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A Câmara aprovou o novo marco legal para o uso de garantias para obtenção de crédito no Brasil (PL 4.188/21), nessa quarta-feira (1º). O Sistema OCB tem acompanhado os desdobramentos da matéria, desde sua publicação, tendo em vista sua importância para facilitar a desburocratização do acesso ao crédito. A instituição atuou junto aos deputados da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e ao relator do novo marco, deputado João Maia (RN) pela adequação do texto às características específicas do cooperativismo. A medida segue agora para apreciação no Senado Federal.
Uma das previsões do projeto é a possibilidade de extensão da alienação fiduciária. Isso significa que o mutuário (quem recebe o empréstimo) pode solicitar outra operação, desde que seja do mesmo credor utilizando o instrumento de alienação fiduciária, que garantiu a operação anterior, e também, desde que não haja outra obrigação contratada com credor diverso com o mesmo imóvel posto em garantia.
A Emenda de Plenário 25, apresentada pelo deputado Arnaldo Jardim (SP), coordenador do Ramo Crédito da Frencoop, incluída no texto, estende essa permissão para outros credores do mesmo sistema cooperativo. Segundo Jardim, permitir a utilização do dispositivo por outros credores do mesmo sistema de crédito cooperativo “contribuirá para maior oferta de recursos aos associados”.
“Como as operações do cooperado com o banco cooperativo contam, em sua maioria, com fiança ou aval da cooperativa singular a qual ele é associado, o procedimento extrajudicial de consolidação da garantia será sempre realizado por ela, pois pagará o Banco e se sub-rogará na garantia. Por isso, não existirão problemas jurídicos decorrentes da consolidação extrajudicial por diferentes credores”, pondera o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A origem - O texto enviado pelo Poder Executivo tem por objetivo facilitar o uso das garantias de crédito, reduzir custos e juros de financiamentos, e aumentar a concorrência. Para isso, será criado um serviço de gestão especializada de garantias e a previsão de resgate antecipado de letras financeiras.
Essas operações ficarão a cargo de instituições gestoras de garantias (IGGs), que são pessoas jurídicas de direito privado cujo funcionamento dependerá de autorização do Banco Central a partir de critérios definidos pelo Comitê Monetário Nacional.
A Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (1º), a Medida Provisória 1.100/2022 que trata da venda direta de etanol aos postos de combustíveis, inclusive por cooperativas. A medida também contempla a preservação do Ato Cooperativo para ajustar a tributação referente às contribuições sociais PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita bruta auferida na venda de álcool às especificidades do modelo de negócio cooperativista. A proposta segue agora para análise no Senado Federal.
Na prática, a medida adequa as Leis 9.478/1997 e 9.718/1998, que tratam das operações de compra e venda de etanol hidratado combustível no Brasil. O Congresso Nacional já havia debatido o tema no final de 2021 por meio da MP 1063/2021, que desconsiderava o Ato Cooperativo nas operações com etanol e, por isso, a necessidade de adequação da norma.
A Lei foi sancionada em janeiro com vetos nos trechos que permitiam ao produtor negociar diretamente com distribuidores, revendedores varejistas de combustíveis, transportadores e mercado externo, e que autorizavam o revendedor a adquirir etanol hidratado desses mesmos tipos de fornecedores.
Para o deputado Vinicius Carvalho (SP), relator da proposta e membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a medida é “conveniente e oportuna, uma vez que há necessidade de se implementar ações que gerem maior competitividade na venda de etanol e maior concorrência no mercado de combustíveis”.
O texto da MP 1.100 foi construído em parceria com o governo federal, em especial com a Receita e a Casa Civil, após uma série de discussões com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as cooperativas do setor. “Nossa principal preocupação era a preservação do ato cooperativo e o direto à exclusão das receitas decorrentes da base de cálculo de PIS e Cofins”, explica a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella. Ainda de acordo com ela, o Sistema OCB continuará monitorando a tramitação da medida no Senado, para garantir a manutenção do texto acordado.
O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo (ES) comemorou a aprovação da medida provisória e destacou a importância da natureza do Ato Cooperativo. “Ele é o coração da cooperativa e desconsiderar isso pode ser fatal para nossos negócios. Cada vez mais precisamos dar condições para que as cooperativas poderem produzir e ajudar no desenvolvimento econômico e social do país e essa medida é fundamental neste sentido”, disse Melo.
O Sistema OCB lançou nesta quarta-feira (1º) a publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, que tem como objetivo nortear os candidatos à Presidência da República na elaboração de políticas públicas voltadas ao movimento. Dividido em cinco eixos temáticos, a publicação apresenta as principais contribuições das cooperativas em prol do desenvolvimento do país e destaca as ações, projetos e normas que necessitam da ação do governo para a sua continuidade, ampliação ou implementação. A obra está disponível no link.
O primeiro eixo foca no protagonismo do movimento cooperativista na busca por uma nova economia, caracterizada pela demanda cada vez maior da sociedade por negócios pautados em propósito, com valores e resultados compartilhados, senso de comunidade, transparência, sustentabilidadede e integridade. Neste contexto, são defendidas propostas de adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, legislações e políticas públicas de apoio e estímulo ao cooperativismo, inserção do modelo de negócios em novos mercados e espaços de representatividade e de participação.
Já o segundo eixo trata do cooperativismo como modelo econômico de desenvolvimento sustentável, no qual são destaque as propostas em prol da segurança alimentar, do combate à fome, da agregação de valor às cadeiras produtivas e de transição para uma economia de baixo carbono. As cooperativas são responsáveis por grande parte dos alimentos que consumimos em nossas casas todos os dias e por isso devem estar no centro da Agenda 2030, estabelecida pela ONU. Aliás, enquanto o mercado incorpora aos poucos as dimensões ESG (Ambiental, Social e Governança, em português), para o cooperativismo, estes fatores fazem parte das suas raízes, estão presentes em seu DNA.
A atuação das cooperativas em prol de cidades e comunidades mais prósperas é o tema central do terceiro eixo. Nele, são destacadas a importância das cooperativas na prestação de serviços de interesse público com maior dinamismo e eficiência. Neste aspecto, destacamos as principais contribuições do cooperativismo para a inclusão financeira e desenvolvimento local e regional, bem como o papel do nosso movimento para o acesso ao crédito a produtores e pequenos negócios. Este eixo aborda também as propostas do cooperativismo no desenvolvimento do Norte e do Nordeste; para o acesso universal aos serviços de saúde; energia de qualidade no campo e nas cidades; para a educação inclusiva, equitativa e de qualidade; além da questão da mobilidade urbana, do aproveitamento do potencial turístico e de lazer e da moradia própria para a população.
O quarto eixo está direcionado à construção do futuro do trabalho pela cooperação. A ideia é desenvolver ações para promover a proteção social e a geração de renda por meio das cooperativas. Assim, pensar em cooperativismo é também refletir sobre políticas públicas de incentivo às novas tendências de se trabalhar em rede, conectar pessoas e colocá-las no centro das tomadas de decisão de seus próprios negócios, por meio do empreendedorismo coletivo e da autogestão
As bases estruturantes para impulsionar o Brasil estão no último eixo da publicação. Nele são detalhados pontos de relevância que precisam estar na pauta do futuro governo para garantir um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento do país, como previsibilidade e estabilidade econômica, contas públicas e responsabilidade fiscal, investimento em infraestrutura e aumento da competitividade. O eixo traz ainda, sugestões de soluções para a promoção da educação como base de desenvolvimento e para o estímulo a instituições públicas mais eficazes, responsáveis e transparentes.
Números
A publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo traz ainda dados consolidados sobre os sete ramos do cooperativismo e o papel das cooperativas enquanto modelo de negócio sustentável, ambientalmente responsável e socialmente justo.
Em números, o Brasil conta atualmente com 4,8 mil cooperativas, sendo 2,4 mil delas com mais de 20 anos de atuação no mercado. O movimento tem 17,1 milhões de cooperados e gera cerca de 455 mil empregos diretos. O total de ativos do cooperativismo ultrapassa R$ 655 bilhões, por ano.
O Ramo Agro, por exemplo, representa 53% da produção de grãos do país e 71,2% dos produtores são da agricultura familiar. Congrega ainda, mais de 8 mil profissionais dedicados à assistência técnica e extensão rural. O setor conta com 1.173 cooperativas, mais de 1 milhão de cooperados e é responsável por gerar mais de 200 mil empregos diretos.
O Ramo Crédito, por sua vez, se destaca por possuir a maior rede de atendimento entre as instituições financeiras do país. Conta com mais de 7,6 mil pontos, chegando em municípios onde grandes bancos não estão presentes. São 775 cooperativas, 11,9 milhões de cooperados e mais 79 empregos diretos gerados.
O Ramo Saúde, com suas 758 cooperativas, 292 mil cooperados e mais de 116 mil empregos gerados, representa 32% do mercado de saúde suplementar. As cooperativas do setor estão presentes em 85% dos municípios brasileiros e são responsáveis pela administração de 11,9 mil leitos em 149 hospitais distribuídos em 25 estados.
O Ramo Infraestrutura, com cooperativas localizadas majoritariamente no meio rural e em municípios do interior do país, hoje conta com mais de 4 milhões de usuários em 806 municípios brasileiros, com as maiores notas na qualificação do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor.
Outro ramo relevante, o de Transportes, conta com 984 cooperativas, mais de 89 mil cooperados e gera cerca de 5 mil empregos diretos. É responsável ainda por 450 milhões de toneladas de carga movimentada anualmente, sem contar o transporte de passageiros.
Prosperidade
Para além dos pontos destacados na publicação, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que o modelo de negócios cooperativista é capaz de garantir prosperidade para a sociedade, ao impulsionar a geração de trabalho e renda, o acesso a mercados (nacional e internacional) e o desenvolvimento das regiões brasileiras.
“Ao longo dos últimos anos, o cooperativismo tem se consolidado como alternativa para o sistema econômico do Brasil, uma vez que conseguimos, em um mesmo movimento, trabalhar todos os aspectos do desenvolvimento sustentável e da nova economia. E esse é nosso diferencial competitivo. Esta publicação registra o empenho do nosso movimento em colaborar com a economia brasileira. Então, ao apontar as demandas mais urgentes do setor, acreditamos que, de forma conjunta, os Três Poderes podem contribuir para o desenvolvimento do país, construindo um Brasil mais forte e cooperativo”, afirma Freitas.
Confira a publicação na íntegra: https://in.coop.br/propostas_coop
O Sistema OCB esteve presente na comemoração dos dez anos do Código Florestal. O evento foi promovido, nessa terça-feira (31), pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e contou com diversas autoridades e personalidades que ajudaram na construção do Código, previsto na Lei 12.651/12.
A superintendente Tania Zanella, que também é 2ª vice-presidente secretária do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), destacou a participação do Sistema OCB nos debates e nas etapas do processo legislativo que resultou no Novo Código Florestal. “Sempre nos posicionamentos em defesa do desenvolvimento sustentável em amplo aspecto como: proteção ambiental, justiça social e viabilidade econômica”.
O presidente da FPA e secretário-geral da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Sergio Souza (PR), frisou a relevância do IPA para a elaboração do Código. “Muito do que nós estamos comemorando aqui é resultado do trabalho de todos que estão aqui. Não podemos esquecer da FPA, do IPA com o apoio técnico, e de todos os que se dedicam ao setor agropecuário diariamente. É motivo de muita honra servir à sociedade brasileira e ao meu país. Poder representar as causas do nosso povo brasileiro, em especial do produtor rural”, disse.
“Algumas coisas ainda precisam ser implementadas, mas aquilo que já foi colocado em prática é motivo de comemoração. Lutaremos juntos pela melhoria da Lei e para que ela esteja sempre presente na vida do brasileiro”, afirmou o senador Zequinha Marinho (PA), também membro da Frencoop.
Os parlamentares integrantes da Frencoop, em mandato durante a elaboração da Lei, foram reconhecidos em vídeo-agradecimento. São eles, o presidente do colegiado, deputado Evair de Melo (ES); e os deputados Sérgio Souza (PR), Neri Geller (MT), Pedro Lupion (PR), Aline Sleutjes (PR), Giovani Cherini (RS), Beto Rosado (RN), Darcísio Perondi (RS), bem como o atual ministro da Agricultura, Marcos Montes (MG), deputado na época.
O que foi realizado
O processo de implementação efetiva do Novo Código Florestal engloba cinco etapas: inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR); análise e validação do CAR; regulamentação do Programa de Regularização Ambiental (PRA); finalização da implementação do PRA; execução e monitoramento dos projetos de regularização da Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal. Até agora, apenas o primeiro eixo se encontra em pleno desenvolvimento. A efetivação gradual da Lei foi prevista como uma estratégia pertinente durante sua elaboração.
O Sistema OCB participou de evento, nesta quarta-feira (1º), em comemoração ao Dia Mundial do Leite, promovido pela cooperativa Frimesa, pelo Sistema Ocepar e pelo Presente Rural. O encontro, em formato híbrido (presencial e virtual) foi realizado na cidade de Marechal Cândido Rondon (PR) e contou com a presença do coordenador da Câmara Setorial do Leite da OCB, Vicente Nogueira Netto.
O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, abriu os trabalhos reforçando a importância das cooperativas de leite no desenvolvimento do Paraná. “Começamos pequenos. Nosso crescimento tem sido gradativo e temos muito mais a expandir. Fomos os primeiros a colocar o leite na caixinha, o que foi fundamental para que comercializar a bebida nos grandes centros de consumo. Antes disso o leite durava apenas três dias”, descreveu.
Ainda segundo ele, os dados comprovam a força da cooperativa atualmente. “Para se ter uma ideia, em 1980 produzíamos 60 mil litros/dia e, em 2021, foram 850 mil litros/dia. Antes o produtor Além disso, nos últimos anos tomamos posições importantes: somos a terceira maior indústria de lácteos do Paraná e a 12ª do Brasil. Nossa missão é prover alimentos de valor para as pessoas e queremos continuar crescendo cada vez mais”, completou.
Vicente Nogueira apresentou palestra com o tema Reflexões Sobre o Mercado de Leite. De acordo com o coordenador, é importante dar mais espaço para a ciência e menos para o "achismo"; distribuir melhor a renda dos brasileiros e elaborar políticas de convivência com os excedentes de produção. “Precisamos de mais cooperativas de leite no Brasil, pois elas têm esta vocação para coordenar a relação como os produtores, especialmente, na questão da escassez e de excedentes. A atividade já passou por diversas fases e percebemos que, com o cooperativismo, ela é contínua, com um olhar adiante”, defendeu.
Para ele, a garantia de um futuro melhor para a atividade leiteira passa, fundamentalmente, pela ciência, a exemplo do que a Embrapa vem realizando com investimentos em tecnologia e inovação. “Por outro lado, nossa população é grande e precisa ter poder de compra para consumir mais. Durante a pandemia, por exemplo, com a ajuda dos auxílios, a população consumiu cerca de 8% a mais de leite longa vida. Então, há mais mercado a ser explorado”, acrescentou.
Produção nacional
Vicente Nogueira também apresentou percentuais da produção nas diferentes regiões brasileiras, que analisaram dados entre as décadas de 1990 e 2020. “Na década de 90, o Sudeste representava 47,8% da produção e, em 2020, somou 34,3%; A região Sul saltou de 22,5% para 34%. No Nordeste a mudança foi menor, de 14,1% para 13,9%; o Centro-Oeste manteve os 11,7% e a região Norte saltou de 3% para 6% da produção nacional. Neste período, o Brasil foi de 3,3 bilhões de litros de leite, em 1990, para 12,1 bilhões, em 2020”.
O coordenador ponderou ainda que os índices do Centro-Oeste tendem a crescer, em especial, no norte do Mato Grosso. “O estado vende muçarela para São Paulo, o que me faz acreditar que a atividade leiteira cresce aonde o relevo é mais movimentado, onde a agricultura não chega com tanta força e o custo da terra não fica tão alto”, observou.
Brasil x Mundo
Vicente Nogueira demonstrou que dez países são responsáveis por 58% da produção mundial de leite de vaca. O Brasil ocupa a terceira posição, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia, seguido por China, Alemanha, Rússia, França, Paquistão, Nova Zelândia e Turquia.
O consumo per capta de leite no Brasil ainda é baixo comparado a outros continentes, com pouco mais de 160 litros por habitantes/ano. A Oceania consome mais de 300 litros por habitantes/ano; os EUA, 250; e a Ásia e África até 120.
A comemoração contou também com palestra do Secretário de Agricultura do Estado, Norberto Ortigara sobre a Importância do Status Sanitário das Propriedades Leiteiras do Paraná. E Leite 4.0: Desafios e Oportunidades foi o tema apresentado pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, esteve presente no 15º Encontro de Mulheres Cooperativistas, em Araxá (MG). O evento é promovido pelo Sistema Ocemg e acontece até sábado (28) com programação exclusiva para mulheres do cooperativismo mineiro. Tania palestrou na roda de diálogo Coragem como Movimento de Futuro, nesta quinta-feira (26), juntamente com Grazi Mendes, head de Diversidade, Equidade e Inclusão na ThoughtWorks, empresa de consultoria global de tecnologia.
A superintendente destacou que o estímulo às novas lideranças femininas se faz necessário, pois, no mundo, apenas 22,6% dos cargos de gerência são ocupados por elas. No Brasil, em 2021, 39,1% destes cargos eram delas e o percentual caiu para 37,1%, em 2022, segundo pesquisa do IBGE. “Embora as mulheres tenham mais anos de estudo e frequentem mais a escola, recebem apenas 77,7% do rendimento dos homens”, afirmou.
Ao trazer a questão para a realidade cooperativista, Tania expôs dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2021, apontando que dos mais de 17 milhões de cooperados, quase metade (40%) são mulheres e que 39% da força de trabalho das cooperativas é representada por elas. Apesar disso, somente 17% dos cargos de liderança no movimento são ocupados por mulheres.
“Precisamos ocupar esses espaços, não apenas porque somos capazes e receptivas, mas porque a diversidade é uma alavanca de performance para os mais variados modelos de negócios e um time diverso traz uma compreensão melhor de mercado. Dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da ONU, três itens (igualdade de gênero; trabalho decente e crescimento econômico; e redução das desigualdades) reforçam que mais mulheres precisam assumir cargos de liderança”, ponderou Tânia.
Transformando realidades
Tania também apresentou cases de mulheres que inspiram o movimento como o da Evelin de Brito, presidente da CoopFuturo, primeira coop de reciclagem da Penha (RJ), e eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) a melhor gestão de empoderamento feminino no Brasil.
O trabalho da Rainha da Soja, Cecilia Flavigna, que é conselheira e diretora da Cocamar, Cooperativa Agroindustrial do Paraná, e lidera uma das maiores produtoras de laranja do Brasil, referência em produtividade, também foi destacado.
Já a atuação de Eliana Medeiros, primeira mulher a assumir a presidência da Coomapem, cooperativa do Amazonas com 55 anos de atuação na produção de fibra e juta foi mais um case destacado. Além disso, a superintendente apresentou um episódio da websérie Mulheres de Fibra, que retrata ações de mulheres cooperativistas que fazem a diferença em suas comunidades.
A superintendente destacou ainda que o Sistema OCB, por meio de seu Comitê Nacional de Mulheres, mais conhecido como Elas pelo Coop, lançou recentemente o Manual de implementação de comitês femininos nas cooperativas com a intenção de aumentar a participação delas no movimento.
Mais sobre o encontro
A palestra de abertura do Encontro de Mulheres Cooperativistas, com o tema É Preciso se Reinventar, foi proferida pela jornalista Glória Maria.
Nesta sexta-feira (27), a roda de ação será com Adriana Melillo, consultora na ISVOR Educação Corporativa, e Cláudia Moura, consultora de Soluções Educacionais Corporativas. O diálogo Não Somos Invisíveis – Diversidade para Além dos Muros da Cooperativa, será com Gabriela Augusto, especialista em Diversidade e Inclusão; Lisiane Lemos, professora do MBA de Tecnologia para Negócios da PUC-RS e escolhida pela revista Forbes como uma das jovens que fazem a diferença no Brasil; e Vanusia Nogueira, diretora Executiva da Organização internacional de Consciencioterapia (OIC).
No sábado (28), a programação conta com terapia sonora com Cibele Oliveira, psicóloga, professora de canto, terapeuta sonora e gestora cultural, além de mais uma roda de ação com Adriana Melillo e Cláudia Moura. O encerramento será com a palestra-show Cuidado com Ela, com a poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz brasileira, Elisa Lucinda.
O Sistema OCB participou, na última semana, de missão internacional no Quênia organizado pelo escritório regional da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) na África. O 9º Comitê Temático da Conferência Ministerial das Cooperativas Africanas abordou projetos de intercooperação entre cooperativas da África e também com outros países. O Brasil foi convidado para apresentar como trabalha o tema e tem desenvolvido seus processos de intercooperação ao longo dos anos.
O coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Silva Martins, destacou dois projetos apoiados pela Agência Brasileira de Cooperação. O primeiro com Botsuana, que contribui para o desenvolvimento de cooperativas de horticultores, e o segundo com a Argélia, para apoiar a criação e consolidação de cooperativas de mulheres artesãs na região Sul do país.
“Abordamos também as possíveis oportunidades de intercooperação entre as cooperativas africanas, interagimos com diversos dirigentes e detalhamos como o Sistema OCB entende a transferência de conhecimentos entre cooperativos de países diferentes”, informou Martins.
Ainda segundo ele, também foram descritas as ações que deram certo em parcerias duradouras do Sistema OCB como as realizadas com a Alemanha e com países de língua portuguesa, em especial Moçambique. “A lei do cooperativismo de Moçambique, implementada em 2009, é inspirada na brasileira. Um grupo de técnicos da OCB auxiliou na proposição do projeto de lei que criou as regras e fortaleceu o ambiente jurídicos para as cooperativas daquele país. Foi a primeira proposição vinda da sociedade aprovada por unanimidade pelo Parlamento de Moçambique”, descreveu o coordenador.
Martins reforçou que a participação do Brasil no evento foi muito positiva pela troca de conhecimentos que representou. “Pudemos falar dos projetos que temos em andamento, tanto oferecendo quando recebendo intercooperação e também dos desafios que as cooperativas brasileiras enfrentam no momento, as agendas que buscamos aprovar junto aos poderes e outros temas sobre os quais temos nos debruçado, assim como conhecer muitas experiências significativas desenvolvidas pelo cooperativismo africano”, concluiu.
A participação das cooperativas nos programas do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) foi aprovada pelo Plenário do Senado, nessa terça-feira (31). A proposta, prevista no Projeto de Lei 2.380/21, reformula as diretrizes de operação do Fundo e permite que as cooperativas que atuam no setor recebam este suporte financeiro e fomentem o turismo nacional.
O texto recebeu sugestões e, com isso, precisará passar por nova votação na Câmara dos Deputados. O relator, senador Carlos Portinho (RJ), que também é membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), agradeceu o apoio do Plenário na aprovação do parecer.
“É fundamental abrir o leque para fomentar cada vez mais setor de turismo. Estou feliz com a aprovação do projeto, do meu relatório, com manutenção da inclusão das cooperativas no rol de entidades que poderão acessar o Fungetur. Essa diversificação é importante para atender todo o setor, desde o micro até o macro”, defendeu Portinho.
A ampliação do acesso aos recursos oriundo do Fundo para investimentos e expansão terá, por consequência, aumento na geração de emprego e renda, segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. “Esta é mais uma resposta que o Legislativo dá reforçando a importância do diálogo entre a OCB e a Frencoop. É o nosso modelo de negócios sendo reconhecido e estimulado no Parlamento. Ganham as cooperativas e se beneficiam as comunidades onde estão inseridas”, pontuou.
O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Evair Vieira de Melo (ES), comemorou mais este avanço na tramitação. “Lutamos para que esta proposta, com a inclusão das cooperativas, fosse aprovada com a maior celeridade possível. Estou feliz, pois sabemos que o cooperativismo é fundamental para a nossa economia. Então, reconhecer e conceder melhorias as cooperativas é fazer um Brasil maior e mais forte”, destacou.
A origem
O projeto teve origem na Comissão de Turismo da Câmara com a intenção de ampliar os instrumentos de atuação do Fungetur e permitir que o Fundo possa atuar no compartilhamento do risco de crédito dos mutuários em suas linhas de financiamento a partir da aquisição de cotas em fundos garantidores, públicos ou privados, participação em Sociedades de Garantia de Crédito (SGC) ou aquisição de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.
A efetivação do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp) foi aprovada nesta terça-feira (31) e segue para sanção presidencial. O sistema está previsto na Medida Provisória 1.085/21, que tem por objetivo modernizar e simplificar os procedimentos relativos aos registros públicos de atos e negócios jurídicos. A votação no Senado ocorreu no período da tarde e acatou sugestões dos parlamentares. Por isso, a medida voltou para a Câmara dos Deputados que aprovou o texto do Senado sem alterações.
De acordo com o senador Weverton Rocha (MA), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e relator da proposta, o texto aprovado está adequado à realidade do país. “Vivemos em uma época em que qualquer cidadão consegue fazer operações expressivas por meio de celular ou do computador. Por exemplo, transações bancárias e operações na Bolsa de Valores podem ser realizadas sem a necessidade de deslocamento físico dos cidadãos. Não é razoável que, em pleno século 21, em meio a toda essa transformação social e digital, o cidadão ainda precise se descolar para ir a um cartório resolver qualquer questão”, defende.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a medida é necessária diante do cenário abastado de tecnologias que ofertam soluções cada vez mais práticas. “A iniciativa é positiva e traz avanços para a desburocratização e menor onerosidade dos registros públicos. Ela pode representar ganhos às cooperativas em geral e mais especialmente para as dos Ramos Crédito e Agro”, explica.
O texto altera artigo da Lei 11.977/09, que previa a instituição do Sistema de Registros dentro do escopo do Programa Minha Casa Minha Vida, e modifica as leis dos Registros Públicos (6.015/73) e das Incorporações Imobiliárias (4.591/64).
Serp
O sistema prevê o atendimento remoto aos usuários de todas as serventias dos registros públicos, por meio da internet; a recepção e o envio de documentos e títulos, a expedição de certidões e a prestação de informações, em formato eletrônico, inclusive de forma centralizada, para distribuição posterior; e o intercâmbio de documentos eletrônicos e de informações.
O Serp deverá ser implementado até 31 de janeiro de 2023, por um operador nacional (pessoa jurídica de direito privado), sem fins lucrativos, nas regras estabelecidas pela Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para o Sistema OCB e suas Unidades Estaduais, que são associações, o sistema eletrônico também confirma a possibilidade da realização de assembleias digitais.
O ministro da Agricultura, Marcos Montes, reforçou, nesta quarta-feira (25), em reunião na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados (CAPADR), que para o Brasil ter um Plano Safra 2022/23 robusto, similar ao vigente, o orçamento precisará ser de R$ 330 bilhões para investimentos e R$ 23 bilhões para a equalização de taxas de juros.

“Esse ano precisamos crescer substancialmente com Plano Safra 2022/23. A inflação subiu muito e os arranjos do Plano Safra atual foram feitos exatamente por conta da taxa de juros que subiu de 2,75% para a mais de 12%. Além disso, temos o custo de produção que está cada vez maior também”, disse o ministro.
Montes afirmou que está trabalhando para conseguir um Seguro Rural que alcance valores em torno de R$ 2 bilhões, bem como para que o montante seja obrigatório. “A Lei Orçamentária Anual é discricionária e fica sujeita a contingenciamento. A gente precisa ter um plano de ação para estimular o produtor a entrar no seguro”, acrescentou.
Os recursos, segundo o ministro, serão utilizados para atender programas como o de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), operações de custeio e de comercialização de produtos agropecuários, e de investimento rural e agroindustrial.
“Já tivemos algumas reuniões com o Ministério da Economia, Banco Central, parlamentares e com representantes do Sistema OCB e CNA para fazermos um Plano Safra mais robusto e continuarmos produzindo, principalmente, focados na agricultura familiar”, completou.
A Junta de Execução Orçamentária (JEO), do Ministério da Economia, anunciou, na última sexta-feira-feira (20), a suplementação de mais R$ 1,1 bilhão para reabertura das contratações no Plano Safra atual (2021/22), suspensas desde fevereiro. No início deste mês também foi sancionado o PLN 1/2022, que destinou mais R$ 868,5 milhões para equalização de juros no crédito rural.
As demandas do cooperativismo relativas ao Plano Safra 2022/23 foram apresentadas ao ministro Marcos Montes e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no último dia 1920. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou, entre outros pontos, a importância de se manter a atual arquitetura do crédito rural e o aumento de volume de recursos para o financiamento.
Para isso, salientou a necessidade de se ampliar os percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e a garantia de recursos orçamentários adequados direcionados à equalização das taxas juros.
“Precisamos fortalecer os canais que viabilizam nosso processo de produção para que possamos ter uma agropecuária cada vez mais crescente e sustentável. Precisamos construir juntos alternativas para continuar alavancando o agronegócio no intuito de produzirmos alimentos de qualidade e a preços justos ao nosso consumidor, além de mantermos nosso protagonismo como peça fundamental para a segurança alimentar global”, ponderou o presidente.
Já a superintendente Tânia Zanella, pontuou que a pauta apresentada pelo movimento cooperativista é efetiva para a formulação de um plano agrícola e pecuário mais equânime. “Este é um ano complexo onde a escassez de recursos se torna cada vez mais evidente. No entanto, sabemos que nossas cooperativas, que representam 54% da produção agrícola, necessitam de um plano agrícola e pecuário mais justo e igualitário”.
O Sistema OCB promoveu, nesta quinta-feira (19), encontro virtual para apresentar as propostas do Sistema Cooperativista para o Plano Safra 22/23 e ouvir as percepções das autoridades. Participaram da reunião o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, e o presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos Neto. Também estiveram presentes os presidentes das frentes parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e da Agropecuária (FPA), Evair Melo (ES) e Sérgio Souza (PR), além de representantes de cooperativas dos ramos Agro e Crédito do país.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, fez a abertura do evento e destacou, entre outros pontos, a importância de se manter a atual arquitetura do crédito rural e o aumento de volume de recursos para o financiamento. Para isso, salientou a necessidade de se ampliar os percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e a garantia de recursos orçamentários adequados direcionados à equalização das taxas juros.
“Precisamos fortalecer os canais que viabilizam nosso processo de produção para que possamos ter uma agropecuária cada vez mais crescente e sustentável. Precisamos construir juntos alternativas para continuar alavancando o agronegócio no intuito de produzirmos alimentos de qualidade e a preços justos ao nosso consumidor, além de mantermos nosso protagonismo como peça fundamental para a segurança alimentar global”, ponderou o presidente.
O ministro Marcos Montes ressaltou a importância da atuação do Sistema OCB junto ao governo na construção de políticas públicas para o avanço do setor. Ele avaliou que os números defendidos pelo Sistema são desafiadores, mas que convergem com as análises realizadas pela equipe técnica do Ministério. “Precisamos produzir mais, estimular nosso agronegócio, e a participação ativa das entidades nos demonstra que precisamos buscar um Plano mais robusto para evitar retrocessos. Alguns sacrifícios econômicos precisam ser feitos para atender prioridades, e estamos tratando o Plano Safra como prioridade junto à área econômica do governo”, declarou Montes.
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, lembrou também o papel das cooperativas financeiras para o crédito rural. “São os produtores os sócios da instituição financeira, e quem fazem o negócio funcionar. Em relação à equalização das taxas, precisamos aguardar a indicação do Tesouro Nacional sobre o montante que teremos. Outro ponto no qual precisamos avançar é em relação à poupança rural e LCA (Letra de Crédito Agropecuário), para estimular o pequeno e o médio produtor”, pontuou.
Valores e Percentuais
Resumidamente, as principais demandas do cooperativismo são o aumento da disponibilização de recursos de R$ 251,2 bilhões do atual Plano para R$ 330 bilhões, sendo R$ 234 bilhões destinados ao custeio da safra e comercialização e cerca de R$ 97 bilhões para investimentos.
A elevação da oferta de crédito também foi pleiteada mediante o aumento dos percentuais de exigibilidade do depósito à vista (de 25% para 34%), da poupança rural (de 59% para 65%) e das LCAs (de 35% para 50%) destinados ao crédito rural.
Há também a sugestão de elevar o montante de recursos alocados para a equalização das taxas de juros do crédito rural de R$ 13 bilhões para R$ 22 bilhões, e do seguro rural de R$ 1 bilhão para R$ 1,8 bilhão.
Todos os anos, o Sistema OCB traça um panorama do cooperativismo brasileiro para demonstrar a força do movimento e desenvolver ações para alavancar os serviços e produtos ofertados pelas cooperativas. Os encaminhamentos do Sistema OCB junto aos Três Poderes e instituições que podem contribuir para o avanço do movimento são balizados nas informações prestadas pelas cooperativas para a elaboração do Anuário do Cooperativismo.
O objetivo do documento é mapear os desafios e avanços para contribuir com a profissionalização, gestão e governança das cooperativas, além de inseri-las nos mercados interno e externo. Para isso, o Sistema OCB conta com o engajamento das cooperativas na atualização dos dados na plataforma Sou.Coop até o próximo dia 27 de maio.
Assim, se a sua cooperativa ainda não fez os registros, não perca tempo. A participação de cada uma é fundamental para que seja possível um retrato fiel e consolidado do modelo de negócios cooperativista. Vale lembrar que os dados registrados na plataforma são sigilosos.
Com o registro e cadastro atualizados, a cooperativa tem acesso a todos os produtos oferecidos pelo Sistema OCB como capacitações, eventos, premiações, manuais, oportunidades de negócios e programas de aperfeiçoamento. Estas vantagens são oferecidas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).
Veja como é fácil atualizar os dados da sua coop:
Acesse Sou.Coop e colabore para um Brasil mais cooperativo.
A Lei 12.651/2012, que instituiu o Novo Código Florestal está completando dez anos. Ela entrou em vigor no dia 25 de maio de 2012 após intensos debates e participações de diversas entidades como o Sistema OCB, que participou de todas as etapas do processo legislativo. Seu posicionamento sempre foi em defesa do desenvolvimento sustentável em todos os seus aspectos: proteção ambiental, justiça social e viabilidade econômica.
A Lei continua sendo considerada uma das mais rígidas e inovadoras sobre o tema no mundo. O consultor ambiental do Sistema OCB e coordenador da Comissão de Meio Ambiente do Instituto Pensar Agro (IPA), Leonardo Papp, que atuou no processo de elaboração da minuta de texto do Novo Código Florestal, fez uma análise sobre os avanços trazidos pela legislação nesses dez anos e também dos desafios que ainda precisam ser vencidos.
Entre os avanços, um dos pontos que o consultor destaca é o fato de o processo legislativo de formulação da Lei ter sido norteado pelo reconhecimento da necessidade de se buscar a compatibilização entre proteção do meio ambiente e produção de alimentos, como valores igualmente fundamentais. “Isso resultou em disposições legais inovadoras, como o tratamento diferenciado para áreas rurais consolidadas e para as pequenas propriedades rurais, de modo a não desconsiderar as diferentes realidades, inclusive sociais, do campo”.
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O presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Ariel Guarco, prestigiou a Casa do Cooperativismo, em Brasília, na segunda-feira (16) com uma visita de cortesia e troca de informações para o fortalecimento do movimento como um todo.
Em reunião com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e com os presidentes da Unimed do Brasil, Omar Abumjanra Júnior; Sicredi Pioneira, Thiago Luiz Schmidt; e Uniodonto, José Alves de Souza Neto, ele reforçou a importância das cooperativas brasileiras.
Os dirigentes debateram sobre a participação brasileira na ACI, o fortalecimento da entidade como órgão representativo do cooperativismo no mercado internacional e a reafirmação de tratados e parcerias de cooperação técnica e comerciais.
O presidente Márcio agradeceu a visita e colocou tanto o Sistema OCB como as cooperativas à disposição da Aliança para contribuir das mais diferentes formas com o crescimento de sua representatividade. “É um prazer receber a visita do presidente da ACI na nossa casa. No que pudermos contribuir, estamos totalmente à disposição, inclusive para a oferta de novos serviços que beneficiem os membros da Aliança, destacou.
O ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, recebeu em audiência nesta quarta-feira (18), o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a superintendente Tânia Zanella, a gerente geral Fabíola Nader Motta, e o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Evair de Melo (PP-ES).
A audiência foi marcada após participação de Ramos no evento de lançamento da Agenda Institucional do Cooperativismo 2022, realizada no último dia 27 de abril, a pedido do próprio ministro, que demonstrou interesse em conhecer mais detalhes sobre o movimento no Brasil.
O presidente Márcio apresentou os números do cooperativismo no país e descreveu o trabalho desenvolvido por cooperativas agrícolas, de crédito, saúde, transporte e dos demais ramos. “Nosso movimento reúne mais de 17 milhões de cooperados e tem atuação fundamental no desenvolvimento econômico e social do país. Um exemplo concreto desta importância está no fato de que as cooperativas agro são responsáveis por 53% da produção nacional de alimentos”, destacou.
Outro ponto tratado no encontro foram as pautas prioritárias do cooperativismo junto aos poderes. O deputado Evair de Melo destacou os avanços registrados na Câmara dos Deputados e reforçou a necessidade de andamento na tramitação de alguns projetos como o PLP 27/20 que moderniza a legislação das cooperativas de crédito. “Esperamos a aprovação ainda esse semestre para que possamos oferecer mais serviços e democratizar ainda mais o crédito no Brasil, principalmente nas áreas mais isoladas onde as cooperativas são a única instituição financeira disponível para a população”, declarou.
Ramos reforçou que o cooperativismo é um modelo de negócios pujante, que gera bilhões de recursos para o Brasil e que merece atenção e respeito. “Trata-se de um setor importante e com potencial para crescer e contribuir ainda mais com o país”, afirmou.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi o convidado da Faculdade Unimed e do Sescoop/PE, para fazer a palestra de abertura da aula inaugural das graduações tecnológicas em Gestão Hospitalar e Gestão de Cooperativas, nesta quarta-feira (25). O tema central da palestra foi: “A força do cooperativismo brasileiro”. Freitas falou para uma plateia virtual formada por 146 alunos, dirigentes e representantes cooperativistas de Pernambuco, além de colaboradores das instituições de ensino e outros parceiros convidados.
Freitas iniciou sua fala agradecendo pelo convite e destacando a importância do Sistema Unimed na prestação de serviços de assistência médica no país. “As ações adotadas durante os piores momentos da pandemia, como a construção de hospitais de campanha e contratação de pessoal deixou nítida a relevância desse Sistema que não mediu esforços para garantir o atendimento da nossa população, afirmou.
Sobre a força do cooperativismo brasileiro, o principal recado deixado pelo presidente foi o da necessidade constante de o movimento investir nas pessoas. “As pessoas são o nosso maior capital e, por isso, precisamos atuar para treinar e qualificar cada vez mais nossa gente. Líderes, colaboradores, membros, todos precisam estar aptos para entrar em campo e jogar bem nesse mundo globalizado, cumprindo com destreza nosso papel na sociedade”, destacou.
Por isso, segundo ele, a importância de cursos como os oferecidos pela Faculdade Unimed em parceria com o Sescoop de Pernambuco. “Precisamos de mais e mais iniciativas como estas. O mundo em transformação pede uma visão diferenciada dos modelos tradicionais de negócios e o cooperativismo já tem em seu DNA essa nova visão. O que falta é sermos mais percebidos pela sociedade”, acrescentou.
Freitas lembrou que o cooperativismo é responsável por levar prosperidade aos locais onde está inserido, garantindo o equilíbrio entre sustentabilidade e produtividade. “Prosperidade é mais do que desenvolvimento econômico ou social. É um conjunto que derrama valores para a sociedade onde está presente. As cooperativas, pelo modelo compartilhado de negócios que adota, onde todos ganham, é um exemplo nesse sentido”.
Ainda segundo o presidente, outro diferencial do cooperativismo é a confiança que oferece. “O cooperativismo é maior armazém de confiança que existe, e a confiança é hoje um dos remédios que a humanidade mais precisa. Sem ela, não será possível enfrentar as transformações, reagir e mudar. A sociedade hoje quer ser mais do que ter mais. Isso não é uma moda. É uma tendência e a confiança é ingrediente essencial para que esse objetivo seja alcançado”.
Alguns números do movimento também foram evidenciados por Freitas. “Já são mais de três milhões de cooperativas no mundo e mais de um bilhão de cooperados que movimentam R$ 300 trilhões ao ano. No Brasil, são 4.868 cooperativas e 17,2 milhões de cooperados que geram 500 mil empregos diretos e movimentam cerca de 20% do PIB. É uma força tremenda que precisa ser enaltecida, reconhecida e cada vez mais percebida pela sociedade. Temos muito a crescer ainda, mas, para isso, essa percepção precisa realmente ser mais efetiva”, completou.
A Lei 14.350/22, que amplia o alcance do Programa Universidade para Todos (Prouni), foi sancionada pelo Presidente da República, nesta quinta-feira (26). A atualização da Norma (Lei 11.096/05) permite que os alunos de cooperativas educacionais concorram às bolsas do Prouni já no próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecerá em julho.
A medida recebeu apoio do Sistema OCB e de deputados e senadores integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) durante a tramitação do Projeto de Lei de Conversão (PLC) 3/22, oriundo da Medida Provisória 1.075/21.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a matéria é uma demanda antiga das cooperativas educacionais e integra a Agenda Institucional de 2022, lançada em abril deste ano. “Só temos a agradecer o empenho e articulação dos nossos parlamentares da Frencoop, que sinalizaram durante toda a tramitação que nossos pleitos são recebidos e atendidos pelo Congresso Nacional”.
O texto original da MPV 1.075/21 já trouxe a autorização para que alunos de escolas privadas pudessem concorrer às bolsas do Prouni. O ponto foi mantido pelos pareceres dos relatores nas duas Casas Legislativas: deputado Átila Lira (PI) e senador Wellington Fagundes (MT), membros da Frencoop.
“Com a pandemia, muita gente ficou prejudicada financeiramente por conta da crise econômica. Mais de 110 mil estudantes de instituições privadas abandonaram a faculdade. Precisávamos mesmo reformular o Prouni para que mais estudantes tenham acesso ao curso superior”, declarou Fagundes.
Lira celebrou a sanção da Lei sem vetos pelo presidente. “É com alegria que vejo o projeto ser sancionado de forma integral. O programa agora é mais inclusivo e menos restritivo, como pretendíamos desde o início”, considerou.
Antes da sanção, o Prouni alcançava apenas estudantes que cursaram o ensino médio todo em escola pública ou com bolsa integral em instituição privada. Agora, o programa estenderá o incentivo para as escolas privadas, além das já citadas cooperativas educacionais. Além do requisito da renda familiar mensal per capta de até 3 salários-mínimos, a distribuição das bolsas terá uma nova ordem de classificação:
Professor da rede pública de ensino para cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia independentemente da renda;
Estudante que tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública;
Estudante que tenha cursado parte do ensino médio na rede pública e parte na rede privada com bolsa integral da instituição;
Estudante que tenha cursado parte do ensino médio na rede pública e parte na rede privada com bolsa parcial da instituição ou sem bolsa;
Estudante que tenha cursado o ensino médio completo na rede privada com bolsa integral da instituição; e
Estudante que tenha cursado o ensino médio completo na rede privada com bolsa parcial da instituição ou sem bolsa.
O Prouni foi criado em 2005 e previa a oferta de bolsas para estudantes de graduação em faculdades privadas em troca da isenção de tributos (IRPJ, CSLL e PIS/Cofins). As cooperativas educacionais já atuavam pela inclusão de seus alunos no Programa desde 2009.
O Sistema OCB prestigiou a AgroBrasília 2022 na última semana. O evento realizado pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), ocorreu entre os dias 17 e 21 de maio e contou com a participação do presidente Márcio Lopes de Freitas e do coordenador do ramo Agro, João Prieto.
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Freitas visitou a feira na sexta-feira (20) e destacou a importância do protagonismo do cooperativismo na organização do evento. “Uma feira com esta magnitude só nos indica que estamos no caminho certo. Aqui as cooperativas podem facilmente encontrar oportunidades e tecnologias para alavancar seus negócios. Certamente nossa filosofia será ainda mais evidenciada, o que aumentará a procura por nossos serviços e produtos”, afirmou.
Prieto, por sua vez, foi responsável pela apresentação da palestra O Cenário do Cooperativismo Agropecuário no Brasil, no painel Encontro do Ramo Agropecuário, realizado na quinta-feira (19). Foram abordados temas como financiamento rural, números atuais do segmento, mercado de compras governamentais e fertilizantes.
De acordo com a apresentação, as cooperativas agropecuárias são responsáveis por 53% da produção de grãos no país. “Para se ter uma ideia, das 4,8 mil cooperativas vinculadas a OCB, 1.173 são do setor. Além disso, dos mais de 450 mil empregos gerados pelo cooperativismo no Brasil, mais de 220 mil são do agro”, destacou Prieto.
O coordenador reafirmou também a importância do modelo de negócios cooperativista no que diz respeito ao fomento à tecnologia, assistência técnica e extensão rural. “Temos cerca de 9 mil técnicos. Este número está acima de 25%, se comparada a outros modelos de negócios no Brasil”.
A feira
A AgroBrasília é uma feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. O evento serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e tem um cenário de referência em debates, palestra e cursos sobre diversos temas relacionados ao próprio setor produtivo. Realizada desde 2008 pela Coopa-DF, a feira conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (SEAGRI-DF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER-DF) e da Central de Abastecimento do Distrito Federal (CEASA-DF).
Para José Guilherme Brenner, presidente da Coopa-DF, um dos principais diferenciais da feira é sua diversidade. “Em poucos lugares pode-se contar com culturas diferentes como hortaliças e grãos de diversos tipos no mesmo local. A AgroBrasília oferece oportunidades reais de negócios, conhecimentos, produtos e acesso a tecnologias. Tudo para demonstrar aos produtores novas ideias que merecem ser aproveitadas. Esperamos ter movimentado cerca de R$ 3 bilhões em negócios, com os quase 500 expositores”, afirmou.
Quente, gelado, com ou sem açúcar, na sobremesa ou em receitas sofisticadas. O café, bebida mais tradicional do Brasil, tem um dia específico no calendário nacional para chamar de seu. Comemorado no dia 24 de maio, data que marca o início da colheita nas principais regiões de plantio do grão no país, o café é também um dos principais produtos do cooperativismo agrícola.
A data é comemorada desde 2005, a partir de uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), e busca resgatar a história da bebida consumida por 9 em cada 10 brasileiros com mais de 15 anos, segundo dados da própria associação. Atualmente, mais de 1,8 milhão de hectares são dedicados ao cultivo do grão no país. Além disso, o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e o estado de Minas Gerais concentra a maior parte das fazendas cafeeiras.
E quando o assunto é cooperativismo, os números do setor também são significativos. Segundo o último Censo Agro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54,8% do café produzido no Brasil é proveniente de produtores rurais cooperados. Além disso, segundo dados do Sistema Desempenho, o faturamento das seis principais cooperativas brasileiras do setor é superior a R$ 5 bilhões.
São pelo menos 97 cooperativas de café registradas no Sistema OCB. A Cooxupé é considerada a maior cooperativa de café do mundo. Um dos grandes diferenciais das cooperativas é que, além de gerar emprego e renda, elas promovem o desenvolvimento econômico e o bem-estar social aos cooperados.
Curiosidades
Quando consumido com moderação, o café pode ser um importante aliado para aumentar os níveis de concentração;
O café é a segunda bebida mais consumida no mundo (em primeiro lugar está a água);
A cafeína (nas doses certas) ajuda a evitar a depressão e o mau humor;
A borra de café pode ser usada como adubo para plantas;
Acredita-se que o café surgiu por volta do século IX, na Etiópia.
O Sistema OCB participou, nesta terça-feira (24), de evento de divulgação do Processo de Elaboração do Novo Marco de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (UNSDCF), 2023-2027. O documento servirá como um guia para que a Organização das Nações Unidas (ONU) atue em diversos setores do Brasil para implementar a Agenda 2030 [plano de ação para pessoas, planeta e prosperidade], aprovada por 193 países membros da organização.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforçou que um dos pilares do cooperativismo é garantir o desenvolvimento regional e a prosperidade global. “Desde o início do pacto para a Agenda 2030, temos reforçado a importância do papel das cooperativas na implantação dos ODS no Brasil. Somos agentes de mudanças capazes de fazer das dificuldades novas oportunidades. Assim, as Nações Unidas e o Governo Brasileiro podem continuar contando com nosso apoio na elaboração e aplicação dessas políticas”.
A reunião foi conduzida pela diretora-substituta da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), ministra Mariana Madeira, e pela coordenadora Residente das Nações Unidas no Brasil, Silvia Rucks. As etapas, os atores e os resultados esperados para a cooperação integram a construção do plano de trabalho que priorizará cinco eixos estratégicos: transformação econômica; inclusão social; meio ambiente e mudança climática; governança e capacidade institucional; e prevenção de conflitos e a relação entre ações humanitárias, ações de desenvolvimento e esforços para a consolidação da paz.
Durante o evento, o Governo Federal apontou a visão brasileira sobre o Marco, bem como a sua correlação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com o Plano Plurianual (PPA 2020-2023) e com a Estratégia Federal de Desenvolvimento (EFD 2020-2031).