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Conhecer para Cooperar: especialistas do governo e de agentes financeiros conhecem Cotrijal e CCGL

As duas cooperativas gaúchas mostram, in loco, seu modelo negócio, sua competitividade e sua capacidade de gerar riquezas para o país

Panambi (23/8/16) – Eucaliptos, pinheiros e araucárias ladeiam o caminho gaúcho que levou o grupo de especialistas em políticas públicas e concessão de crédito ao setor agropecuário ao primeiro destino do projeto Conhecer para Cooperar. A iniciativa do Sistema OCB está possibilitando, desde ontem, a imersão de técnicos e executivos do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bancoob, Sicredi, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Fazenda, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Central do Brasil e BRDE na realidade de cooperativas brasileiras. Também fazem parte do grupo as cooperativas Cooxupé, Cocamar e Coplana.
 
Nesta segunda-feira, primeiro dia da viagem que termina amanhã, nem mesmo o frio de 2º célsius desanimou o grupo que conheceu a Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cotrijal), localizada na cidade de Não-Me-Toque, e a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), sediada em Cruz Alta, ambas no Rio Grande do Sul. 
 
COTRIJAL – O grupo foi recebido pelo presidente Nei Mânica, pelo vice-presidente, Ênio Schroeder, e a equipe de superintendentes da cooperativa. Eles apresentaram a estrutura da Cotrijal, seus números, resultados e processos de gestão e governança. A cooperativa é especializada na produção de grãos, mas também possui atividades vinculadas à produção de leite; tem ainda supermercados e lojas focadas em atender aos seus cooperados.
 
Aliás, cuidar da relação com o cooperado é a razão de ser da Cotrijal. Tanto é que ela começou a construir uma nova Unidade de Beneficiamento de Sementes, às margens da rodovia ERS-142. No empreendimento, serão beneficiadas sementes de soja, trigo, cevada, aveia e azevém. O investimento vai possibilitar que o produtor possa adquirir sementes com alta qualidade e tecnologia e em melhores condições de mercado. A nova unidade está localizada em uma área de mais de 80 mil m2, onde 20,7 mil m2 são de área construída. A capacidade de armazenagem é de 600 mil sacas.
 
Sobre a visita técnica promovida pela OCB, o presidente Nei Mânica foi enfático: “nós primamos por uma boa relação com os governos e com os agentes financeiros, mas quando essas pessoas vêm, in loco, conhecer o que o cooperativismo é capaz de promover numa região, como a nossa, por exemplo, temos a oportunidade de estreitar ainda mais essa possibilidade de trabalho conjunto. Desta forma, eles terão mais condições de atender às nossas solicitações de modo mais direto e com conhecimento de causa”, declara.
 
O gerente de agronegócios do Bancoob, Raphael Santana que integra à missão técnica, disse que conhecer a Cotrijal foi uma experiência impar. “Nós que conhecemos algumas cooperativas fomos impactados pela excelência do seu modelo de negócios. O que mais me chamou a atenção é o modo de governança deles, extremamente bem adiantados, conferindo o máximo de transparência aos seus associados, independente do tamanho ou situação. Para quem é do mercado financeiro, isso nos transmite uma segurança muito grande, pois tudo é feito com a total participação dos cooperados e com uma decisão mais descentralizada”, relata.



NÚMEROS – Segundo o balanço social da Cotrijal, com referência 2015, a cooperativa apresenta: 
 
- IDADE: 59 anos
- ASSOCIADOS – 5.802 MIL 
- EMPREGADOS – 1.418 MIL 
- CARRO-CHEFE – Agronegócio de alimentos
- É REFERÊNCIA no mercado de commodities 
- ÁREA DE ATUAÇÃO: 18 municípios
- UNIDADES DE RECEBIMENTO DE PRODUÇÃO: 39
- TOTAL DE ARMAZENAGEM: 620.620 mil toneladas (o equivalente a 10.343.66 milhões em sacos)
- FATURAMENTO EM 2015: R$ 1.351.579.662,00
- NOVIDADE: No ano passado, um grande projeto da cooperativa foi a inauguração da Farmácia no Campo. Até dezembro/2015 a área de atuação da cooperativa já contava com 80 farmacinhas, com medicamentos veterinários em regime de comodato com empresas parceiras da cooperativa;


EXPODIRETO – A Cotrijal, todos anos, realiza a Expodireto Cotrijal - uma das maiores feiras do agronegócio da América Latina. Dentre os objetivos estão capacitar o produtor, aproximá-lo do conhecimento, da informação e da tecnologia e possibilitar condições diferenciadas de negócios. No ano passado, o evento contou com mais de 230 mil visitantes (parte deste público foi oriunda de 70 países) e resultou em um total de R$ 2,182 bilhões em propostas de financiamento protocoladas.


CCGL – Já nas dependências da CCGL, a equipe se impressionou com a estrutura e pôde comprovar, na prática, o que a sabedoria popular não se cansa de repetir: a união faz a força! A CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda) é uma cooperativa de segundo grau, ou seja, reúne 32 outras cooperativas singulares. Juntas, elas produzem, por exemplo, 68% do leite em pó comercializados nas regiões Norte e Nordeste. Aliás, vale ressaltar que a CCGL é a pioneira no Brasil a produzir esse tipo de alimento na versão zero lactose.
 
A equipe foi recebida pelo vice-presidente Darci Hartmann, que fez questão de destacar a importância do projeto Conhecer para Cooperar. “Tenho certeza de que com a amplitude da representatividade deste grupo, em breve, quando tivermos de lutar junto aos órgãos reguladores, financiadores e mesmo em outras esferas do governo federal, seremos mais conhecidos. Isso favorecerá que, por exemplo, sejam desenvolvidas linhas de crédito para desenvolver o produtor rural e suas cooperativas, mantendo-o no campo, graças ao processo gerador de eficiência econômica”, analisa Darci, parabenizando a OCB pela iniciativa.
 
O diretor superintendente da CCGL, Guilhermo Dawson Junior, apresentou o planejamento da cooperativa destacando seu foco: a expansão de suas unidades portuátrias Termasa e Tergrasa, ambas localizadas na cidade de Rio Grande. A região possui um dos mais importantes portos da região Sul do Brasil. 
 
Já a gerente de Pesquisa e Difusão de Tecnologias ao Produtor de Leite, Letícia Signor, apresentou os resultados do projeto que amplia a produtividade das vacas leiteiras, com forte geração de renda para o produtor rural cooperado. Segundo ela, em alguns casos, em pouco tempo, é possível quase dobrar a produção, utilizando, para tanto, medidas simples, como a inserção da alimentação adequada para determinado tipo de animal.
 
“Para se ter uma ideia, a média Brasil de produtividade por animal por dia é de 4,89 litros. Em algumas propriedades rurais contempladas com o nosso projeto de difusão de tecnologia, esse número chega a 22 litros/animal/dia”, exemplifica ela.


FOCO – A cooperativa surgiu para integrar atividades do agronegócio e gerar diferenciais competitivos aos seus produtores, com foco na sustentabilidade, na produção em escala e na rentabilidade. Atualmente, a CCGL tem 171 mil produtores rurais associados às principais cooperativas agropecuárias gaúchas, em mais de 350 municípios gaúchos. Ela conta com três unidades e negócio: 


- CCGL LAC: A unidade de lácteos tem o compromisso de desenvolver socialmente as famílias produtoras de leite. Sua principal preocupação é fornecer aos consumidores produtos com alta qualidade e origem conhecida, utilizando modernas tecnologias de fabricação.
 
- CCGL LOG: Sua unidade de logística oferece o mais eficiente serviço de transporte e carregamento de granéis agrícolas da costa brasileira com terminais portuários. Localizada no importante Porto do Rio Grande, centro geográfico do Mercosul, a CCGL LOG tem capacidade de atender às principais regiões agroprodutoras do sul do continente. E ainda conta com o Termasa logística, responsável pelas operações rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias de leite e grãos.
 
- CCGL TEC: A CCGL TEC tem o foco na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que promovam o crescimento e a rentabilidade dos produtores de forma sustentável. Esta unidade, também conta com modernos laboratórios de solos e sementes para prestação de serviços com alto nível de qualidade e segurança.


CONCENTRAÇÃO – Toda a produção de laticínios da CCGL fica concentrada na CCGL LAC, em Cruz Alta, pois, a região possui solo e clima favoráveis ao cultivo de pastagens altamente nutritivas durante todo o ano. A coleta de matéria-prima nas propriedades é feita pelo próprio setor logístico da empresa, garantindo assim que o leite chegue mais rápido ao parque industrial com seus nutrientes preservados. Na fábrica, o leite passa por diversos testes de qualidade e, após sua liberação, segue em circuito fechado, sem nenhum contado com o ambiente externo. Depois do envase, o produto passa ainda por mais alguns testes de qualidade até ser liberado para consumo.
 
CONQUISTA - A inaugurou em junho deste ano a ampliação de sua fábrica em Cruz Alta, com a introdução de uma segunda planta produtiva. Investimento de R$ 130 milhões. O grupo pretende apostar no potencial de venda do principal produto fabricado na planta de Cruz Alta, o leite em pó. De acordo com o presidente da cooperativa, Caio Cézar Vianna, hoje a CCGL detém 8% do mercado nacional de leite em pó. O objetivo é, nos próximos anos, chegar a 15% de market share. Atualmente, a cooperativa possui 3,7 mil produtores de leite.
 
FEEDBACK – Para o analista do Banco Central do Brasil, Carlos Henrique Alcântara, conhecer a realidade da CCGL proporcionou a descoberta de uma nova realidade que poderá ser muito útil na sua atividade. “Diariamente, lidamos com cooperativas, contudo sempre foi difícil perceber as particularidades de uma central e de uma singular, por exemplo. Hoje, consigo ver com clareza onde começa uma e termina a outra. Impressionou-me, ainda, a questão dos investimentos em infraestrutura portuária e, também, a preocupação com o aumento da produtividade e os efeitos multiplicadores de renda para o produtor cooperado”, analisa Carlos Henrique.

Coopatos é referência quando o assunto é fidelização de cooperados

Brasília (22/8/16) – Nesta semana, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) resgata a história da Coopatos, grande vencedora da categoria Fidelização do Prêmio Cooperativa do Ano, que agora se chama Prêmio SOMOSCOOP – Melhores do Ano. A vencedora inscreveu o projeto Semana Coopatos, com a intenção de ampliar a participação dos cooperados na busca de novas alternativas de negócios, a fim de melhorar a rentabilidade e gerar resultados.

O texto reproduzido abaixo foi veiculado em uma edição especial da Revista Saber Cooperar. Após conferir a matéria, garanta sua participação no prêmio. Inscreva-se!

Necessidade de renovação

O projeto da Coopatos começou a ser desenvolvido em 2004, época em que foi detectada a necessidade de redirecionar as ações da instituição com os cooperados. Foi quando ficou evidente a necessidade de aumentar a competitividade na oferta de produtos e serviços.

Para isso, era preciso ampliar a participação dos cooperados no dia a dia da cooperativa e buscar novas alternativas de negócios, a fim de melhorar a rentabilidade e gerar resultados.

A meta implicava mudar aspectos culturais locais, já que, até então, a cooperativa estava levando à região um segmento de negócios inovador – portanto, desconhecido e exposto a certa resistência da comunidade. Não havia parâmetros que vislumbrassem a garantia de acertos.

Mas a instituição apostou alto e investiu na implantação do projeto, que, de cara, teve como principais desafios, além do impacto financeiro, a formação de uma equipe interna e a necessidade de mobilizar outras instituições a participarem dos trabalhos. Ao que tudo indica, foi uma iniciativa mais que acertada.

Desde sua primeira edição, naquele ano, a Semana Coopatos tem se revelado um evento de grande importância não só para os cooperados, como para toda a região de abrangência da cooperativa. O planejamento ocorre por meio de reuniões periódicas realizadas por uma comissão organizadora de oito integrantes que, durante um ano, estabelece cronogramas e aprimora a programação.

Entre as atividades realizadas, destacam-se palestras técnicas, feira de fornecedores, torneios de produtividade, leilões de animais, shows e várias ações de âmbito cooperativista. Expositores, patrocinadores e apoiadores institucionais formam o grupo de parceiros ao lado dos quais a Semana Coopatos se mostra uma iniciativa vitoriosa.

A diversidade de eventos também resultou na maior participação de cooperados na Semana – inicialmente, eram 225, e hoje são quase 1.800. Tal ampliação é acompanhada de um notável crescimento econômico e financeiro, o que, no final, reverte em benefícios para todos.


Coopatos
Ramo: Agropecuário
Ano de fundação: 1957
Local: Patos de Minas, MG
Projeto: Semana Coopatos
Recursos investidos por terceiros na Semana Coopatos: R$ 586,5 mil
Recursos disponibilizados pela cooperativa: R$ 150 mil
Moradores beneficiados: 10 mil

Formuladores de políticas públicas conhecem cooperativas agropecuários do Sul do país

Realizado pela OCB, o projeto Conhecer para Cooperar inicia, nesta semana, seu módulo prático, apresentando o modelo de negócio cooperativo  



Brasília (22/8/16) – Começou hoje, em Não-Me-Toque (RS), o primeiro módulo do Roteiro Prático do projeto Conhecer para Cooperar, realizado pelo Sistema OCB. O foco desta edição é o setor agropecuário e o ponto de partida são os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A intenção é possibilitar que representantes de organismos e entidades responsáveis pela formulação de políticas públicas, voltadas à área de crédito rural, aprofundem seu conhecimento a respeito das cooperativas, seus valores e modelo de negócio.



O grupo convidado conta com representantes das seguintes instituições: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bancoob, Sicredi, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Fazenda, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Central do Brasil.



De acordo com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ao promover o conhecimento da realidade do movimento cooperativista brasileiro, a quem formula políticas públicas de crédito para o setor é a melhor forma de assegurar que eles sejam os defensores e propositores de soluções para as questões específicas que envolvem as cooperativas agropecuárias do país.



“Esperamos que o Roteiro Teórico Prático forneça a esses importantes atores da cena técnico-política alguns elementos-chave para a melhor compreensão sobre o cooperativismo prático”, avalia a liderança.



VISITAS TÉCNICAS – O projeto Conhecer para Cooperar possui um roteiro teórico, dividido em cinco módulos e composto de aulas expositivas, atividades interativas, dinâmicas em grupo, explorando conceitos, casos e exemplos concretos de cooperativas agropecuárias no Brasil. Possui ainda um roteiro prático, dividido em três módulos de visitas técnicas, cuja intenção é mostrar, in loco, a realidade das cooperativas agropecuárias. Os primeiros estados a serem visitados são Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No mês que vem, o grupo conhecerá cooperativas do Paraná e, em outubro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Este primeiro módulo prático contempla visitas técnicas em cinco cooperativas. São elas:



- Cotrijal (RS)

- CCGL (RS)

- Cotripal (RS)

- Cooperalfa (SC)

- Cooperativa Central Aurora Alimentos (SC)

STF retoma julgamento do ato cooperativo

Durante retomada do julgamento do ato cooperativo, ministro Dias Toffoli fixou tese sobre a incidência de PIS/PASEP nas cooperativas de trabalho

Brasília (19/8/16) – O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, ontem, os embargos de declaração apresentados pela Cooperativa de Profissionais Liberais LTDA (Uniway) contra o acórdão relativo ao Recurso Extraordinário nº 599.362 (RE), que declarou a incidência da contribuição ao PIS/Pasep sobre os atos (negócios jurídicos) praticados por sociedades cooperativas de trabalho com terceiros.

O relator do caso, Ministro Dias Toffoli, explicou que decidiu acolher o recurso para prestar esclarecimentos sobre quais atos praticados pelas cooperativas estariam alcançados pela decisão proferida em novembro de 2014.

Na oportunidade, o consultor da Assessoria Jurídica da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), João Caetano Muzzi Filho, esclareceu aos ministros que é necessário assegurar a limitação da extensão do julgamento, que não compreende o conceito do ato cooperativo. Segundo ele, a decisão se aplica apenas à tributação do PIS/Pasep incidente sobre as receitas auferidas pelas cooperativas de trabalho.

Durante os debates, os Ministros registraram que as definições sobre o ato cooperativo e o tratamento tributário dado aos atos internos praticados pelas cooperativas serão objeto de análise do RE 672.215, cuja relatoria é do ministro Roberto Barroso, que ainda não foi julgado. O relator esclareceu, inclusive, que estava propondo uma tese aplicável especificamente aos “atos de cooperativas de trabalho com tomadores de serviço”.

COOPERATIVAS DE TRABALHO – Deste modo, os Ministros admitiram o recurso para prestar os esclarecimentos quanto aos fundamentos no julgamento do RE 599.362, fixando a tese nos seguintes termos: "A receita auferida pelas cooperativas de trabalho decorrentes dos atos (negócios jurídicos), firmados com terceiros, se insere na materialidade da contribuição ao PIS/PASEP".

ATUAÇÃO – A OCB atuou durante todo o trâmite do processo na condição de amicus curiae, realizando audiências de esclarecimento com todos os Ministros do STF, buscando inclusive o reconhecimento da limitação do julgamento, ocorrido em 2014, para que a discussão sobre o ato cooperativo, previsto na Lei 5.764/71, ocorra apenas no RE 672.215.

Blairo Maggi visita Cooxupé e anuncia criação de Departamento do Café

Brasília (19/8/16) – O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta quinta-feira (18) com os produtores de café da região de Guaxupé (MG). Ele esteve em uma propriedade de produção do grão, no Complexo Industrial de Café Japy – o maior do Brasil em torrefação - e no laboratório de controle de qualidade de café. Durante a visita, houve o anúncio da recriação do Departamento do Café na estrutura do Mapa e da determinação para que a Secretaria de Defesa Agropecuária busque a aprovação de novos produtos fitossanitários para atender à agricultura brasileira.
 
No encontro com produtores de 25 municípios da área de abrangência da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Maggi disse considerar a agricultura o caminho mais rápido para o país sair da crise econômica, com a geração de emprego e renda. Também falou sobre a busca por maior participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial. Como parte desse esforço, acrescentou, está a viagem que fará no fim deste mês a sete países asiáticos para intensificar as negociações envolvendo produtos agropecuários nacionais.

O ministro reforçou que o governo está trabalhando para ter um novo seguro agrícola. “Criamos um grupo de trabalho, coordenado pelo ex-ministro Alysson Paulinelli, para buscar uma nova alternativa de seguro rural.” Ele destacou ainda a organização da cafeicultura nacional, seja na produção, armazenamento, classificação e comercialização. “Vim aqui para entender como o setor funciona para poder defendê-lo no governo.”

Durante a visita do ministro, o presidente-executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro (MG), cumprimentou Blairo Maggi pela decisão de recriar o departamento que cuida dos assuntos da cafeicultura no Mapa. Ressaltou ainda que o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberou este ano R$ 4,6 bilhões. “O dinheiro está sendo repassado aos agentes financeiros e está à disposição dos produtores. Esses recursos ajudam a gerar renda para o setor”, observou o parlamentar.    

FUNÇÃO SOCIAL – O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, sublinhou que o agronegócio hoje impulsiona a economia brasileira. Segundo ele, a importância da cafeicultura para o país vai além da contribuição para o superávit da balança comercial. “O setor também tem grande função social por ser gerador de empregos e distribuidor de renda. A Cooxupé é um exemplo disso”, enfatizou, assinalando que 97% dos associados da cooperativa são pequenos produtores familiares. 
 
A Cooxupé é a maior cooperativa de café do mundo, com mais de 13 mil cooperados. Abrange uma área com mais de 200 municípios no Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Alta Mogiana (SP). Somente no ano passado, recebeu 5,19 milhões de sacas de café e exportou 4 milhões de sacas. Ela absorve 23% da safra de café do estado de Minas Gerais e 16% da colheita nacional. A produção brasileira de café no ano passado foi de 43,2 milhões de sacas e a previsão para este ano é de 49,6 milhões de sacas.

VISITAS - Desde que assumiu o Ministério da Agricultura, em abril deste ano, Blairo Maggi tem realizado reuniões com representantes do setor produtivo do agronegócio para conhecer de perto o processo de produção e comercialização.
 
A primeira visita foi aos produtores de ovos no município de Bastos, em São Paulo. No mês de julho, Blairo Maggi esteve reunido com a cadeia produtiva do fumo do Rio Grande do Sul. Na semana passada, ele se encontrou com os agricultores dos municípios de Vacaria (RS) e São Joaquim (SC) para conhecer de perto a produção de maçã. (Fonte: MAPA)

Triatleta Pâmella Oliveira apoiada pelo Sicoob ES compete amanhã

Vitória (19/8/16) – Determinação. Esta palavra descreve bem a triatleta capixaba Pâmella Oliveira, que será a única representante brasileira da modalidade na elite feminina dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A atleta vai competir neste sábado (20), tendo como desafio completar, no menor tempo possível, a prova com percurso em Copacabana, que compreende 1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida.
 
Natural de Vila Velha, Pâmella é patrocinada pelo Sicoob ES desde que tinha 14 anos, em 2002: “Nosso compromisso de apoiar a Pâmella é um incentivo ao desenvolvimento da atleta, que tem uma história de vida vitoriosa, assim como a da instituição, e transformada pelo esporte. Com uma origem humilde, ela hoje é referência em sua modalidade e no esporte brasileiro, e leva consigo toda uma nação. Por isso, nos sentimos honrados em fazer parte desta trajetória”, destaca Bento Venturim, presidente do Sicoob ES.
 
APOIO – Para demonstrar o apoio à triatleta, o Sicoob ES vai entregar, nesta sexta-feira (19), uma bandeira verde e amarela com as assinaturas e mensagens de incentivo de funcionários da instituição financeira cooperativa, com o objetivo de estimular Pâmella. O Sicoob ES é atualmente o maior patrocinador da atleta. São repassados recursos para custeio da atleta e também adquiridos materiais específicos para a atividade, como bicicletas e roupas de ciclismo. 
 
Pâmella disse que vai lutar para estar entre as dez melhores: "O nível de uma Olimpíada é muito elevado, com atletas de ponta. Mas vou dar todas as minhas forças pelo pódio. E tenho certeza de que a torcida estará junto comigo".
 
ATLETA – Maior expressão do triathlon capixaba, para muitos em todos os tempos, Pâmella Oliveira é exemplo para uma infinidade de pessoas. De origem humilde projetou-se na natação com muito esforço e talento, tendo brilhado intensamente nas principais competições da Confederação Brasileira Desportos Aquaticos, desde as categorias de base.
 
Agora no triathlon, cumpre dignamente a sua sina: vencer. Basta dizer que é a primeira do ranking nacional e a brasileira mais bem colocada no ranking da ITU (International Triathlon Union).
 
“Defender a seleção é algo muito especial. Na hora da prova, você não é só o atleta, mas também um representante de uma nação, e isso faz com que você cresça e se supere. Uma sensação incrível, difícil de descrever”, comenta.
 
Triatlo Feminino nos jogos Rio 2016
Data: 20/08/2016
Horário: 11h00
Arena: Forte de Copacabana

(Fonte: Assimp OCB/ES)

Especialistas discutem reformulação do SimLeite em Curitiba

Evento contou com a participação de representantes de cooperativas, unidades estaduais e, também da Embrapa Gado de Leite e do Cepea

Brasília (18/8/16) – A reformulação do Sistema de Monitoramento do Mercado de Lácteos (SimLeite), um projeto realizado em conjunto pela da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Embrapa Gado de Leite e Cepea, foi o tema principal de uma reunião ocorrida na sede da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), em Curitiba, na última terça-feira (16/8). O SimLeite é uma importante ferramenta que visa reduzir as assimetrias de informação dos preços do mercado lácteo.

Também participaram da reunião Paulo César Dias, coordenador do Ramo Agropecuário da OCB, Sérgio De Zen, coordenador do Cepea, Paulo Martins, Chefe Geral da Embrapa Gado de Leite e representantes das cooperativas Castrolanda, Frísia, Frimesa, Confepar, CCGL, Piá, Cooprata, Selita e Veneza, assim como representantes das Unidades Estaduais de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina representando suas cooperativas.

PREÇO PAGO – Foram destacados os principais pontos de ajustes e melhorias do Indicador de Preço Pago ao Produtor e dos Indicadores Quinzenais de Preços dos Derivados Lácteos e elaborado plano de ação, com cronograma adequado para realização desta nova fase do projeto. Pontos de ajustes na metodologia, informações estratégicas e relevantes que deverão ser inseridas no relatório, auditagem das informações e apresentação visual da ferramenta foram amplamente debatidos.

Os modelos de solicitação de informações, com o novo formato serão enviados às cooperativas neste próximo mês de setembro. Os novos ajustes deverão ser realizados com a expectativa de que os novos relatórios possam ser enviados às cooperativas ainda em janeiro de 2017, atendendo à solicitação de todos os participantes.

Para o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira, o objetivo é gerar valor às cooperativas, conferindo leque de informações estratégicas que balizem suas decisões gerenciais e se torne uma robusta ferramenta de mercado, como já são os Indicadores Diários do Leite UHT e Muçarela, divulgados pela OCB a mais de 5 anos.

Aproveitando a agenda positiva, os participantes do encontro tiveram a oportunidade de conhecer, ontem, o Agroleite, evento técnico voltado a todas as fases da cadeia produtiva e que é promovido pela Cooperativa Castrolanda no município de Castro (PR). Por meio de sua programação, o evento busca apresentar o potencial de produção de leite da região nos aspectos qualitativo e quantitativo.

Cocari é reconhecida por projeto que recupera nascentes

Premiada em 2014 por recuperar mais de 450 nascentes, até então, cooperativa serve de estímulo para interessadas se inscreverem no Prêmio SOMOSCOOP

Brasília (18/8/16) – Reconhecer os projetos focados em proteção de patrimônios naturais, ambientais e históricos e, ainda, ações voltadas à racionalização do consumo de itens como água, energia elétrica, combustíveis fósseis, plásticos e papel. Estes são o foco da categoria Desenvolvimento Sustentável do antigo Prêmio Cooperativas do Ano, realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e que, a partir de agora, se chama Prêmio SOMOSCOOP – Melhores do Ano.

Em 2014, a campeã desta categoria foi a cooperativa Cocari, com o projeto Olhos D’Água. Ele trabalha na recuperação de nascentes de água, localizadas nas propriedades dos associados. Simples e de fácil execução, o trabalho consiste em identificar na nascente a artéria responsável por jorrar a água, fazendo aumentar o volume. Depois de restaurada, a mina é coberta para que a água não receba interferências externas na sua qualidade.

A Cocari mantém um cadastro informatizado de nascentes. O associado pode se dirigir às unidades da cooperativa em sua região e fazer o cadastro. A restauração obedece a ordem de cadastramento. Até abril de 2015, foram recuperadas 512 minas e 209 constavam no cadastro de espera. A Cocari disponibiliza um técnico, contratado especialmente para o trabalho de recuperação das minas. O projeto prevê a participação do produtor, ou de alguém designado por ele, para trabalhar no apoio durante a restauração das nascentes.

SAIBA MAIS – O texto reproduzido abaixo foi veiculado em uma edição especial da Revista Saber Cooperar. Após conferir a matéria, garanta sua participação no prêmio. Inscreva-se!

Água potável e qualidade de vida


Grande parte da água consumida pelos produtores rurais da área de abrangência da Cocari era originária das minas, que, normalmente abertas, estavam constantemente expostas à contaminação. A preocupação com a qualidade da água mobilizou a cooperativa a desenvolver um projeto para recuperação das nascentes, já que, em virtude dos fatores de contaminação, muitas minas passaram a ter uso limitado ou ficaram inativas. Em 2009, por meio de parceria com a Nortox, uma empresa paranaense consolidada no ramo do desenvolvimento de soluções voltadas ao agronegócio, o projeto Olho d’Água foi lançado.

A primeira transformação positiva foi o aumento da vazão de água, que duplicou de volume. Segundo os dirigentes da cooperativa, os benefícios foram muitos: água pura, minas protegidas do risco de contaminação, diversificação da fauna e da flora, uso eficiente da água nas atividades agrícolas e consumo consciente. As famílias moradoras das propriedades foram as primeiras a comprovar esses benefícios, já que, para a maioria delas, a água originária das minas era a única fonte de abastecimento.

Um antecedente do projeto Olho d’Água foi o programa Força Verde, criado em 2003 pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e pela Polí- cia Florestal do Paraná. Os fundamentos desse programa, com o decorrer do tempo, ajudaram a compor as bases da iniciativa da Cocari que, fortalecendo na comunidade a conscientização sobre a importância de preservar os recursos naturais, resultaram em uma ação conjunta positiva. A grande quantidade de minas a recuperar comprova que os agricultores abraçaram a ideia em prol do desenvolvimento local.

A partir da criação do cadastro das minas, a Cocari não só conseguiu melhorar a qualidade da água, mas aumentar o volume de vazão das nascentes. O mesmo resultado pôde ser aferido em Goiás, onde a cooperativa também implantou o Olhos d’Água. “O projeto traz a noção de que é das coisas simples que saem os bons resultados”, alinhava Bento Godóy Neto, da Secretaria de Meio Ambientes e Recursos Hídricos de GO.


Saiba mais

Cooperativa: Cocari
Ramo: Agropecuário
Ano de fundação: 1962
Local: Mandaguari, PR
Projeto: Olho d’Água
Total de minas restauradas: 454
(Atualmente, mais de 200 estão na fila de espera)
Beneficiados: 790,7 mil pessoas

Dia Nacional do Campo Limpo: cooperativas destacam importância da conscientização ambiental

Práticas da logística reversa, adotadas pelo Ramo Agropecuário, são exemplos de responsabilidade social

Brasília (17/8/16) – O Dia Nacional do Campo Limpo celebra os resultados da logística reversa das embalagens vazias dos defensivos agrícolas no Brasil, em reconhecimento aos elos da cadeia do Sistema Campo Limpo (SCL), formado por agricultores, revendas, fabricantes e Poder Público. Comemorado em 18 de agosto, a data é sinônimo de integração e conscientização ambiental. Ainda que regulamentada por lei, as práticas adotadas pelas cooperativas do Ramo Agropecuário e outras empresas do setor são exemplos de responsabilidade social, refletindo a preocupação com práticas sustentáveis e a preservação do meio ambiente.

Segundo dados do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), o Brasil é líder mundial na destinação correta desses resíduos. Somente em 2015, 45,5 mil toneladas de embalagens vazias tiveram destino ambientalmente correto por meio do SCL. Essa cifra representa 94% do total das embalagens primárias comercializadas no ano anterior. Das 111 centrais de recebimento de embalagens pelo país, 5% delas são gerenciadas por cooperativas.

Para Marco Olívio Morato Oliveira, analista técnico econômico do Sistema OCB, além dos convênios e centrais de recebimento, existem ainda cooperativas que têm o ciclo completo: vendem, recebem as embalagens vazias e realizam o processo de segregação do material. Para Oliveira, o sucesso da implementação da logística reversa no Brasil é a informação contínua.

“A Lei determina o compartilhamento de responsabilidades, a integração de todos os elos da cadeia e, sobretudo, investimentos continuados com foco nos agricultores e nas gerações futuras”, afirma. O Ramo Agropecuário no Brasil compreende um universo de mais de 1,5 mil cooperativas e quase um milhão de cooperados.

A cooperativa Coamo, por exemplo, que possui cerca de 28 mil cooperados, até agosto de 2016, devolveu 1.269.940 embalagens vazias, sendo 95% desse material encaminhado para a reciclagem e os 5% restantes incinerados. Para Djalma Lucio de Oliveira, chefe do Departamento Administrativo e Meio Ambiente da Coamo, em Campo Mourão, no Paraná, ao contrário do que se pode imaginar, os recursos empregados para a destinação correta das embalagens vazias são viáveis graças a parcerias e poucos, perto do impacto positivo para o meio ambiente e a sociedade.

“A adequação à resolução CONAMA foi possível graças ao convênio celebrado com o inpEV desde 2003 e a implantação de estruturas bem equipadas nas novas unidades foi possível graças a parcerias como o IAP (Instituto Ambiental do Paraná)”, destaca.

O Dia Nacional do Campo Limpo também tem inspirado ações de responsabilidade social no cooperativismo brasileiro. No interior do Espírito Santo, por exemplo, voluntários da Cooabriel (Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel), realizaram uma campanha de recolhimento de embalagens vazias nas comunidades rurais dos municípios de São Mateus.

A ação contou com o apoio do IDAF – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo. Foi recolhido um total de 742 embalagens. Para Guilherme Ratunde, funcionário da Cooabriel e voluntário, a intenção é de que essa iniciativa pontual se transforme em uma ação contínua.

“Sabemos dos danos que embalagens deixadas de lado no campo pelos produtores podem causar à natureza e principalmente a seres humanos que correm risco de contaminação”, ressalta.

EVENTO OFICIAL – Para a comemoração do 12° Dia Nacional do Campo Limpo, o SCL compartilha resultados em atividades realizadas em mais de 100 unidades de recebimento em 23 estados. O evento oficial será na central de recebimento de Unaí (MG), gerenciada pela Coagril (Cooperativa Agrícola de Unaí Ltda). A solenidade inclui homenagem a agricultores da região e o Dia de Portas Abertas em que a central realiza palestra sobre o Sistema Campo Limpo e mostra aos presentes o funcionamento da unidade.

Entrevista da Semana: Márcio Lopes de Freitas

Márcio Lopes Freitas fala sobre o cenário do agronegócio no Brasil

Brasília (17/8/16) – Em 4 de julho foi celebrado o Dia Internacional do Cooperativismo e na edição julina da Revista Coopavel trouxe uma entrevista com o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Agropecuarista e cooperativista há mais de 30 anos, é natural de Patrocínio Paulista, interior de São Paulo (SP) e graduado em Administração pela Universidade de Brasília (UnB). A paixão pela agricultura e pelo cooperativismo vem de família, herança de Rubens de Freitas, seu pai e exemplo de vida.

Sua participação direta no setor teve início em 1994, presidente da Cocapec e da Credicocapec. Entre 1997 e 2001 esteve à frente da unidade estadual de São Paulo (Ocesp). Depois atuou como presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).

Em 2005 assumiu a presidência da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) e está na presidência da Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), desde 2010.

Confira abaixo a entrevista.

Revista Coopavel -O PIB brasileiro em 2015 foi o pior dos últimos 25 anos, fechando o ano com 3,8% negativo, já o agronegócio cresceu 1,8% em relação ao ano anterior. Na sua opinião quais ações são necessárias para manter o agronegócio em crescimento?

Márcio de Freiras
- Para que o agronegócio brasileiro continue contribuindo com a economia nacional, é necessário que sejam retomados os investimentos do setor, pois por mais que o produtor tenha convicção na sua atividade, o ambiente instável em que estamos inseridos, econômica e politicamente, o coloca em estado de alerta. Podemos elencar rapidamente três medidas que são fundamentais para a sustentabilidade do setor nesse contexto:

a) Políticas para a garantia da produção e da renda – Não podemos retroceder na política de crédito rural e financiamento para a produção. Além do volume e acessibilidade aos recursos, que devem acompanhar os crescentes custos de produção, é importante que tenhamos um Plano Agrícola Plurianual, incluído em uma Política de Estado, reduzindo as incertezas e garantindo a segurança e previsibilidade necessários para o desenvolvimento do setor. Também são necessários avanços na política de seguro rural, para que o mesmo seja efetivamente um instrumento de mitigação de riscos à produção.

b) Políticas comerciais – Precisamos ser mais agressivos no acesso e abertura de mercados externos, como o Mercosul, seja individualmente ou em blocos, utilizando a exportação como uma ferramenta de expansão e crescimento, não perdendo de vista a importância de que tenhamos estratégias para transpor barreiras tarifárias e sanitárias. É também de suma importância acelerarmos os investimentos públicos e privados em infraestrutura de transporte, visando uma diminuição de custos logísticos.

c) Avanços tecnológicos e de processos – O Brasil é detentor de uma das mais avançadas tecnologias de produção agropecuária do mundo e protagonista na criação e desenvolvimento de sistemas de produção em áreas tropicais. Sendo assim é imprescindível a garantia de investimentos públicos em pesquisa e tecnologia para o setor, fundamentalmente por meio da Embrapa. Para que continuemos avançando na velocidade que o mercado global exige, também é necessária a modernização dos conceitos e processos de nossos marcos regulatórios, como regulamentos de inspeção industrial e registro de insumos.

RC-Para o senhor, o Plano Safra 2016/2017 é suficiente para garantir o pleno desenvolvimento da agricultura brasileira?

MF-
Ao anunciar o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, mais uma vez o governo sustentou os fluxos de financiamento de custeio, aquém das necessidades do setor. Do total anunciado, mais de 30% são recursos livres. A estratégia adotada pode ser compreensível visto que manter recursos para rodar a safra faria mais sentido do que ampliar níveis de investimento. O problema é que isso não pode se tornar uma regra, uma vez que as linhas de investimento são “mais nobres” e fundamentais na eficiência de alocação dos recursos, podendo, talvez em um prazo não tão distante, restringir o processo de crescimento do setor agropecuário.

Em relação à elevação das taxas de juros, ponto de maior descontentamento do setor tanto no custeio e comercialização e mais proporcionalmente nos investimentos, caracteriza-se uma estratégia não muito coerente com a realidade, especialmente pelas contribuições do agronegócio brasileiro para nossa economia.

E dependendo das frustrações de safra cada vez mais presentes em regiões e culturas de grande importância e pelos elevados custos de produção, haveria a possibilidade de atravessarmos uma fase de intenso endividamento e a necessidade de repactuação das dívidas rurais. Não raro é ouvirmos que a inadimplência do setor começa a crescer, aumentando assim os níveis de alerta.

Pelo fato de as cooperativas agropecuárias serem legítimas beneficiárias dos recursos de crédito rural, uma vez que ela é a própria extensão dos interesses dos produtores rurais, temos participado de forma ativa dos fóruns de discussão do setor junto ao poder público, veiculando nossas proposições de política agrícola, com ampla base técnica, contando sempre com o apoio de nossas cooperativas.

É importante ressaltarmos que, assim como mencionado anteriormente, a política de crédito rural é apenas um dos componentes necessários para o contínuo desenvolvimento do agronegócio nacional, onde a adoção de diferentes medidas estruturantes é fundamental para a garantia de desenvolvimento constante do setor.

RC-A logística é um dos principais gargalos para escoar as safras do Brasil, na sua opinião, qual seria a melhor estratégia?

MF-
Primeiro, é preciso acelerar os investimentos públicos e privados em infraestrutura de transportes por meio do Programa de Investimentos em Logística. Além disso, urge ampliar e facilitar o acesso às linhas de crédito que possibilitem a construção de armazéns e, claro, melhorar os modais brasileiros de forma a assegurar que o produtor tenha opções para escoar sua produção.

RC-A burocracia é outro grande entrave no desenvolvimento do agronegócio brasileiro, quais seriam os caminhos para solucionar este problema?

MF-
Sem dúvida alguma, burocracia é uma palavra que nem deveria existir mais no Brasil. Sobre isso, há que se reconhecer o trabalho, por exemplo, do Ministério da Agricultura que reduziu bastante o fluxo dentro de seus processos, encurtando um pouco o caminho entre produtor e servidor. A solução é, sem dúvida, promover as alterações necessárias para evitar o interminável vai e vem de documentos ou retrabalho por parte dos profissionais de dentro e de fora do setor público. Isso só gera descrédito e insatisfação. Acredito que a máquina pública brasileira, ao rever seus processos, perceberá tudo aquilo que pode ser otimizado. É evidente que não podemos prescindir de organização, mas isso não pode ser um dificultador para o produtor brasileiro.

RC-Um dos desafios da globalização mundial é produzir alimentos para o mundo. Na sua visão o Brasil está preparado para essa demanda? Por quê?

MF-
Temos um grande desafio pela frente. A cada dia, cresce o número de pessoas no mundo e em breve já seremos 9 bilhões, segundo indica a Organização das Nações Unidas (ONU). Com essa projeção, surgem diversos questionamentos. A alimentação é, certamente, um dos pontos que mais chamam a atenção. Natural, então, nos perguntarmos como fazer, por exemplo, para combater a fome, garantindo a segurança alimentar e a produção de alimentos.

Este é um desafio de todos os governos, com certeza, mas também da agricultura mundial, e nós, brasileiros, temos um papel importante nesse cenário. Afinal, sabemos que o Brasil é um grande produtor de alimentos. Só em grãos, estamos cada vez mais próximos da marca de 200 milhões de toneladas, de acordo com estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para se ter ideia, o agronegócio, que se refere ao conjunto de atividades vinculadas à agropecuária, responde por uma média superior a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Sem dúvida, os agricultores brasileiros se destacam pelo volume produzido, mas, também, pelo uso eficaz e sustentável da terra, conseguindo produzir mais em áreas menores. Estamos falando de todos os produtores brasileiros. E muitos deles estão organizados em cooperativas, trabalhando conjuntamente para ganhar mais força e espaço no mercado e, para isso, contam com um suporte importante – dentro e fora da porteira. São serviços que vão desde o beneficiamento e o armazenamento à assistência técnica e à agroindustrialização. Vale ressaltar que as cooperativas funcionam como verdadeiros centros de segurança para os seus cooperados.

Continue lendo a entrevista, clicando aqui, e avançando até a página 24.

Neivo Luiz Panho é o novo superintendente do Sescoop/SC

Florianópolis (17/8/16) – Neivo Luiz Panho, que vinha acumulando as funções de superintendente da Ocesc e do Sescoop/SC (interinamente) desde fevereiro deste ano, assumiu oficialmente o cargo no último dia 11 de julho. Segundo o presidente do Sistema Ocesc, que engloba o Sescoop/SC, Luiz Vicente Suzin, o objetivo é ampliar, ainda mais, a sinergia e o alinhamento das duas casas, mantendo as decisões ágeis com custo interno compatível.

Panho salienta a importância do Sescoop/SC para o fortalecimento e perenidade das cooperativas que atuam em Santa Catarina. Segundo ele, a entidade sempre teve forte compromisso em apoiar projetos elaborados pelas cooperativas. “A minha intenção é manter e aprimorar os pilares que nortearam a criação do Sescoop, em 1999, observando as diretrizes legais e orientações dos conselhos, Tribunal de Contas da União, Unidade Nacional e outros órgãos normativos, primando pelas funções essenciais, quais sejam: o apoio à qualificação profissional de dirigentes e empregados, o monitoramento das cooperativas e a promoção social", disse. (Fonte: Sescoop/SC)

Sistema OCB destaca importância do cooperativismo ao Ministro da Integração

Durante o encontro, lideranças cooperativistas defenderam maior participação do setor na política de desenvolvimento regional do país

Brasília (16/8/16) – Apresentar propostas para assegurar o devido acesso do cooperativismo aos fundos constitucionais (FCO, FNE e FNO) e aos fundos de desenvolvimento regional (FDCO, FDA e FDNE). Com esse objetivo, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o deputado Sergio Souza (PR), representante da Diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e o presidente da cooperativa agroindustrial Coamo, José Aroldo Gallassini, se reuniram com o ministro da Integração, Hélder Barbalho, na manhã desta terça-feira.

Os fundos constitucionais e de desenvolvimento regional são importantes instrumentos para financiar o setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e municípios na área de ação da Sudene, nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Eles representam a principal fonte de financiamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), sendo utilizados para implantação de políticas de redução das desigualdades inter-regionais do País, no caso dos fundos constitucionais (FCO, FNE e FNO), e de investimento em empreendimentos produtivos de grande capacidade germinativa de novos negócios e atividades produtivas, no caso dos fundos de desenvolvimento regional (FDCO, FDA e FDNE).

No caso do cooperativismo, porém, o acesso a esses fundos ainda é bastante restrito, seja como beneficiários dos recursos, no caso das cooperativas agropecuárias e de outros segmentos, seja como operadores dos fundos, no caso específico das cooperativas de crédito. Com intenção de investir R$ 650 milhões nos próximos quatro anos em refinaria de óleo de soja, em Dourados (MS), a cooperativa ainda encontra dificuldades para acessar o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), dado o entendimento atual por parte de alguns órgãos governamentais, de que, legalmente, o recurso está destinado apenas a sociedades empresárias.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, defendeu uma maior participação do cooperativismo na política de desenvolvimento regional do país. “As cooperativas, sociedades formadas por pessoas, capazes de unir crescimento econômico e inclusão social, possuem credenciais de sobra para atuar como protagonistas na Política Nacional de Desenvolvimento Regional, principalmente nos municípios do interior do país,” avalia Márcio Freitas. 

“Tivemos uma resposta muito positiva do Ministro da Integração, que disse já ter conhecimento do pleito do cooperativismo e que irá trabalhar junto à Casa Civil e às Superintendências de Desenvolvimento Regional para solucionar de forma ágil algumas restrições de entendimento legal que têm dificultado o investimento dos fundos regionais no setor,” comenta o presidente do Sistema OCB.

Durante o encontro, o Sistema OCB apresentou documento solicitando a participação efetiva das cooperativas como beneficiárias dos fundos constitucionais e de desenvolvimento, tendo em vista, inclusive, o comando constitucional de estímulo e apoio ao cooperativismo (§ 2º, art. 174 da CF/88) sendo este repassado para a área técnica do Ministério. Também estiveram presentes o superintendente industrial da Coamo, Divaldo Correa, e a gerente geral da OCB, Tânia Zanella.

VISITA - Antes da audiência, o presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas, recebeu o presidente da cooperativa agroindustrial Coamo, José Aroldo Gallassini, e o superintendente, Divaldo Correa, para discutirem estratégias de desenvolvimento para o Ramo Agropecuário. Também esteve presente, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.

Seca que assola produtores de café no Espírito Santo é tema de reunião no Ministério da Agricultura

Pedido de flexibilização para renegociar dívidas de crédito rural é bem visto por Maggi e segue para reunião do CMN

Brasília (16/8/16) – Em audiência com os ministros da Agricultura e do Planejamento, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e representantes do cooperativismo capixaba apresentaram hoje pleito para edição de resolução do Conselho Monetário Nacional, visando a renegociação de dívidas de crédito rural decorrentes da seca no Espírito Santo. No estado, onde 70% da produção de café conilon é irrigada, houve restrição para uso de água em decorrência do baixo volume de precipitação. E a situação não deve ser muito diferente na safra 2017/18, pois as altas temperaturas e o baixo volume de chuvas persistem até agora. Já são mil dias com situação de altas temperaturas e seca.

Segundo Márcio Freitas, com os prejuízos causados pela seca, os produtores de café necessitam renegociar suas dívidas. Como nas cooperativas as principais linhas são repassadoras, é necessário renegociar com as fontes de recurso. Para que essa negociação seja mantida, o entendimento por parte de órgãos como Mapa, MPOG e CMN é fundamental para que haja flexibilizações. E a reunião realizada na manhã de hoje (16/8) no Ministério da Agricultura, em Brasília, resultou em boas expectativas para o setor.

De acordo com o presidente do Sistema OCB/ES, Esthério Colnalgo, a recepção do ministro Blario Maggi reflete o seu conhecimento de causa: “Como produtor rural, o ministro da Agricultura sabe a dificuldade que é produzir a céu aberto. Muita chuva ou pouca chuva sempre é um problema. E não é um problema exclusivo do Espírito Santo: estados do Nordeste, do Sul, do Centro-Oeste já vivem essa realidade há bastante tempo. A receptividade do ministro Maggi nos deixou confiantes de que a chance de dar certo é muito grande”, comentou o dirigente.

Representante do sistema cooperativista de crédito do estado, o Diretor Executivo do Sicoob Central ES, Nailson Bernardina, acrescentou que a bancada em defesa do pleito é formada por parlamentares sensibilizados com a causa, que entendem a gravidade da situação vivida no estado capixaba. “Essa é uma crise hídrica que o Espírito Santo não tem registro há pelo menos 80 anos. Não temos essa vivência nem qualquer preparo. Estima-se uma perda de safra em torno de 40% até o momento.” O Sistema Sicoob é hoje um dos principais agentes de custeio no estado. Se atendido, o pedido de edição da resolução do CMN vai beneficiar “algo em torno de 20 mil contratos e um volume de R$ 859 milhões”, informa Bernardina.

Diversos produtores rurais se juntaram à comitiva que compareceu em Brasília para acompanhar os desdobramentos da solicitação. Junto a eles, o presidente da Coabriel (Cooperativa dos Cafeicultores de São Gabriel), os deputados federais Evair de Melo, Elder Salomão e Marcos Vicente, além do governador do estado – Paulo Hartung.

O Conselho Monetário Nacional tem sua próxima reunião programada para o dia 25 de agosto. Os órgãos competentes já realizaram todo o mapeamento necessário, evidenciando o prejuízo devido à falta de chuvas nesse período. “O que precisamos agora é que o CMN analise esse pleito já endossado pelo ministro Maggi e, com a edição da resolução muito possivelmente no próximo dia 25, temos a expectativa de já abrirmos setembro podendo renegociar as dívidas”, prevê Bernardina. “Essa é a nossa expectativa”, enfatiza.

Ainda de acordo com o representante do Sistema Sicoob, o estado do Espírito Santo é um dos maiores adimplentes no que diz respeito às questões de utilização de recursos federais. “Esse foi um ponto bastante frisado na reunião e que, com certeza, pesa bastante a nosso favor nessa negociação”, finaliza.

A realidade em números - Na região de atuação da Coabriel (Cooperativa dos Cafeicultores de São Gabriel), em São Gabriel da Palha, norte do Espírito Santo, inicialmente a expectativa era colher 1,2 milhão de sacas na safra atual (2016/17). Mas a piora do clima com a seca estendida levou a cooperativa a reduzir a previsão para 800 mil sacas. Agora, com a colheita finalizada, a estimativa é que a produção fique em 550 mil sacas.

Em função do clima, há algumas lavouras de café que não irão produzir na safra 2017/18. Entre as localidades com lavouras nessas condições estão Vila Valério, Jaguaré, São Gabriel e Águia Branca. (Com informações do jornal Valor Econômico de 15/8/2016)

Padronização do transporte escolar é discutida com o FNDE

Brasília (16/8/16) – Representantes do Sistema OCB e de sua unidade no estado do Espírito Santo se reuniram hoje, em Brasília, com o coordenador de apoio ao programa Caminho da Escola, Djailson Dantas de Medeiros, executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A intenção foi discutir a questão da padronização do transporte escolar no Brasil. A reunião também contou com os técnicos, João Antônio Lopes Figueiredo e Silvério Cruz, ambos do FNDE.

Segundo o analista de monitoramento da OCB/ES, David Duarte Ribeiro, há cerca de três anos o Conselho Consultivo Nacional do Ramo Transporte tem discutido o tema. O assunto tem sido pauta, inclusive, das reuniões entre cooperativas e unidades estaduais que trazem a questão para o âmbito nacional.

“As cooperativas têm visto o assunto com preocupação, uma vez que as alterações físicas impactariam financeiramente numa frota de mais de 6,8 mil veículos de transporte escolar por todo o Brasil. Para se ter uma ideia, o veículo modelo apresentado pelos fabricantes, já considerando as possíveis mudanças, custa em torno de R$ 190 mil. Se esta resolução, a ser editada pelo Contran entrar em vigor, as cooperativas terão de, praticamente, substituir sua frota”, avalia David Duarte.

O coordenador de apoio ao programa Caminho da Escola, Djailson Dantas de Medeiros, elogiou o Sistema OCB por ter buscado informações sobre a questão, junto ao FNDE, e esclareceu que a padronização está sob responsabilidade única e exclusiva da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Segundo ele, o FNDE está apenas acompanhando as audiências públicas e reuniões técnicas, promovidas pela Associação de Normas.

Ainda segundo Djailson Medeiros as possíveis mudanças, a partir de um processo de padronização, impactarão os veículos que desenvolvem a atividade de transporte escolar na zona urbana. No caso dos veículos que atuam no transporte escolar rural, não haverá impacto.

Na avaliação dos representantes da OCB, a aproximação com o FNDE foi positiva, considerando a possibilidade de apresentação das características do Ramo Transporte, bem como, a busca por uma parceira que envolve a discussão mais aprofundada sobre o transporte escolar no país. O Sistema OCB, por meio do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Transporte, continuará acompanhando o desdobramento da questão, a exemplo das próximas iniciativas realizadas pela ABNT.

Produtores premiados pela Aurora são recebidos por presidente da OCB

Brasília (16/8/16) – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o superintendente, Renato Nobile, receberam hoje, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília, 12 produtores destaques em uma premiação realizada pela Central Aurora Alimentos, que avalia a produção do ano anterior. A viagem à Brasília faz parte da premiação. A gerente geral da OCB, Tânia Zanella, também acompanhou a audiência.

Logo depois da visita às instalações da OCB, o grupo, contemplado com o programa Portas Abertas do Sistema OCB, seguiu para o Congresso Nacional, Bancoob e Sicoob. Ontem os produtores visitaram o centro de distribuição da Aurora, no Distrito Federal, localizado na região administrativa do Gama. A programação de amanhã inclui visitação aos principais pontos turísticos da capital federal.

Sistema OCEB realiza Lidercoop na região sul da Bahia

Salvador (16/8/16) – Junto com Ilhéus, Itabuna é o centro de uma zona de influência que envolve 40 municípios do sul da Bahia e uma população de mais de um milhão de habitantes. E foi nesse importante município da zona cacaueira que ocorreu no último dia 12 a quinta edição regional 2016 do Lidercoop, encontro regional de presidentes, dirigentes e outros líderes do cooperativismo baiano. O evento foi realizado no auditório da Unimed Itabuna e contou com a presença de mais de 50 lideranças, dos ramos Saúde, Crédito, Educacional, Agropecuário, Transporte e Trabalho.

Como nos encontros anteriores, Ranusio Cunha, Diretor Geral do Sicoob Coopere, cooperativa baiana finalista nacional do prêmio Sescoop Excelência de Gestão, proferiu palestra sobre a evolução do modelo de governança em sua cooperativa e do Manual de Boas Práticas de Governança Cooperativa editado pela OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras. O objetivo foi provocar uma reflexão sobre o caminho a se trilhar, rumo à modernização e desenvolvimento de sistemas de governança nas cooperativas baianas.

Com intensa participação dos dirigentes, o Lidercoop abordou também o tema da formação de capital e a relação que estabelece com a sustentabilidade econômico-financeira das cooperativas baianas. De acordo com Cergio Tecchio, presidente da OCEB e palestrante sobre o tema, é preciso entender que capitalização sólida é a base da sustentabilidade e reflete visão estratégica do negócio.

Sobre esse assunto, Ana Barreto, da Unimed Itabuna, declarou que o debate evidenciou a necessidade de as cooperativas incluírem a formação do capital no desenho de suas estratégias para o crescimento: “ficou clara a importância de avançarmos com esse recurso econômico para que as cooperativas possam se desenvolver sustentavelmente”, e arrematou: “ficou muito bem colocada essa questão da sustentabilidade através do capital social”.

Outro ponto forte do Lidercoop foi o relato das ações implementadas pelo Sistema OCEB como parte do cumprimento de seu planejamento estratégico. O PDGC e o PAGC foram destaque, exatamente por se relacionarem com o esforço de autoconhecimento e a possibilidade de orientar o desenvolvimento gerencial das cooperativas.

O compartilhamento de informações sobre produtos e serviços oferecidos pela OCEB e pelo SESCOOP/BA nas áreas de educação e capacitação, promoção do cooperativismo, apoio jurídico e contábil, monitoramento, dentre outros, beneficiou também cooperativas recém-formadas ou ainda em estruturação, pois ampliou o nível de conhecimento sobre os recursos que o Sistema OCEB coloca à disposição das cooperativas.

É o que nos relatou Josevaldo Moraes, da Coopsul “nossa cooperativa só tem um ano de existência e realmente nós não sabíamos que a OCEB era tão grande... estar presente foi muito importante para nossa cooperativa”. O Lidercoop terá sua última edição regional, em 2016, na cidade de Feira de Santana, no próximo dia 19 de agosto. (Fonte: OCEB)

Professores e estudantes analisam conflitos sociais em Penedo

Maceió (16/8/16) – Discutir a sociedade na atualidade e abordar os conflitos existentes no meio social são as propostas dos estudantes e professores do Colégio Leonor Gonçalves Peixoto – gerido pela Cooperativa Educacional de Penedo (Coopepe) – para a IV Mostra Pedagógica. O evento inicia na quinta-feira (18), a partir das 19h, na quadra de esportes da instituição de ensino, em Penedo, e encerra às 20h da sexta-feira (19).

O projeto é aberto ao público e toda a comunidade poderá participar. “Para a quinta-feira (18) os alunos preparam a peça teatral "O Cortiço", apresentações de pastoril e dança folclórica, além de discussões sobre bullying. Eles estão animados e aguardam a presença da comunidade para prestigiá-los”, disse Gislene Muniz, coordenadora pedagógica.

Na sexta-feira (19), de 16h às 20h, os alunos, supervisionados por professores, abordarão em salas temáticas a Evolução do Homem no Brasil, a Cultura Popular e seus Reflexos na Sociedade, Bullying, Saneamento Básico como um Problema de Saúde Pública, Meios de Comunicação como Instrumento Ideológico das Massas, Papel Social das ONGs, Comunidades Virtuais e Poluição Sonora, Lixo como Problema da Sociedade de Consumo, Brasil e seus Problemas Sociais e A Família e suas Diversidades.

“Nossa intenção é apresentar o trabalho desenvolvido com os estudantes sobre a conscientização dos direitos e deveres deles para uma sociedade melhor e torná-los cidadãos mais críticos e pensantes”, destaca Gisele Muniz.

O presidente do Sistema OCB/AL*, Marcos Rocha, parabeniza a Coopepe pelo desenvolvimento de um projeto que beneficiará toda a comunidade. "A cooperativa unirá professores, alunos e comunidade em um único ambiente para abordar temas de relevância social. Cooperação também é dividir conhecimento e eles estão de parabéns por isso”, ressalta.

ATIVIDADES INTERNAS – No sábado (13) o Colégio Leonor Gonçalves realizou passeio ciclístico envolvendo alunos do ensino fundamental ao médio, pais e professores. Na manhã da segunda-feira (15) os alunos assistiram palestras sobre Os Valores Sociais na Atualidade e sobre o Zika Vírus. Já nesta quarta-feira (16) uma gincana com os temas da IV Mostra Pedagógica envolve os alunos. (Fonte: Sistema OCB/AL)

Curso apoiado pelo Sescoop/RJ forma 200 filhos de cooperados

Rio de Janeiro (16/8/16) - Para entrar no mercado de trabalho é fundamental estar preparado. E com esse objetivo o Núcleo de Estudo e Ação sobre o Menor (NEAM) da PUC-Rio realiza, com o apoio do Sescoop/RJ e da CoopcredEnsino, cursos de aperfeiçoamento em diversas áreas, voltados a filhos de cooperados e às comunidades carentes do entorno da universidade. No dia 15 de agosto, cerca de 200 jovens e adolescentes, além de pais e responsáveis acompanharam a solenidade de formatura.

A formação tem uma carga horária que varia de 15 a 40 horas, os módulos contemplam Matemática, Introdução à Fotografia, Aperfeiçoamento da Língua Portuguesa, Corpo e Saúde, Reciclagem de Papel e Criação Artesanal e Educação e Cidadania. Na área de Informática, os jovens aprenderam Excel e Photoshop.

Vice-presidente do Sistema OCB/RJ e presidente da CoopCred Ensino, Jorge Meneses, falou da importância do estudo aos jovens. “Excel e Photoshop, atualmente, são requisitos básicos em determinadas profissões. A internet tem um mundo à disposição e com um clique você pode saber de coisas importantes para a vida. Portanto, é gratificante acompanhar o início de uma grande caminhada para os formandos”, disse.

Diretora do NEAM, Marina Moreira diz que a capacitação é de qualidade. “Os jovens saem daqui com a certeza de que estão mais preparados para o mercado de trabalho. E esse resultado é dignificante", disse a professora.

Segundo o coordenador do NEAM, Davison Coutinho, além do conhecimento, os alunos aprenderam sobre cidadania. “Oportunidades de qualificação como essa são determinantes para o desenvolvimento de qualquer profissional. A capacitação possibilita o desenvolvimento como seres humanos, pois os cursos formam cidadãos conscientes”, destacou. (Fonte: Sistema OCB/RJ)

Cooperativas de transporte têm reunião com Secretaria da Fazenda e ANTT

Cuiabá (16/8/16) – Com a intenção de discutir os principais gargalos da operação das cooperativas do Ramo Transporte, em Mato Grosso, o Sistema OCB/MT realizou ontem uma reunião entre o segmento e representantes da Secretaria Estadual de Fazenda e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Na pauta assuntos que envolvem todos os agentes do setor de transporte. Entre eles a exigência de contrato, pelos embarcadores e postos fiscais, entre as cooperativas e seus cooperados. Um assunto, segundo o Analista Técnico do Ramo Transporte do Sescoop Nacional, Tiago de Barros Freitas, que “tem um problema de interpretação equivocada quanto a exigência de contrato de arrendamento e acreditamos que o problema será solucionado porque a ANTT já tem um entendimento, da não exigência desse contrato de arrendamento entre o cooperado e a cooperativa. A OCB já se posicionou com a emissão de um parecer e agora só faltava conversar com a Sefaz também”. 

Outros pontos também estiveram na pauta da reunião, como a regularidade e exigência, da pauta de fretes estabelecida pelo SEFAZ no Estado, a qual não é adotada pela grande maioria das empresas de transporte do ramo, sendo que estas deliberadamente trabalham com valores inferiores aos pré-estabelecidos, gerando uma desvantagem e total irregularidade perante aos que seguem a normativa da Secretaria de Fazenda; as empresas “piratas” de transporte, onde não é recolhido nenhum tributo ao Estado e ao Governo Federal, ou qualquer tipo de encargo do motorista; entre outros.

O Superintendente do Sistema OCB/MT, Adair Mazzotti, explicou durante a abertura da reunião, que “a proposta é aparar as arestas quanto a falta de compreensão das leis que normatizam as cooperativas junto às instituições públicas em todas as esferas. O Sistema OCB/MT acredita que através de diálogo encontre a compreensão e se construa as soluções em conjunto”.

“Faltava esse contato maior entre as partes. Muitas vezes fica um lado reclamando e o outro lado alegando que está certo, mas a moeda sempre tem dois lados. Às vezes estamos olhando de forma muito repressiva, o que não precisa ser repressiva, e as vezes o contribuinte olha só para si e esquece que existe uma legislação. Então, quando a gente junta os dois caminhos acessamos o desconhecimento e amenizamos o lado opressivo, caso ele esteja existindo”, analisou o Gerente dos Postos Fiscais da Sefaz, Henrique Carnaúba.

O Supervisor de Posto da ANTT de Cuiabá, Sandro Carvalho, também enfatizou que “o dialogo é a melhor maneira de se chegar a um consenso. Quando reúnem os cooperados e os órgãos envolvidos na fiscalização, seja da Secretaria Estadual de Fazenda, seja a ANTT, conseguimos identificar onde estão os gargalos e trabalhar para melhorar a regulação, sem intenção de multar ou penalizar, mas resolver o problema”.

Carvalho acrescentou que “viemos aqui para ouvir os cooperados, suas dúvidas, as pendências, os gargalos, para que a prestação de serviço do transporte e aquilo que for de competência da ANTT sejam esclarecidas. Nossa intenção é que o transporte seja feito de maneira mais tranquila e que os cooperados não sintam tantos problemas quando estão realizando sua atividade”.

Ficou definido que os pontos levantados pelas cooperativas de transporte de Mato Grosso serão analisados e providências tomadas por todas as entidades participantes. “A reunião foi muito produtiva, acima das nossas expectativas. Os representantes dos órgãos foram acessíveis, e responderam aos nossos questionamentos que estavam na pauta. Todas elas serão analisadas por eles e acredito que isso possa tornar o trabalho de maneira mais facilitada aos cooperados, menos burocracia nos postos ficais, consequentemente, menos conflitos e mais alinhamento nas normatizações vigentes”, disse o representante do Ramo Transporte no Sistema OCB/MT e presidente da Cootram, Marcelo Antônio Angst.

Marcelo Angst ainda ressalta que “a orientação é que as cooperativas façam sempre tudo dentro da lei, para que não sejam autuadas e cobradas por não agirem de forma correta e, no caso de não se adequarem à legislação provavelmente terão problemas sérios e até fechamento de portas”.

O Analista Técnico do Ramo Transporte do Sescoop Nacional, Tiago de Barros Freitas, também avaliou como “como extremamente produtiva, pois colocou na mesma de discussão todos os atores envolvidos no processo”. Freitas pondera que reuniões como esta “fortalece o Sistema Cooperativismo e o resultado colhido nessa reunião se estendera não só para Mato Grosso, mas para todas as cooperativas do Brasil”.

O analista de monitoramento do Sistema OCB/MT, Tiago Gomes de Assis, esclarece que “o Sistema OCB/MT, enquanto instituição só poderá auxiliar as cooperativas que estiverem agindo de forma correta, dentro da legalidade; caso contrário não podemos atuar em auxilio a essas cooperativas”. (Fonte: Sistema OCB/MT)

Compra Institucional é discutida por cooperativas agropecuárias do CE

Fortaleza (15/8/16) – As cooperativas do Ramo Agropecuário do Ceará, integrantes do Programa Desenvolvimento da Competitividade e Profissionalização de Cooperativas do Ramo Agropecuário no Estado do Ceará (Projeto Agro), estiveram reunidas na última sexta-feira, na sede do Sistema OCB/CE com representantes do governo estadual para saber mais a respeito dos programas que podem contribuir com a comercialização de seus produtos, juntos aos órgãos federais.

Algumas cooperativas já participam da venda de produtos ao governo por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e que possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.

Quem esteve presente ao encontro foi Josafá Martins, um dos técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, responsável pelo PAA, no Ceará. De acordo com ele, o encontro pode esclarecer diversas dúvidas entres os agricultores e despertar o interesse em buscar o conhecimento para facilitar a comercialização dos seus produtos.

“O objetivo desse encontro foi dar conhecimento às cooperativas agropecuárias sobre a modalidade de compra institucional. O PAA já existe e funciona bem no Ceará, mas essa modalidade da compra institucional ainda é pouco difundida. Estamos fazendo a mobilização nas organizações da agricultura familiar, levando o passo a passo sobre como deve ser feito o processo juntos aos possíveis compradores que são os órgãos federais, etc. Nós fazemos a ponte entre os que vão comprar e os fornecedores”, disse Josafá Martins.

Além da SDA, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) esteve no Sistema OCB/CE, por meio assessor da Gerência de Apoio Técnico (Geate), Sérgio Lima. Segundo ele, as cooperativas agropecuárias estão caminhando para um futuro muito promissor pelo o que já vem observando com o trabalho que vem feito com os agricultores familiares.

“A expectativa é que a gente possa amanhã dar uma resposta com o cooperativismo que até hoje não conseguimos, que é inserir a agricultura familiar no comércio institucional. A Ematerce realizou uma capacitação de seus técnicos junto às cooperativas agropecuárias e, de acordo com alguns relatos de representantes dessas instituições, estamos tendo muitos frutos e um crescimento das cooperativas que participaram da capacitação”, comentou Sérgio Lima. (Fonte: Assimp Sistema OCB/CE)