCoop em seus eventos, produtos e serviços. Vamos, juntos, mostrar para o Brasil nossa força, os benefícios de ser coop, e a felicidade que geramos”, reforça.
Na parte da tarde, os cooperados e executivos da Unimed debateram questões ligadas às boas práticas de gestão, governança, compliance, relacionamento com o cooperado, desenvolvimento profissional, revisão de processos, intercooperação e participaram, também, da apresentação de iniciativas de sucesso que podem ocorrer em outras partes do país. Dentre os exemplos, está a criação de um fundo imobiliário para a construção de um hospital e, também, as estratégias de ações preventivas para reduzir a judicialização.
AMANHÃ
Nesta quinta-feira, haverá a entrega do Prêmio Inova+saúde para projetos desenvolvidos pelas Unimeds nas áreas de sustentabilidade, gestão de pessoas, epidemiologia e marketing. A premiação é iniciativa da Seguros Unimed, entidade que abarca planos de previdência, saúde, riscos patrimoniais e odontologia. De acordo com Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, a ideia é encorajar o desenvolvimento de experiências relevantes para as cooperativas como um todo.
“São apresentados cases que possam contribuir de forma mais ampla, com a possibilidade de que isso seja reproduzido em todo o Sistema Unimed”, disse. “É um evento extremamente importante e que reforça a nossa marca. O seu sentido é integrar, desenvolver negócios e abordar conteúdos técnicos”, pontuou Freitas. Confira a programação completa, clicando aqui.
Brasília (12/9/18) – O segundo ciclo do programa Qualifica, realizado pela Unimed do Brasil, a Faculdade Unimed e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) foi lançado ontem, em Brasília. No total, 38 cooperativas participarão das atividades, que objetivam fortalecer aspectos da gestão e da qualidade assistencial, com foco na capacitação para futuras certificações e acreditações no setor de saúde.
O vice-presidente da Unimed do Brasil, Alberto Gugelmin Neto, participou do evento de lançamento, discorrendo sobre os resultados do primeiro ciclo, realizado entre os anos de 2015 e 2017 e que contou com a participação de 80 cooperativas. Dentre os números avaliados como positivos e apresentados pelo executivo, estão os seguintes:
- 80 Unimeds, das quais 29 obtiveram a certificação emitida por entidade acreditadora independente;
- Melhora do desempenho econômico-financeiro de 43% das cooperativas participantes;
- 90% melhoraram seu Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). Dessas, 48% subiram de faixa;
- 83% melhoraram sua classificação no Selo Unimed de Governança e Sustentabilidade.
Para Gugelmin, as expectativas relacionadas ao segundo ciclo são muito grandes. Confira a entrevista com ele:
Qual a importância do Sescoop nessa parceria para realizar o programa Qualifica?
Quanto mais a gente estuda e compreende a grandeza do programa Qualifica, mais a gente percebe que, nesse momento atual da saúde suplementar no país, qualificar os nossos gestores e colaboradores é algo fundamental para que possamos oferecer às pessoas aquilo que elas realmente esperam de nós: uma medicina de qualidade.
Esses cursos de formação e qualificação, que preparam as cooperativas para conquistarem às acreditações sejam elas da Agência Nacional de Saúde Suplementar ou de algum outro organismo acreditador, são extremamente importantes e eles têm um custo elevado. Então, se nós não conseguíssemos uma parceria como essa do Sescoop seria inviável a implantação de um programa como esse.
Temos muito a agradecer ao Sescoop por esse apoio. Se a instituição não tivesse acreditado no projeto ele não poderia ser executado. E, hoje, nós já estamos colhendo os frutos dessa parceria. Os resultados da avaliação do primeiro ciclo mostram a melhoria nos processos do dia-a-dia, nas condições econômicas das cooperativas que participaram e, ainda, no grau de qualidade dos serviços prestados por nossos colaboradores.
Poderia citar outros exemplos de resultados do primeiro ciclo?
Sim. O primeiro ciclo foi destinado a dois grandes segmentos: as cooperativas de trabalho médico e as instituições que chamamos de recursos próprios do Sistema Unimed (laboratórios e hospitais, por exemplo). Cada um desses segmentos busca acreditações e um têm órgãos específicos que fazem esse tipo de certificação. Por exemplo, a ISO e a ONA estão relacionadas aos recursos próprios, ao passo que a Resolução Normativa 277 da Agência Nacional de Saúde Suplementar e, ainda, a própria ISO, se aplicam às cooperativas.
Então, é feito um grande investimento em termos de preparação das equipes para que elas possam receber os acreditadores. São dois anos de preparo, para que, finalmente, essa avaliação ocorra. E o que a gente percebeu é que um grande percentual das participantes do primeiro ciclo realmente conseguiu evoluir nas suas acreditações. E, quando a gente começa a olhar o que realmente ocorreu, por meio de alguns indicadores, a gente fica muito surpreso por constatar que, quando se aprimora o desenvolvimento profissional das pessoas, a qualidade aparece.
Por exemplo, se tomarmos o indicador de desempenho econômico-financeiro que é feito pela Unimed do Brasil, percebe-se que aquelas que participaram do programa Qualifica aumentaram mais de 40% o seu resultado. E, quando a gente observa o IDSS, medido pela ANS, nosso órgão regulador, percebemos também que muitas participantes melhoraram seu índice ou até mudaram de faixa, o que é muito bom. Isso nos mostra que a melhoria profissional traz um resultado muito evidente para a cooperativa.
Além do IDSS, temos também o selo Unimed de Governança e Sustentabilidade, desenvolvido pela Unimed do Brasil para estimular a governança e as boas práticas, então, a gente percebeu que 83% das cooperativas que participaram do programa melhoram sua classificação no selo. De fato, o programa Qualifica só traz resultados positivos para as Unimeds que participam.
Qual sua avaliação sobre o interesse das Unimeds no programa Qualifica?
A Unimed do Brasil fez e faz um grande trabalho de divulgação, usando todos os seus recursos, para que os presidentes de singulares compreendam a importância de trabalhar todos os setores dentro da cooperativa sem prescindir da qualidade. Então, quando a gente faz um chamamento ao sistema e recebe 100% de resposta, fica muito feliz por perceber que, atualmente, para as cooperativas médicas, qualidade é algo que passou a ter valor.
As cooperativas viram que é necessário investir nessa área e que terem essas certificações, como a da ANS por exemplo, é um diferencial, sobretudo num setor com tanta concorrência. Esse Jeito de Cuidar Unimed, nosso slogan, é verdadeiro. O nosso jeito é diferente. As pessoas acreditam que não é simplesmente entregar saúde, mas entregar saúde de qualidade.
Qual a expectativa para a realização do segundo ciclo do programa Qualifica?
Nossa expectativa é bem grande, afinal, tivemos sucesso no primeiro ciclo. Para esse segundo, iremos trabalhar com 38 cooperativas e, para isso, temos um grupo treinado, o que permitirá que as intercorrências do primeiro não ocorram novamente. Assim, teremos condições de fazer um treinamento mais eficiente e, graças à experiência adquirida, esperamos obter índices futuros de certificação e de acreditação ainda melhores.
Brasília (18/9/18) – O maior evento de lideranças do Sicoob, o Pense Sicoob – que ocorre nos dias 20 e 21, em Brasília, recebe nesta edição Ram Charan, um dos gurus internacionais da gestão empresarial. O objetivo do encontro, realizado a cada dois anos e que chega na sua 4ª edição, é inspirar e motivar os profissionais da linha de frente do Sicoob a liderar com excelência.
Com o tema O propósito nos une. A colaboração nos move, o encontro propõe uma análise a respeito do papel das lideranças do Sicoob como pilares de desenvolvimento do sistema, reforçando as características do modelo de negócio do cooperativismo de crédito que permitem identificá-lo como agente propulsor de uma nova economia solidária no Brasil.
A proposta é explorar, nestas relações, a ideia de que, juntas, essas lideranças são capazes de construir um Sicoob ainda mais forte, articulando um tipo de engajamento diferente, que não se restringe ao paradigma do mercado. O evento é destinado às lideranças das cooperativas singulares e centrais em todo o Brasil.
PROGRAMAÇÃO
Na ocasião, dia 20, às 16h, Ram Charan falará sobre suas experiências no mundo corporativo durante a palestra intitulada Liderança em um Mundo Incerto. Doutor pela Harvard Business School, escola onde também lecionou, Ram Charan orientou diversos CEOs de sucesso no mundo como Jack Welch, ex-presidente da GE, e escreveu 18 livros, entre eles 13 best-sellers, nas áreas de liderança e gerenciamento.
ESTRATÉGIA E MARCA
A programação terá, ainda, palestra do historiador Leandro Karnal, que falará sobre “Valor e Estratégia”. Karnal abordará como o protagonismo e confiança completam-se dentro de uma estratégia que foque no detalhe sem perder de vista o resultado. O cantor Léo Chaves, conhecido pela dupla sertaneja com o irmão Victor, levará sua palestra motivacional para o segundo dia de Pense Sicoob com o tema “Seja Uma Marca: a Grande Revolução”. (Sicoob)
Rio de Janeiro (11/9/18) – Os Sistemas OCB e OCB/RJ realizaram, na Casa do Cooperativismo Fluminense, o Seminário do Ramo Trabalho da Região Sudeste, destinado a cooperativas contempladas pela Lei nº 12.690/12. O evento, ocorrido no dia 5/9, teve por objetivo promover o diálogo entre os representantes do sistema cooperativista, com o intuito de apresentar a realidade do setor e mostrar os benefícios e resultados do cooperativismo tanto ao trabalhador associado quanto à sociedade.
O evento – que reuniu cerca de 60 pessoas, entre dirigentes de cooperativas, representantes do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho e colaboradores das unidades estaduais do Sistema OCB – debateu temas, como a Terceirização, Licitações e Contratos com a Administração pública e direitos sociais da Lei 12.690/12. Também foram apresentados os principais desafios e oportunidades identificadas pelas cooperativas do ramo.
O primeiro item da pauta foi a apresentação institucional do Sistema OCB, feita pela analista da Gerencia Técnica e Econômica do Sistema OCB, Carla Bernardes de Souza. Em sua fala, ela apresentou os números do cooperativismo no Brasil e as funções específicas das três instituições que compõem o Sistema OCB: Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Em seguida, Elza Cançado, diretora de relacionamentos e negócios da Coopersystem e representante estadual do Ramo Trabalho no Distrito Federal destacou as atividades desenvolvidas pela cooperativa, especializada em TI, nas áreas de desenvolvimento, manutenção, sustentação, treinamento e auditoria de sistemas, sites, programas para web e sistemas de mainframe e suporte à infraestrutura de informática e de redes.
CASOS DE SUCESSO
O diretor administrativo da Cooperativa dos Produtores de Artigos de Ferramentaria (Coopifer), de São Paulo, Vanildo Cesar Biazotto, apresentou a história, o objeto social, o organograma, o quadro de cooperados e funcionários e sua política de qualidade, responsável por manter a cooperativa há 19 anos, atuando forte no mercado.
Logo após, o diretor de marketing da Cooperativa de Trabalho dos Técnicos Industriais e Tecnólogos do Estado do Espírito Santo (Coopttec), Jamilson Machado, destacou as atividades ligadas às áreas de gestão, capacitação, tecnologia, agronegócios e meio ambiente. Para superar os desafios de se manter competitiva no mercado, a cooperativa utiliza o lema: “Enquanto houver sonho, sempre haverá possibilidade”.
O presidente da Cooperativa de Trabalho dos Consultores e Instrutores de Formação Profissional, Promoção Social e Econômica (Coopifor), José Ailton Carvalho, falou sobre a missão e o objeto da cooperativa, que presta consultoria e instrutoria em geral e ainda assistência e extensão rural.
Sobre desafios e oportunidades, o presidente reforçou que, pela qualificação dos 155 cooperados, o objetivo é ampliar a área de atuação da cooperativa para o Ramo Educacional.
Os cases do Rio de Janeiro ficaram por conta das cooperativas Educacional Escola Fribourg e de Trabalho e Produção de Catadores de Materiais Recicláveis de Irajá (Coopfuturo).
A primeira atua no município de Nova Friburgo e conta com 216 alunos. O case de sucesso é marcado por uma história de superação, como explicou a presidente Esther Araújo, que também é conselheira de administração do Sescoop/RJ e representante estadual do Ramo Educacional, junto à OCB/RJ.
Segundo ela, em 2011, a cooperativa Escola Fribourg passava por uma situação delicada. Com poucos alunos e cooperados, o temor de fechar as portas era grande. Para agravar a situação, no mesmo ano, Nova Friburgo e outras três cidades da Região Serrana foram castigadas pelas chuvas que deixaram 506 mortos.
Nada disso, no entanto, diminuiu a confiança que Esther tinha em seu potencial e no da equipe. A única solução foi arregaçar as mangas e ir pessoalmente às ruas, em busca de novos alunos.
“Saímos para panfletar pelo bairro. Oferecemos 100 bolsas gratuitas à comunidade de Olaria, bairro que sedia a escola. A intenção era os alunos estudarem de graça neste primeiro ano, para que tivéssemos oportunidade de mostrar a qualidade do nosso trabalho, a fim de que, no seguinte, investirem em nosso serviço. Foi desafiador e difícil convencer os pais e o grupo de cooperados de que essa era uma alternativa para não fecharmos as portas. Atualmente temos 642 alunos de várias classes sociais e 100% de adesão dos cooperados. Quando paro para pensar no assunto, vejo que esse foi um dos momentos mais desafiadores, mas também uma das maiores conquistas do nosso conselho”, comenta.
Já a Coopfuturo tem, hoje, 39 cooperados e, mensalmente, recolhe 230 toneladas de resíduos. Durante o Seminário, a presidente da cooperativa, Evelin Marcele, comentou como foi o desenvolvimento do trabalho nos últimos cinco e deu seu testemunho de como o cooperativismo mudou a vida dela e dos demais cooperados. “Não é fácil ser catador de material reciclável, mas o cooperativismo deu a dignidade que precisamos. Fazemos tudo da forma transparente e, hoje, os cooperados têm condições para fazer compras, pagar suas contas, entre outras questões”, comentou.
Lei 12.690/12
No período da tarde, o Seminário Regional foi focado na Lei 12.690/2012. No painel Licitações e Contratos com a Administração Pública, o procurador do Estado do Rio de Janeiro, Flávio Amaral Garcia, abordou o fato de muitas cooperativas do segmento serem impedidas de participarem de licitações e sua inconstitucionalidade. Em seguida, o assessor jurídico da OCB/RJ, Ronaldo Gaudio, abordou a terceirização por cooperativa de trabalho após a reforma trabalhista.
Por fim, a analista da gerência jurídica da OCB, Milena Tawany Gil Cesar comentou os Direitos Sociais da Lei 12.690/2012, como a retirada mínima dos cooperados, o repouso anual remunerado e outros pontos. “É importante que o cooperado tenha em mente que ele não é um empregado. Esse é um fator que é um problema recorrente e que precisa ser sanado”, finalizou.
AVALIAÇÃO
O saldo do evento foi bastante positivo. O presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, destacou o fato do ramo Trabalho ser a solução para o combate das mazelas do país. “O Seminário foi um sucesso e acredito que quem participou saiu do evento com uma nova perspectiva para o segmento, pois essa era uma proposta do evento”, comentou o presidente, que anunciou a retomada dos trabalhos para a elaboração de uma cartilha de recomendações das cooperativas de trabalho, explicando para os fiscalizadores as especificidades do segmento.
A coordenadora do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho e presidente da Fetrabalho/RS, Margaret Cunha, também falou do saldo positivo do evento. “Sabemos das dificuldades de cada região e o encontro foi importante para sabermos as demandas das cooperativas dos estados. Estamos fazendo a diferença”, disse.
O representante estadual do ramo Trabalho junto a OCB e secretário de finanças da OCB/RJ, Ildecir Sias, também comentou sobre o Seminário. “Foi um prazer o Rio de Janeiro sediar este evento. O segmento é muito forte e tem muitos desafios a serem implementados. As cooperativas foram as principais beneficiadas”, finalizou.
VISITA TÉCNICA
Na quinta-feira, 6 de setembro, representantes do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho visitaram a Cooperativa de Trabalho e Produção de Catadores de Materiais Recicláveis de Irajá (Coopfuturo). Lá, conheceram o espaço e o funcionamento da instituição.
Brasília (28/8/18) – As cooperativas que ainda não se inscreveram para participar do Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano devem se apressar, pois o prazo termina nesta quinta-feira (30/8). A premiação é realizada pelo Sistema OCB, a cada dois anos, como forma de reconhecimento público às boas práticas das cooperativas, com benefícios comprovados aos seus cooperados e às comunidades onde estão inseridas.
A ideia é que os casos premiados sejam replicados por outras cooperativas, ampliando, dessa forma, o alcance dos benefícios da prática diária da cooperação. Desde sua primeira edição, em 2004, já foram premiadas ações de mais de 80 cooperativas, elevando, assim, o nível de comprometimento tanto com a sustentabilidade do negócio quanto com as questões sociais.
CATEGORIAS
O prêmio está dividido em sete categorias: Comunicação e Difusão do Cooperativismo, Cooperativa Cidadã, Desenvolvimento Sustentável, Fidelização, Inovação e Tecnologia, Intercooperação e, a partir desta edição, Cooperjovem.
INSCRIÇÃO
Qualquer cooperativa, independentemente do ramo ou do porte, pode inscrever um projeto por categoria. As inscrições são gratuitas. Para garantir a inscrição, é preciso estar registrado e regular com o Sistema OCB, inclusive com o pagamento da Contribuição Cooperativista sobre o exercício 2017. E, para fortalecer o sistema como um todo, a cooperativa deve participar de um dos programas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). São eles:
- Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista (PAGC)
- Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC)
- Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA)
- Dia de Cooperar (Dia C)
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Brasília (4/8/18) – Na nova edição da revista Goiás Cooperativo um dos destaques é a entrevista com o professor universitário Marcos Schwingel, que há 20 anos estuda o setor, no qual já exerceu diversas atividades em áreas como Negócios, Comunicação e Marketing. Para o especialista em Gestão de Cooperativas e Pedagogia da Cooperação três fatores são primordiais para o desenvolvimento do cooperativismo. São eles: conhecer os sonhos dos cooperados, investir no desenvolvimento profissional e envolver o público jovem.
Leia abaixo alguns trechos da entrevista. O material completo pode ser conferido, clicando aqui.
O cooperativismo ainda não consegue atrair jovens. O que precisa ser feito para mudar essa situação?
Estou trabalhando com dez cooperativas, com programa de jovens. Primeiro, temos que definir o que é jovem para a cooperativa. Hoje, há duas interpretações: uma que diz que vai até os 25 anos e a americana, que diz que vai até 35. Outro ponto em é que a cooperativa, hoje, é de velhos, ou melhor, de pessoas mais experientes. Não é que isso não valha. A gente precisa pegar essa experiência e trazer com as competências que os jovens têm. Mas não dá para uma cooperativa de pessoas experientes querer construir programas para os jovens.
O que a gente tem feito é trazer os jovens para a participação da construção de programas para eles mesmos. Hoje, a pessoa que mais consegue trabalhar essa mobilização do jovem no Brasil chama-se Edgard Gouveia. Ele criou um jogo, com uma metodologia chamada Oásis. Um dos passos é que os jovens participantes têm que apresentar um “milagre”, que é algo físico que o jovem precisa fazer. O jogo virtual começa com um jovem, que cria toda uma equipe e muda uma realidade social, a partir do disparo de uma mensagem de Whatsapp. E aí, o jogo vai evoluindo, sem dinheiro. Isso que é o bacana.
O jovem gosta muito de desafio e isso tem no cooperativismo, só que tem de ser numa linguagem diferente. A cooperativa não vai atrair jovens, se ela continuar fazendo assembleia do jeito chato que é hoje. Não vai trazer jovens se o presidente, embora tenha uma experiência, não entender que a cooperativa tem que ser feita para todos; ele não vai perder o poder se tiver essa coisa compartilhada. Então, é trazer essa horizontalidade para o cooperativismo.
E atrelado a tudo isso, pegar os valores de Rochdale com os valores atuais. Costumo dizer que valor é aquilo em que eu acredito, mas dificilmente mudo. E princípio é como eu boto em prática aquilo em que acredito. Então, em vez de decorar todo o estatuto de uma cooperativa, seu eu memorizar os sete princípios, sei o que está escrito no estatuto, essa é a lógica.
Hoje, a literatura traz nove valores do cooperativismo, mas gosto de trabalhar com dois que não aparecem ali, que são os que, para mim, a gente precisa resgatar com os jovens: o valor do diálogo e da ajuda mútua. Ajuda mútua, na verdade, é um ajudar o outro. Tem uma teoria de um padre chamado Odelso Schineider, da Unisinos, que fala que as cooperativas que deram certo foram as que conseguiram atrelar ajuda mútua com autoajuda.
Você disse que a gestão por propósitos e, não, por metas, é um caminho seguido por algumas cooperativas. Essa é uma tendência?
É. Tenho atuado muito com o ramo crédito e, nesse ramo, é uma tendência. Eu brinco que a gente fala, no crédito, que as cooperativas são quase iguais a um banco, mas não são um banco. Isso é uma mentira que a gente conta. E a gente conta muita mentira para o associado, por não saber o que está dizendo.
Essa é uma delas. A cooperativa é completamente diferente de um banco, mas tem produtos e serviços iguaizinhos aos dele. Essa é uma resposta certa. E esse “completamente diferente” é que precisa ser percebido, porque as pessoas não são aquilo que dizem, mas o que fazem. Não adianta a cooperativa dizer seus diferenciais se, quando o associado entrar nela, não perceber essas diferenças no atendimento, no relacionamento.
Tenho apostado muito nessa gestão do propósito, para mostrar, de fato, porque a gente é completamente diferente.
Junto com a crise econômica, o desemprego talvez seja um dos principais problemas do país. O cooperativismo pode ser uma alternativa nesse momento?
Ele é uma alternativa à crise, em todos os sentidos. Não é só uma questão de ser associado, mas até pela prática do 5º princípio, de educação, formação e informação. Na Região Sul, estão apostando muito nas cooperativas educacionais. Só no Rio Grande do Sul, são 110 cooperativas escolares, hoje. Tem a Casa Cooperativa, que fica na Rua Petrópolis, que já tem encontro dos presidentes de cooperativas escolares; tem treinamento para conselheiros dessas cooperativas.
Eu atendo alguns municípios e um deles, muito pequenininho, tem dificuldade enorme. Se ele não olhar para frente, vai deixar de existir, porque o número de alunos vem reduzindo muito, no interior de cidades pequenas, e a cooperativa escolar está ajudando toda a comunidade. Então, na verdade, é fazer esses jovens entenderem que, se sozinhos eles não conseguem, juntos, eles conseguem produzir alguma coisa e gerar uma economia para aquela região.
Digo que a crise não é financeira, é de valores. Ela tem uma coisa muito forte a ver com a crença das pessoas, tem a ver com individualismo. Quando eu realmente acredito que, se eu me juntar com alguém, consigo ser mais forte de verdade, não tem como não acontecer. Tem uma fala de um presidente que diz: “Se as coisas ainda não deram certo, é porque a gente ainda não se organizou”.
E essa forma de organização, para mim, é o cooperativismo. Então, mais do que ser um instrumento de organização econômica, de uma sociedade, o cooperativismo é um gerador de renda. Tem várias possibilidades em que ele ajuda os pequenos. Ele acredita no pequeno, não olha só a capacidade de pagamento. Como as cooperativas estão nos pequenos lugares, conhecem muito as pessoas.
Como é uma sociedade de pessoas, a cooperativa consegue olhar pelo ser humano e dizer: a pessoa não é assim, ela está assim. Gosto muito do cooperativismo, porque ele opta trabalhar com pessoas e não com rótulos. A pessoa não é um inadimplente, ela está inadimplente. Ela não é uma má pagadora, não pagou, porque está numa situação ruim.
Então, a cooperativa consegue olhar o momento em que a pessoa está vivendo, mas olha o todo dela e diz: “eu aposto em você”. E esse voto de confiança, nesses momentos de crises, nos momentos de dificuldade, é o que faz o cooperativismo forte. Ele vibra com o sucesso dos associados. Claro que precisa ter resultado, mas o maior deles é olhar efetivamente o resultado dos seus associados. É olhar a última linha do balanço com impacto social, ambiental e cultural.
Quer ler a entrevista na íntegra, clique aqui.
Brasília (24/8/18) – O cooperativismo é um movimento econômico feito por pessoas, para pessoas, e capaz de transformar a realidade das regiões onde as cooperativas atuam. E para mostrar isso à sociedade e, ainda, gerar orgulho e pertencimento naqueles que já praticam a cooperação diariamente, o Sistema OCB realiza as ações do movimento SomosCoop, desde o fim do ano passado.
Trata-se de uma grande campanha de marketing que conecta cooperativas, cooperados e integrantes do cooperativismo brasileiro em torno de uma única causa para tornar o jeito cooperativo de gerar resultados socioeconômicos conhecido e reconhecido pela sociedade. Por isso, durante a programação do 6º Fórum de Agricultura da América do Sul que ocorre em Curitiba, desde ontem, a analista de Comunicação Social do Sistema OCB, Gabriela Prado, apresentou, nesta sexta-feira, o Movimento SomosCoop ao público, composto por dezenas de representantes de cooperativas e dos demais elos do setor agropecuário dos países sul-americanos.
Segundo ela, apesar da relevância do cooperativismo, muita gente ainda desconhece os diferenciais desse modelo de negócios que, no Brasil, já tem mais de 13 milhões de cooperados e gera 380 mil empregos diretos. “Muitos consumidores acabam adquirindo produtos de cooperativas, mas não sabem a origem deles. Por isso, um dos objetivos do movimento SomosCoop é ampliar a percepção das pessoas sobre o cooperativismo e os diferenciais de seu modelo de negócios, mostrando que, por trás de um rótulo, há um rosto”, afirmou.
CAUSA COOPERATIVISTA
De acordo com Gabriela, o movimento SomosCoop tem um propósito que resume todas as questões que abrangem o cooperativismo, desde a qualidade dos produtos e serviços ofertados, passando pela capacitação de seus profissionais e incluindo também o alcance do setor na promoção de desenvolvimento econômico e social.
“Buscamos um mundo mais justo, feliz e equilibrado, com melhores oportunidades para todos. Nosso objetivo, portanto, vai além da consolidação do nosso modelo de negócios e de uma marca, simplesmente. Nós temos uma causa e queremos compartilha-la com todos aqueles que venham a conhecer as vantagens do trabalho cooperativo”, ressaltou.
INSPIRAÇÃO
Para a analista de comunicação do Sistema OCB, a criação do movimento partiu do pressuposto de que as pessoas não querem mais, apenas, comprar um produto com bom preço e qualidade. “Elas buscam uma experiência que traga um propósito maior, algo que toque seus corações, que tenha uma conexão emocional e que as inspire. Esse é o nosso propósito com o movimento SomosCoop”, concluiu Gabriela. (Com informações do Sistema Ocepar)
Brasília (27/8/18) – Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Melhores Práticas em Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral 2018. Cooperativas de garimpeiros de todo o país devem garantir sua participação até o dia 22/10. O regulamento e a inscrição podem ser conferidos clicando aqui.
O prêmio é uma iniciativa do Comitê Temático Rede Brasileira de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral – CT RedeAPLmineral, e tem por objetivo reconhecer as melhores práticas realizadas no âmbito da cadeia produtiva do setor mineral, que abrange os processos de pesquisa mineral, extração, beneficiamento, transformação mineral e comercialização dos produtos.
Podem concorrer os atores da mineração de pequeno e médio portes, organizados sob a forma de APL de base mineral que, por esforço próprio, parceria ou cooperação com entidades afins estabelecidas no Brasil, tenham tido êxito na realização de métodos e técnicas envolvendo procedimentos gerenciais e tecnológicos, com claros ganhos ambientais, financeiros e de mercado ao longo da cadeia produtiva.
Os interessados deverão inscrever apenas uma proposta conectada com um dos temas abaixo:
- Mineração;
- Formalização;
- Organização da produção (cooperativismo, associativismo, laboratorial ou economia solidária);
- Transferência e disseminação de tecnologia e inovação;
- Treinamento/capacitação;
- Inclusão social;
- Gestão e governança;
- Meio ambiente, saúde, segurança e higiene do trabalho.
Brasília (10/7/18) – O Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) acaba de publicar a nona edição da Revista de Gestão e Organizações Cooperativas (RGC), onde é possível conferir 10 trabalhos científicos apresentados durante o IV Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), uma realização do Sistema OCB e ocorrido em novembro passado, em Brasília.
A revista foi criada em 2014 e tem por objetivo divulgar a pesquisa empírica que testa, amplia ou constrói estudos voltados às organizações coletivas, contribuindo, assim, com a disseminação das mais modernas práticas de gestão. Para acessar o material, clique aqui.
ESCOLHA
Segundo o editor adjunto da RGC, Gabriel Murad Velloso Ferreira, os trabalhos apresentados no EBPC passaram, inicialmente, por duas avaliações de professores/pesquisadores. A primeira delas possibilitou selecionar os papers para o evento, em si, e, a partir dos resultados da primeira avaliação, a Comissão Científica do encontro encaminhou à revista os 30 trabalhos com as melhores notas.
No âmbito editorial do periódico, os materiais encaminhados passaram por outras duas avaliações que levaram em consideração critérios como, por exemplo, a consistência científica e a atualidade dos temas. Dessa forma, chegou-se aos 10 trabalhos que atendem às normas editoriais da revista.
Para o editor, que também é professor da Universidade Federal de Santa Maria, o cooperativismo é um assunto que tem despertado o interesse da comunidade acadêmica. “Ainda existe muito desconhecimento sobre esse modelo econômico e temos de ajudar a comunidade científica a compreender o importante espaço que o cooperativismo reserva. A pesquisa que contribui com as cooperativas fomenta o desenvolvimento local e regional”, analisa o professor Gabriel Ferreira.
IV EBPC
A quarta edição do EBPC teve como tema “Desenvolvendo negócios inclusivos e responsáveis: cooperativas na teoria, política e prática”. O EBPC visa evidenciar o cooperativismo como um modelo de negócios diferenciado e que precisa ser estimulado local e regionalmente e, ainda, promover uma aproximação entre a área acadêmica e a realidade das cooperativas brasileiras.
“A realização do EBPC e a publicação da revista refletem nossos esforços para incentivar a produção de conhecimento científico acerca do cooperativismo. Nossa intenção é promover, cada vez mais, um intercâmbio entre pesquisadores e, consequentemente, a difusão de novas perspectivas”, comenta a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira.
Brasília (17/7/18) – O cooperativismo brasileiro é um movimento econômico que participa ativamente da construção do futuro que deseja para o país. Por isso, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) reuniu e disponibiliza uma série de informações a respeito de consultas públicas propostas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A intenção é estimular que as cooperativas, cada vez mais, contribuam com a consolidação de um cenário onde o cooperativismo de saúde encontre os mecanismos legais e regulatórios para seu desenvolvimento.
Em geral, as consultas públicas debatem aspectos que envolvem o programa de certificação em atenção primária, a regulamentação (atualização de alguns normativos) e as provisões técnicas que devem ser realizadas pelas operadoras.
“Nossa expectativa é de que nossas cooperativas contribuam com sua experiência, propondo ajustes, melhorias e sugestões a fim de fortalecer o modelo cooperativista de saúde que, aliás, é o maior do mundo. Para nós, esses espaços são fundamentais para a defesa das especificidades do nosso modelo de negócio”, explica Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Consulta Pública nº 66, sobre o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde, que apresenta como principal projeto o Programa de Certificação em Atenção Primária em Saúde (APS). Vai até o dia 19/7. O Programa de Certificação em Atenção Primária em Saúde (APS) consiste na concessão, por intermédio de entidades acreditadoras independentes, de um selo de qualidade às operadoras que cumprirem requisitos pré-estabelecidos relacionados a essa temática.
O objetivo de instituir o selo APS é estimular a qualificação, o fortalecimento e a reorganização da atenção básica, por onde os pacientes devem ingressar no sistema de saúde. O projeto propõe ainda o estimulo à implementação de modelos inovadores de remuneração de prestadores no setor e a implementação de indicadores de atenção primária, em conformidade com evidências científicas, para monitoramento dos cuidados primários na saúde suplementar. Clique aqui
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Consulta Pública nº 67, sobre a proposta de Resolução Normativa que dispõe sobre a adoção de práticas de governança corporativa, com ênfase em controles internos e gestão de riscos pelas operadoras de planos de saúde. Vai até o dia 27/7.
Na elaboração da proposta de normativo foram levados em consideração o risco de insolvência e a descontinuidade de operações de planos de saúde decorrentes de falhas de controles internos e baixa capacidade de gestão de riscos - o que ameaça o atendimento prestado aos beneficiários. A proposta prevê que as operadoras que comprovarem o cumprimento dos requisitos essenciais estipulados na norma poderão se beneficiar de redução da exigência de capital. Clique aqui
MONITORAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Consulta Pública para alteração da Resolução Normativa nº 393, que dispõe sobre os critérios de constituição de provisões técnicas a serem observados pelas operadoras de planos de saúde. Vai até dia 3/8. Entre os principais pontos da proposta estão a adoção de duas novas provisões – PEONA/SUS e Provisão de Insuficiência de Contraprestações. Outro aspecto discutido na nova norma é o procedimento a ser adotado em caso de mudança de porte da operadora, na medida em que as de grande porte (com mais de 100 mil beneficiários) devem apresentar obrigatoriamente metodologia atuarial própria.
A instituição das novas provisões é proposta para ser feita de forma escalonada. A expectativa da ANS é que as novas medidas aprimorem o controle financeiro das operadoras sobre suas atividades, que o beneficiário esteja protegido sabendo que estão vinculados a operadoras que são sustentáveis e que o acompanhamento econômico-financeiro feito por ela seja cada vez mais aprimorado. Clique aqui
ROL DE PROCEDIMENTOS
Consulta Pública nº 69, que trata do processo de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. O objetivo é colher sugestões e contribuições da sociedade para a elaboração de uma Resolução Normativa que irá regulamentar o processo administrativo de atualização da lista mínima de cobertura obrigatória dos planos de saúde. Vai até o dia 17/8.
O Rol é a lista mínima de procedimentos que os planos de saúde são obrigados a cobrir para assegurar a prevenção, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação de todas as enfermidades que compõem a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde. É obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei. A lista é atualizada a cada dois anos. Clique aqui
FATOR DE QUALIDADE
Consulta Pública nº 70, que propõe mudança nas regras do Fator de Qualidade (FQ). O objetivo é reunir informações, subsídios, sugestões ou críticas para alterar as Resoluções Normativas nº 363 e 364, de 2014, que tratam do tema. Prossegue até o dia 17/8. As normas dispõem sobre as regras para celebração de contratos entre as operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços e a definição de índice de reajuste de prestadores a ser aplicado pelas operadoras quando o contrato previr livre negociação como única forma de reajuste e as partes não chegarem a um acordo até os primeiros 90 dias do ano. Clique aqui
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Além destas consultas, haverá, entre os dias 24 e 25 de julho, audiência pública sobre reajuste de planos de saúde individuais ou familiares. As inscrições devem ser feitas até o dia 20/7, pelo e-mail