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Brasília (18/9/18) – O maior evento de lideranças do Sicoob, o Pense Sicoob – que ocorre nos dias 20 e 21, em Brasília, recebe nesta edição Ram Charan, um dos gurus internacionais da gestão empresarial. O objetivo do encontro, realizado a cada dois anos e que chega na sua 4ª edição, é inspirar e motivar os profissionais da linha de frente do Sicoob a liderar com excelência.
Com o tema O propósito nos une. A colaboração nos move, o encontro propõe uma análise a respeito do papel das lideranças do Sicoob como pilares de desenvolvimento do sistema, reforçando as características do modelo de negócio do cooperativismo de crédito que permitem identificá-lo como agente propulsor de uma nova economia solidária no Brasil.
A proposta é explorar, nestas relações, a ideia de que, juntas, essas lideranças são capazes de construir um Sicoob ainda mais forte, articulando um tipo de engajamento diferente, que não se restringe ao paradigma do mercado. O evento é destinado às lideranças das cooperativas singulares e centrais em todo o Brasil.
PROGRAMAÇÃO
Na ocasião, dia 20, às 16h, Ram Charan falará sobre suas experiências no mundo corporativo durante a palestra intitulada Liderança em um Mundo Incerto. Doutor pela Harvard Business School, escola onde também lecionou, Ram Charan orientou diversos CEOs de sucesso no mundo como Jack Welch, ex-presidente da GE, e escreveu 18 livros, entre eles 13 best-sellers, nas áreas de liderança e gerenciamento.
ESTRATÉGIA E MARCA
A programação terá, ainda, palestra do historiador Leandro Karnal, que falará sobre “Valor e Estratégia”. Karnal abordará como o protagonismo e confiança completam-se dentro de uma estratégia que foque no detalhe sem perder de vista o resultado. O cantor Léo Chaves, conhecido pela dupla sertaneja com o irmão Victor, levará sua palestra motivacional para o segundo dia de Pense Sicoob com o tema “Seja Uma Marca: a Grande Revolução”. (Sicoob)
Rio de Janeiro (11/9/18) – Os Sistemas OCB e OCB/RJ realizaram, na Casa do Cooperativismo Fluminense, o Seminário do Ramo Trabalho da Região Sudeste, destinado a cooperativas contempladas pela Lei nº 12.690/12. O evento, ocorrido no dia 5/9, teve por objetivo promover o diálogo entre os representantes do sistema cooperativista, com o intuito de apresentar a realidade do setor e mostrar os benefícios e resultados do cooperativismo tanto ao trabalhador associado quanto à sociedade.
O evento – que reuniu cerca de 60 pessoas, entre dirigentes de cooperativas, representantes do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho e colaboradores das unidades estaduais do Sistema OCB – debateu temas, como a Terceirização, Licitações e Contratos com a Administração pública e direitos sociais da Lei 12.690/12. Também foram apresentados os principais desafios e oportunidades identificadas pelas cooperativas do ramo.
O primeiro item da pauta foi a apresentação institucional do Sistema OCB, feita pela analista da Gerencia Técnica e Econômica do Sistema OCB, Carla Bernardes de Souza. Em sua fala, ela apresentou os números do cooperativismo no Brasil e as funções específicas das três instituições que compõem o Sistema OCB: Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Em seguida, Elza Cançado, diretora de relacionamentos e negócios da Coopersystem e representante estadual do Ramo Trabalho no Distrito Federal destacou as atividades desenvolvidas pela cooperativa, especializada em TI, nas áreas de desenvolvimento, manutenção, sustentação, treinamento e auditoria de sistemas, sites, programas para web e sistemas de mainframe e suporte à infraestrutura de informática e de redes.
CASOS DE SUCESSO
O diretor administrativo da Cooperativa dos Produtores de Artigos de Ferramentaria (Coopifer), de São Paulo, Vanildo Cesar Biazotto, apresentou a história, o objeto social, o organograma, o quadro de cooperados e funcionários e sua política de qualidade, responsável por manter a cooperativa há 19 anos, atuando forte no mercado.
Logo após, o diretor de marketing da Cooperativa de Trabalho dos Técnicos Industriais e Tecnólogos do Estado do Espírito Santo (Coopttec), Jamilson Machado, destacou as atividades ligadas às áreas de gestão, capacitação, tecnologia, agronegócios e meio ambiente. Para superar os desafios de se manter competitiva no mercado, a cooperativa utiliza o lema: “Enquanto houver sonho, sempre haverá possibilidade”.
O presidente da Cooperativa de Trabalho dos Consultores e Instrutores de Formação Profissional, Promoção Social e Econômica (Coopifor), José Ailton Carvalho, falou sobre a missão e o objeto da cooperativa, que presta consultoria e instrutoria em geral e ainda assistência e extensão rural.
Sobre desafios e oportunidades, o presidente reforçou que, pela qualificação dos 155 cooperados, o objetivo é ampliar a área de atuação da cooperativa para o Ramo Educacional.
Os cases do Rio de Janeiro ficaram por conta das cooperativas Educacional Escola Fribourg e de Trabalho e Produção de Catadores de Materiais Recicláveis de Irajá (Coopfuturo).
A primeira atua no município de Nova Friburgo e conta com 216 alunos. O case de sucesso é marcado por uma história de superação, como explicou a presidente Esther Araújo, que também é conselheira de administração do Sescoop/RJ e representante estadual do Ramo Educacional, junto à OCB/RJ.
Segundo ela, em 2011, a cooperativa Escola Fribourg passava por uma situação delicada. Com poucos alunos e cooperados, o temor de fechar as portas era grande. Para agravar a situação, no mesmo ano, Nova Friburgo e outras três cidades da Região Serrana foram castigadas pelas chuvas que deixaram 506 mortos.
Nada disso, no entanto, diminuiu a confiança que Esther tinha em seu potencial e no da equipe. A única solução foi arregaçar as mangas e ir pessoalmente às ruas, em busca de novos alunos.
“Saímos para panfletar pelo bairro. Oferecemos 100 bolsas gratuitas à comunidade de Olaria, bairro que sedia a escola. A intenção era os alunos estudarem de graça neste primeiro ano, para que tivéssemos oportunidade de mostrar a qualidade do nosso trabalho, a fim de que, no seguinte, investirem em nosso serviço. Foi desafiador e difícil convencer os pais e o grupo de cooperados de que essa era uma alternativa para não fecharmos as portas. Atualmente temos 642 alunos de várias classes sociais e 100% de adesão dos cooperados. Quando paro para pensar no assunto, vejo que esse foi um dos momentos mais desafiadores, mas também uma das maiores conquistas do nosso conselho”, comenta.
Já a Coopfuturo tem, hoje, 39 cooperados e, mensalmente, recolhe 230 toneladas de resíduos. Durante o Seminário, a presidente da cooperativa, Evelin Marcele, comentou como foi o desenvolvimento do trabalho nos últimos cinco e deu seu testemunho de como o cooperativismo mudou a vida dela e dos demais cooperados. “Não é fácil ser catador de material reciclável, mas o cooperativismo deu a dignidade que precisamos. Fazemos tudo da forma transparente e, hoje, os cooperados têm condições para fazer compras, pagar suas contas, entre outras questões”, comentou.
Lei 12.690/12
No período da tarde, o Seminário Regional foi focado na Lei 12.690/2012. No painel Licitações e Contratos com a Administração Pública, o procurador do Estado do Rio de Janeiro, Flávio Amaral Garcia, abordou o fato de muitas cooperativas do segmento serem impedidas de participarem de licitações e sua inconstitucionalidade. Em seguida, o assessor jurídico da OCB/RJ, Ronaldo Gaudio, abordou a terceirização por cooperativa de trabalho após a reforma trabalhista.
Por fim, a analista da gerência jurídica da OCB, Milena Tawany Gil Cesar comentou os Direitos Sociais da Lei 12.690/2012, como a retirada mínima dos cooperados, o repouso anual remunerado e outros pontos. “É importante que o cooperado tenha em mente que ele não é um empregado. Esse é um fator que é um problema recorrente e que precisa ser sanado”, finalizou.
AVALIAÇÃO
O saldo do evento foi bastante positivo. O presidente do Sistema OCB/RJ, Vinicius Mesquita, destacou o fato do ramo Trabalho ser a solução para o combate das mazelas do país. “O Seminário foi um sucesso e acredito que quem participou saiu do evento com uma nova perspectiva para o segmento, pois essa era uma proposta do evento”, comentou o presidente, que anunciou a retomada dos trabalhos para a elaboração de uma cartilha de recomendações das cooperativas de trabalho, explicando para os fiscalizadores as especificidades do segmento.
A coordenadora do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho e presidente da Fetrabalho/RS, Margaret Cunha, também falou do saldo positivo do evento. “Sabemos das dificuldades de cada região e o encontro foi importante para sabermos as demandas das cooperativas dos estados. Estamos fazendo a diferença”, disse.
O representante estadual do ramo Trabalho junto a OCB e secretário de finanças da OCB/RJ, Ildecir Sias, também comentou sobre o Seminário. “Foi um prazer o Rio de Janeiro sediar este evento. O segmento é muito forte e tem muitos desafios a serem implementados. As cooperativas foram as principais beneficiadas”, finalizou.
VISITA TÉCNICA
Na quinta-feira, 6 de setembro, representantes do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho visitaram a Cooperativa de Trabalho e Produção de Catadores de Materiais Recicláveis de Irajá (Coopfuturo). Lá, conheceram o espaço e o funcionamento da instituição.
Brasília (28/8/18) – As cooperativas que ainda não se inscreveram para participar do Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano devem se apressar, pois o prazo termina nesta quinta-feira (30/8). A premiação é realizada pelo Sistema OCB, a cada dois anos, como forma de reconhecimento público às boas práticas das cooperativas, com benefícios comprovados aos seus cooperados e às comunidades onde estão inseridas.
A ideia é que os casos premiados sejam replicados por outras cooperativas, ampliando, dessa forma, o alcance dos benefícios da prática diária da cooperação. Desde sua primeira edição, em 2004, já foram premiadas ações de mais de 80 cooperativas, elevando, assim, o nível de comprometimento tanto com a sustentabilidade do negócio quanto com as questões sociais.
CATEGORIAS
O prêmio está dividido em sete categorias: Comunicação e Difusão do Cooperativismo, Cooperativa Cidadã, Desenvolvimento Sustentável, Fidelização, Inovação e Tecnologia, Intercooperação e, a partir desta edição, Cooperjovem.
INSCRIÇÃO
Qualquer cooperativa, independentemente do ramo ou do porte, pode inscrever um projeto por categoria. As inscrições são gratuitas. Para garantir a inscrição, é preciso estar registrado e regular com o Sistema OCB, inclusive com o pagamento da Contribuição Cooperativista sobre o exercício 2017. E, para fortalecer o sistema como um todo, a cooperativa deve participar de um dos programas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). São eles:
- Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista (PAGC)
- Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC)
- Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA)
- Dia de Cooperar (Dia C)
Clique aqui para se inscrever.
Brasília (4/8/18) – Na nova edição da revista Goiás Cooperativo um dos destaques é a entrevista com o professor universitário Marcos Schwingel, que há 20 anos estuda o setor, no qual já exerceu diversas atividades em áreas como Negócios, Comunicação e Marketing. Para o especialista em Gestão de Cooperativas e Pedagogia da Cooperação três fatores são primordiais para o desenvolvimento do cooperativismo. São eles: conhecer os sonhos dos cooperados, investir no desenvolvimento profissional e envolver o público jovem.
Leia abaixo alguns trechos da entrevista. O material completo pode ser conferido, clicando aqui.
O cooperativismo ainda não consegue atrair jovens. O que precisa ser feito para mudar essa situação?
Estou trabalhando com dez cooperativas, com programa de jovens. Primeiro, temos que definir o que é jovem para a cooperativa. Hoje, há duas interpretações: uma que diz que vai até os 25 anos e a americana, que diz que vai até 35. Outro ponto em é que a cooperativa, hoje, é de velhos, ou melhor, de pessoas mais experientes. Não é que isso não valha. A gente precisa pegar essa experiência e trazer com as competências que os jovens têm. Mas não dá para uma cooperativa de pessoas experientes querer construir programas para os jovens.
O que a gente tem feito é trazer os jovens para a participação da construção de programas para eles mesmos. Hoje, a pessoa que mais consegue trabalhar essa mobilização do jovem no Brasil chama-se Edgard Gouveia. Ele criou um jogo, com uma metodologia chamada Oásis. Um dos passos é que os jovens participantes têm que apresentar um “milagre”, que é algo físico que o jovem precisa fazer. O jogo virtual começa com um jovem, que cria toda uma equipe e muda uma realidade social, a partir do disparo de uma mensagem de Whatsapp. E aí, o jogo vai evoluindo, sem dinheiro. Isso que é o bacana.
O jovem gosta muito de desafio e isso tem no cooperativismo, só que tem de ser numa linguagem diferente. A cooperativa não vai atrair jovens, se ela continuar fazendo assembleia do jeito chato que é hoje. Não vai trazer jovens se o presidente, embora tenha uma experiência, não entender que a cooperativa tem que ser feita para todos; ele não vai perder o poder se tiver essa coisa compartilhada. Então, é trazer essa horizontalidade para o cooperativismo.
E atrelado a tudo isso, pegar os valores de Rochdale com os valores atuais. Costumo dizer que valor é aquilo em que eu acredito, mas dificilmente mudo. E princípio é como eu boto em prática aquilo em que acredito. Então, em vez de decorar todo o estatuto de uma cooperativa, seu eu memorizar os sete princípios, sei o que está escrito no estatuto, essa é a lógica.
Hoje, a literatura traz nove valores do cooperativismo, mas gosto de trabalhar com dois que não aparecem ali, que são os que, para mim, a gente precisa resgatar com os jovens: o valor do diálogo e da ajuda mútua. Ajuda mútua, na verdade, é um ajudar o outro. Tem uma teoria de um padre chamado Odelso Schineider, da Unisinos, que fala que as cooperativas que deram certo foram as que conseguiram atrelar ajuda mútua com autoajuda.
Você disse que a gestão por propósitos e, não, por metas, é um caminho seguido por algumas cooperativas. Essa é uma tendência?
É. Tenho atuado muito com o ramo crédito e, nesse ramo, é uma tendência. Eu brinco que a gente fala, no crédito, que as cooperativas são quase iguais a um banco, mas não são um banco. Isso é uma mentira que a gente conta. E a gente conta muita mentira para o associado, por não saber o que está dizendo.
Essa é uma delas. A cooperativa é completamente diferente de um banco, mas tem produtos e serviços iguaizinhos aos dele. Essa é uma resposta certa. E esse “completamente diferente” é que precisa ser percebido, porque as pessoas não são aquilo que dizem, mas o que fazem. Não adianta a cooperativa dizer seus diferenciais se, quando o associado entrar nela, não perceber essas diferenças no atendimento, no relacionamento.
Tenho apostado muito nessa gestão do propósito, para mostrar, de fato, porque a gente é completamente diferente.
Junto com a crise econômica, o desemprego talvez seja um dos principais problemas do país. O cooperativismo pode ser uma alternativa nesse momento?
Ele é uma alternativa à crise, em todos os sentidos. Não é só uma questão de ser associado, mas até pela prática do 5º princípio, de educação, formação e informação. Na Região Sul, estão apostando muito nas cooperativas educacionais. Só no Rio Grande do Sul, são 110 cooperativas escolares, hoje. Tem a Casa Cooperativa, que fica na Rua Petrópolis, que já tem encontro dos presidentes de cooperativas escolares; tem treinamento para conselheiros dessas cooperativas.
Eu atendo alguns municípios e um deles, muito pequenininho, tem dificuldade enorme. Se ele não olhar para frente, vai deixar de existir, porque o número de alunos vem reduzindo muito, no interior de cidades pequenas, e a cooperativa escolar está ajudando toda a comunidade. Então, na verdade, é fazer esses jovens entenderem que, se sozinhos eles não conseguem, juntos, eles conseguem produzir alguma coisa e gerar uma economia para aquela região.
Digo que a crise não é financeira, é de valores. Ela tem uma coisa muito forte a ver com a crença das pessoas, tem a ver com individualismo. Quando eu realmente acredito que, se eu me juntar com alguém, consigo ser mais forte de verdade, não tem como não acontecer. Tem uma fala de um presidente que diz: “Se as coisas ainda não deram certo, é porque a gente ainda não se organizou”.
E essa forma de organização, para mim, é o cooperativismo. Então, mais do que ser um instrumento de organização econômica, de uma sociedade, o cooperativismo é um gerador de renda. Tem várias possibilidades em que ele ajuda os pequenos. Ele acredita no pequeno, não olha só a capacidade de pagamento. Como as cooperativas estão nos pequenos lugares, conhecem muito as pessoas.
Como é uma sociedade de pessoas, a cooperativa consegue olhar pelo ser humano e dizer: a pessoa não é assim, ela está assim. Gosto muito do cooperativismo, porque ele opta trabalhar com pessoas e não com rótulos. A pessoa não é um inadimplente, ela está inadimplente. Ela não é uma má pagadora, não pagou, porque está numa situação ruim.
Então, a cooperativa consegue olhar o momento em que a pessoa está vivendo, mas olha o todo dela e diz: “eu aposto em você”. E esse voto de confiança, nesses momentos de crises, nos momentos de dificuldade, é o que faz o cooperativismo forte. Ele vibra com o sucesso dos associados. Claro que precisa ter resultado, mas o maior deles é olhar efetivamente o resultado dos seus associados. É olhar a última linha do balanço com impacto social, ambiental e cultural.
Quer ler a entrevista na íntegra, clique aqui.
Brasília (24/8/18) – O cooperativismo é um movimento econômico feito por pessoas, para pessoas, e capaz de transformar a realidade das regiões onde as cooperativas atuam. E para mostrar isso à sociedade e, ainda, gerar orgulho e pertencimento naqueles que já praticam a cooperação diariamente, o Sistema OCB realiza as ações do movimento SomosCoop, desde o fim do ano passado.
Trata-se de uma grande campanha de marketing que conecta cooperativas, cooperados e integrantes do cooperativismo brasileiro em torno de uma única causa para tornar o jeito cooperativo de gerar resultados socioeconômicos conhecido e reconhecido pela sociedade. Por isso, durante a programação do 6º Fórum de Agricultura da América do Sul que ocorre em Curitiba, desde ontem, a analista de Comunicação Social do Sistema OCB, Gabriela Prado, apresentou, nesta sexta-feira, o Movimento SomosCoop ao público, composto por dezenas de representantes de cooperativas e dos demais elos do setor agropecuário dos países sul-americanos.
Segundo ela, apesar da relevância do cooperativismo, muita gente ainda desconhece os diferenciais desse modelo de negócios que, no Brasil, já tem mais de 13 milhões de cooperados e gera 380 mil empregos diretos. “Muitos consumidores acabam adquirindo produtos de cooperativas, mas não sabem a origem deles. Por isso, um dos objetivos do movimento SomosCoop é ampliar a percepção das pessoas sobre o cooperativismo e os diferenciais de seu modelo de negócios, mostrando que, por trás de um rótulo, há um rosto”, afirmou.
CAUSA COOPERATIVISTA
De acordo com Gabriela, o movimento SomosCoop tem um propósito que resume todas as questões que abrangem o cooperativismo, desde a qualidade dos produtos e serviços ofertados, passando pela capacitação de seus profissionais e incluindo também o alcance do setor na promoção de desenvolvimento econômico e social.
“Buscamos um mundo mais justo, feliz e equilibrado, com melhores oportunidades para todos. Nosso objetivo, portanto, vai além da consolidação do nosso modelo de negócios e de uma marca, simplesmente. Nós temos uma causa e queremos compartilha-la com todos aqueles que venham a conhecer as vantagens do trabalho cooperativo”, ressaltou.
INSPIRAÇÃO
Para a analista de comunicação do Sistema OCB, a criação do movimento partiu do pressuposto de que as pessoas não querem mais, apenas, comprar um produto com bom preço e qualidade. “Elas buscam uma experiência que traga um propósito maior, algo que toque seus corações, que tenha uma conexão emocional e que as inspire. Esse é o nosso propósito com o movimento SomosCoop”, concluiu Gabriela. (Com informações do Sistema Ocepar)
Brasília (27/8/18) – Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Melhores Práticas em Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral 2018. Cooperativas de garimpeiros de todo o país devem garantir sua participação até o dia 22/10. O regulamento e a inscrição podem ser conferidos clicando aqui.
O prêmio é uma iniciativa do Comitê Temático Rede Brasileira de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral – CT RedeAPLmineral, e tem por objetivo reconhecer as melhores práticas realizadas no âmbito da cadeia produtiva do setor mineral, que abrange os processos de pesquisa mineral, extração, beneficiamento, transformação mineral e comercialização dos produtos.
Podem concorrer os atores da mineração de pequeno e médio portes, organizados sob a forma de APL de base mineral que, por esforço próprio, parceria ou cooperação com entidades afins estabelecidas no Brasil, tenham tido êxito na realização de métodos e técnicas envolvendo procedimentos gerenciais e tecnológicos, com claros ganhos ambientais, financeiros e de mercado ao longo da cadeia produtiva.
Os interessados deverão inscrever apenas uma proposta conectada com um dos temas abaixo:
- Mineração;
- Formalização;
- Organização da produção (cooperativismo, associativismo, laboratorial ou economia solidária);
- Transferência e disseminação de tecnologia e inovação;
- Treinamento/capacitação;
- Inclusão social;
- Gestão e governança;
- Meio ambiente, saúde, segurança e higiene do trabalho.
Brasília (10/7/18) – O Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) acaba de publicar a nona edição da Revista de Gestão e Organizações Cooperativas (RGC), onde é possível conferir 10 trabalhos científicos apresentados durante o IV Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), uma realização do Sistema OCB e ocorrido em novembro passado, em Brasília.
A revista foi criada em 2014 e tem por objetivo divulgar a pesquisa empírica que testa, amplia ou constrói estudos voltados às organizações coletivas, contribuindo, assim, com a disseminação das mais modernas práticas de gestão. Para acessar o material, clique aqui.
ESCOLHA
Segundo o editor adjunto da RGC, Gabriel Murad Velloso Ferreira, os trabalhos apresentados no EBPC passaram, inicialmente, por duas avaliações de professores/pesquisadores. A primeira delas possibilitou selecionar os papers para o evento, em si, e, a partir dos resultados da primeira avaliação, a Comissão Científica do encontro encaminhou à revista os 30 trabalhos com as melhores notas.
No âmbito editorial do periódico, os materiais encaminhados passaram por outras duas avaliações que levaram em consideração critérios como, por exemplo, a consistência científica e a atualidade dos temas. Dessa forma, chegou-se aos 10 trabalhos que atendem às normas editoriais da revista.
Para o editor, que também é professor da Universidade Federal de Santa Maria, o cooperativismo é um assunto que tem despertado o interesse da comunidade acadêmica. “Ainda existe muito desconhecimento sobre esse modelo econômico e temos de ajudar a comunidade científica a compreender o importante espaço que o cooperativismo reserva. A pesquisa que contribui com as cooperativas fomenta o desenvolvimento local e regional”, analisa o professor Gabriel Ferreira.
IV EBPC
A quarta edição do EBPC teve como tema “Desenvolvendo negócios inclusivos e responsáveis: cooperativas na teoria, política e prática”. O EBPC visa evidenciar o cooperativismo como um modelo de negócios diferenciado e que precisa ser estimulado local e regionalmente e, ainda, promover uma aproximação entre a área acadêmica e a realidade das cooperativas brasileiras.
“A realização do EBPC e a publicação da revista refletem nossos esforços para incentivar a produção de conhecimento científico acerca do cooperativismo. Nossa intenção é promover, cada vez mais, um intercâmbio entre pesquisadores e, consequentemente, a difusão de novas perspectivas”, comenta a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira.
Brasília (17/7/18) – O cooperativismo brasileiro é um movimento econômico que participa ativamente da construção do futuro que deseja para o país. Por isso, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) reuniu e disponibiliza uma série de informações a respeito de consultas públicas propostas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A intenção é estimular que as cooperativas, cada vez mais, contribuam com a consolidação de um cenário onde o cooperativismo de saúde encontre os mecanismos legais e regulatórios para seu desenvolvimento.
Em geral, as consultas públicas debatem aspectos que envolvem o programa de certificação em atenção primária, a regulamentação (atualização de alguns normativos) e as provisões técnicas que devem ser realizadas pelas operadoras.
“Nossa expectativa é de que nossas cooperativas contribuam com sua experiência, propondo ajustes, melhorias e sugestões a fim de fortalecer o modelo cooperativista de saúde que, aliás, é o maior do mundo. Para nós, esses espaços são fundamentais para a defesa das especificidades do nosso modelo de negócio”, explica Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Consulta Pública nº 66, sobre o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde, que apresenta como principal projeto o Programa de Certificação em Atenção Primária em Saúde (APS). Vai até o dia 19/7. O Programa de Certificação em Atenção Primária em Saúde (APS) consiste na concessão, por intermédio de entidades acreditadoras independentes, de um selo de qualidade às operadoras que cumprirem requisitos pré-estabelecidos relacionados a essa temática.
O objetivo de instituir o selo APS é estimular a qualificação, o fortalecimento e a reorganização da atenção básica, por onde os pacientes devem ingressar no sistema de saúde. O projeto propõe ainda o estimulo à implementação de modelos inovadores de remuneração de prestadores no setor e a implementação de indicadores de atenção primária, em conformidade com evidências científicas, para monitoramento dos cuidados primários na saúde suplementar. Clique aqui
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Consulta Pública nº 67, sobre a proposta de Resolução Normativa que dispõe sobre a adoção de práticas de governança corporativa, com ênfase em controles internos e gestão de riscos pelas operadoras de planos de saúde. Vai até o dia 27/7.
Na elaboração da proposta de normativo foram levados em consideração o risco de insolvência e a descontinuidade de operações de planos de saúde decorrentes de falhas de controles internos e baixa capacidade de gestão de riscos - o que ameaça o atendimento prestado aos beneficiários. A proposta prevê que as operadoras que comprovarem o cumprimento dos requisitos essenciais estipulados na norma poderão se beneficiar de redução da exigência de capital. Clique aqui
MONITORAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Consulta Pública para alteração da Resolução Normativa nº 393, que dispõe sobre os critérios de constituição de provisões técnicas a serem observados pelas operadoras de planos de saúde. Vai até dia 3/8. Entre os principais pontos da proposta estão a adoção de duas novas provisões – PEONA/SUS e Provisão de Insuficiência de Contraprestações. Outro aspecto discutido na nova norma é o procedimento a ser adotado em caso de mudança de porte da operadora, na medida em que as de grande porte (com mais de 100 mil beneficiários) devem apresentar obrigatoriamente metodologia atuarial própria.
A instituição das novas provisões é proposta para ser feita de forma escalonada. A expectativa da ANS é que as novas medidas aprimorem o controle financeiro das operadoras sobre suas atividades, que o beneficiário esteja protegido sabendo que estão vinculados a operadoras que são sustentáveis e que o acompanhamento econômico-financeiro feito por ela seja cada vez mais aprimorado. Clique aqui
ROL DE PROCEDIMENTOS
Consulta Pública nº 69, que trata do processo de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. O objetivo é colher sugestões e contribuições da sociedade para a elaboração de uma Resolução Normativa que irá regulamentar o processo administrativo de atualização da lista mínima de cobertura obrigatória dos planos de saúde. Vai até o dia 17/8.
O Rol é a lista mínima de procedimentos que os planos de saúde são obrigados a cobrir para assegurar a prevenção, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação de todas as enfermidades que compõem a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde. É obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei. A lista é atualizada a cada dois anos. Clique aqui
FATOR DE QUALIDADE
Consulta Pública nº 70, que propõe mudança nas regras do Fator de Qualidade (FQ). O objetivo é reunir informações, subsídios, sugestões ou críticas para alterar as Resoluções Normativas nº 363 e 364, de 2014, que tratam do tema. Prossegue até o dia 17/8. As normas dispõem sobre as regras para celebração de contratos entre as operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços e a definição de índice de reajuste de prestadores a ser aplicado pelas operadoras quando o contrato previr livre negociação como única forma de reajuste e as partes não chegarem a um acordo até os primeiros 90 dias do ano. Clique aqui
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Além destas consultas, haverá, entre os dias 24 e 25 de julho, audiência pública sobre reajuste de planos de saúde individuais ou familiares. As inscrições devem ser feitas até o dia 20/7, pelo e-mail
Brasília (17/7/18) – Mais do que dinheiro, as quase mil cooperativas de crédito do país oferecem educação e inclusão financeira e, ainda, soluções adequadas às necessidades de cada cooperado, sempre a preço justo e em condições vantajosas. Esse jeito humanizado de fazer negócio e que mostra o cooperativismo como ferramenta de transformação social, acaba de ser reconhecido pelo Estadão, na segunda edição do Finanças Mais, que acaba de ser divulgada.
A publicação, elaborada em parceria com a Austin Rating, empresa de consultoria, apresenta uma radiografia das instituições líderes do setor financeiro no país. Para compor o material, foram analisadas as demonstrações contábeis publicadas em 2017.
Segundo o Estadão, as cooperativas de crédito “prosperaram na esteira da crise econômica e repetiram nesta edição de Finanças Mais a dobradinha nas duas primeiras colocações na categoria Bancos/Financiamento”.
Para o primeiro lugar, foi eleito o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e, para o segundo, o Banco Cooperativo Sicredi. O Bancoob e o Sicredi têm estrutura similar e são braços financeiros dos seus sistemas cooperativos, o Sicoob e o próprio Sicredi.
Para conferir a publicação na íntegra, clique aqui.
NÚMEROS DO SNCC
Nos últimos oito anos, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Banco Central, os indicadores mais representativos do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) apresentam crescimento acima da média, em relação aos seus concorrentes.
ASSOCIADOS – Em 2010, haviam pouco mais de 4,1 milhões de associados. Em 2017, as cooperativas de crédito atingiram a casa dos 9,7 milhões de cooperados, mais que dobrando de tamanho.
ATIVOS – No fim de 2010, os ativos do SNCC fecharam em torno de R$ 58,8 bilhões. Sete anos depois, esse valor fechou em mais de R$ 255,5 bilhões.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO – No fim de 2017, o SNCC acumulou um patrimônio líquido de mais de R$ 42,2 bilhões, praticamente quatro vezes mais que o registrado em 2010 (R$ 10,7 bilhões).
OPERAÇÕES DE CRÉDITO – Outro indicador que também cresceu foram as operações de crédito. Em 2010, ele era de R$ 26,4 bilhões ao passo que, em 2017, registrou praticamente R$ 88 bilhões.
DEPÓSITOS – Se considerarmos o volume de negócios, o setor tem fechado no azul, anualmente, desde 2010 (R$ 25,6 bi). No ano passado, para se ter uma ideia, esse indicador registou um volume de cerca de R$ 113,5 bilhões.
PONTOS DE ATENDIMENTO – A rede de atendimento do SNCC é uma das maiores do país e continua em ritmo acelerado de crescimento. Em 2017, haviam 5.936 pontos de atendimento espalhados em todas as regiões brasileiras. Vale destacar que em 454 municípios, as únicas instituições financeiras presentes são cooperativas.
Brasília (16/7/18) – Reconhecida por aliar a atividade de mineração às mais modernas práticas de proteção ambiental, a Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), no Mato Grosso, completa em 2018, 10 anos de fundação. E, para marcar o sucesso da cooperativa e, ainda, celebrar o Dia do Garimpeiro (21/7), os preparativos de uma programação bem extensa estão sendo finalizados, com o objetivo de mostrar a força do cooperativismo mineral e de como esse modelo econômico é capaz de transformar a realidade tanto das pessoas quanto das cidades.
DIAS 19 E 20
Com apoio da Coogavepe, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) promoverá nos dias 19 e 20/7, em Peixoto de Azevedo (MT), o 4º seminário das Províncias Metalogenéticas Brasileiras – Província Aurífera Juruena – Teles Pires. Serão 19 palestras técnicas e uma saída de campo para conhecer testemunhos de sondagens de alguns projetos em execução por empresas de mineração.
O município escolhido para receber o evento alcançou a produção de ouro de origem legal de 5,4 toneladas em 2016, representando mais de 60% da produção de ouro de origem garimpeira do estado de Mato Grosso. O seminário será realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, no centro da cidade.
O evento terá a presença de pelo menos 12 empresas de mineração que já atuam na região, além de universidades e consultores. Na oportunidade, serão apresentados os dados geológicos resultantes da investigação em andamento pela CPRM, que contribuirão para a reavaliação do potencial metalogenético da região.
A Província Aurífera Juruena – Teles Pires que engloba os estados do Mato Grosso, Amazonas e parte sul do Pará está inserida no contexto de dois compartilhamentos tectônicos: Província Rondônia-Juruena e Província Tapajós-Parima (Domínio Peixoto de Azevedo).
DIA 21
O Sistema OCB/MT promoverá, também com o apoio da Coogavepe, o Fórum das Cooperativas do Ramo Mineral, na Câmara de Vereadores de Peixoto de Azevedo, das 13h às 16h30. O evento discutirá, dentre outros temas, a autorização do titular do direito mineral para comercialização e a participação das cooperativas em leilões de área e, ainda, a criação de reservas garimpeiras. O objetivo é reforçar as relações entre as lideranças e aprofundar as discussões sobre os problemas e desafios atuais que enfrentam o Ramo Mineral.
DIA DO GARIMPEIRO
Nos dias 20 e 21 também ocorrerá a grande celebração pelo Dia do Garimpeiro. Missa, shows, feira de negócios, carreta e outras apresentações culturais marcarão a grande festa, que ocorrerá a partir das 19h (na sexta-feira) e, das 16h (no sábado) na Vila Olímpica de Peixoto de Azevedo.
COOGAVEPE
A Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe) é uma das grandes responsáveis, em nível nacional, por quebrar um paradigma: o de que os garimpos destroem o meio ambiente. Suas boas práticas têm chamado a atenção de veículos de comunicação, como a Globo, por exemplo (clique aqui) e, ainda, rendido grandes conquistas, dentre elas, a primeira colocação na categoria Desenvolvimento Sustentável, na 10ª edição do Prêmio SOMOSCOOP – Melhores do Ano, ocorrido em 2016 (clique aqui), e o Prêmio Melhores Práticas em APL de base mineral, realizado pela Rede APLmineral, com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em 2017.
O prêmio também é apoiado pelos Ministérios de Minas Energia e de Ciência, Tecnologia e Inovação e, ainda, pelo Centro de Tecnologia Mineral. A cooperativa mato-grossense ficou em segundo lugar e foi reconhecida por suas práticas relacionadas à pesquisa mineral, extração, beneficiamento, transformação mineral e comercialização dos produtos.
O presidente da cooperativa, Gilson Camboim, avaliou a conquista. “Para nós esse é mais um reconhecimento de que nossa cooperativa está no caminho certo. Sermos reconhecidos nesses prêmios é muito gratificante, pois mostram as boas práticas de um setor muito importante para o país e isso nos dá mais ânimo para continuar atuando com o respeito ao nosso cooperado e ao meio ambiente, sem perder o foco na melhoria contínua de nossos processos”, comenta o presidente.
NÚMEROS DA COOGAVEPE
- Completa 10 anos em 2018;
- Conta com 5,2 mil cooperados ativos;
- Atua em sete municípios: Guarantã do Norte, Matupá, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte;
- Foco: ouro, mas tem planos de expandir;
- Produção: cerca de 7 toneladas de ouro, em 2017;
- Principal cliente: mercado financeiro.
Brasília (11/7/18) – Com mais de 650 mil pessoas ligadas ao sistema e presença nos três estados do Sul do país, a Cecred é uma das principais entidades cooperativistas do país. Ao todo são 13 cooperativas filiadas, que juntas geram mais de R$ 6,5 bilhões em ativos. O crescimento e a busca por inovação presentes na história da instituição motivaram uma reestruturação de marca e uma das principais características deste novo momento é a evolução da identidade.
Por isso, desde o último dia 3/7, o Sistema Cecred passou a ser Sistema Ailos. O nome é baseado na palavra Ayllu, originada no século XVI, na região dos Andes, e denomina a base da sociedade Inca caracterizada pelo trabalho cooperativo.
A mudança, de acordo com o presidente do Conselho de Administração do Sistema Ailos, Moacir Krambeck, pretende destacar os objetivos centrais da instituição, que preza por ser uma organização estruturada e ao mesmo tempo simples, onde todos possam ser beneficiados. “Com esse posicionamento, não estamos apenas acompanhando as mudanças do mundo e sim fazendo parte delas. Quando se fala de economia colaborativa as pessoas são os agentes da transformação e esse conceito passa a estar presente em várias frentes”, argumenta.
O executivo explicou que, na prática, as agências continuam operando como antes, mas que, gradualmente, ocorrerá a substituição de produtos como cartões e talões de cheque, de forma prática e ordenada.
“Nossa essência permanece a mesma, assim como os serviços e a proximidade com os cooperados. O que será alterado é o visual das cooperativas ligadas ao Ailos, que passa a ser mais moderno e condizente com o nosso propósito. Nas fachadas de cada posto de atendimento, por exemplo, prevalecem as novas cores, mas com o nome da cooperativa”, comenta.
Confira abaixo a entrevista com o presidente do Conselho de Administração do Sistema Ailos.
O que motivou essa mudança de marca?
Moacir Krambeck - A mudança de marca foi motivada pela necessidade de evoluir e acompanhar as transformações do mundo, da sociedade, e principalmente, para acompanhar nossos cooperados. É uma maneira de fortalecer ainda mais nossa relação de confiança e aproximação e reafirmar nossa essência cooperativista. Essa evolução reflete a integração com os mais de 650 mil cooperados e com todas as cooperativas que integram o Sistema.
O que a palavra Ailos significa?
Moacir Krambeck - Ailos foi criado a partir do nome original Ayllus que era a organização social de um povoado Inca. Esse povoado era organizado em pequenas comunidades, ou seja, em Ayllus. As ferramentas usadas e o alimento originado da sua agricultura eram compartilhados entre os seus membros. Temos aqui, portanto, um registro de uma sociedade verdadeiramente colaborativa, que é a base do nosso novo posicionamento de marca.
Na prática, o que vai mudar?
Moacir Krambeck - A base das mudanças está no posicionamento de marca que passamos a assumir: a instituição financeira da economia colaborativa. Com esse posicionamento, não estamos apenas acompanhando as mudanças do mundo e sim fazendo parte delas. Quando se fala de economia colaborativa as pessoas são os agentes da transformação e esse conceito passa a estar presente em várias frentes: no novo nome, na comunicação e na nova arquitetura de marca, onde os logotipos de todas as cooperativas passaram a ser padronizados visualmente, facilitando a identificação das cooperativas singulares que fazem parte do Sistema Ailos. No entanto, as cooperativas singulares são as mesmas, com os mesmos nomes. Nosso propósito é a crença no cooperativismo como o melhor modelo para o cooperado e para o futuro da sociedade.
Haverá substituição de cartões, talões de cheque e outros produtos do Sistema?
Moacir Krambeck - Haverá uma mudança gradual. Os produtos começarão a ser substituídos conforme acabarem os estoques (no caso dos talões de cheque) ou conforme o seu vencimento (no caso dos cartões).
Poderia nos adiantar as linhas gerais da estratégia de consolidação da nova marca?
Moacir Krambeck - Vamos destacar os objetivos centrais da instituição, que preza por ser uma organização estruturada e simples, onde todos possam ser protagonistas do desenvolvimento local. Esse movimento transformador trazido pelo cooperativismo de crédito é a nossa essência. Atuar pelo fortalecimento da comunidade fazendo com que os cooperados sejam os membros ativos é uma característica muito presente e queremos reforçar isso por meio de uma marca que a evidencie ainda mais.
De forma mais ampla, quais os desafios/oportunidades do SNCC?
Moacir Krambeck - Acredito que Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) tem como desafio básico, transformar o cooperativismo de crédito efetivamente numa rede, independentemente de marca, uma só infraestrutura que atenda aos 9,3 milhões de cooperados em todo o país. Com certeza, haveria uma redução de custos significativos aos cooperados e melhoraria, em muito, a sustentabilidade das cooperativas.
Segundo informações do Banco Central (2017), a média de idade dos associados a uma cooperativa de crédito é 45 anos. O Sistema Ailos tem se preocupado em atrair o público jovem para sua carteira?
Moacir Krambeck - A faixa etária de cooperados do Sistema Ailos está em 38 anos de idade, sendo que a idade modal é de 28 anos. A mudança da marca reflete um novo posicionamento de marca bastante atual e que se comunica com todos os públicos, inclusive o jovem que já está muito presente nas nossas cooperativas. O Sistema Ailos está sempre preocupado em gerar oportunidades para que todos, independentemente da idade, sejam agentes transformadores da comunidade onde estão inseridos.
Brasília (25/6/18) – Cooperativas são empresas formadas por pessoas e é por isso que o Sistema OCB estimula a realização de ações e iniciativas focadas nos cooperados, seus familiares e naqueles que vivem em seu redor. E reconhecer as ideias que impactam positivamente a realidade das famílias ligadas ao cooperativismo é o objetivo do Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano, que em 2018 terá a sua 11ª edição.
As inscrições estão abertas a partir desta segunda-feira e vão até o dia 30 de agosto. Para participar da seleção dos casos de sucesso, basta que os interessados acessem o site do prêmio, conheçam as regras e garantam sua inscrição.
Uma das condições para participar é que a cooperativa esteja inscrita em um dos programas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), tais como: Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista (PAGC), Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA) e Dia de Cooperar (Dia C).
CATEGORIAS
O Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano é dividido em sete categorias: Comunicação e Difusão do Cooperativismo, Cooperativa Cidadã, Desenvolvimento Sustentável, Fidelização, Inovação e Tecnologia, Intercooperação e, a partir desta edição, a categoria Cooperjovem, programa nacional que busca disseminar nas escolas e na comunidade a cultura da cooperação, por meio de atividades educativas baseadas nos princípios e valores do cooperativismo. Vale destacar que cooperativas de todo o Brasil, independente do setor de atuação ou porte, podem participar da premiação.
TRANSFORMAÇÃO
O Prêmio destaca as boas práticas das cooperativas em diversas áreas, a fim de conquistar um número cada vez maior de cidadãos identificados com o movimento. A proposta é apresentar ações de cooperativas em todo o país que tragam benefícios aos cooperados e à comunidade local.
“As cooperativas transformam realidades. Geram trabalho, renda, dignidade em todos os cantos do país. São comprometidas com as comunidades onde se localizam e sua atuação é focada em pessoas, por meio do investimento no profissionalismo da gestão. Isso ocorre quando elas colocam em prática os princípios e os valores que fazem da cooperação o jeito mais humanizado de fechar negócios e de criar um ambiente onde todos ganham, com eficiência e foco no mercado. Por isso, poder reconhecer essas iniciativas é fundamental”, explica o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
SOBRE O PRÊMIO
O Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano ocorre a cada dois anos e é promovido pelo Sistema OCB. E os vencedores desta edição serão conhecidos no dia 30 de outubro, em uma cerimônia de premiação nacional, em Brasília/DF.
SERVIÇO
O que: Inscrições Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano
Quando: De 25 de junho a 30 de agosto de 2018
Inscrições e mais informações: www.premiosomoscoop.coop.br
Premiação: 30 de outubro de 2018, em Brasília/DF.
Brasília (22/6/18) – “Era sofrido demais ficar debaixo do sol, com fome e sede, procurando comida”, afirma Rosa Maria Rosa, que vive na periferia de São Luís (MA). O depoimento representa bem a dura vida de mais de 52 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de R$ 387 por mês.
O dado é da Síntese dos Indicadores Sociais, divulgado pelo IBGE no final de 2017, e mostra o quanto o Brasil ainda precisa caminhar quando o assunto é geração de trabalho, emprego, renda e cidadania. Somente dessa forma é possível erradicar a pobreza extrema não só aqui, mas no mundo todo, conforme preveem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
E, por serem empresas formadas por várias pessoas, as cooperativas têm feito a parte delas. Com iniciativas voluntárias, duradouras e transformadoras, elas mostram que atitudes simples podem mudar a vida de gente como a Rosa, lá do Maranhão. Por meio do movimento Dia de Cooperar (Dia C), caracterizado por projetos que mostram a preocupação das cooperativas com a comunidade, ela viu sua vida transformada, ao participar das ações do projeto Cooperar, da Cooperativas dos Hortifrutigranjeiros (Cohortifrut).
120 MIL
Depois de sentir na pele que cooperar vale a pena, Rosa Maria Rosa é uma das voluntárias que mostram como as atitudes simples mudam o mundo. E, para celebrar o sucesso das ações que podem melhorar os indicadores sociais, as cooperativas convidam a todos para participarem da celebração do Dia de Cooperar, que ocorre no próximo dia 30/6, em mais de mil cidades em todos os cantos do Brasil, com atividades promovidas por mais de 120 mil voluntários.
2 MILHÕES
No ano passado, o Dia C beneficiou mais de 2 milhões de pessoas. E o trabalho não para. Em 2018 e nos próximos anos, essas iniciativas serão expandidas com o objetivo de demonstrar as razões pelas quais as cooperativas são consideradas empresas que aliam desenvolvimento econômico ao social.
SERVIÇO
Celebração do Dia C
Local: clique aqui para saber onde a programação vai ocorrer
Data: 30 de junho
#VemCooperar
“Não temos que olhar a concorrência e dizer que vamos fazer melhor... Temos que olhar a concorrência e dizer que vamos fazer diferente.” (Steve Jobs)
Em 25 de junho de 2003, por meio da Resolução nº 3.106, do Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante proposta do Banco Central do Brasil (BC), o cooperativismo financeiro conquistava o direito de estender os seus benefícios societários e operacionais a toda a sociedade, independente de vínculo profissional ou econômico das pessoas físicas e jurídicas interessadas em integrar o movimento. É o que no sistema cooperativista chamamos de livre admissão.
Do lado dos usuários de serviços financeiros – público em geral –, a liberdade de acesso a outro fornecedor, com características singulares, especialmente o de compartilhar a propriedade do empreendimento, revelou-se igualmente um importante triunfo.
O uso da prerrogativa pelas cooperativas permite que mitiguem os riscos inerentes à concentração em segmentos específicos. Já o contato com novos públicos, por outro lado, traz mais complexidade à gestão, exigindo maior qualificação profissional.
Da mesma forma, a diversificação e a amplitude associativas, além da extensão do atendimento nos médios e grandes centros urbanos, viabilizou, economicamente, o ingresso das cooperativas em pequenas e remotas comunidades pelo interior do país, muitas delas até então desprovidas de produtos e serviços bancários. Aliás, hoje em mais de 600 localidades brasileiras os serviços bancários – crédito, entre eles - chegam à população graças, unicamente, às cooperativas. É dizer, sem as cooperativas centenas de milhares de trabalhadores e empreendedores teriam de deslocar-se a outras praças, provocando evasão de riquezas e empobrecimento de suas comunidades.
O aumento na escala de usuários igualmente estimulou e tornou possível a oferta de produtos e serviços além da captação e do crédito, facultando aos cooperados a migração integral para a cooperativa e livrando-os de um segundo relacionamento bancário, sempre oneroso e operacionalmente inconveniente.
Para se ter ideia do (acelerado) crescimento nessa década e meia de livre admissão, o cooperativismo financeiro saltou de 1,9 milhão, em 2003, para 9,8 milhões de membros, em 2017. Fazendo um recorte somente das cooperativas de livre admissão em 31/12/2017, constata-se que, apesar de somarem apenas 1/3 das entidades, elas detêm mais de 70% das agências, representam 74% dos cooperados e concentram 75% dos depósitos, das operações de crédito e dos ativos do cooperativismo.
A propósito de custos de produtos e serviços, considerando que não visam ao lucro – pois o seu cliente é também o seu dono –, as cooperativas, à medida em que ampliam a sua escala associativa e operacional conseguem praticar tarifas e taxas de juros mais em conta que o sistema bancário convencional. Em muitos casos nem mesmo há cobrança de pacotes de tarifas, e em algumas linhas de crédito a taxa de juros chega a ser 50% inferior à praticada pelos demais agentes financeiros, de acordo com o Relatório de Economia Bancária/2017, do BC. Essa precificação diferenciada, só em 2017, gerou um ganho econômico agregado para os cooperados na ordem de R$ 20 bilhões, valor este que permaneceu nas respectivas comunidades irrigando a economia local.
Em síntese, a atuação societária e operacional irrestrita permite que as cooperativas cumpram com maior efetividade os seus quatro grandes objetivos: promoção da inclusão e educação financeiras; desenvolvimento econômico, pela retenção e reinvestimento da poupança nas próprias comunidades; atendimento integral das demandas financeiras dos cooperados, com preços justos e mediante um atendimento qualificado ; motivação para o reposicionamento do mercado bancário como um todo na busca de maior convergência com as expectativas dos seus clientes.
Os resultados já alcançados demonstram o acerto da abertura normativa, que se tornou um marco no processo de emancipação das cooperativas. E o que se reserva ao cooperativismo financeiro? Entre desafios e oportunidades, o segmento haverá de partir para uma consolidação estrutural, eliminando atividades e componentes organizacionais redundantes em todos os níveis (cooperação intrassistêmica) e intensificando a colaboração entre as diferentes bandeiras (cooperação intersistêmica); deverá dar continuidade ao processo de aprimoramento da governança, tanto estratégica como executiva; precisará avultar e qualificar os investimentos em tecnologia, até mesmo para acompanhar a revolução em curso no mundo digital; terá de escalar o número de cooperados, dedicando especial atenção aos ingressantes no mercado bancário, e com eles intensificar o relacionamento operacional.
SOBRE O AUTOR
Ênio Meinen, diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e coautor/autor, respectivamente, dos livros Cooperativismo financeiro: percurso histórico, perspectivas e desafios e Cooperativismo financeiro: virtudes e oportunidades. Ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo, obra esta também versionada em língua inglesa sob o título Financial cooperativism: virtues and opportunities. Essays on the endurance of cooperative entreprise.
Brasília (27/6/18) – O cooperativismo é um modelo de negócio que alia desenvolvimento social e econômico, teoria e prática. Por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) se uniram para estimular a produção científica com foco nas cooperativas e, ainda, aproximar os pesquisadores do dia-a-dia dos cooperados brasileiros.
Na primeira chamada pública organizada pelo Sescoop e CNPq, o número de inscrição superou as expectativas. No total, 374 projetos de pesquisa garantiram sua participação na seleção, que escolherá 28 trabalhos, cujos autores receberão um estímulo financeiro para o custeio das pesquisas, além de bolsas. O valor total destinado aos projetos a serem selecionados é R$ 2,7 milhões.
Segundo a diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini, como o cooperativismo é uma área relativamente nova no cenário de pesquisas acadêmicas e também no âmbito do CNPq o número de projetos inscritos impressionou.
“Por ser uma área inovadora, acreditávamos que a comunidade teria, sim, interesse em participar da seleção. Assim, atuamos de forma bem intensa no sentido de divulgar a chamada, em várias frentes e de diversas maneiras, junto a universidades e centros de pesquisa. O resultado foi, realmente, muito expressivo”, avaliou.
EIXOS
Os projetos de pesquisa devem estão alinhados aos seguintes eixos:
a) Impactos econômicos e sociais do cooperativismo nas comunidades e no país. Neste eixo foram inscritos 151 projetos;
b) Competitividade e inovação nas cooperativas, com 139 intenções de pesquisa;
c) Governança cooperativa, que contou com 67 inscrições;
d) Cooperativismo e cenário jurídico, com 17 projetos inscritos.
REGIÕES
Essa chamada de trabalhos de pesquisa científica também foi um sucesso em relação à participação de pesquisadores de todas as regiões do país. O Sul, por exemplo, foi a região que mais inscreveu projetos. No total, os pesquisadores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul completaram com sucesso o registro de 133 projetos. No ranking, as demais regiões aparecem nas seguintes posições: Sudeste (103), Nordeste (69), Centro-Oeste (36) e Norte (33).
PRÓXIMOS PASSOS
Os projetos inscritos entrarão, em breve, na fase de análise. Para saber do resultado final, fique atento às atualizações do site do CNPq.Confira, abaixo, a entrevista realizada com a diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini:
Como a senhora avalia o interesse dos pesquisadores pelo cooperativismo?
Adriana Tonini - Nossa avaliação é extremamente positiva, especialmente se considerarmos a distribuição da temática nas quatro linhas (impactos econômicos e sociais do cooperativismo nas comunidades e no país; competitividade e inovação nas cooperativas, governança cooperativa e cooperativismo e cenário jurídico).
Essa divisão por linhas permitiu despertar, no pesquisador, o interesse dentro de sua área de pesquisa para a submissão das propostas e, ainda, promover uma distribuição regional, o que explica a quantidade significativa do número de propostas, que representam significativamente o mapa do nosso país, pois recebemos inscrições de todas as regiões.
O número de projetos inscritos era esperado? Como o CNPq avalia a demanda?
Adriana Tonini - Como o cooperativismo é uma área relativamente nova no cenário de pesquisas acadêmicas e também no âmbito do CNPq, o número de projetos inscritos superou nossas expectativas. Contudo, por ser uma área inovadora, acreditávamos que a comunidade teria, sim, interesse em participar da seleção. Assim, atuamos de forma bem intensa no sentido de divulgar a chamada, em várias frentes e de diversas maneiras, junto a universidades e centros de pesquisa. O resultado foi, realmente, muito expressivo.
A chamada representa um avanço na aproximação entre as cooperativas e as instituições de ensino e pesquisa?
Adriana Tonini - Com certeza! Conforme comentei anteriormente, o tema cooperativismo é algo novo e, considerado a grande demanda que tivemos nesta chamada, podemos inferir que o assunto estava carente de investimentos que estimulassem a pesquisa e, em consequência disso, as descobertas que fortaleçam a atuação das cooperativas de maneira sustentável. Acredito que conseguimos atender aos anseios reprimidos de um grupo grande de pesquisadores, em todo o território nacional, o que pode ser constatado pela inscrição de projetos localizados nas cinco regiões do país.
De que forma o CNPq enxerga esse relacionamento entre academia e cooperativas?
Adriana Tonini - Nós, do CNPq, não vemos outro caminho para a transferência e a difusão de tecnologia e, ainda, para a geração de produtos, processos e serviços inovadores que não seja por meio das parcerias entre academia e institutos de pesquisa. E, agora, com esse estímulo do movimento cooperativista, uma nova fronteira se abre, nos auxiliando na nossa missão, que é a de fomentar a Ciência, Tecnologia e Inovação e atuar na formulação de suas políticas, contribuindo para o avanço das fronteiras do conhecimento, o desenvolvimento sustentável e a soberania nacional.
Em sua opinião, por que é tão importante para o cooperativismo investir em pesquisa?
Adriana Tonini - Porque esse investimento trará benefícios à sociedade como um todo, afinal, as cooperativas são responsáveis por promoverem o desenvolvimento econômico e social tanto dos seus cooperados quanto das comunidades onde estão inseridas. Além disso, espera-se também que essas pesquisas contribuam para o aprimoramento e melhoria da gestão econômica e social dessas organizações.
Que mensagem deixaria aos pesquisadores inscritos na chamada ou que buscam mais incentivos para desenvolver pesquisas sobre o cooperativismo?
Adriana Tonini - Bem, nós sabemos que, devido ao valor total da chamada, apenas cerca de 7% de todas as propostas inscritas serão efetivamente aprovadas e, assim, custeadas. Por isso, gostaria de dizer aos pesquisadores que ainda não foram contemplados que busquem formas de implementar suas propostas de pesquisas. Agindo assim, eles estarão contribuindo para a geração de novos conhecimentos e propiciando, ainda, avanços teóricos e metodológicos acerca do cooperativismo.
Para além disso, esperamos poder lançar, em breve, novas chamadas que oportunizem contemplar outras propostas, afinal de contas, temos a certeza de que grande parte dos projetos inscritos tem potencial para impactar, positivamente, essa área de conhecimento.
Por fim, gostaria de destacar nosso agradecimento a todos os pesquisadores que participaram desse processo. Na medida em que as ideias forem saindo do papel, por meio da execução das pesquisas em si, teremos a certeza de que valeu a pena. Com o interesse dos pesquisadores e com as informações das cooperativas o Brasil inteiro só tem a ganhar... e muito.
Brasília (22/6/18) – Discutir o contexto que envolve a prestação de serviços terceirizados por cooperativas de trabalho. Este é um dos objetivos do Seminário do Ramo Trabalho da Região Sul, realizado no início desta semana pelo Sistema OCB e Sescoop/RS, em Porto Alegre. O evento contou com a participação de representantes do movimento cooperativista de todo o país.
A abertura do seminário contou com o presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius, do representante da diretoria da OCB no Conselho Consultivo do Ramo Trabalho, Petrucio Magalhães, do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS), Tarcísio Minetto, e da coordenadora do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho e presidente da Fetrabalho/RS, Margaret Garcia da Cunha.
As lideranças fizeram uma breve contextualização a respeito dos seminários regionais, que têm sido promovidos pela OCB, com a intenção de discutir a realidade e as oportunidades do segmento, visando o desenvolvimento sustentável das cooperativas de trabalho.
TERCEIRIZAÇÃO
O primeiro painel do evento foi mediado pela coordenadora jurídica da Ocepar, Micheli Mayumi Iwasaki, e teve como tema Cooperativas de Trabalho e Terceirização. O advogado trabalhista, José Pedro Pedrassani, discorreu sobre as diferenças entre uma empresa S.A e uma cooperativa, as responsabilidades social e econômica de cada uma, os deveres e direitos dos associados, como por exemplo o mesmo direito de voto.
Em seguida, a assessora jurídica da OCB, Milena Cesar, falou sobre a atuação da entidade, junto aos Três Poderes da instituição, com foco na Lei da Terceirização e seus impactos no cooperativismo. O advogado trabalhista, Tiago Machado, defendeu que a Lei da Terceirização não se aplica às cooperativas de Trabalho e que o estatuto social da cooperativa é a fonte de direito que rege a ligação entre ela e seus associados. Após uma análise dos julgamentos da Justiça do Trabalho ele instruiu que as cooperativas se organizem de forma sistêmica e verticalizada e busquem o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego para ampliar, ainda, a profissionalização da gestão.
Por fim, o desembargador federal do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, Luís Alberto de Vargas, lembrou da origem do cooperativismo de Trabalho, suas vantagens para o associado, sua responsabilidade de educar e formar cidadãos mais conscientes, algumas vantagens da Lei da Terceirização para o ramo e finalizou: “Vocês não podem ter medo de dialogar com as autoridades. Vocês têm uma bela história. Não se envergonhem e continuem lutando”.
GESTÃO
Ao abrir o segundo painel do dia, que tratou dos Programas de Gestão das Cooperativas e teve como mediador o coordenador de Autogestão e Treinamento do Sescoop/SC, Élvio Silveira, o superintendente técnico-operacional do Sistema Ocergs, Gerson Lauermann, enfatizou que para contribuir cada vez mais para a transparência e melhoria da gestão das cooperativas é preciso ter informação.
Segundo Lauermann, o Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA) transforma essas informações em indicadores de desempenho, que oferecem dados e números que proporcionam saber como estão as cooperativas. Destacou, ainda, que o GDA é uma das ferramentas disponíveis para o acesso, de forma rápida, fácil e confiável, às principais informações econômicas e financeiras de todas as cooperativas da sua região.
Lauermann afirmou, ainda, que as cooperativas precisam dar resultado e agregar valor ao cooperado. O discurso é reforçado pela gerente de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas do Sistema OCB, Susan Miyashita Vilela, que também participou como palestrante do painel. “Sem viabilidade econômica a cooperativa não existe e sem viabilidade social a cooperativa não tem razão de existir. A cooperativa precisa dar resultado e para poder dar resultado ao cooperado ela precisa agregar valor ao mesmo”, afirmou.
Ao explanar sobre o GDA, Susan ressaltou que qualquer empresa precisa ter acompanhamento para obter resultado. “Para a OCB, o resultado se torna palpável a partir de três eixos: Gestão, Governança e o eixo Ser Cooperativa”, enfatiza.
Susan comentou sobre o índice de melhoria das cooperativas de Trabalho que aderiram aos programas de gestão. De acordo com o levantamento da OCB, o índice das cooperativas do ramo é de 60,4% no primeiro ano de adesão ao GDA, percentual inferior ao índice nacional de todos os ramos, que é de 65,9%. O ramo Trabalho apresenta índices de 75,3%, 81,3% e 86,7% no segundo, terceiro e quarto ano, respectivamente.
JUDICIÁRIO
No âmbito jurídico, Mário De Conto coloca o desenvolvimento de modelos de governança democrática, e a visão do judiciário trabalhista e do Ministério Público do Trabalho a respeito do cooperativismo de Trabalho como desafios do setor.
“O modelo do cooperativismo de Trabalho pode sim dar certo, desde que se demonstre que o resultado do trabalho vai efetivamente para o trabalhador, e que se comprove que o cooperativismo de Trabalho pode ser uma instância democrática de serviço. Esse é o nosso desafio, demonstrar essa viabilidade do modelo do cooperativismo de Trabalho para que ele possa ter papel dentro dessa nova economia, dessa economia digital”, afirmou De Conto.
Entre as oportunidades levantadas, além do cooperativismo de plataforma, os representantes das cooperativas destacaram a gestão pró-sustentabilidade do ramo Trabalho, a importância da busca de mercados, a lei da terceirização e as ferramentas de gestão oferecidas pelo Sistema OCB.
OPORTUNIDADE
O terceiro painel do evento contou com a mediação da analista técnica e econômica do Sistema OCB, Carla Bernardes de Souza, e teve como tema central o debate sobre as inovações e as plataformas de negócios que surgem como oportunidade para as cooperativas. Em sua explanação, o desembargador federal do Tribunal Regional do Trabalho, Ricardo Fraga, salientou a importância de o movimento cooperativista buscar o diálogo e a aproximação com o Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de esclarecer e dirimir as dúvidas sobre as particularidades da legislação cooperativista, ainda de difícil compreensão por parte dos órgãos competentes.
Fraga afirmou que o cooperativismo traz em sua essência o papel de organizador social. “O nosso papel hoje é de sermos organizadores sociais e, por isso, o cooperativismo tem muito a contribuir. Para aumentar a coesão social, o cooperativismo é um grande tema e uma excelente alternativa”, complementou.
Brasília (19/6/18) – A Alemanha é considerada um dos países onde o jeito cooperativo de fazer negócio já possui uma base sólida, sustentada por um importante tripé: arcabouço jurídico favorável, significativa participação econômica e reconhecimento da sociedade. E, por isso, representantes do cooperativismo brasileiro estiveram lá, durante toda a última semana. O objetivo da imersão foi conhecer a experiência das cooperativas agropecuárias alemãs para, então, identificar e replicar boas práticas que possam ser desenvolvidas aqui no Brasil.
A missão internacional faz parte de um acordo de cooperação técnica firmado em julho do ano passado, entre Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Confederação das Cooperativas Alemãs (DGRV).
Ambas as instituições pretendem viabilizar, no âmbito das cooperativas agropecuárias brasileiras, serviços de alta qualidade, de acordo com as necessidades de qualificação, fortalecimento da gestão, padronização de processos e potencialização de controles e resultados.
Durante a viagem, os brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais de perto sobre o sucesso do movimento cooperativista alemão. O grupo visitou confederações de cooperativas, federações regionais, cooperativas e, ainda, o Ministério de Alimentação e Agricultura do país. O roteiro incluiu, também, uma visita a Academia das Cooperativas da Alemanha (ADG), uma das mais famosas do mundo.
A ADG foi criada em 1970 e é a responsável pela capacitação de diretores e executivos de cooperativas (particularmente diretores dos bancos cooperativos) e também dos auditores que atuam diretamente no movimento cooperativista da Alemanha. A Academia é uma associação sem fins lucrativos e seus sócios são as cooperativas da Alemanha que realizam uma contribuição anual, com base em seus ativos.
“É sempre muito rico conhecer a realidade do movimento cooperativista de outros países, especialmente, o da Alemanha, já consolidado social, econômica e politicamente. Ver como eles conseguiram superar as dificuldades que ainda temos por aqui é, certamente, um caminho alternativo para vencermos os obstáculos seja no âmbito da gestão ou de marcos legais que estimulem o desenvolvimento das cooperativas brasileiras”, avalia Renato Nobile.
DGRV
A Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV) é o órgão de representação das cooperativas na Alemanha. Desenvolve o trabalho de representação política, capacitação dos cooperados, além de auditoria e avaliação do desempenho em seu mercado de atuação.
Na Alemanha, a legislação obriga que todas as cooperativas sejam auditadas a cada ano. O mandato de auditoria foi outorgado à DGRV e às federações regionais de auditoria. Desta maneira, as cooperativas estão sujeitas a auditorias estatutárias. Outra tarefa fundamental das federações é assessorar as cooperativas, em particular no que se refere a gestão de negócios, questões jurídicas e a organização de atividades de capacitação e treinamento.
A nível nacional existem quatro federações orientadas para determinados ramos que cuidam dos interesses das cooperativas afiliadas (assessoria, coordenação, informação e atividades de governança):
- BVR: Associação Federal de Bancos Populares e Bancos Raiffeisen responde pelo interesse de todos os bancos filiados.
- DRV: Federação Alemã Raiffeisen, atendendo a cooperativas rurais de mercadorias, industrialização e serviços.
- ZGV e.V: Federação Central dos Grupos Industriais Integrados atende as cooperativas industriais de mercadorias e serviços.
- ZDK: Federação Nacional das Cooperativas de Consumo.
Brasília (8/6/18) – Quem desenvolve algum projeto científico sobre o cooperativismo ou pretende estudar esse modelo de negócio tem até a próxima quarta-feira, dia 13, para participar da chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O edital conta com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e o prazo de inscrição foi prorrogado até a semana que vem.
Os objetivos são estimular a produção científica sobre a realidade das cooperativas e, ainda, aproximar os pesquisadores de universidades do dia a dia dos cooperados brasileiros. Ao todo, 28 trabalhos serão selecionados e receberão estímulo financeiro para o custeio das pesquisas e bolsas. O valor total destinado aos projetos é de R$ 2,7 milhões.
As propostas devem versar sobre assuntos que se enquadrem em um dos seguintes eixos: impactos econômicos e sociais do cooperativismo nas comunidades e no país; competitividade e inovação nas cooperativas, governança cooperativa e cooperativismo e cenário jurídico.
Os projetos devem ter duração de dois anos e podem concorrer a duas faixas de investimentos. A primeira, de até R$ 25 mil, é direcionada a mestres e recém-doutores. A segunda, de até R$ 150 mil, é voltada para doutores. Para ficar por dentro de todas as informações, é só conferir o edital no site do CNPq. Lá também é possível encontrar um modelo de elaboração de proposta.
Brasília (8/6/18) – O Dia de Cooperar (Dia C) é um programa que só dá certo porque conta com voluntários e parceiros muito especiais. A Caixa Econômica Federal, por meio da Gerência de Produtos Lotéricos, é um deles. A instituição financeira está contribuindo com a divulgação da marca do Dia C 2018, impresso nos 84 mil bilhetes da loteria federal, cuja extração ocorrerá em 7 de julho, Dia Internacional do Cooperativismo, às 19h. Os interessados em adquirir os bilhetes podem se dirigir a qualquer casa lotérica do país, na semana entre 18 e 22 deste mês. O valor total da extração é de R$ 350 mil.
“Assim, todos os brasileiros que comprarem o bilhete poderão ver que atitudes simples movem o mundo e reforçam o conceito de que uma grande transformação é o resultado de pequenas ações, muitas vezes até individuais, mas que engajam, inspiram e motivam outras pessoas a fazerem a parte delas”, comenta a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira.
Celebração
Em função da copa do mundo, a data da celebração do Dia C foi antecipada para o dia 30 de junho.
Impacto
Só no ano passado, mais de dois milhões de pessoas foram beneficiadas pelas iniciativas de quase 1,6 mil cooperativas, realizadas em todas as regiões do país, por mais de 120 mil voluntários. Vale destacar que as iniciativas do movimento Dia de Cooperar estão alinhadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas, com o objetivo de erradicar a pobreza extrema no mundo até 2030.
Essas iniciativas também reforçam o propósito do Movimento SomosCoop: tornar o cooperativismo mais conhecido pela sociedade e despertar o orgulho naqueles que já fazem da cooperação uma prática diária.
Acesse o site o Dia C e conheça a iniciativa!
Brasília (5/6/18) – Por sua capacidade de gerar trabalho, emprego e renda, aliando o social ao econômico e, assim, transformando realidades ao redor do mundo, mais de 1,2 bilhão de cooperados, em 107 países, celebrarão em 7 de julho, o Dia Internacional do Cooperativismo. A data é estimulada pela Aliança Cooperativa Interancional (ACI), organismo de representação global das cooperativas, da qual a OCB faz parte.
A ideia da ACI é que, nessa data, as cooperativas ao redor do globo, num mesmo dia, realizem ações que mostrem a força do cooperativismo. Por isso, todos os anos, a Aliança define um tema e um slogan para marcar a celebração. Assim, neste ano, o tema Consumo e Produção Responsável faz referência ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 12 (clique aqui para conhecer), estabelecido pela ONU, visando a erradicação da pobreza no mundo até 2030. Quanto ao slogan, a ACI propôs o seguinte: “Sociedades sustentáveis por meio da cooperação”.
NO BRASIL
Aqui no Brasil, desde 2015, o Sistema OCB decidiu promover duas celebrações na mesma data: o Dia Internacional do Cooperativismo, que sempre ocorre no primeiro sábado do mês de julho, e o Dia de Cooperar, um movimento composto por iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, em todos os estados brasileiros, e que estão alinhadas com os ODS, da Onu.
Entretanto, por conta dos jogos da Copa do Mundo, o Sistema OCB decidiu antecipar em uma semana as duas celebrações. Assim, as cooperativas brasileiras, apoiadas pelas organizações estaduais e unidade nacional do Sistema OCB realizarão suas ações e iniciativas no dia 30 de junho.
MENSAGEM GLOBAL
Confira abaixo a mensagem da ACI direcionada às cooperativas de todo o mundo a respeito do Dia Internacional do Cooperativismo:
96º DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO
24º DIA INTERNACIONAL DE COOPERATIVAS DAS NAÇÕES UNIDAS
Sociedades sustentáveis por meio da cooperação
No dia 7 de julho de 2018, cooperados de todo o mundo celebrarão o Dia Internacional das Cooperativas. Por meio do slogan Sociedades Sustentáveis através da cooperação, mostraremos que, graças aos nossos valores, princípios e estruturas de governança, as cooperativas possuem tanto sustentabilidade quanto resiliência em sua essência, já que o interesse pela comunidade é o sétimo de seus princípios orientadores. A Aliança Cooperativa Internacional está incentivando seus associados a usarem a hashtag #CoopsDay e o guia dos cooperados (versão em espanhol) para divulgar o evento.
“Nós representamos 1,2 bilhão de cooperados. Não há outro movimento econômico, social e político no mundo que, em menos de 200 anos, tenha crescido tanto quanto nós. Mas o crescimento não é o mais importante. Nós consumimos, produzimos e usamos os recursos que o planeta nos dá, de forma cuidadosa e com muito respeito ao meio ambiente e com as comunidades. É por isso que somos um parceiro fundamental para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas ”, afirma o presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Ariel Guarco.
Sociedades sustentáveis são aquelas que correspondem aos limites ambientais, sociais e econômicos e conduzem ao crescimento. Por sua própria natureza, as cooperativas desempenham um papel triplo:
• Como atores econômicos, criam oportunidades de emprego, meios de subsistência e geração de renda;
• Como empresas centradas nas pessoas com objetivos sociais, contribuem para a igualdade e justiça social;
• Como instituições democráticas, são controladas por seus associados, desempenhando papel de liderança na sociedade e nas comunidades locais.
Enquanto um relatório recente da PwC mostrou que duas em cada cinco empresas ainda ignoram ou não possuem engajamento significativo com os ODS, as cooperativas assumiram a liderança. As cooperativas têm participação importante para cumprir todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e seus alvos associados.
Em 2016, a Aliança Cooperativa Internacional lançou a campanha Coops For 2030 para demonstrar o compromisso das cooperativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e celebrar a contribuição cooperativa para tornar o mundo um lugar melhor.
As cooperativas têm experiência na construção de sociedades sustentáveis e firmes. Por exemplo, muitas cooperativas agrícolas trabalham para manter a longevidade da terra onde cultivam, por meio de práticas agrícolas sustentáveis. As cooperativas de consumo, cada vez mais, apoiam o abastecimento sustentável de seus produtos e educam os consumidores sobre o consumo responsável. As cooperativas habitacionais ajudam a garantir moradias seguras e acessíveis.
Os bancos cooperativos contribuem para a estabilidade graças à sua proximidade aos seus clientes e proporcionam acesso a financiamento a nível local e são abrangentes mesmo em áreas remotas. As cooperativas de serviços estão envolvidas no acesso rural à energia e à água, e muitas delas estão engajadas na liderança da transição energética para contribuir com a democratização da energia elétrica.
As cooperativas sociais e de trabalho em diversos setores (saúde, comunicações, turismo, etc.) visam fornecer bens e serviços de maneira eficiente, criando empregos sustentáveis e de longo prazo – e elas o fazem cada vez mais de maneira amigável ao planeta.
“No Dia Internacional das Cooperativas, vamos mostrar ao mundo: que é possível crescer com democracia, igualdade e justiça social; que nossas sociedades não podem continuar desperdiçando recursos e excluindo pessoas; que devemos melhorar o presente e preservar o futuro para as próximas gerações; e que nos orgulhamos de fazer parte desse movimento. Um movimento com valores e princípios. Um movimento comprometido com a justiça social e a sustentabilidade ambiental”, afirma Guarco.