Notícias representação
Os agricultores e pecuaristas que produzem para exportação podem deixar de pagar tributos federais sobre insumos como ração e adubo. Na última quinta-feira (25/3), a Receita Federal do Brasil e a Secretaria do Comércio Exterior (Secex) assinaram portaria conjunta que disciplina o regime especial de drawback integrado. A norma, que prevê a possibilidade de integração de regimes de suspensão de tributos, drawback aduaneiro suspensão e drawback verde-amarelo, foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (26/3) e deve entrar em vigor em 30 dias.
De acordo com informações da Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), no final de 2008, uma medida provisória havia estendido o drawback aos produtos agropecuários, criando o drawback integrado. A lei foi aprovada pelo Congresso Nacional, mas a aplicação do regime dependia da portaria conjunta. A portaria havia sido editada pela Secretaria de Comércio Exterior no ano passado, mas ainda faltava a assinatura do secretário da Receita Federal.
Com a portaria, os produtores nacionais poderão adquirir insumos nacionais ou importados, de forma combinada ou não, com suspensão de tributos. No drawback verde-amarelo, o benefício só valia para as matérias-primas nacionais se a mercadoria contivesse pelo menos um item importado.
Os tributos que terão o pagamento suspenso são os seguintes: Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados, PIS/Pasep e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Segundo a nova portaria, o prazo para a suspensão será de até um ano, podendo ser prorrogável por igual período.
No caso de matérias-primas importadas serem usadas na produção de bem de capital de longo ciclo de fabricação, como máquinas e equipamentos, a suspensão poderá ser estendida para até cinco anos. As empresas industriais fornecedoras do produtor-exportador também serão incluídas no drawback integrado.
A Assessoria Parlamentar (Aspar) e a Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Mercados (Gemer) da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participaram , nesta segunda-feira (29/3), de reunião na Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para tratar da análise do texto do Projeto de Lei (PL) 3.729/2004, que define critérios para o licenciamento ambiental.
No encontro, que teve a presença de outras entidades parceiras da CNA, foram organizadas algumas sugestões para alteração do texto da matéria. O destaque foi para a adequação de critérios de classificação para a obtenção da licença, da manutenção do corpo técnico das empresas visando fins de adequação ambiental e da realização de audiências públicas durante o processo de licenciamento.
Segundo o parecer apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o projeto não esclarece quais são os critérios de obtenção do licenciamento ambiental, o que sujeita empresas de diferentes portes a seguir a mesma regra. Neste caso, a sugestão seria inserir uma classificação onde se leve em consideração o porte e o potencial poluidor do empreendimento para a obtenção da licença.
Com relação à manutenção do corpo técnico das empresas para fins de adequação ambiental e à realização de auditorias ambientais e balanços de emissões de gás de efeito estufa, o representante da Confederação Nacional da Industria (CNI) defendeu que o projeto tornaria a atividade econômica extremamente onerosa e inviável para os pequenos empreendimentos.
Outro fator que causa divergência do grupo em relação ao PL é a realização de audiências públicas durante todo o processo de licenciamento ambiental. Conforme a CNI, as audiências públicas devem ser realizadas antes da emissão da licença prévia, e sua quantidade deve ser acordada entre empreendedor e agente fiscalizador, de forma a evitar custos desnecessários às empresas.
A referida proposição encontra-se pronta para a deliberação da Comissão de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável (CMADS), na Câmara dos Deputados, com parecer do deputado André de Paula, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), pela aprovação deste e dos PLs 3.957/2004, 5.435/2005 e 1.147/2007, e pela rejeição dos PL’s 5.576/2005 e 2.029/2007, apensados, com texto substitutivo.
"Foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29/3) o ato normativo 93, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), suspendendo a vigência da resolução nº 281, de 2008, que estabelecia critérios para o registro de tratores e maquinário agrícola. A suspensão atende o pleito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). De acordo com a instituição, muitos produtores rurais adquirem máquinas usadas ou de lojas que não emitem notas, o que dificulta a possibilidade de identificação e emplacamento dos tratores.
No dia 16, deste mês os deputados Odacir Zonta, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Moacir Micheletto e Celso Maldaner, integrantes da Frente, promoveram um debate na Câmara dos Deputados. Na oportunidade, eles mostraram a inconveniência da resolução e pediram a sua imediata prorrogação.
Ao justificar a realização do debate sobre o tema, Micheletto salientou que a Resolução 281 deixou em desconforto os produtores rurais e trouxe transtorno aos que trabalham no campo. “Foi mais uma exigência descabida, num momento inconveniente, que não deveria prosperar. “Com essa suspensão da vigência, vamos trabalhar com a OCB, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) uma nova proposta que seja possível de executar e ser cumprida pelos produtores rurais”, salientou .
"O conteúdo das palestras apresentadas durante o Simpósio de Mercado de Carbono, na última semana, em Curitiba (PR), pode ser visualizado no portal Brasil Cooperativo (www.brasilcooperativo.coop.br). O evento, uma iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com o apoio da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e da Embaixada Britânica, foi realizado na sede do Sistema Ocepar-Sescoop/PR. A proposta foi disseminar as experiências dos Programas de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) para o sistema cooperativista, os posicionamentos e atualizações sobre a COP 15 e Código Florestal, além de estabelecer um protocolo de intenções com o governo e o Banco do Brasil. Para acessar as apresentações, clique aqui.
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Graziella Valenti e Fabiana Batista, de São Paulo
O grupo francês Tereos, que comprou o controle da Açúcar Guarani no fim de 2004 e agora está criando a Tereos International, tem a estrutura de uma cooperativa e reúne 12.000 agricultores, que produzem e comercializam sua produção de beterraba e de cereais. O Tereos é resultado da fusão, há seis anos, entre as empresas Union SDA e Béghin-Say.
Quarta maior produtora de açúcar, de álcool e de produtos à base de amido do mundo e terceira maior produtora de áçuçar da Europa, a Tereos tem 30 unidades industriais na Europa, Brasil, Moçambique e na Ilha Reunião, um departamento francês no oceano Índico.
Nas regiões onde atua, cultiva um total de 920.000 hectares com beterraba, cana-de-açúcar e cereais para produção de açúcar, glucose e etanol (à base de cereais, de amido e de cana).
O movimento do grupo francês Tereos no Brasil é, em alguma medida, semelhante ao do grupo Shell, na parceria que está costurando com a Cosan. O Brasil é o principal produtor de açúcar e álcool e, por isso, ambas as multinacionais escolheram companhias brasileiras para avançar nesse negócio.
Ao transferir a operação de amido para a Guarani, o grupo francês traz um fluxo de caixa estável à atividade, oferecendo condições de a empresa avançar na consolidação nos momentos de fragilidade do setor. Lógica semelhante está no ingresso da Cosan no ramo da distribuição, operação de menor margem, mas com fluxo estável de recursos.
O executivo André Trucy comandará a Tereos International. O executivo já foi presidente da Rhodia no Brasil e do grupo francês Roquette, do ramo de amido. Jacyr Costa continua presidente da Açúcar Guarani, que se tornará subsidiária integral da Tereos International.
Para uma pequena reorganização societária na França, que precedeu a operação no Brasil, a Tereos International foi avaliada em € 1,021 bilhão e a Guarani, em € 686 milhões. Por esses números, o percentual do capital da empresa hoje em bolsa, de 31%, iria para 12,5%, antes de uma nova emissão. A análise também indica um prêmio de 21% sobre as cotações da Guarani.
A Guarani tem capacidade de processamento de 15,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Na safra 2010/11, deve produzir 1,3 milhão de toneladas de açúcar e 430 milhões de litros de etanol, além de comercializar 300 GWh de energia. (Colaborou Alda do Amaral Rocha)
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 29/03/2010
Participação no processo eleitoral, doação a candidatos, comícios, produção de panfletos, propaganda eleitoral. Estes e outros assuntos serão abordados no seminário Direito Eleitoral e o Cooperativismo que a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) realizará no dia 9 de abril, em São Paulo (SP). O evento reunirá especialistas na matéria para preparar as cooperativas para as eleições de 2010.
A cada dois anos os cidadãos brasileiros exercem o direito de voto em âmbito municipal, estadual ou federal, escolhendo seus representantes de forma democrática. É natural, portanto, que pessoas e instituições se mobilizem durante o processo eleitoral, para que façam valer seus interesses. Para apresentar as possibilidades de participação das cooperativas nesse processo e examinar as recentes alterações do Código Eleitoral, o Sistema Ocesp promoverá o seminário “Direito Eleitoral e o Cooperativismo”.
O evento apresentará as formas permitidas de atuação política; o apoio e a doação de recursos aos candidatos; a distribuição de brindes, entre outros itens. O evento também abordará as formas permitidas de propaganda eleitoral, tendo em vista as novas definições sobre o uso das diversas ferramentas de Internet, como sites, blogs e redes sociais.
O seminário “Direito Eleitoral e o Cooperativismo” reunirá especialistas na matéria para preparar bem as cooperativas para as Eleições de 2010.
Programação
São Paulo, 9 de abril de 2010
08h30 Credenciamento
09h00 Abertura:
Edivaldo Del Grande - Presidente do Sistema Ocesp
Marcio Lopes de Freitas - Presidente do Sistema OCB
Representante da OAB/SP
09h20 O Cooperativismo e sua atuação política
Davi Zaia - Deputado Estadual e Coordenador da Frencoop Paulista
Odacir Zonta - Deputado Federal e Presidente da Frencoop Federal
Júlio Gushiken - Gerente de Relações Institucionais da Ocesp
José Henrique da Silva Galhardo - Superintendente Jurídico da Ocesp
09h50 Palestra
Dr. Alberto Rollo - Advogado, especialista em Direito
Eleitoral, graduado em Direito pela Universidade Católica
de Santos (1967), graduado em Administração de
Empresas pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul
(1975) e graduado em Ciências Econômicas pela Universidade
Municipal de São Caetano do Sul (1979). Atualmente é
professor da Universidade do Vale do Itajaí. Autor de
várias obras jurídicas.
10h40 Intervalo
11h00 Palestra
Dr. Waldir Sebastião de Nuevo Campos Jr. - Desembargador do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Foi Juiz Efetivo do Tribunal
Regional Eleitoral entre janeiro de 2005 e janeiro de 2009.
12h00 Debate: Direito Eleitoral e o Cooperativismo
Dr. Alberto Rollo e
Dr. Waldir Sebastião de Nuevo Campos Jr.
12h45 Encerramento
Inscrições
De 1° a 22 de março de 2010
Central de Relacionamento do
Sistema Ocesp:
Tel (11) 3146-6287 / 3146-6209
Público presencial
Investimento: R$ 100,00 - depósito na conta corrente da Ocesp
1) Cooperativas registradas e regulares na Ocesp - 50% de desconto
- Desconto para participantes
da mesma cooperativa
- 2 participantes - 60%
- 3 participantes - 70%
- 4 participantes - 80%
2) Associados da AASP - 25% de desconto
3) Estudantes de direito - desconto de 75%, limitado a 45 vagas
Público telepresencial
Investimento: 50% de desconto, conforme as regras acima
Obs: A cooperativa poderá utilizar os recursos do FATES para participar deste evento
Vagas:
345 presencial, sendo:
- 200 para cooperativas
- 100 para advogados
- 45 para estudantes
Telepresencial ilimit"
As cooperativas de crédito foram autorizadas a compartilhar ouvidoria para atendimento de seus usuários. A medida foi aprovada nesta quinta-feira (25/3) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Agora, o compartilhamento desse canal de comunicação com o cooperado pode ser feito em associações de classe, federações, centrais, confederações e nos bancos do sistema cooperativo.
Segundo o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito (Gecred) da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Silvio Giusti, a obrigatoriedade da ouvidoria está em vigor desde 2007 para todas as entidades fiscalizadas pelo Banco Central (BC). “O tema era pleito e constava no plano de ação do Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco/OCB). Até então, a resolução publicada exigia ouvidoria em todas as cooperativas de crédito e, no máximo, permitia que cooperativas filiadas a uma central firmassem convênio com a mesma, para utilização de serviço de atendimento e assessoramento. No entanto, os custos de implantação e operação para as cooperativas organizadas em sistemas ou independentes eram muito altos, chegando a R$ 80 milhões”, explicou Giusti.
Após várias reuniões coordenadas pelo Ceco com representantes do Bacen , da diretoria da OCB, com a participação do presidente, Márcio Lopes de Freitas, e o diretor de Normas do Bacen, Alexandre Tombini, os entendimentos a respeito do tema avançaram culminando com a aprovação da nova resolução do CMN (3.849). Com isso, as cooperativas singulares independentes podem firmar convênio com cooperativa central ou confederação de crédito, mesma não sendo filiada. Elas também podem ter convênio com associação representativa de classe, para compartilhamento e utilização de ouvidoria. Já as cooperativas de crédito organizadas em sistema, explica Giusti, poderão firmar convênio com sua respectiva central, confederação ou banco cooperativo para compartilhamento e utilização de ouvidoria única, mantida em uma dessas entidades.
"A flexibilização permitida na nova resolução é muito importante, na medida em que permite a otimização das estruturas e a redução de custos para as cooperativas de crédito, além de reconhecer as estruturas das organizações verticalizadas dos sistemas de crédito cooperativo e criar uma alternativa para as cooperativas independentes, contemplando assim as manifestações da OCB ", resume o gerente.
Clique aqui e acesse o link da Resolução CMN 3.849/10
A reivindicação de ter representantes em cada junta comercial foi defendida pelo secretário executivo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, e pelo superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Aramis Moutinho Júnior, durante a 1ª Reunião Plenária de 2010 da Associação Nacional de Presidentes de Juntas Comerciais, no dia 19, em Vitória (ES).
O encontro destinou-se a discutir problemas de registro mercantil dos atos de cooperativas, além de intercâmbio de idéias desenvolvidas nos estados.
Atualmente o cooperativismo conta com vogais em quatro juntas comerciais (SP, MG, PR e SC). O secretário da OCB e o superintendente da Ocesp compareceram ao encontro dos dirigentes de juntas comerciais para falar sobre o funcionamento das cooperativas, sobre a legislação específica que rege o sistema e sobre os diferentes ramos da economia em que atuam essas instituições.
O objetivo foi apresentar argumentos para aprimorar a eficiência nas análises dos processos de arquivamento de atos nas juntas comerciais, destacando as particularidades dos atos praticados no âmbito das cooperativas.
Eles representam em torno de 0,5% da movimentação das juntas comerciais no Brasil, percentual considerado baixo. Em contraposição, no entanto, as cooperativas têm peso significativo na economia, movimentando 6% do PIB nacional.
Renato Nobile disse que o número de vogais que dispõe de conhecimentos específicos sobre cooperativismo nas juntas comerciais é pequeno. Nobile também lembrou que o Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC) ao qual estão subordinadas as juntas comerciais entendeu a importância da solicitação apresentada pelo cooperativismo.
A OCB se comprometeu a contribuir com medidas para a revisão do manual de orientação do DNRC e para a criação de um programa de capacitação destinado a vogais e assessores com foco no cooperativismo. Essas ações, segundo Renato Nobile, permitirão que processos envolvendo atos cooperativos sejam conduzidos levando em consideração a legislação específica dosetor.
Outras medidas também já estão sendo postas em prática. Em alguns estados, como o ES, já há convênios entre a entidade representativa do cooperativismo e as juntas comerciais.
"Com excelente resultado, a Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) fechou o exercício de 2009 em Assembleia Geral Ordinária (AGO) que reuniu quase 400 cooperados, apresentando sobras de quase R$ 11 milhões. Para o próximo quadriênio, os cooperados elegeram a nova diretoria, que já tomou posse. Esta conta com o estreante na diretoria João Alves de Toledo Filho, novo presidente da Cocapec, e com Carlos Yoshiyuki Sato, vice-presidente e Ricardo Lima de Andrade, diretor secretário, sendo que ambos exerceram estas funções nos últimos quatro anos.
A AGO aprovou as contas do exercício de 2009 e discutiu pontos importantes como a destinação das sobras, aceitando por maioria de votos a proposta do conselho administrativo, onde o montante será distribuído entre novos investimentos, manutenção de programas já existentes e ainda, retornará em créditos para os cooperados e aumento de capital social.
De acordo com o então presidente Mauricio Miarelli, esta sobra é resultado do empenho e fidelidade dos cooperados, associado ao bom desempenho da administração e a eficiência dos colaboradores.
“Minha responsabilidade aumenta ainda mais por substituir alguém que teve uma administração tão brilhante como o Mauricio, mas conto com a experiência dos meus dois companheiros de diretoria para continuar este excelente trabalho que está sendo desenvolvido em nossa cooperativa”, declara João Toledo.
Mauricio Miarelli destacou todo o trabalho desenvolvido em sua gestão desde dias de campo, comitês educativos, projetos sociais até a Especialização em Gestão do Agronegócio Café curso de gestão (MBA) realizado em 2008/2009.
O ex-presidente foi homenageado pela vida dedicada ao cooperativismo e em especial a Cocapec, recebendo uma placa que marca seu nome na história da cooperativa. Carlos Sato e Ricardo Andrade destacaram a importância de Mauricio Miarelli na vida da Cocapec e agradeceram a ele pela atuação exemplar.
A Assembleia também elegeu os seis novos conselheiros administrativos que acompanharão a Diretoria pelos próximos quatro anos e ainda três cooperados para conselheiros fiscais com mandato de um ano.
Diretoria Executiva
João Alves de Toledo Filho – Presidente
Carlos Yoshiyuki Sato – Vice-Presidente
Ricardo Lima de Andrade – Secretário
Conselho Administrativo
Giane Bisco
Amílcar Alarcon Pereira
João José Cintra
Paulo Eduardo Franchi Silveira
Erásio de Grácia Junior
José Henrique Mendonça
Conselho Fiscal
Efetivos
Cyro Antônio Ramos
Jesuel Justino Gomes
Ricardo Nunes Moscardini
Suplentes
Marcos Antônio Tavares
Reinaldo Gomes da Cunha
Milton Melo Silveira
(Fonte: Secom Cocapec)
O primeiro encontro de 2010 , do curso de Especialização em Gestão de Cooperativas, será hoje e amanhã (26 e 27/3) na sede do Sistema OCB-Sescoop/CE, em Fortaleza (CE). O módulo, que será ministrado pelo professor Eduardo de Lima, terá como tema “Plano de Negócios para Cooperativas”. Vai tratar da descrição do negócio, a oportunidade e conceito do negócio, a empresa e seus objetivos, seus produtos e serviços, riscos e estratégias.
Os alunos verão ainda assuntos ligados ao estudo do mercado, os principais segmentos, consumidores, fornecedores, concorrentes e canais de distribuição, além de fazerem análise qualitativa, quantitativa e financeira.
No sábado, o encontro acontece das 8h às 17h. O curso é uma oferta do Sistema OCB-Sescoop/CE, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). (Fonte: OCB-Sescoop/CE)
Fique por dentro das principais discussões desta semana e os resultados e deliberações de proposições pertinentes ao cooperativismo no Congresso Nacional. O documento é elaborado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Mais informações podem ser obtidas na Assessoria Parlamentar, pelo meio do e-mail
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) lança, na próxima semana, o Selo de Conformidade Cooperativa para o Ramo Trabalho. O evento, marcado para a manhã de quarta-feira (31/3), conclui a etapa piloto do Programa Nacional de Conformidade das Cooperativas do Ramo Trabalho (PNC Trabalho), certificando as três cooperativas que participaram desta experiência.
O processo de divulgação às cooperativas de trabalho começou em 2002 e, no ano seguinte foi demandada a criação de um programa de normatização e autogestão. O marco inicial foi a instituição dos “critérios para identificação de cooperativa de trabalho”, que estabeleciam requisitos mínimos para sua existência. Estes pontos foram aprovados pelo Conselho Diretor da OCB, em 2004.
Para chegar ao PNC Trabalho foram mais de cinco anos discutindo o formato e os critérios por meio de um Grupo Técnico (GT), sempre com o foco nos processos participativos.
PNC - O Programa Nacional de Conformidade das Cooperativas do Ramo Trabalho (PNC Trabalho) é um conjunto de ações regulamentado pela OCB, que determina os padrões de conformidade para as cooperativas, estabelecendo um diferencial para atrair o mercado. A adesão é voluntária e ao cumprir todos os requisitos, a unidade recebe o direito de utilizar o Selo de Conformidade Cooperativa.
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Geórgea Choucair
A fusão na atividade de leite é uma tendência mundial e o Brasil está atrasado no processo, segundo avaliação do presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR)/Itambé, Jacques Gontijo. Durante o Congresso Pan-americano de Leite, no MinasCentro, ele afirmou que a cooperativa está na fase decisiva para a criação da maior empresa de lácteos da América Latina. A CCPR negocia a união com outras quatro cooperativas (Cemil e Minas Leite, de Minas Gerais, Centroleite, de Goiás, e Confepar, do Paraná). “Até o fim do primeiro semestre queremos ter um bom avanço nesse processo. Os próximos anos serão importantes para o segmento leiteiro. O setor está se afunilando e queremos ser participantes fortes no segmento”, afirma.
Os investimentos pesados anunciados neste mês pela Nestlé para Minas Gerais podem ajudar a acelerar o processo de aglutinação da Itambé. A Nestlé vai duplicar a presença em Minas Gerais nos próximos cinco anos e parte dos investimentos será feita com a aquisição de outras empresas. O presidente da Nestlé, Ivan Zurita, anunciou neste mês que serão investidos R$ 525 milhões no estado nos próximos anos. “Sou a favor da aquisição porque ganhamos velocidade de mercado. E um país efervescente como o nosso, a velocidade faz a diferença”, disse.
A Nestlé é hoje responsável pela geração de 1.027 empregos diretos e 4 mil indiretos em cinco fábricas instaladas em municípios mineiros: Ibiá, Ituiutaba, Montes Claros, Teófilo Otoni e São Lourenço. A Itambé também tem planos de expansão nas quatro fábricas no estado: Guanhães, Sete Lagoas, Pará de Minas e Uberlândia. “Temos projetos, mas somos mais mineiros na hora de divulgar. A fábrica de leite em pó de Uberlândia, por exemplo, queremos triplicar a fábrica”, diz. Ele ressalta que a Itambé vai ser a marca mais forte na empresa que vai ser criada. Os novos lançamentos vão estar focados em iogurtes, alimentos funcionais e queijos.
Veículo: O Estado de Minas
Publicado em: 26/03/2010
Terminou nesta quinta-feira (25/3), no Minascentro em Belo Horizonte, o11º Congresso Pan-Americano do Leite, organizado pela Federação Pan-Americana do Leite (Fepale), com apoio do Sistema Ocemg/Sescoop-MG e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Segundo o presidente da Fepale, Vicente Nogueira Netto, essa foi a maior edição em termos de participantes, quase 2 mil congressistas e os ensinamentos e as experiências compartilhados serão preponderantes para o fortalecimento do setor lácteo em toda a América Latina.
Um dos pontos altos do Congresso foi o painel “ Estratégias das cooperativas para crescer e enfrentar os desafios dos negócios atuais”, que teve como palestrantes o presidente da Itambé, Jacques Gontijo; a vice Presidente Internacional Land O`Lakes (USA), Carol Kitchen; o Gerente Geral pela Latino América – Fonterra, Mario Perez; o sub-gerente da área de produção de leite e RRCC Conaprole (Uruguai), Enrique Malcuori e como moderador o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato.
O painel foi permeado por três assuntos distintos e que se complementaram nas falas dos palestrantes. A questão da aglutinação como estratégia de sobrevivência no mercado altamente competitivo foi abordada pelo presidente da Itambé, Jacques Gontijo, que também fez coro à fala do sub-gerente da área de produção de leite e RRCC Conaprole-Uruguai, Enrique Malcuori, no tocante à gestão como fator de eficiência e produtividade no segmento lácteo.
Malcuori pontuou a necessidade de inovação no mundo dos negócios o que está, segundo ele, estrategicamente atrelado a estruturação do capital nas organizações. No entanto, lembrou que buscar investimentos, capitalizar e inovar implica em riscos, que devem ser encarados como oportunidades.
A vice Presidente Internacional Land O’ Lakes (USA), Carol Kitchen - a segunda maior cooperativa americana, presente em 60 países com mais de 200 empresas e 9 mil empregados - falou sobre os desafios e as estratégias utilizadas pela cooperativa para crescer e prosperar. “É preciso estar sempre atento às mudanças e definir os caminhos aonde se quer chegar. Olhar o mercado com visão crítica, avaliar as condições existentes para atender as suas expectativas e buscar habilidades para superar os desafios. Primeiro é preciso enxergar o negócio nas cooperativas”, ponderou.
O presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, encerrou os trabalhos da mesa reforçando a fala de Kitchen. “As cooperativas não são sociedades filantrópicas, pois estão no mercado também para gerar resultados. Nós cooperativistas não somos alpinistas econômicos, mas sim alpinistas sociais. No entanto, é preciso fazer com que os resultados cheguem a todos que fazem parte da cadeia produtiva. Eventos como esses são oportunidades que propiciam ganhos para todos e por isso a Fepale está de parabéns”, disse.
O 11º Congresso Pan-Americano do Leite foi encerrado com palestra do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, sobre o tema: Equilíbrio entre a Sustentabilidade e Competitividade é possível no setor lácteo? Segundo ele, sim, até porque o Brasil possui um enorme potencial no agronegócio, tem terra, tecnologia, capital social e humano, mas é preciso organização, integração e mais união com foco no que se pretende alcançar. (Fonte: Ocemg)
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira (24/3), o Projeto de Lei (PL) 727/2007, de autoria do deputado Alfredo Kaefer, integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). A matéria altera o artigo 6º da Lei 10.833/2003, que instituiu a cobrança não-cumulativa da Cofins e o artigo 5º da Lei 10.637/2002, que instituiu a cobrança não-cumulativa do PIS.
Desta forma, o projeto permite que as empresas agroindustriais exportadoras utilizem o crédito presumido das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que hoje estão retidos em balanços patrimoniais, para compensar o pagamento de outros tributos administrados pela Receita Federal ou recebam a quantia equivalente em espécie.
O projeto, que conta com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), tramita em caráter conclusivo e agora segue, respectivamente, para análise das Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados.
"O posicionamento do setor cooperativo em relação às mudanças propostas para a Legislação Ambiental Brasileira foi apresentado pelo consultor jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Leonardo Papp, durante o painel sobre o Código Florestal que aconteceu na manhã desta quinta-feira (25/3), no Simpósio de Mercado de Carbono.
De acordo com o consultor, o objetivo da sua participação foi relatar como estão as discussões sobre a alteração no Código Florestal, bem como apresentar os principais pontos que o setor cooperativista defende que sejam modificados ou adaptados. “Estamos numa etapa em que não se discute mais o problema, mas sim as soluções.
Os pontos que julgamos prioritários já estão detalhados e temos participado ativamente das discussões com a finalidade de defender o nosso posicionamento”, afirmou. Segundo ele, as propostas do setor foram feitas com base em algumas premissas, sendo que a primeira delas é que a legislação ambiental não pode estar desconectada de um ambiente de socialmente justo e de uma economia viável. “Ou seja, só se pode falar de uma legislação ambiental se a mesma se basear num tripé: social, ambiental e econômico”, disse.
Pontos prioritários – De acordo com Leonardo Papp, a proposta do setor cooperativista para composição da Legislação Ambiental Brasileira abrange sete pontos prioritários. O primeiro deles envolve a questão da Reserva Legal. “O posicionamento do setor cooperativista é que a preservação ambiental não deve ser um ônus exclusivo do produtor, mas de toda a sociedade. Se a defesa do meio ambiente visa o bem de todos, então, todos devem ter ônus de conservar e adotar medidas de proteção ambiental”, afirmou.
O segundo ponto prioritário refere-se a área de preservação permanente, sendo que a defesa do setor cooperativista é que as mesmas sejam adotadas levando-se em conta critérios técnicos e científicos e a realidade histórica de cada estado. “A proposta é de que cada estado possa definir, de acordo com suas peculiaridades, como irá tratar estas áreas”, comentou o consultor. Os demais pontos prioritários tratam sobre a nova composição do Conselho Nacional do Meio Ambiente, sobre a necessidade de revisão das Unidades de Conservação (UCs), adoção de critérios técnicos e científicos para nortear as discussões sobre a legislação ambiental, e a inserção do ser humano como destinatário final da proteção ambiental, revendo-se assim os princípios que definem a legislação ambiental.
Expectativa – De acordo com o consultor, os trabalhos em andamento envolvem a elaboração de textos jurídicos para embasar os projetos de lei que focam esses pontos prioritários. “Estamos transformando a ideia, ou seja, as nossas propostas, em texto jurídico para dar continuidade aos trabalhos no Congresso Nacional”, disse. Segundo ele, a expectativa é que as propostas do setor sejam incluídas no relatório da Comissão Especial do Meio Ambiente, presidida pelo deputado Moacir Micheletto. “A expectativa da Comissão é que até a metade do mês de abril o relatório que o deputado Aldo Rebelo está redigindo possa ser aprovado na Comissão, para que seja dada sequência na tramitação no Congresso. O objetivo é que esse assunto seja concluído ainda em 2010, mas como estamos em ano político, não sabemos se o processo eleitoral irá atrasar ou agilizar a aprovação da nova legislação”, concluiu. (Fonte: Ocepar)
“As questões ambientais viraram uma preocupação permanente em todo o mundo e nós dentro do Sistema Ocepar, junto com as cooperativas, tivemos um avanço significativo nesta área”, disse o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, durante o Painel sobre o Código Florestal, realizado na manhã desta quinta-feira (25/3), no Simpósio de Mercado de Carbono, em Curitiba (PR).
O dirigente lembrou que atualmente existe uma área específica dentro do Sistema para tratar de assuntos do meio ambiente, além do fato de existir um grupo de cooperativas que participam ativamente deste processo. “A construção que o cooperativismo do Paraná está fazendo em relação ao meio ambiente é algo consistente e está mudando o perfil de atuação do setor, tanto no relacionamento com os órgãos ambientais, quanto em relação aos produtores que estão mais abertos a receber as orientações”, afirmou.
Diálogo – O dirigente destacou ainda que a parceria com os órgãos ambientais foi um dos fatores favoreceu o avanço do setor cooperativista nas questões ambientais. “Tivemos muitas discussões com o secretário do Meio Ambiente, Raska Rodrigues, e também com o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, buscando sempre o diálogo construtivo e produtivo. Vamos torcer para que haja continuidade neste processo, até porque as duas entidades (OCB e Ocepar) estão assessorando o governo federal na constituição de uma legislação ambiental mais consistente e voltada à realidade vivenciada no campo”, disse. (Fonte: Ocepar)
"No período em que completa 40 anos, a Organização das Cooperativas Brasileiras, promove o XIII Congresso Brasileiro de Cooperativismo (XIII CBC), com foco na sustentabilidade do cooperativismo e nos desafios gerados pela necessidade da inovação. Maurício Landi, coordenador do evento, concedeu entrevista à RádioCoop e abordou as razões para a realização do evento em 2010, os pontos que serão discutidos e o envolvimento das cooperativas no XIII CBC.
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No segundo dia do Simpósio de Mercado de Carbono, em Curitiba (PR) o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, assinou a Portaria N° 51, que estabelece alterações na renovação de Licenciamentos Ambientais. A partir de agora, os técnicos das cooperativas que realizarem curso promovido pelo Crea-PR terão seus pedidos homologados automaticamente.
A medida atende a uma antiga reivindicação da Ocepar. “O processo de renovação é burocrático, pois a análise ambiental é realizada no primeiro licenciamento. Com a portaria, quebramos mais um paradigma, tornando os procedimentos mais eficientes e ágeis. Existia uma demanda para a ampliação da responsabilidade técnica e diminuição do controle efetivo do IAP sobre as questões burocráticas. Atuamos numa linha de ação que busca simplificar as políticas e aumentar as fiscalizações”, afirmou Burko.
O Simpósio foi promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com apoio do Sistema Ocepar e Embaixada Britânica. Iniciado nesta quarta-feira (24/3), teve a programação encerrada no final da manhã desta quinta-feira (25/3), em Curitiba (PR)
Avaliação - Até hoje, o procedimento de renovação dependia de uma avaliação do IAP que, muitas vezes, demorava meses para ser ratificada. “Algumas situações causavam transtornos, por exemplo, no caso de produtores ou cooperativas que haviam requerido financiamento (que para muitas atividades exige licenciamento ambiental). Pela demora na renovação, tinham que pedir favor ao IAP, para que este emitisse uma declaração atestando a regularidade da propriedade”, lembra Burko. “Com a Portaria n° 51, basta que o técnico responsável protocole o pedido junto ao IAP para que a renovação aconteça imediatamente”, enfatiza.
Preparação - No entanto, para que possa requerer a renovação automática, o técnico responsável precisa participar de um curso de preparação organizado pelo IAP em parceria com o CREA/PR (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). Além disso, o pedido de renovação deverá ser requerido até 120 dias antes do vencimento. “Ontem (24/03) teve início o primeiro treinamento de licenciamento ambiental e muitos outros irão ocorrer durante o ano. Se o profissional infringir alguma norma dos procedimentos ou passar informação falsa, será denunciado ao CREA e ao Ministério Público Estadual”, explica.
Competitividade - A assinatura da portaria aconteceu na presença do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e do gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut. “A Portaria n° 51 trará agilidade ao dia a dia das cooperativas, simplificando os procedimentos e ampliando a eficiência e competitividade do setor”, afirmou Koslovski. (Fonte: Ocepar)
"As políticas para a mitigação das mudanças climáticas foram o tema do painel realizado na tarde desta quarta-feira (24/03), no Simpósio de Mercado de Carbono, em Curitiba (PR). Participaram dos debates Marcela Cardoso Guilles da Conceição, da Coordenação Geral de Mudanças Globais de Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia; Rodrigo Carvalho de Abreu Lima, gerente geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone) e Sérgio Ferreira Cortizo, especialista em políticas públicas da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
COP 15 - A representante do Ministério de Ciência e Tecnologia tratou sobre resultados e perspectivas da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 15), mostrando um panorama do que ocorreu e de como foram as negociações. “Dois trilhos foram legalmente estabelecidos por meio das decisões vigentes na COP: um deles dos futuros períodos de compromissos dos países no âmbito do Protocolo de Kyoto. Já o trilho da Convenção estabeleceu os compromissos para além de 2012”, ressaltou Marcela no início de sua explanação. Ainda de acordo com ela, o Brasil defendeu compromissos mais ambiciosos de limitação e redução de emissões de gases de efeito estufa e também que as discussões devessem se basear na manutenção da integridade ambiental do Protocolo de Kyoto. Abordou ainda a posição do Brasil em relação à mitigação, adaptação, transferência de tecnologia e financiamento.
Copenhague - “No final de janeiro de 2010, o Brasil submeteu ao Secretariado da Convenção dois informes ratificando as ações de mitigação adequadas no contexto nacional, as quais haviam sido propostas na Conferência de Copenhague, realizada em dezembro de 2009. Também manifestou, com as devidas notas de cautela, a sua adesão ao Acordo de Copenhague”, disse Marcela. “As propostas apresentadas em Copenhague foram internalizadas por meio da Lei 12.187/09, que instituiu a Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Para alcançar os objetivos, o País adotará, como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas a reduzir entre 36% e 39% suas emissões projetadas até 2020”, ressaltou ela durante o painel.
MDL – A representante do Ministério da Ciência e Tecnologia falou ainda sobre os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). De acordo com ela, um projeto brasileiro, o Nova Gerar, foi o primeiro a ser registrado como MDL. “Cerca de 440 projetos brasileiros reduzem anualmente o equivalente a cerca de 7,5% das emissões não florestais brasileiras, que representavam cerca de 45% das emissões do Brasil em 1994. O potencial de redução de emissões dos projetos brasileiros é de cerca de 380 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, que corresponde à cerca de 60% das emissões não florestais brasileiras em 1994”, disse ainda.
Agricultura – No painel sobre mudanças climáticas, o gerente geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone), Rodrigo Carvalho de Abreu Lima, falou sobre a agricultura brasileira no contexto das negociações climáticas. De acordo com ele, o Brasil apresentou uma meta de redução de emissões à reunião de Copenhague, repassando para a agricultura o cumprimento de parte dela. “Isso provoca uma série de questionamentos. O governo vai dar algum incentivo para que isso ocorra? Vai elaborar uma política de baixo carbono ligada à agricultura ou eu vou poder gerar créditos de carbono e vender no mercado?”, indagou. Além disso, ele ainda destacou outras fases desse processo, que incluem a decisão sobre o uso da terra e o reconhecimento de práticas, como o plantio direto, por exemplo, como benéficas. Também ressaltou a importância de se desenvolver uma metodologia dentro deste contexto.
Mensurar - “É preciso saber como contabilizar isso, o que, Brasil, pode ser feito via Embrapa, as universidades e diferentes centros de pesquisa que possuem expertise nessa área. Assim, quando eu tiver uma decisão sobre o uso da terra que permita práticas ligadas ao manejo do uso do solo como geradoras de crédito, eu terei metodologias que possam mensurar para que eu possa efetivamente trazer para o mercado de carbono e possa gerar benefícios para quem efetivamente adota essas práticas”, acrescentou. Ele também chamou a atenção para a necessidade de um maior envolvimento da sociedade, especialmente do setor privado, na discussão da Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Esse acompanhamento é importante para a criação de uma agenda de médio e longo prazo”, considerou.
Lei 12187 - Já Sérgio Ferreira Cortizo, especialista em políticas públicas da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente,"